Perguntar
Fechar
O que pode causar uretrite?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Uretrite é uma inflamação ou infecção da uretra, que é o canal que leva a urina da bexiga para o exterior do corpo. A maioria dos casos de uretrite é causada por infecções pelas bactérias clamídia, gonococo (uretrite gonocócica) e E. coli. A infecção na uretra também pode ter como causas vírus, fungos e protozoários.

A uretrite também pode ocorrer devido a hábitos de higiene inadequados, traumatismos, cirurgias, introdução de objetos na uretra e uso de cateter por tempo prolongado.

Também é possível que a inflamação seja provocada por irritação da uretra causada pelo preservativo ou pelo espermicida presente no mesmo, uso de cremes, produtos de higiene e outras substâncias irritantes.

Em casos mais raros, pode estar relacionada com tumores ou condiloma (verrugas genitais) dentro da uretra.

A infecção é muito mais comum nas mulheres. Isso acontece devido à proximidade da uretra com o ânus, o que favorece a entrada de bactérias que habitam o intestino, como a E. coli. Essa bactéria é responsável por cerca de 80% das infecções urinárias.

Quais as causas da uretrite gonocócica e não gonocócica?

As uretrites infecciosas, ou seja, causadas por bactérias, vírus, fungos e outros parasitas, dependendo do germe causar da doença, podem ser consideradas doenças sexualmente transmissíveis (DST). Nesses casos, são classificadas como gonocócica e não gonocócica.

A uretrite gonocócica é causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, também conhecida como gonococo. As uretrites não gonocócicas podem ser causadas por Clamídia, Candida, Trichomonas vaginalis, entre outros micro-organismos.

A prevenção dessas infecções, portanto, pode ser feita através do uso de preservativos.

Quais são os sintomas da uretrite?

Os principais sintomas da uretrite, em homens e mulheres, incluem:

  • Dor ou ardência ao urinar;
  • Aumento do número de micções;
  • Vontade urgente de urinar;
  • Corrimento saindo pela uretra;
  • Presença de sangue na urina;
  • Dor durante a relação sexual.

No homem, a uretrite pode casar ainda dor nos testículos, dor durante a ejaculação, presença de sangue no esperma, coceira, irritação ou inchaço na extremidade do pênis.

Na mulher, os sintomas da uretrite podem incluir dor na região inferior do abdômen (baixo ventre ou “pé da barriga”), febre, calafrios e dor pélvica.

Sem tratamento, a infecção que originou a uretrite pode chegar a outros órgãos, tais como testículos, epidídimo, próstata, bexiga e rins. Nas mulheres a infecção pode provocar doença inflamatória pélvica (DIP). Tanto no homem como na mulher, a uretrite de causa infecciosa não tratada pode levar à infertilidade.

Qual é o tratamento para uretrite?

O tratamento da uretrite geralmente é feito com antibióticos, uma vez que a maioria dos casos é originado por infecções bacterianas. Os mais usados são a azitromicina® e a ceftriaxona®. Também podem ser indicados medicamentos para aliviar os sintomas, como analgésicos, anti-inflamatórios e antissépticos da via urinária.

Se a uretrite for causada pelo protozoário Trichomonas, normalmente são indicados os antimicrobianos metronidazol® ou tinidazol®. Já as infecções causadas por vírus costumam ser tratadas com aciclovir® ou valaciclovir®.

Da mesma forma que o paciente que recebe o diagnóstico, é fundamental que o/a parceiro/a receba o tratamento para não voltar a transmitir a doença e prevenir recorrência da doença.

O/A médico/a urologista ou ginecologista são os especialistas indicados para diagnosticar e tratar a uretrite.

Leia também: Uretrite: Quais os sintomas e possíveis complicações?

O que é a disfunção gonadal?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

A disfunção gonadal é um problema no funcionamento das gônadas, que são as glândulas dos aparelhos reprodutivos, os ovários nas mulheres e os testículos nos homens.

Quando existe uma disfunção gonadal pode ocorrer uma diminuição ou aumento na produção desses hormônios, que provocam várias alterações corporais como ausência ou pouco desenvolvimento dos caracteres sexuais, excesso de pelos ou a falta desses, ausência de menstruações ou irregularidade menstrual, infertilidade, baixa estatura e outras manifestações dependendo do tipo de hormônio cuja a produção esteja afetada.

As gônadas produzem hormônios responsáveis pelas características sexuais secundárias que aparecem na adolescência. Nos homens, os testículos são responsáveis pela produção da testosterona, que promove o aumento da massa muscular, o aparecimento do pomo-de-adão, voz grave, crescimento do pênis e pelos no rosto e no corpo. Nas mulheres, os ovários que têm esse papel, produzindo o estrógeno e a progesterona, que estimulam o crescimento dos seios, pelos pubianos e axilares, alargamento dos quadris, menstruação e formas mais arredondadas.

Também são responsáveis pela produção das células sexuais ou gametas, que são os espermatozoides ( nos testículos) e os óvulos (nos ovários).

O endocrinologista é o especialista a ser consultado nessas situações.

Usei corticóides na região da glande por um certo tempo...
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Sim e não (pode ou não desaparecer), além de que não dá para precisar o tempo exato, a tendência é que essa sensibilidade desapareça no passar dos meses, em poucos casos ela pode permanecer por anos.

Herpes simples: o que é, quais os sintomas, o que causa e tratamento
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Herpes simples é uma doença causada pelos vírus herpes simplex tipo 1 (HSV-1) e tipo 2 (HSV-2). A infecção se caracteriza pelo aparecimento de feridas, além de bolhas pequenas e dolorosas na boca (herpes labial) ou nos órgãos genitais (herpes genital).

O herpes simplex tipo 1 afeta frequentemente a boca e os lábios, causando herpes labial.

Já o herpes simplex tipo 2 quase sempre causa herpes genital, afetando a pele ou as mucosas dos órgãos genitais. Trata-se de uma infecção sexualmente transmissível. Pode ser transmitido através do contato com a pele ou através de secreções orais ou genitais.

No entanto, ambos podem causar herpes labial ou genital através do contato com feridas ativas.

Como ocorre a transmissão do herpes simples?

A pessoa pode adquirir herpes simples se a sua pele, boca ou órgãos genitais entrar em contato com alguém que tenha lesões ativas (surto). A transmissão também pode ocorrer através do contato com objetos infectados pelo vírus, como barbeadores, toalhas, pratos e outros objetos compartilhados.

No caso do herpes simplex tipo 2, o vírus pode ser transmitido mesmo quando não há lesões ou outros sinais e sintomas presentes. Isso dificulta perceber a presença da doença.

A maioria das pessoas é infectada pelo herpes simplex tipo 1 antes de completar 20 anos. Após a primeira infecção, o vírus fica inativo nos nervos do organismo. Quando se torna ativo, causa as lesões que caracterizam o herpes simples.

Quais os sintomas do herpes simples?Sintomas de herpes labial

Geralmente, os sintomas típicos do herpes labial aparecem depois de uma a três semanas do contato com o vírus e após sintomas de "aviso".

Os “sintomas de aviso” incluem:

  • Coceira nos lábios ou na pele ao redor da boca;
  • Queimação perto dos lábios ou na região da boca;
  • Formigamento próximo dos lábios ou da boca;
  • Dor de garganta;
  • Febre;
  • Gânglios inchados (nódulos);
  • Dor para engolir.

Depois, surgem as lesões características, que são:

  • Inicialmente pequenas bolhas vermelhas que estouram e liberam secreção,
  • A seguir, surgem pequenas bolhas cheias de líquido amarelado e claro,
  • Na fase final, as bolhas ficam amareladas cobertas por uma crosta,
  • Por fim, quando as lesões desaparecem, a pele no local fica rosada e mais sensível durante alguns dias.

O tempo de duração dos sintomas pode ser de até 3 semanas.

Sintomas de herpes genital

Muitas pessoas com herpes genital nunca apresentam lesões ou manifestam sintomas muito leves. Eles podem passar despercebidos ou ser confundidos com picadas de insetos ou outras condições que afetam a pele.

Contudo, nos casos em que ocorrem sinais e sintomas durante o primeiro surto, as manifestações podem ser graves. O primeiro surto geralmente ocorre após dois dias a duas semanas que ocorreu a infecção.

Os sintomas gerais do herpes genital incluem:

  • Diminuição do apetite;
  • Febre;
  • Mal-estar geral;
  • Dores musculares na região da coluna lombar, nádegas, coxas ou joelhos;
  • Presença de nódulos (“ínguas”) dolorosos na virilha.

Na região genital aparecem pequenas bolhas dolorosas, preenchidas com um líquido claro ou amarelado. Quando as bolhas se rompem, deixam feridas superficiais muito dolorosas no local, que depois formam crostas e curam-se lentamente durante 7 a 14 dias ou mais.

Antes que as bolhas apareçam, pode haver formigamento, queimação, coceira ou dor no local onde elas irão surgir.

As lesões podem ocorrer na vagina, no colo do útero, ao redor do ânus, nas coxas, nas nádegas, no pênis e no saco escrotal. O vírus herpes simplex tipo 2 também pode infectar outras partes do corpo, como boca, olhos, gengivas, lábios, dedos, entre outras.

Outros sintomas do herpes genital podem incluir:

  • Dor ao urinar;
  • Corrimento vaginal;
  • Dificuldade para esvaziar a bexiga, podendo ser necessário utilizar um cateter.

Um segundo surto pode ocorrer após semanas ou meses. Geralmente, é menos intenso e desaparece mais rápido que o primeiro surto. Com o tempo, o número de surtos pode diminuir.

Qual é o tratamento para herpes simples?Tratamento do herpes labial

Os sintomas do herpes labial podem desaparecer espontaneamente após uma ou duas semanas, mesmo sem tratamento. Porém, podem ser indicados medicamentos antivirais orais ou em pomada, para ajudar a reduzir a dor e fazer com que os sintomas desapareçam mais rapidamente.

O remédio antiviral mais usado para tratar o herpes simples que afeta a boca é o aciclovir®. A medicação é mais eficaz se for utilizada assim que surgirem os sintomas de alerta, antes do aparecimento das lesões.

Tratamento do herpes genital

O tratamento do herpes genital também é feito com medicamentos antivirais, como aciclovir® ou valaciclovir®. Os remédios ajudam a aliviar a dor e o desconforto durante um surto, curando as lesões mais rapidamente. As medicações costumam ser mais eficazes durante a primeira manifestação do herpes simples do que nos surtos subsequentes.

Em caso de surtos repetidos, o medicamento deve ser tomado assim que o formigamento, queimação ou coceira começarem a surgir.

Pessoas com manifestações frequentes de herpes genital podem precisar tomar a medicação diariamente por um tempo. O objetivo é prevenir surtos ou diminuir a duração deles, além de reduzir a chance de transmitir o herpes para outra pessoa.

Recomenda-se que mulheres grávidas com herpes simples genital recebam tratamento durante o último mês de gravidez, para reduzir a probabilidade de surtos no momento do parto. Se houver um surto de herpes próximo ao momento do parto, é indicado o parto por cesariana para diminuir o risco de infectar o bebê.

Quais as possíveis complicações do herpes simples?

O herpes simples pode ser grave e perigoso se ocorrer dentro ou perto dos olhos. Também oferece riscos à saúde se a pessoa tiver imunidade baixa devido a doenças ou medicamentos. As possíveis complicações do herpes simples podem incluir:

  • Cegueira (quando afeta os olhos);
  • Propagação do vírus para outras partes do corpo, incluindo cérebro, olhos, esôfago, fígado, medula espinhal e pulmões. Essas complicações ocorrem com frequência em pessoas com baixa imunidade;
  • Infecção bacteriana da pele;
  • Infecção generalizada, que pode ser fatal em pessoas com o sistema imunológico debilitado.

Mulheres grávidas que têm uma infecção ativa de herpes genital ao dar à luz podem transmitir a infecção ao bebê. O vírus pode causar uma infecção no cérebro do recém-nascido.

Para maiores esclarecimentos, consulte um médico clínico geral ou um médico de família.

Você pode querer ler:

Bolhas na boca, quais as causas?

O que pode causar ardência ou dor no pé da barriga durante a relação sexual?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os sintomas de dor ou desconforto durante a penetração sexual podem ter diversas causas. Desde falta de lubrificação, doenças infecciosas ou inflamatórias, traumas, vaginismo ou doenças uterinas. Fatores psicológicos também podem ocasionar ou piorar a dor associada a penetração sexual.

O local onde dói e como é a dor são características importantes para definir a causa da dor durante a relação. Algumas mulheres queixam de dor em ardência ou queimação na entrada da vagina, já outras podem sentir dor no fundo da vagina ou mesmo na região do baixo ventre, ou seja, no pé da barriga.

Por isso, a dor associada ao ato sexual é classificada em dois grupos: as dores superficiais e as dores profundas, cada um dos grupos está associado a condições e doenças específicas.

Causas de dor superficial

As dores superficiais são aquelas localizadas na vulva, na entrada da vagina e no períneo, a região em volta da vulva. Geralmente, podem ser sentidas como uma ardência ou queimação nesta região. São dores que aparecem logo no início da penetração ou ainda podem ser sentidas todas às vezes em que se toca a vulva ou a entrada da vagina.

Os principais motivos de dor superficial durante a relação são:

Falta de lubrificação

A falta de lubrificação é uma frequente causa de dor na relação, logo no começo da penetração. Pode ocorrer por diferentes motivos desde falta de vontade e libido, desconforto com o parceiro, inibição. Também pode ser decorrente de alterações hormonais, que levam a queda na produção de estrogênio, como acontece na menopausa.

Alguns medicamentos também podem causar secura vaginal e impedir que a vagina se lubrifique adequadamente para o ato sexual, como antidepressivos, anti-hipertensivos, anti-histamínicos e anticolinérgicos.

Vulvovaginites e doenças infecciosas

Doenças vulvovaginais como a candidíase, a vaginose bacteriana e a tricomoníase são importantes causas de desconforto durante a relação sexual. A candidíase pode causar uma inflamação de toda a vulva e das paredes vaginais, o que torna a relação sexual difícil e dolorosa.

O herpes genital também é uma importante causa de dor na vulva que merece ser lembrada. É uma doença sexualmente transmissível que causa além de dor, pequenas bolhas com líquido que inflamam e causam sensação de queimação.

Trauma ou irritação na pele

A presença de feridas, áreas irritadas, ou traumatizadas pode causar uma maior sensibilidade da vulva e da entrada da vagina, ocasionando desconforto durante a relação sexual. Algumas situações corriqueiras, como a depilação ou relações sexuais intensas podem traumatizar a região genital e causar dor.

Doenças de pele

O líquen plano e o líquen escleroso são duas doenças dermatológicas que causam lesões na pele e podem levar a alterações na elasticidade nos tecidos da vulva, além de formação de feridas ou outras lesões dolorosas.

Síndromes vulvares (Vulvodinia e Vaginismo)

O vaginismo é um termo que se refere a contração involuntária dos músculos do assoalho pélvico, ou seja, a mulher que sofre de vaginismo contrai sem querer as paredes da vagina. Esta contração causa dor e impede que ocorra a penetração e se tenha relações sexuais satisfatórias.

Diferentes fatores podem estar relacionados com o aparecimento deste distúrbio, como: alterações anatômicas, inflamações, atrofia, sensibilidade nervosa.

Fatores psicológicos também podem contribuir para esta disfunção como: ansiedade, fobias, falta de conhecimento sexual, crenças culturais e religiosas, trauma genital ou abuso sexual.

Já a vulvodinia é uma sensibilidade da região da vulva que pode causa intensa dor, sensação de queimação e ardência.

Causas de dor profunda

As dores profundas são aquelas sentidas no pé da barriga ou no baixo ventre. Podem ser sentidas de diferentes formas como cólica, sensação de peso ou de queimação na barriga. Podem ocorrer quando o pênis toca o fundo da vagina e se intensificar conforme a posição no ato sexual.

Algumas causas de dores profundas são:

Doença inflamatória pélvica

A doença inflamatória pélvica é uma infecção causada pela bactéria Clamídia que pode atingir o útero, trompas e ovários. Causa uma importante inflamação destes órgãos, fazendo com que durante o ato sexual o toque do pênis no fundo da vagina leve a uma dor em profundidade localizada no pé da barriga.

Endometriose

A endometriose é uma doença que pode causar dor profunda durante as relações sexuais ou mesmo em outros momentos. É causada pelo crescimento do tecido do revestimento do útero (endométrio) em outras áreas da pelve como ovários, trombas e ligamentos.

Aderências uterinas e pélvicas

O útero ou outros órgãos pélvicos como os ovários e as tubas uterinas podem apresentar aderências, tecidos que se aderem um ao outro. As aderências podem ser formadas após procedimentos cirúrgicos, como a curetagem, ou após infecções, ou traumatismos.

Doenças do trato urinário

Duas doenças do trato urinário estão relacionadas com a dor no pé da barriga na relação sexual: a cistite e a Síndrome da bexiga dolorosa.

A cistite corresponde à infecção urinária que atinge a bexiga, causando dor ou ardência para urinar, micção frequente, sangue e alterações na cor e no odor da urina.

Já a Síndrome da bexiga dolorosa, também conhecida como cistite intersticial, corresponde a uma inflamação crônica, que causa sintomas de cistite, como ardência e dor para urinar, e dor no pé da barriga.

É normal sentir dor durante a relação?

Geralmente, não é normal sentir dor durante a relação. Alguma dor leve ou desconforto em algumas posições específicas podem ocorrer. Também durante a primeira relação sexual ou após a menopausa, o desconforto na relação é mais comum. No entanto, normalmente é um desconforto leve e passageiro, que melhora com o aumento da excitação sexual e lubrificação adequada.

Se a dor for persistente, mais intensa ou mesmo impedir o ato sexual, deve-se buscar compreender qual a causa desta dor. Caso isso aconteça converse com o seu médico de família ou ginecologista.

Também pode ser do seu interesse:

Porque sinto tanta dor em minha barriga depois da relação?

Ardência no órgão genital depois da relação é normal? O que pode ser?

É normal ter cólica depois da relação sexual?

Referências Bibliográfica

Barbieri R. Female sexual pain: Differential diagnosis. Uptodate. 2021

Vasectomia pode me deixar impotente?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Não, a vasectomia não causa impotência. A vasectomia apenas impede a chegada dos espermatozoides à uretra, tornando o homem infértil, ou seja, sem a capacidade de gerar filhos.

A cirurgia não causa impotência e nem existe risco disso acontecer, uma vez que os nervos e os vasos sanguíneos responsáveis pela ereção do pênis não estão envolvidos na vasectomia.

Portanto, é seguro dizer que a vasectomia não interfere na ereção ou na capacidade do homem em ter uma relação sexual normal.

Durante a vasectomia, é feito um corte no canal deferente, que é responsável por levar os espermatozoides até à uretra. Com o canal cortado, os espermatozoides ficam retidos no testículo. Porém, o sêmen, que é produzido na próstata e vesícula seminal, continua sendo eliminado normalmente durante a ejaculação.

O volume do líquido ejaculado continua o mesmo, só que não estão presentes os espermatozoides, que morrem e são reabsorvidos pelo próprio organismo.

Após a vasectomia, o paciente deve utilizar um método anticoncepcional até completar 60 dias, pois alguns espermatozoides podem ainda estar vivos dentro do canal deferente.

Para maiores esclarecimentos sobre a vasectomia e os seus riscos, consulte um médico urologista.

Leia também:

Tinha fimose, mas com o tempo e esforço "rompi" a pele...
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O aumento da sensibilidade na glande é um sintoma comum entre os homens que possuem fimose. O tratamento cirúrgico pode reduzir essa sensibilidade devido a exposição da glande que levará a maior resistência da pele e a formação aumentada de queratina local. Porém é preciso procurar um urologista, que após uma avaliação, poderá definir o melhor tratamento a ser seguido.

Glande

A glande é a região mais sensível do pênis. Trata-se de uma região bastante inervada, com objetivo de aumentar os estímulos durante uma relação, levando os impulsos nervosos que são responsáveis pela ereção e ejaculação.

Entretanto, nos casos de fimose, quando a glande passa a maior parte do tempo recoberta, é comum que essas sensações sejam ainda mais exacerbadas no momento em que ela é exposta. Algumas vezes esse aumento de sensibilidade causa desconforto e sensação desagradável.

Jovens que já foram submetidos à cirurgia de fimose, com a retirada do excesso de pele, tem a sua glande mais tempo exposta, o que desenvolve uma proteção e pele mais espessa (queratinização), reduzindo essa sensibilidade local.

Desempenho sexual

O desempenho sexual está mais relacionado ao seu bem estar, segurança e auto confiança. O que provavelmente após a resolução desse desconforto e sensibilidade aumentada, deverá acontecer naturalmente.

De qualquer forma, converse sobre o assunto com seu médico urologista, que poderá descartar outras causas possíveis para o assunto.

Portanto, o mais adequado é que procure um médico urologista, para avaliar a possibilidade de uma cirurgia reduzindo essa sensibilidade. E ainda, poderá orientar outras formas de diminuir esse sintoma.

Fimose

A fimose é a dificuldade em retrair o prepúcio, descobrindo a glande (cabeça do pênis), que pode se caracterizar em graus, leve, moderado e grave. É uma condição comum entre os homens, que costumam ser operar para retirar o excesso de pele ainda na infância.

Contudo, existem casos de fimose secundária, que acontece apenas na idade adulta, decorrente de infecções ou traumatismos, e que devem da mesma forma, passar por uma avaliação e tratamento específico com médico urologista, evitando complicações.

Leia também: Cirurgia de fimose causa aumento ou perda de sensibilidade na glande?

É possível ecografia dar resultado com sexo do bebê errado?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, é possível errar o sexo do bebê com a ecografia (ultrassom). Exames de ecografia que são realizados muito precocemente tem maior chance de apresentar um resultado errado, isto porque a genitália do feto é muito semelhante nos dois sexos no início da gestação.

Além disso, a posição do feto durante o exame do ultrassom também pode dificultar a visualização do sexo do bebê e confundir o médico que está realizando o exame.

É ainda possível que o pênis do menino fique um pouco escondido e o profissional interpretar que portanto o bebê seja uma menina, também é possível ocorrer o oposto, quando o profissional confunde o clitóris da menina com um pênis.

Pesquisas mostram que a possibilidade de acerto do sexo do bebê através do ultrassom pode variar de 80 a 90%, a depender da época da gestação em que foi feito o exame.

Recomenda-se que o exame para visualização do sexo do bebê seja feito um pouco mais tarde, por volta da 16ª a 20ª semana, nesse período os genitais estão um pouco mais diferenciados e o pênis de bebês do sexo masculino já está um pouco maior, sendo mais fácil a diferenciação a partir da vigésima semana.

Converse com o médico que está acompanhando a gestação para esclarecer mais dúvidas sobre o exame de ultrassom e o sexo do bebê.

Além disso,

Leia também: Na ultrassonografia transvaginal dá para saber o sexo do bebê?

Contraceptivo natural: quais os métodos naturais para evitar a gravidez?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os contraceptivos naturais são os métodos que se baseiam no reconhecimento do período fértil para serem efetuados e incluem método Billings, tabelinha, temperatura corporal, sintotérmico, coito interrompido, teste de ovulação e amenorreia lactacional.

Estes métodos são também são chamados de métodos contraceptivos comportamentais, pois para serem realizados é necessária a abstenção sexual durante o período fértil ou uso de práticas em que o esperma não é depositado na vagina.

Vale destacar que este métodos podem ser usados para evitar a gravidez, mas não previnem as infecções sexualmente transmissíveis (IST’s).

Conheça neste artigo os métodos naturais de concepção:

Método Billings ou muco cervical

O método Billings consiste na auto-observação das modificações do muco cervical, secreção produzida no colo do útero pela ação dos hormônios femininos, que torna a vagina úmida e, às vezes, pode ser observado na calcinha.

Após a menstruação é comum que ocorra um período de menos umidade na vagina, ou seja mais seco. A seguir, o muco se torna esbranquiçado e pegajoso, mas se quebra ao ser esticado. Ao se aproximar o dia da ovulação, o muco vai se modificando e se torna escorregadio, transparente e elástico, semelhante à clara de ovo, sinal de período fértil e, portanto, a mulher pode engravidar.

O casal que não deseja engravidar, deve evitar relações sexuais com penetração enquanto o muco cervical semelhante à clara de ovo estiver presente e até quatro dias após o seu desaparecimento.

Coito Interrompido

A realização do coito interrompido consiste na retirada do pênis da vagina, um pouco antes da ejaculação. Apesar de ser bastante utilizado, é um método que apresenta alto risco de falha, uma vez que o líquido que sai do pênis antes da ejaculação (líquido seminal), pode conter espermatozoides.

Além disso, pode ocorrer de o homem não ter controle suficiente para retirar o pênis antes que a ejaculação aconteça, o que caracteriza outra falha bastante comum para casais que sam este método.

Tabelinha

Para fazer a popular tabelinha (Método Ogino Knaus), determinar o seu período fértil e evitar a gravidez, é preciso que você observe, pelo menos 6 ciclos menstruais.

Isto quer dizer que você vai marcar em um calendário o primeiro dia de cada menstruação durantes seis meses seguidos para verificar quantos dias durou cada ciclo menstrual. É a partir destas informações que será calculado o seu período fértil. De preferência, faça este cálculo com a ajuda de um médico de família ou ginecologista.

Sabendo do seu período fértil com aplicação da tabelinha, evite relações sexuais com penetração neste período para evitar um gravidez.

Temperatura corporal

O método da temperatura corporal ou basal se fundamenta na verificação da temperatura do corpo em repouso, durante o ciclo menstrual. Os hormônios femininos fazem com a que a temperatura do corpo da mulher sofra variação de acordo com o período do ciclo menstrual.

Antes da ovulação a temperatura do corpo é mais baixa e durante a ovulação ela aumenta alguns décimos de grau, permanecendo assim até a chegada da menstruação seguinte.

Para utilizar este método, você deve medir a sua temperatura corporal ao acordar pela manhã, antes de levantar, e depois de dormir, no mínimo, por cinco horas. As temperaturas devem ser anotadas em um gráfico.

Para evitar a gravidez, o casal não deve ter relações sexuais com penetração vaginal no intervalo de 4 a 5 dias antes da data prevista para a ovulação até o quarto dia de temperatura mais elevada.

Sintotérmico

O método sintotérmico é o uso combinado da tabelinha, do método Billings (muco cervical), da temperatura basal para a identificação do período fértil.

Além da combinação destes métodos você deve estar atenta a alguns sinais e sintomas que indicam que a mulher está no período fértil são:

  • Sensação de peso ou inchaço nos seios,
  • Dor o aumento do abdome,
  • Aumento do desejo sexual,
  • Mudanças de humor,
  • Aumento de peso e
  • Aumento do apetite.

Deste modo, para evitar a gravidez, o casal deve evitar as relações sexuais com penetração vaginal nos dias considerados férteis de acordo com a tabela, características do muco cervical, elevação da temperatura corporal e presença de sinais e sintomas que indicam que a mulher se encontra em seu período fértil.

Amenorreia lactacional

O método da amenorreia lactacional consiste no uso da amamentação para evitar a gravidez, uma vez que a amamentação inibe a fertilidade da mulher.

Para efetuar o método a mulher precisa realizar amamentação exclusiva nos primeiros seis meses após o nascimento do bebê. Igualmente, é possível associar o método da amenorreia lactacional a outro método contraceptivo que não interfira na amamentação.

Para realizar a amenorreia lactacional como anticoncepcional a mulher:

  • Deve amamentar exclusivamente o seu bebê ao seio na hora que ele desejar (amamentação em livre demanda) por até 6 meses,
  • Não oferecer água, chás ou suco ao seu bebê por até 6 meses e
  • Deve apresentar ausência de menstruação.

Se você voltar a menstruar ou decidir introduzir outros alimentos para o seu bebê, converse com o médico de família ou ginecologista para que, juntos, possam escolher um método contraceptivo eficaz.

Vantagens e desvantagens dos anticoncepcionais naturais

Para a escolha do melhor método contraceptivo natural, é preciso que você conheça suas vantagens e desvantagens. Inclui-se entra as vantagens:

  • São gratuitos,
  • Não produzem efeitos colaterais ou malefícios,
  • Permitem que a mulher entre em contato com o seu corpo e o conheça melhor,
  • Proporciona aprendizado sobre a fertilidade feminina,
  • Não interferem no retorno da fertilidade da mulher.

As desvantagens dos anticoncepcionais naturais se encontram no fato de que estes métodos:

  • Não protegem contra as infecções sexualmente transmissíveis,
  • Não devem ser utilizados por mulheres com ciclos menstruais irregulares.

Se você apresentar irregularidades no ciclo ou tiver passado por aborto, aguarde que ocorram, pelo menos, três ciclos menstruais regulares até adotar um método de anticoncepção natural. Converse com o seu médico de família ou ginecologista para escolher o melhor método contraceptivo para você.

Para saber mais sobre métodos anticoncepcionais, você pode ler:

Melhor anticoncepcional: 5 dicas para ajudar na sua escolha

Dúvidas sobre anticoncepcional

Anticoncepcional oral tem efeitos colaterais?

Referências

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Direitos sexuais, direitos reprodutivos e métodos anticoncepcionais. Brasília: Ministério da Saúde, 2009. 52 p.

Bolha que parece herpes mas não é, o que pode ser?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Lesões que parecem herpes genital mas não são, podem ter diferentes causas, principalmente outras infecções sexualmente transmissíveis.

A lesão do herpes é uma bolha que geralmente estoura e forma uma pequena feridinha em forma de úlcera. Podem aparecer múltiplas bolhas na região genital, muito dolorosas.

No entanto, existem outras doenças que podem causar bolhas ou feridas semelhantes à herpes genital, como:

  • Cancro mole: é uma doença que causa feridas (em forma de úlcera) múltiplas ou únicas, muito dolorosas. É comum também o aparecimento de íngua na região da virilha;
  • Sífilis: na fase primária pode causar uma lesão em forma de úlcera única e indolor, que desaparece após alguns dias. Depois podem surgir lesões em forma de manchas disseminadas pela pele;
  • Linfogranuloma venéreo: pode causar inicialmente pequenas bolinhas ou feridas que são indolores e desaparecem após algum tempo. Depois surge uma íngua muito dolorida que pode provocar fístulas, ou seja, orifícios por onde sai secreção.

Uma outra doença que pode causar inflamação e sensação de ardência na região genital, embora não cause bolhas, é a candidíase genital. Nas mulheres pode causar corrimento vaginal esbranquiçado, intensa coceira e sensação de queimação durante as relações e após urinar. Nos homens também pode causar coceira e desconforto intenso na região do pênis.

Para o correto diagnóstico consulte o seu médico de família ou ginecologista para uma avaliação.

Também pode ser do seu interesse:

Tive um AVC há três anos e agora não consigo ter relações?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Talvez. Nessa situação é necessário avaliar qual a causa da impotência sexual e qual a melhor forma de tratamento para o problema encontrado, este problema pode estar associado ao AVC, a outras doenças como diabetes, hipertensão arterial, tabagismo, ou ser decorrente do uso de medicações ou ainda ter também fatores psicológicos associados.

A impotência sexual, ou disfunção erétil, é o termo utilizado para a incapacidade do homem de iniciar ou manter a ereção do pênis de forma a conseguir ter uma relação sexual satisfatória. Pode ter causas psicogênicas, de origem psicológica, e causas orgânicas, relacionados a doenças e fatores de risco.

Entre as causas de origem psicogênica as mais comuns estão associadas a transtornos de ansiedade, como a ansiedade de desempenho, que se refere ao fato do homem ficar tão ansioso em relação ao ato sexual, ao desempenho sexual e a satisfação da parceira que não consegue manter a ereção. Sintomas de depressão também podem levar a impotência.

Além disso, problemas financeiros, desemprego, dificuldades no relacionamento e estresse também são fatores que podem levar a disfunção erétil.

Em relação as causas orgânicas destacam-se aquelas oriundas  de problemas vasculares como a hipertensão arterial, aterosclerose e doenças que ocasionam lesões vasculares no pênis como a doença de Peyronie ou fraturas penianas.

Um fator complicador em relação aos homens que possuem doenças cardiovasculares é que os medicamentos utilizados podem também aumentar o risco de impotência, como os anti-hipertensivos. Outra classe de medicamentos que merece destaque, são os antidepressivos que podem levar a disfunções sexuais, entre elas a disfunção erétil. 

Existem outras inúmeras doenças que estão associadas a impotência sexual, o Diabetes Mellitus está entre as principais, mas doenças neurológicas, urológicas e procedimentos urológicos também podem desencadear esse problema.

É válido lembrar também dos fatores de risco para a disfunção erétil, o tabagismo é um dos principais, mas obesidade e sedentarismo também podem ser considerados fatores de risco para a ocorrência de impotência.

Leias mais em: Quais são as causas da impotência sexual?

Nesse tipo de situação é muito importante a avaliação de um médico de família ou clínico geral para o diagnóstico da causa da disfunção erétil e inicio do tratamento adequado. Em algumas situações pode estar indicada o acompanhamento por um médico urologista ou especialista em disfunções sexuais.

Pode também lhe interessar: Problemas com desejo sexual, ereção ou ejaculação

Tratei sífilis, quando devo fazer novo exame de sangue?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Deve fazer o exame de sangue, a cada 3 meses.

Segundo o novo protocolo de tratamento e monitoramento de cura da Sífilis, pelo Ministério da Saúde 2019, os exames devem ser repetidos a cada 3 meses. Dependendo do estágio em que iniciou a medicação, esse monitoramento pode levar até 72 meses, para definir a cura completa da doença.

Vale ressaltar, que mesmo com a cura da sífilis, não quer dizer que estará imune a uma nova contaminação. Portanto, deve seguir as seguintes recomendações:

  • O/A parceiro/a também deve ser tratado e acompanhado,
  • Manter acompanhamento no posto de saúde ou com médico de família,
  • Fazer uso de camisinha durante as relações.

A camisinha é a única maneira comprovadamente eficaz contra a transmissão de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).

O que é a sífilis?

Sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST), ou doença sexualmente transmissível, causada pela bactéria Treponema pallidum. A transmissão só ocorre via sexual ou da mãe para o bebê, na gestação ou no parto.

Quais os sintomas da sífilis?

A doença se apresenta de formas variadas, de acordo com seu estágio.

Sífilis primária = ferida e ínguas.

A sífilis primária, ocorre por volta de 10 a 90 dias após o contágio, com o aparecimento de uma ferida típica da doença (cancro duro), localizadas na região onde aconteceu a penetração da bactéria (pênis, vulva, colo do útero, boca, ânus) e ínguas (aumento de linfonodos),

A ferida não causa sintomas e desaparece mesmo sem qualquer tratamento. O que faz com que a pessoa acredite estar curada, mas a bactéria permanece "adormecida" no organismo.

Sífilis secundária = lesões de pele, febre baixa, mal-estar, falta de apetite.

Em torno de 6 semanas a 6 meses após a cicatrização da ferida, surgem novos sintomas, que caracterizam a sífilis secundária. São sintomas inespecíficos, semelhantes a um resfriado, como febre baixa, mal-estar e inapetência; mas também sintomas mais específicos, como as lesões cutâneo-mucosas (roséola, placas mucosas, papulosas, lesões em palma das mãos e planta dos pés), ainda, calvície (alopécia em clareira), madarose (perda de cílios ou sobrancelhas) e rouquidão.

A sífilis primária e secundária, são as fases de maior risco para transmissão da doença, pela presença de grande quantidade de bactérias, tanto na ferida quanto nas lesões de pele.

Sífilis latente = sem sintomas!

A fase de latência, é a fase em que a bactéria fica inativa, "adormecida", por isso não apresenta qualquer sintoma. É classificada ainda em fase latente recente, com menos de 2 anos do aparecimento da ferida (primária), e latente tardia (mais de 2 anos da fase primária).

A fase termina quando surgem os sintomas da sífilis secundária ou terciária.

Sífilis terciária = lesões nodulares de pele, artrites, cegueira, neurossífilis...

A fase terciária acontece com mais de 10 anos após o contágio, e representa a fase mais grave e perigosa da doença. Por isso é tão importante buscar o diagnóstico precoce e instituir o tratamento antes de chegar a fase terciária.

Nesse momento, os sintomas aparecem na pele, ossos, sistema cardiovascular e neurológico, levando a quadros de nódulos dolorosos, artrite, aortite (inflamação na parede da aorta), cegueira, meningite, quadro de neurossífilis, entre outras doenças.

Sífilis tem cura? Qual é o tratamento?

Sim. Sífilis tem cura.

O tratamento, assim como o monitoramento, é baseado no estágio em que se fez o diagnóstico. Deve ser administrado o antibiótico PENICILINA BENZATINA® 2,4 milhões UI intramuscular, sendo metade em cada glúteo, para evitar dor ou outros efeitos colaterais.

Na fase inicial, primária, secundária e latente recente, basta uma dose e o devido acompanhamento. Nas fases mais avançadas, terciária e latente tardia, são 3 doses, uma a cada semana, com o monitoramento mais prolongado.

Para neurossífilis, deve ser administrado o tratamento em ambiente hospitalar, e intravenoso, pela gravidade e riscos inerentes da doença. Nesse caso o antibiótico será a PENICILINA CRISTALINA® OU CEFTRIAXONE®.

Para alérgicos à penicilina, a opção é a doxiciclina®, porém essa medicação é contraindicada na gravidez.

Sendo assim, conforme citado acima, mantenha seu monitoramento de maneira adequada, e para maiores esclarecimentos, converse com seu médico assistente.

Leia também: Quem já teve sífilis pode ter filhos?