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Cada vez que faço hemograma as plaquetas estão...
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Estando dentro dos valores de normalidade, a princípio não há com o que se preocupar.

Entretanto, sabendo que dentre as causas comuns de plaquetas baixas, estão as doenças crônicas como a psoríase e uso regular de certos medicamentos, como no seu caso, recomendamos informar esses resultados ao seu médico assistente, para uma avaliação mais detalhada e se for preciso, fazer as alterações pertinentes.

Mesmo que esteja dentro da normalidade e que resulte apenas em orientações alimentares e de hábitos de vida, poderá prevenir uma plaquetopenia (queda das palquetas), futura.

Quais as causas de plaquetopenia (plaquetas baixas)?

As principais causas de plaquetopenia são:

  • Infecções virais e bacterianas (dengue, chikungunya, febre amarela, sepse);
  • Uso crônico de certos medicamentos;
  • Gestação;
  • Doenças crônicas (diabetes, hipertensão, psoríase)
  • Doenças imunológicas (púrpura trombocitopênica imune (PTI);
  • Doenças reumáticas (Lúpus eritematoso sistêmico);
  • Doenças da medula óssea (mieloma múltiplo);
  • Doenças que causem o aumento do baço, como esquistossomose, leucemia, linfoma; entre outras.
O que são as plaquetas?

As plaquetas, ou trombócitos, são células do sangue, produzidas pela medula óssea, que participam ativamente do processo de coagulação do corpo, embora não seja a única responsável por essa função. Existem ainda os fatores de coagulação, que agem junto, e são fundamentais para que o processo ocorra de maneira satisfatória.

Para mais esclarecimentos fale com seu/sua médico/a clínica geral, ou hematologista.

Saiba mais sobre o assunto nos artigos a seguir:

Para que serve a contagem das plaquetas e como entender os resultados?

O que fazer para aumentar a contagem de plaquetas?

Qual é o perigo de ter plaquetas baixas?

Referências:

  • Charles S Abrams, et al.; Platelet biology. UpToDate: Jul 10, 2019.
  • Donald M Arnold, et al.; Approach to the adult with unexplained thrombocytopenia. UpTodate: Jul 19, 2019.
Uma gripe pode fazer descer o nível de plaquetas?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, uma gripe pode baixar o nível de plaquetas no sangue. Doenças virais, como gripe, dengue, AIDS, hepatite C, febre amarela, entre outras, são causas comuns de plaquetas baixas (plaquetopenia) em adultos.

Porém, apesar das plaquetas poderem estar baixas na gripe, elas não ficam tão baixas como na dengue, por exemplo, em que a queda dos níveis de plaqueta é muito mais acentuada, e pode provocar sintomas como sangramentos ou hemorragias.

As plaquetas são as células do sangue responsáveis pela coagulação sanguínea. Se a contagem de plaquetas estiver muito baixa existe o risco de sangramento.

Diferentes doenças podem levar a plaquetopenia como púrpura trombocitopênica trombótica, púrpura trombocitopênica idiopática, vasculites, síndrome hemolítico-urêmica, aplasia de medula, entre outras, a realização de quimioterapia também pode baixar os níves de plaquetas.

Alguns fármacos também podem causar diminuição das plaquetas como os diuréticos tiazídicos, fármacos mielossupressores, anticonvulsivantes, heparina, entre outros.

Leia mais sobre o assunto em: Quais as causas de plaquetas baixas?

Esses sangramentos podem ser simples e ocorrer apenas no nariz e na gengiva, ou graves, sendo visíveis na urina, fezes e vômito, podendo levar à morte.

Casos de plaquetas baixas devem ser avaliados por um médico hematologista.

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Plaquetas altas e baixas: o que pode ser e quais os sintomas?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Plaquetas altas é uma condição chamada plaquetose ou trombocitose, enquanto um quadro de plaquetas baixas é denominado plaquetopenia ou trombocitopenia.

A contagem normal de plaquetas no sangue varia entre 150.000 e 400.000 por microlitro de sangue, podendo variar um pouco entre os laboratórios.

Para detectar se as plaquetas estão altas ou baixas basta realizar um exame de hemograma. As plaquetas são avaliadas inicialmente nesse exame. Se for preciso um estudo mais específico de reação das plaquetas poderá ser pedido posteriormente.

O que são plaquetas?

As plaquetas, também chamadas como trombócitos, são células sanguíneas produzidas na medula óssea, juntamente com os outros tipos de células do sangue. A medula óssea é um tecido esponjoso localizado dentro dos ossos, sobretudo nos ossos grandes.

As plaquetas participam do processo de coagulação sanguínea. Quando há um sangramento, as plaquetas se unem, formando um coágulo (trombo) que controla a perda de sangue no local.

Plaquetas altas

As plaquetas são consideradas altas, quando sua contagem tem valor igual ou superior a 400.000. O aumento de plaquetas é chamado trombocitose ou plaquetose. Isso significa que o corpo está produzindo mais plaquetas do que o esperado, e isso pode ser prejudicial para o organismo.

Quais as causas de plaquetas altas?

As plaquetas aumentadas podem ter várias causas. Dentre elas estão:

  • Anemia hemolítica;
  • Deficiência de ferro;
  • Infecções, grandes cirurgias ou traumatismos;
  • Doenças inflamatórias ou infecciosas, como distúrbios do tecido conjuntivo;
  • Doença inflamatória intestinal;
  • Tuberculose;
  • Câncer;
  • Uso de certos medicamentos;
  • Neoplasia mieloproliferativa (doença da medula óssea);
  • Retirada do baço.

Algumas condições podem deixar as plaquetas elevadas durante um curto período, como observado na recuperação de uma doença ou agressão, por exemplo:

  • Recuperação de perda de sangue grave por trauma/acidente;
  • Recuperação de uma contagem muito baixa de plaquetas causada pelo uso excessivo de álcool, falta de vitamina B12 ou folato (vitamina B9);
  • Inflamação ou Infecção aguda (sepse);
  • Resposta à atividade física extenuante.
Quais os sintomas de plaquetas altas?

Os sinais e sintomas de plaquetas altas estão associados à formação de coágulos sanguíneos e sangramentos. Situações que se refletem com sinais de fraqueza, dores de cabeça, tontura, dor no peito e formigamento nas mãos e nos pés, dependendo da localização desses coágulos.

Além disso, estudos apontam para o aumento das plaquetas como primeiro sinal de um câncer, em cerca de 35% dos casos, principalmente se o câncer for de origem pulmonar, gastrointestinal, mama, ovário ou hematológico, como o linfoma.

Coágulos sanguíneos

Os coágulos sanguíneos ou trombos, geralmente se alojam nos pequenos vasos do cérebro, extremidades de mãos e pés. Contudo, podem obstruir qualquer outra parte do corpo, inclusive no coração e nos intestinos.

Coágulos sanguíneos no cérebro podem causar sintomas como dor de cabeça contínua e tontura. Nos casos mais graves, acidente vascular cerebral (AVC).

Quando os coágulos se formam nos pequenos vasos sanguíneos das mãos e dos pés, podem causar dormência, vermelhidão, dor intensa ardente e latejante, pelo menor fluxo sanguíneo, com queixas referidas principalmente nas palmas das mãos e nas plantas dos pés.

Sangramentos

O sangramento geralmente ocorre quando as plaquetas estão muito altas, com uma contagem superior a 1 milhão de plaquetas por microlitro de sangue, ou quando existem plaquetas defeituosas. Os sinais e sintomas nesses casos incluem sangramentos nasais, hematomas, sangramento da boca ou gengivas ou sangue nas fezes.

Embora o sangramento esteja mais frequentemente associado a plaquetas baixas, também pode ocorrer em pessoas com uma contagem de plaquetas altas.

Outra causa de sangramento em pessoas com plaquetas altas é uma condição chamada Doença de von Willebrand, que afeta o processo de coagulação do sangue.

Durante a gravidez, os coágulos encontrados na placenta podem causar aborto espontâneo ou problemas no crescimento e no desenvolvimento fetal.

Mulheres que apresentam plaquetas altas ou baixas e tomam pílulas anticoncepcionais têm um risco maior de desenvolver coágulos sanguíneos.

Contudo, não é apenas uma contagem de plaquetas alta que pode levar à formação de trombos. O desenvolvimento de coágulos também está relacionado a outras condições e fatores, como idade avançada, história anterior de coágulos sanguíneos, diabetes, hipertensão arterial (pressão alta) e tabagismo.

Qual é o tratamento para plaquetas altas?

Depende da causa dessa trombocitose.

Achado acidental, com demais exames normais e ausência de sinais ou sintomas, não precisam de tratamento, desde que a condição permaneça estável. Apenas manter acompanhamento, conforme orientação médica.

Em outros casos, a aspirina pode ajudar quanto ao risco de formação de coágulos sanguíneos, uma vez que a aspirina “afina” o sangue. No entanto, o uso do medicamento só deve ser feito com prescrição médica, após avaliação de riscos, pois pode originar sangramentos.

A aspirina é receitada para a maioria das mulheres grávidas que apresentam uma contagem de plaquetas aumentada, pois não há risco elevado de efeitos colaterais para o feto.

Algumas pessoas com plaquetas elevadas podem precisar de medicamentos ou procedimentos médicos para baixar a contagem de plaquetas.

Medicamentos

Os medicamentos para baixar as plaquetas altas no sangue são indicados em casos de:

  • Histórico de coágulos sanguíneos ou sangramentos;
  • Presença de fatores de risco de doença cardíaca, como níveis elevados de colesterol no sangue, pressão alta ou diabetes;
  • Idade superior a 60 anos;
  • Contagem de plaquetas acima de 1 milhão.

Dentre os medicamentos usados para diminuir a contagem de plaquetas no sangue, estão: hidroxiureia®, anagrelida® e interferon alfa®.

Plasmaférese

A plasmaférese é um procedimento usado para reduzir rapidamente as plaquetas no sangue. Contudo, só está indicado em situações de emergência, como casos de AVC.

Plaquetas baixas

As plaquetas são consideradas baixas, quando a contagem apresenta valores inferiores a 150.000. Se o nível de plaquetas estiver abaixo de 50.000, o risco de sangramento é ainda maior, mesmo em atividades leves e diárias. Uma contagem de plaquetas abaixo do normal é chamada trombocitopenia ou plaquetopenia.

Quais as causas de plaquetas baixas?

Existem duas causas principais para uma diminuição do número de plaquetas no sangue: Produção insuficiente de plaquetas pela medula óssea, ou destruição das plaquetas pelo próprio organismo.

Produção insuficiente de plaquetas

A medula óssea pode não produzir plaquetas suficientes nas seguintes doenças e condições:

  • Aplasia de medula;
  • Câncer de medula óssea, como leucemia;
  • Cirrose hepática;
  • Deficiência de vitaminas (B9 e B12);
  • Infecções da medula óssea;
  • Síndrome mielodisplásica (doença em que a medula óssea não produz células sanguíneas suficientes ou as produz com defeito);
  • Câncer;
  • Tratamento com quimioterapia.
Destruição das plaquetas

O exame de plaquetas pode apresentar uma contagem com valores baixos se as plaquetas estiverem sendo destruídas na circulação sanguínea, no baço ou no fígado. Isso pode ocorrer nas seguintes condições:

  • Infecções ou viroses, como dengue e zika;
  • Uso de medicamentos, como anticoagulantes;
  • Aumento do baço devido outras doenças como esquistossomose, hepatite, malária, mononucleose, entre outras;
  • Doenças autoimunes, como a purpura trombocitopenica idiopática (PTI) e lúpus eritematoso sistêmico;
  • Desordem que causa a formação de coágulos como a CIVD (coagulação intravascular disseminada);
  • Tratamentos contra o câncer com radioterapia ou quimioterapia.
Quais os sintomas de plaquetas baixas?

Uma pessoa com as plaquetas baixas pode não manifestar sintomas ou apresentar:

  • Sangramentos na boca e na gengiva;
  • Hematomas;
  • Sangramento nasal;
  • Erupção cutânea (aparecimento de pequenas manchas vermelhas na pele chamadas petéquias).

Outros sintomas de plaquetas baixas dependem da causa.

As hemorragias são a principal complicação das plaquetas baixas, podendo ocorrer inclusive no cérebro ou no trato digestivo.

Qual é o tratamento para plaquetas baixas?

O tratamento para plaquetas baixas consiste primeiro em tratar a causa base, se esta for diagnosticada, por isso depende da causa do problema.

Pessoas com plaquetas baixas que não apresentam sinais e sintomas não precisam de tratamento, desde que a condição permaneça estável e em acompanhamento.

Os casos mais graves podem precisar de tratamento mais específico ou até transfusão de plaquetas, para interromper ou prevenir sangramentos.

O médico que solicitou o exame de plaquetas é o responsável pela interpretação dos resultados e indicar o tratamento mais adequado ou encaminhar para um especialista, de acordo com cada caso.

Para que serve a contagem das plaquetas e como entender os resultados?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A contagem de plaquetas é utilizada para avaliar a coagulação sanguínea. As plaquetas são as células do sangue, responsáveis por dar início ao processo de coagulação.

O resultado do exame, considerado normal, é o valor de plaquetas entre 150.000 e 450.000 mm³ de sangue, encontrado no exame de sangue, o hemograma, tanto para adultos quanto para crianças.

Um valor abaixo ou acima dessa faixa é considerada anormal, por isso, deve ser investigado. Conheça um pouco mais sobre as alterações nas plaquetas e o que pode ser feito em cada caso, no seguimento desse artigo.

Trombocitose (plaquetas altas)

As plaquetas altas, acima de 450 mil por mm³ de sangue, recebe o nome de trombocitose. Essa condição preocupa porque uma grande quantidade de plaquetas juntas podem dar origem aos coágulos sanguíneos, conhecidos por "trombos". Os trombos, dependendo do seu tamanho, podem obstruir o vaso, impedindo a passagem do sangue, dando origem a doenças graves como trombose e embolia pulmonar, condições que podem levar à morte.

As causas mais frequentes de trombocitose são:

  • Anemia hemolítica;
  • Deficiência de ferro;
  • Infecções, grandes cirurgias ou traumatismos;
  • Policitemia Vera;
  • Câncer;
  • Uso de certos medicamentos;
  • Doença da medula óssea (neoplasia mieloproliferativa);
  • Retirada do baço.

O tratamento da trombocitose depende da causa e pode incluir o uso de medicamentos e outros procedimentos médicos. No caso de plaquetas altas, procure o hematologista para avaliar o seu caso.

Pancitopenia (plaquetas baixas)

As plaquetas baixas, ou seja, abaixo de 150 mil por mm³ de sangue, é chamada pancitopenia ou trombocitopenia. Essa condição também causa preocupação, porque aumenta o risco de sangramentos.

A queda das plaquetas pode ocorrer por dois mecanismos principais: pela produção baixa dessa célula, ou pela sua destruição acelerada ou precoce. As causas mais frequentes são:

  • Púrpura trombocitopênica idiopática ou Trombocitopenia imune primária (PTI),
  • Gravidez,
  • Infecções virais e bacterianas (ex.: dengue, febre amarela, hepatite C, HIV)
  • Uso de certos medicamentos (heparina, ampicilina, cimetidina, ibuprofeno, naproxeno, entre outros),
  • Doença crônica do fígado, como a cirrose,
  • Alcoolismo,
  • Carência de vitaminas (folato e B12)
  • Doenças da medula óssea (anemia aplástica, câncer, leucemia),
  • Doenças reumatológicas (lúpus, artrite reumatoide),
  • Quimioterapia e radioterapia.

O tratamento mais uma vez irá depender da causa, e nem sempre existe algo a fazer. Por exemplo, na gravidez é preciso acompanhar e orientar quanto a alimentação, mas, em geral, a contagem se normaliza após o nascimento do bebê, espontaneamente.

Na PTI, com sinais de gravidade, pode ser indicado o uso de corticoides e imunoglobulina. O câncer possui um protocolo de tratamento mais específico, determinada pelo oncologista.

Cabe ao especialista, hematologista ou oncologista, definir a melhor opção, caso a caso.

O que pode alterar as plaquetas?

Diversas situações podem alterar as plaquetas sem, necessariamente, significar uma doença. Entretanto, em alguns casos, essas alterações podem ser bastante perigosas para a saúde, como, por exemplo, a púrpura trombocitopênica imune (PTI) ou a policitemia vera.

Sendo assim, se perceber que tem dificuldade para parar um sangramento, se apresenta sangramentos espontâneos sem motivo aparente ou manchas roxas pelo corpo, mesmo sem sofrer pancadas, procure um hematologista para avaliar com mais cuidado esses sintomas.

Quando devo me preocupar?

Sempre que houver alteração nas plaquetas, é preciso avaliar junto com médico de família ou hematologista, no entanto, alguns sinais e sintomas indicam necessidade de avaliação de urgência, como:

  • Sangramento de difícil controle,
  • Contagem de plaquetas abaixo de 50.000,
  • Plaquetopenia na gravidez,
  • Sangramento espontâneo, sem motivo aparente;
  • Sangramento com presença de manchas roxas pelo corpo;
  • Sangramento associado a febre, falta de ar ou cansaço extremo.

Conheça mais sobre esse assunto nos artigos:

Quais são os sintomas de plaquetas baixas?

Plaquetas altas e baixas: o que pode ser e quais os sintomas?

Cada vez que faço hemograma as plaquetas estão...

Referência:

Charles S Abrams, et al.; Platelet biology. UpToDate: Jul 10, 2019.

Donald M Arnold, et al.; Approach to the adult with unexplained thrombocytopenia. UpTodate: Jul 19, 2019.

Qual é o perigo de ter plaquetas baixas?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

O principal perigo quando as plaquetas estão muito baixas é a hemorragia. Isso acontece por as plaquetas serem células importantes no processo de coagulação do sangue.

As hemorragias graves podem acontecer sem haver outro motivo além das plaquetas muito baixas. Isso é raro (mais frequente quando as plaquetas estão abaixo de 20.000/mm³).

As mais perigosas podem acontecer no aparelho digestivo e no sistema nervoso central (causando acidente vascular cerebral hemorrágico). O AVC hemorrágico é muito grave.

Quando preciso ter cuidado?

É preciso ter cuidado quando as plaquetas estão muito baixas e quando há outros problemas de saúde que podem aumentar o risco de hemorragias. Nos casos em que já houve uma hemorragia, quando há manchas roxas na pele ou mucosas e sangue na urina (hematúria), o risco de hemorragias é muito alto.

A baixa concentração de plaquetas no sangue é chamada plaquetopenia ou trombocitopenia. Quando ela é leve (plaquetas entre 100.000 a 150.000/mm³), deve apenas ser acompanhada pelo médico, através da realização de exames de sangue periodicamente. Esses valores podem ser normais para algumas pessoas.

O risco de hemorragias pode ser maior quando você tem:

  • Problemas de coagulação do sangue
  • Inflamação, infecção ou febre
  • Defeitos anatômicos ou cicatrizes cirúrgicas
  • Plaquetas que não “funcionam” direito

Quando a plaquetopenia é moderada (plaquetas entre 50.000 e 99.000/mm³) ou grave (plaquetas abaixo de 50.000/mm³), algumas condições de saúde que levam à sua diminuição também podem trazer riscos para a saúde. Por isso, é importante investigar a causa para poder tratá-la. Algumas delas são:

  • Câncer com supressão da medula óssea (onde as plaquetas são formadas), como as leucemias e linfomas
  • Problemas de medula óssea
  • Doença autoimune e síndrome antifosfolípide
  • Infecções: infecções virais (vírus causadores de covid-19, HIV, zica, hepatite C, Epstein-Barr) e malária são alguns exemplos
  • Deficiências alimentares: falta de vitamina B12, folato e cobre; excesso de zinco
  • Doença crônica grave do fígado (como a cirrose) e baço aumentado
  • Coagulação intravascular disseminada
  • Infecções bacterianas com sepse (infecção generalizada)
  • Pré-eclâmpsia
O que é feito no caso de hemorragias?

Nesse caso, é possível receber uma transfusão de plaquetas. A transfusão também pode ser realizada antes de um procedimento de urgência que vá causar sangramento (como uma cirurgia).

A quantidade de plaquetas e a frequência das transfusões dependem da concentração / contagem de plaquetas que você tem e da gravidade do sangramento.

Outra situação em que pode ser indicada é para aumentar o número de plaquetas e evitar sangramentos prolongados. Nesses casos e sempre que o risco de hemorragia for verificado com antecedência, outras alternativas podem ser o uso intravenoso de imunoglobulinas (anticorpos) ou de corticoides.

O que faço para tentar evitar as hemorragias?

Evitar as situações em que você pode se machucar é a principal medida. Como há alguns medicamentos que podem ser responsáveis pela baixa contagem de plaquetas, suspender o uso pode ser importante para evitar as hemorragias. O álcool e as drogas também precisam ser evitados.

O risco de hemorragia em qualquer caso em que houver rompimento de vasos sanguíneos será maior quando as plaquetas estiverem muito baixas. Os vasos podem romper:

  • Com um corte
  • Em um acidente
  • Com uma pancada
  • Durante uma cirurgia

Por isso, enquanto as plaquetas estiverem muito baixas, essas situações precisam ser evitadas sempre que possível.

Atividades físicas em geral devem ser evitadas, principalmente as que podem levar a quedas. Dobre o cuidado ao manipular facas, tesouras, objetos de vidro e lâminas.

Em alguns casos, o que causa a plaquetopenia é o uso de medicamentos. Alguns exemplos são:

  • Heparina — que também pode causar trombose
  • Quinina (inclusive na água tônica)
  • Alguns antibióticos: sulfonamidas (como a trimetoprima e o sulfametoxazol), ampicilina, rifampicina e vancomicina são exemplos
  • Paracetamol
  • Cimetidina
  • Carbamazepina, ácido valproico e fenitoína
  • Alguns anti-inflamatórios, como o ibuprofeno e o naproxeno
  • Alguns medicamentos para câncer

Nesses casos, a primeira medida para evitar hemorragias é parar de tomá-lo. O médico irá dizer como parar de usá-lo e substitui-lo, se for necessário. A contagem de plaquetas normalmente volta ao normal entre 5 e 7 dias após a interrupção.

O uso de álcool em excesso e de drogas também podem causar a diminuição das plaquetas.

Há outros riscos quando as plaquetas estão baixas?

Raramente, há risco de trombose venosa ou arterial. Isso pode acontecer principalmente nos casos em que a trombocitopenia foi desenvolvida devido:

  • Ao uso de heparina
  • À administração das vacinas contra o coronavírus da AstraZeneca e Janssen / Johnson & Johnson (muito raro)
  • Ao desenvolvimento de síndrome antifosfolípide (uma doença autoimune que pode ser causada pelo lúpus, uso de alguns medicamentos, infecções e câncer)
  • À coagulação intravascular disseminada (que pode acontecer em caso de infecção bacteriana generalizada, por exemplo)

Tanto as hemorragias quanto a trombose são problemas graves de saúde. Os casos graves de plaquetopenia necessitam de acompanhamento e tratamento urgentes para preveni-las.

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Referências:

UpToDate. Platelet transfusion: Indications, ordering, and associated risks

UpToDate. Diagnostic approach to the adult with unexplained thrombocytopenia