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Como se pega herpes genital?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O herpes genital é transmitido pela via sexual. Trata-se de uma infecção causada principalmente pelo vírus Herpes simplex tipo 2, que é transmitido pelo contato com uma pessoa que esteja com lesões ativas, isto é, com feridas eliminando secreção.

Portanto, a pessoa pega herpes genital através de relações sexuais sem proteção com uma pessoa infectada. O contato íntimo pode ser vaginal, oral ou anal. Sem uso de preservativo masculino ou feminino, o Herpes simplex pode ser transmitido.

Por ser uma infecção sexualmente transmissível (IST) muito contagiosa, é importante evitar o contato direto com as bolhas e as feridas, sobretudo se estiverem eliminando secreção, que está repleta de vírus.

A transmissão do herpes genital tem muito mais chances de acontecer durante o aparecimento das bolhas. Contudo, o contágio também pode ocorrer na ausência de sinais e sintomas, ou seja, sem a presença de lesões.

Posso pegar herpes genital no vaso sanitário?

O vírus é altamente transmissível e a infecção também pode ocorrer através do contato com objetos contaminados. Contudo, essa forma de contágio é mais rara, já que fora das células, os vírus não sobrevivem.

Por isso, a transmissão do herpes genital através do uso de vasos sanitários, banheiros, toalhas e outros objetos contaminados raramente acontece. Mesmo assim, recomenda-se evitar compartilhar objetos pessoais ou íntimos que possam estar infectados.

Se a mãe tiver herpes genital, o bebê pode pegar herpes na gravidez?

Uma outra forma de contágio do vírus do herpes genital é quando a mulher apresenta lesões ativas de herpes durante a gravidez, principalmente no momento do parto. Nesse caso, por contato direto com as lesões, o bebê pode se infectar e desenvolver sequelas graves futuramente uma vez que a sua imunidade ainda não está totalmente desenvolvida.

Se a gestante estiver com lesões ativas de herpes genital próximo ao período do parto, podem ser indicados medicamentos antivirais específicos para combater o vírus ou, dependendo do caso, ser indicado o parto por cesariana para evitar que o bebê seja infectado.

Mulheres portadoras de herpes genital que pretendem engravidar devem sempre informar à/ao médica/o que possuem o vírus, mesmo na ausência de lesões.

Se pegar herpes genital, quanto tempo demora para aparecer os sintomas?

O vírus do herpes genital tem um período de incubação de até duas semanas. Depois dessa fase, começam a surgir os primeiros sintomas da doença, como vermelhidão e dor no local de contato, além da famosa lesão em vesículas (bolhas), que são típicas do herpes. Elas podem aparecer na vulva e na vagina, no ânus ou na boca.

A primeira manifestação do herpes genital normalmente é mais agressiva, dolorosa e permanece por mais tempo quando comparada com os surtos seguintes. Nesses casos, os sintomas podem incluir febre e mal estar.

Em geral, a infecção se limita aos sintomas de pele, mas pode haver complicações graves. Uma delas é a encefalite herpética, que é a infecção cerebral pelo vírus do herpes. Ela pode ocorrer nas pessoas com imunodeficiências, como por exemplo em portadores do vírus HIV/AIDS com doença ativa.

Quanto tempo os sintomas do herpes genital levam para aparecer?

O vírus do herpes genital tem um período de incubação de até duas semanas. Depois dessa fase, começam a surgir os primeiros sintomas da doença, como vermelhidão e dor no local de contato, além da famosa lesão em vesículas (bolhas), que são típicas do herpes. Elas podem aparecer na vulva e na vagina, no ânus ou na boca.

A primeira manifestação do herpes genital normalmente é mais agressiva, dolorosa e permanece por mais tempo quando comparada com os surtos seguintes. Nesses casos, os sintomas podem incluir febre e mal estar.

Como prevenir o herpes genital?

A forma mais eficaz de prevenir o herpes genital é não ter relações sexuais com pessoas infectadas. O uso de preservativo diminui o risco de infecção, mas ainda assim não é totalmente eficaz para proteger a transmissão da doença, já que as lesões podem surgir em locais próximos aos órgãos genitais e pode haver o contágio.

A infecção não tem cura, e o tratamento com pomada ou comprimidos antivirais serve somente para acabar com as lesões visíveis e os sintomas. Porém, o vírus continua para sempre alojado nas células nervosas do indivíduo, e os sintomas podem reaparecer em momentos de estresse ou baixa imunidade. A cada nova recorrência, é preciso repetir o tratamento.

Para saber qual é o melhor método de tratamento em cada caso, é necessário consultar o/a clínico/a geral, médico/a de família, urologista ou ginecologista.

Para saber mais sobre herpes, você pode ler:

Herpes Labial: 4 formas eficazes de tratar

Herpes na gravidez é perigoso? Como tratar?

Quem tem herpes pode engravidar?

Referências

Cole, S. Herpes Simplex Virus: Epidemiology, Diagnosis, and Treatment. Nursing Clinics of North America, 55(3):337-345, 2020.

Sociedade Brasileira de Estomatologia e Patologia Oral.

Sociedade Brasileira de Infectologia.

Sangramento acompanhado com um mau cheiro terrível?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sangramento ou corrimento com odor desagradável, geralmente, indica algum tipo de infecção ou inflamação vaginal, precisa procurar um médico para uma melhor avaliação e diagnóstico. Não é esperado que o uso do anticoncepcional injetável altere o odor da menstruação, portanto é importante investigar a causa desse odor.

O sangramento menstrual não costuma ter odor fétido, quando isso ocorre é importante avaliar qual o motivo do cheiro desagradável. Diversas situações podem ocasionar essa mudança no odor da menstruação, entre elas o sangramento excessivo e abundante e a presença de vulvovaginites como a vaginose bacteriana são as mais comuns.

A utilização de absorventes ou tampões por longos períodos também podem contribuir para a modificação do odor do sangue menstrual. Mais raramente a presença de tumores de colo uterino também podem ocasionar a presença de sangramento vaginal de odor pútrido.

O que é Vaginose bacteriana?

A vaginose bacteriana é uma vulvovaginite causa por uma bactéria, a Gardnerella vaginalis, essa bactéria causa um corrimento branco acinzentado com um forte odor semelhante a peixe.

Quando a mulher está com essa vulvovaginite é esperado que a sua menstruação também apresente um odor desagradável devido a mistura entre o sangue e a secreção vaginal infectada, no entanto, o cheiro fétido permanece mesmo na ausência de menstruação.

O tratamento da vaginose bacteriana é muito simples e fácil de ser realizado, é feito através do uso de creme vaginal ou de medicamento antibiótico.

Na presença de odor fétido menstrual consulte um médico ginecologista ou médico de família para uma avaliação.

Também pode ser do seu interesse:

Tem algum remédio para mau cheiro na vagina?

Coceira na vagina, dor ao urinar e com um corrimento...
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Coceira na vagina, dor ao urinar, atraso menstrual e corrimento branco ou esverdeado podem ter explicações diferentes. Você pode estar com mais de um acometimento ao mesmo tempo, como, por exemplo, infecção urinária e infecção vaginal.

A maioria desses sintomas pode ser justificado por uma infecção vaginal. Essa infecção vaginal é conhecida como vulvovaginite e, as mais comuns são:

  • Candidíase
  • Vaginose bacteriana
  • Tricomoníase

A presença de alguma dessas infecções pode explicar os seus sintomas.

No entanto, nenhuma dessas infecções causa atraso menstrual. Por isso, se o seu atraso menstrual for maior de 15 dias da data esperada de vir a menstruação, é recomendado fazer um teste de gravidez.

Coceira na vagina

A coceira na vagina pode ter diversas causas:

  • desajuste na flora normal vaginal
  • infecções sexualmente transmissíveis (ISTs)
  • alergia ao látex da camisinha
  • redução de estrógeno
  • alergia a produtos de higiene

A coceira na vagina precisa ser avaliada pelo médico ginecologista ou médico de família. Com a história clínica e o exame físico, o médico poderá avaliar se a paciente está com alguma alergia no campo exterior à vagina ou se há alguma infecção na parte interna da vagina.

Como posso aliviar a coceira na vagina?

Para aliviar a coceira, é necessário identificar a causa da infecção e fazer o tratamento correto e completo.

Caso a coceira na vagina seja causada por alergia, é necessário identificar o que está provocando a reação alérgica e afastar o agente irritante para acabar com a coceira.

Além disso, é importante usar calcinhas de algodão e evitar o uso de calça jeans apertada.

Antes de tomar qualquer medicação, é muito importante passar por uma avaliação médica para que haja a identificação do que está causando a coceira. A partir da avaliação, o medico poderá indicar o melhor tratamento para o seu caso. Isso pode ser feito com o uso de pomada interna vaginal ou com comprimidos que devem ser tomados via oral.

Candidíase

Candidíase é uma infecção vaginal causada pelo fungo Candida.

Os principais sintomas são:

  • Corrimento vaginal branco e espesso
  • Coceira e irritação na vagina
  • Dor ao urinar
  • Dor durante a relação sexual

A candidíase não deve ser tratada quando a mulher está sem sintomas. Porém, na presença deles, é importante fazer uma consulta médica para melhor indicação de qual medicação usar. Em geral, o tratamento consiste no uso de pomada vaginal medicamentosa utilizada por 7 a 14 dias.

Vaginose bacteriana

Além de coceira na vagina, a vaginose bacteriana provoca corrimento vaginal cinzento e normalmente com mau cheiro (peixe podre), dor durante as relações sexuais e ardência ao urinar.

A vaginose surge quando ocorre um desequilíbrio nas bactérias que compõem a flora vaginal.

Relações sexuais frequentes, uso de duchas vaginais ou período pré-menstrual favorecem a alteração da flora bacteriana vaginal, podendo desencadear a vaginose.

O tratamento da vaginose pode ser feito com medicamentos antibióticos orais ou pomada vaginal com antibiótico. A vaginose pode ser transmitida para o parceiro, por isso ele também pode precisar receber tratamento.

Tricomoníase

É uma infecção transmitida durante as relações sexuais e causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis. Na mulher, ele causa vulvovaginite e, no homem, uretrite.

Em alguns casos ela não provoca sintomas. Quando estão presentes, os sintomas podem ser:

  • coceira vaginal intensa
  • corrimento vaginal abundante
  • odor fétido
  • sangramento após a relação sexual

O tratamento dessa infecção (feito com antibióticos orais) é de extrema importância principalmente em mulheres grávidas. Ela pode causar efeitos adversos na gestação inclusive perda gestacional.

Dor ao urinar

A dor ao urinar pode estar presente nos casos dessas infecções vaginais como a candidíase, a vaginose bacteriana ou a tricomoníase. Porém, uma infecção urinária pode ser uma outra explicação do seu problema.

Infecção urinária é muito comum entre mulheres sexualmente ativas. Essa infecção deve ser devidamente tratada uma vez que pode evoluir para uma infecção nos rins ou sistêmica.

Corrimento branco e esverdeado

Esse tipo de corrimento é comum nas vulvovaginites explicadas acima. É muito importante prestar atenção no tipo do corrimento, no cheiro, na cor e na quantidade. Essas informações são úteis para caracterizar qual agentes está causando a infecção.

Coceira antes da menstruação

No período pré menstrual, as alterações hormonais provocam mudanças no pH interno da vagina e isso pode favorecer a proliferação da flora habitual da vagina. Com isso, é comum as mulheres apresentarem sintomas de candidíase, como a coceira, antes da menstruação.

Busque ajuda profissional

Consulte um ginecologista ou médico de família para essa avaliação e indicação do melhor tratamento para seu caso. Esses sintomas são bem irritativos e podem impactar a qualidade de vida da mulher.

Vale a pena ressaltar que o tratamento recomendado deve ser seguido corretamente e pelos dias indicados. Quando o tratamento não é realizado dessa forma, há chances da coceira não desaparecer.

Referência:

FEBRASGO – Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia

Próximo de menstruar tenho um corrimento e coceira...
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

É possível que seja candidíase vaginal ou alguma outra infecção vaginal. O período pré-menstrual pode contribuir para mudança do pH e das condições internas da vagina, que pode contribuir para alterações da flora bacteriana normal, por isso muitas mulheres apresentam sintomas de candidíase no período pré menstrual.

Nos dias que antecedem a menstruação as mudanças hormonais que ocorrem no organismo da mulher podem levar a modificações no pH que tornam o ambiente propicio para a proliferação da Candida, que é um fungo normalmente presente na vagina, levando a um quadro de candidíase.

Uma outra infecção vaginal chamada tricomoníase também pode causar um pouco de coceira e corrimento por conta do processo inflamatório que provoca, no entanto, o sintoma de coceira é bem menos intensos que na candidíase e o corrimento também apresenta uma coloração diferente amarelo-esverdeado. O tratamento também é feito com creme vaginal ou medicamento antibiótico.

O que é Candidíase?

A candidíase é a infecção pelo fungo Candida Albicans, que pode acometer a região da vulva e da vagina e um dos seus principais sintomas é a intensa coceira que provoca nessa região. Muitas mulheres também apresentam um corrimento branco, sem odor que pode apresentar pequenos grumos brancos.

A candidíase tem tratamento que é feito através do uso de creme vaginal contendo antifúngico ou de comprimido antifúngico tomado via oral.

Consulte um médico ginecologista ou um médico de família para avaliação e diagnóstico adequados.

Estava com candidíase e tratei, agora a coceira voltou...
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Até que se prove o contrário é candidíase novamente, mas para ter certeza terá que voltar ao ginecologista ou médico de família que a examinou. É muito comum a recorrência de um quadro de candidíase, sendo necessário confirmar novamente o diagnóstico e repetir o tratamento.

A candidíase é a infecção vulvo-vaginal causada pelo fungo Candida Albicans, ocasiona sintomas de coceira vulvar, vermelhidão e corrimento esbranquiçado, com odor inespecífico, que pode formar pequenos grumos brancos. Ardência urinária e dor durante a relação sexual também são sintomas que podem estar presentes.

O tratamento da candidíase é feito com creme vaginal antifúngico ou comprimido contendo antifúngico, a duração do tratamento pode variar conforme o medicamento escolhido.

O que é candidíase recorrente?

A candidíase recorrente ocorre quando a mulher apresenta quatro ou mais casos de candidíase no decorrer de um ano. Nessa situação, muitas vezes não é suficiente o tratamento padrão com antifúngico e se faz necessário prolongar o tratamento por mais tempo com o uso de antifúngico por até seis meses. Alguns médicos também preconizam tratar o parceiro, visto que o parceiro pode ser uma fonte de reinfecção pelo fungo.

Como prevenir a candidíase?

Algumas medidas podem ser tomadas para prevenir a candidíase como:

  • Usa roupa roupas frescas que permitam a ventilação da zona íntima. Preferir calcinhas de algodão. Se preferir dormir sem calcinha;
  • Não realizar duchas vaginais;
  • Evitar o uso de absorventes de uso diário;
  • Manter uma boa qualidade de sono;
  • Manter uma dieta adequada e balanceada, evitar alimentos com excessos de açucares e carboidratos. Priorizar a ingesta de alimentos ricos em fibras;
  • Manter-se hidratada;
  • Praticar atividade física.

Procure o seu médico de família ou ginecologista caso apresente sintomas de candidíase para uma avaliação.

Gostaria de saber se é normal a vagina ter um sabor ácido?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. O pH da vagina é levemente ácido, isso serve para proteger a vagina contra infecções.

Qual o valor normal do PH vaginal?

A secreção vaginal normal costuma manter o PH abaixo de 4,0 a 4,5.

Por que o PH vaginal deve ser ácido?

O Ph deve se manter ácido, para oferecer uma maior proteção à vagina quanto a proliferação de germes (fungos e bactérias). A maioria dos germes não sobrevive ou se multiplica em meio ácido, inibindo o crescimento de bactérias oportunistas. Portanto, diminui os riscos de infecções vaginais como a tricomoníase e candidíase, por exemplo.

No entanto, no período de menopausa e pós menopausa, esse valor aumenta um pouco, com o pH chegando a 6,0; devido a redução da produção dos ácidos láticos, aumentando a prevalência de infecções nessa faixa etária.

Fatores que alteram o PH vaginal

Alguns fatores e cuidados com a higiene íntima alteram frequentemente o PH vaginal, expondo a mulher a doenças genitais. Para evitar essas doenças devemos seguir as seguintes recomendações:

  • Evitar o uso frequente de ducha higiênica,
  • Evitar o uso frequente de espermicidas e lubrificantes vaginais,
  • Evitar o uso de sabonetes em barra (costumam ser mais alcalinos), preferir sabonetes líquidos e sempre que possível, direcionados para a higiene íntima da mulher,
  • Evitar roupas muito justas e por tempo prolongado,
  • Durante a menstruação, trocar com frequência o absorvente, especialmente o absorvente íntimo,
  • Durante o banho, limpe bem a vulva apenas com os dedos, não utilize buchas ou roupas para evitar retirar a proteção natural da pele e não é necessário limpeza com sabonete dentro da vagina,
  • Durante o dia, procure se limpar com lenço umedecido, sem fragrância, pois o uso de papel higiênico frequente, pode causar lesões na vulva,
  • Evitar se relacionar durante tratamento com pomadas vaginais.

Pode lhe interessar também: Quanto tempo depois de usar a pomada vaginal posso ter relações sexuais?

Importâncias do PH vaginal

Além de proteger a vagina contra infecções oportunistas, na prática médica a simples medida do PH vaginal, contribui para muitas informações, como por exemplo, nos casos de corrimento vaginal, em que o valor do PH auxilia na diferenciação entre vaginose bacteriana e candidíase. Na vaginose bacteriana o PH está mais elevado ( acima de 5,0), enquanto na infecção fúngica, como a candidíase, o PH está normal (abaixo de 4,0).

Sendo o único método de análise em alguns serviços, e visto que a apresentação clínica por vezes é bem semelhante, o teste direciona uma melhor opção de tratamento de forma simples e eficaz.

O médico ginecologista é o responsável pela saúde íntima feminina, agende uma consulta para mais esclarecimentos.

Resultado de exame preventivo com Gardnerella e Candida: deve-se tratar só a mulher ou o casal?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O tratamento da gardnerella e da candidíase, a princípio não precisa incluir o casal.

Gardnerella

A bactéria gardnerella é normalmente encontrada na flora vaginal da mulher, assim como o fungo candida, sem que causem qualquer alteração no epitélio ou doenças. Entretanto, se alcançarem quantidades maiores que o habitual, passam a causar reações e os sintomas.

Portanto, o resultado de preventivo com a presença desses germes, só indica necessidade de tratamento, se houver quantidades aumentadas, e presença de sinais e sintomas na mulher, como coceira, corrimento ou ardência ao urinar. Nesses casos, a mulher deverá ser tratada.

No homem, a gardnerella pode causar uretrite e balanite (inflamação do prepúcio e da glande). Quando a contaminação acontece no homem, causando sintomas, a gardnerella é considerada uma DST (Doença Sexualmente Transmissível) e precisa de tratamento também.

Outra medida importante durante o tratamento, deve ser a interrupção de relações sexuais, para que o tratamento seja efetivo.

Candidíase

A candidíase não é considerada uma doença sexualmente transmissível e o tratamento do parceiro só é necessário se ele apresentar sintomas ou se a mulher apresentar episódios de candidíase recorrente.

Para mais esclarecimentos, converse com o médico de família, ou ginecologista para a mulher e urologista para os hoemns.

Saiba um pouco mais sobre o assunto nos artigos abaixo:

Quais os sintomas da menopausa?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os principais sintomas que antecedem a menopausa incluem ondas de calor, suores noturnos, distúrbios do sono, ciclos menstruais irregulares (mais curtos ou mais longos), secura vaginal, alterações de humor (irritação, tristeza), desinteresse, dificuldade de concentração e depressão.

Esses sintomas, que a maioria das mulheres sentem, anunciam a chegada da menopausa e estão relacionados com o desequilíbrio na produção dos hormônios estrogênio e progesterona pelos ovários. Esses sintomas terminam 2 ou 3 anos após a última menstruação, em torno dos 53 ou 54 anos.

O primeiro sinal da aproximação da menopausa é a alteração dos períodos menstruais, que podem ocorrer com mais ou menos frequência. Os ciclos geralmente ficam irregulares durante 1 a 3 anos antes da menstruação parar de vir completamente.

Após a menopausa, os sintomas estão mais associados aos baixos níveis de estrogênio e podem ser:

  • Atrofia e perda da lubrificação vaginal;
  • Dor na relação sexual;
  • Esquecimento;
  • Dor de cabeça;
  • Diminuição da libido;
  • Atrofia da uretra, que pode levar à incontinência urinária;
  • Diminuição da elasticidade da pele;
  • Maior risco de osteoporose e doenças cardiovasculares;
  • Aumento da cintura e dos braços;
  • Queda e quebra de cabelo;
  • Infecções vaginais;
  • Alterações nos níveis de colesterol;
  • Dores nas articulações;
  • Batimento cardíaco irregular.
Quando surgem os primeiros sintomas da menopausa?

Os primeiros sintomas da menopausa começam a aparecer por volta dos 45 anos de idade, uma vez que a última menstruação da mulher (menopausa) ocorre, em média, aos 50 anos.

Com a aproximação e a chegada da última menstruação, o corpo começa a produzir menos hormônios femininos estrógeno e progesterona. Os níveis mais baixos desses hormônios são as causas dos sintomas da menopausa.

Os sintomas da menopausa variam de mulher para mulher e podem durar 5 anos ou mais. Quando a menopausa ocorre devido à retirada dos ovários, os sintomas tendem a ser mais intensos e começam subitamente.

O que é menopausa?

A menopausa é a última menstruação da vida da mulher. Considera-se que a mulher chegou à menopausa quando fica 1 ano sem menstruar. A partir de então, ela entra na pós-menopausa. Na maioria das vezes, ocorre entre os 45 e os 55 anos de idade. Após a menopausa, a mulher não pode mais engravidar, uma vez que os ovários deixam de liberar óvulos.

À medida que a menopausa se aproxima, os períodos menstruais ocorrem com menos frequência e eventualmente param. Às vezes, isso acontece de repente. Contudo, na maioria dos casos, a menstruação vai parando lentamente ao longo do tempo.

Apesar de ser um processo fisiológico normal, a menstruação também pode ser antecipada em algumas situações, como após a retirada dos ovários durante a idade reprodutiva, quimioterapia ou terapia hormonal para câncer de mama.

Existe algum tratamento para os sintomas da menopausa?

O tratamento para os sintomas da menopausa é feito com terapia de reposição hormonal, medicamentos ou mudanças na dieta e no estilo de vida. O tratamento depende de muitos fatores, como a gravidade dos sintomas, o estado de saúde geral da mulher e as preferência pessoais da paciente.

Terapia de reposição hormonal

A terapia hormonal pode ajudar em casos de ondas de calor, suores noturnos, problemas de humor ou secura vaginal. Esse tratamento geralmente é feito com estrógeno e, às vezes, com progesterona.

A terapia de reposição hormonal pode ser iniciada em mulheres que chegaram recentemente à menopausa. Contudo, mulheres que estão há muitos anos na pós-menopausa não devem realizar esse tratamento, exceto nos tratamentos com estrógeno vaginal.

Apesar dos riscos serem baixos, a terapia de reposição hormonal pode aumentar as chances de ocorrer derrame cerebral, doenças cardíacas, coágulos sanguíneos ou câncer de mama.

Para reduzir os riscos da terapia com estrógeno, pode ser recomendado:

  • Utilizar uma dose mais baixa de estrógeno ou uma preparação diferente do medicamento (creme vaginal ou adesivo para a pele ao invés de pílulas, por exemplo);
  • Exames físicos frequentes e regulares, incluindo exames de mama e mamografias;
  • Mulheres que ainda têm um útero ou seja, não realizaram uma cirurgia para removê-lo por qualquer motivo, devem tomar estrógeno combinado com progesterona para prevenir o câncer do revestimento interno do útero (câncer de endométrio).
Medicamentos

Existem outros medicamentos que podem ajudar a diminuir as alterações de humor, as ondas de calor e outros sintomas da menopausa, como antidepressivos (paroxetina, venlafaxina, bupropiona e fluoxetina), clonidina (medicamento para pressão arterial) e gabapentina, uma medicação para convulsões que também ajuda a reduzir as ondas de calor.

Mudanças na alimentação e no estilo de vida
  • Evitar cafeína, álcool e alimentos condimentados;
  • Consumir soja (contém hormônios vegetais semelhantes ao estrógeno);
  • Aumentar o consumo de cálcio e vitamina D através de alimentos ou suplementos;
  • Praticar atividade física regularmente;
  • Usar lubrificantes à base de água ou um hidratante vaginal durante as relações.

O/a médico/a ginecologista ou endocrinologista pode esclarecer melhor quais são os sintomas da menopausa e tirar eventuais dúvidas.

Existe algum tratamento para quem tem útero baixo?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, existe tratamento para útero baixo (prolapso uterino). As opções de tratamento variam de acordo com o grau do prolapso. Nos graus mais leves a primeira linha de tratamento consiste no uso de pessário, já em casos mais graves indica-se a realização de cirurgia.

Outras linhas terapêuticas que incluem a fisioterapia também podem ser usadas para os casos mais leves como: exercícios de fortalecimento do assoalho pélvico e eletroterapia.

Mulheres com útero baixo que não apresentam sintomas não tem indicação de realizar tratamento. Mulheres que têm sintomas muito leves também podem optar pelo tratamento expectante, mas devem ter alguns cuidados para não piorar o quadro, como:

  • Perder peso;
  • Evitar levantar pesos;
  • Parar de fumar;
  • Combater a prisão de ventre.

Nos casos leves ou quando a mulher prefere adiar ou evitar a cirurgia, temos as seguintes opções de tratamento:

  • Pessário: Trata-se de um dispositivo inserido através da vagina que recoloca o útero no seu lugar anatômico, atuando como um suporte da região pélvica;
  • Fisioterapia:
    • Estimulação elétrica: Aplica-se uma corrente elétrica de baixa voltagem nos músculos do assoalho pélvico através da vagina. A corrente provoca uma contração dos músculos, fortalecendo a musculatura;
    • Biofeedback: É feito com um sensor que avalia as contrações musculares enquanto a mulher executa os exercícios pélvicos, indicando se os exercícios estão atuando nos músculos que se pretende fortalecer;
    • Exercícios de Kegel: São contrações voluntárias dos músculos do assoalho pélvico que visam fortalecer essa musculatura, dando maior sustentação ao útero;
  • Medicamentos: Os estrogênios de aplicação local em forma de creme podem não prevenir o prolapso uterino ou o risco de agravamento, mas melhoram os sintomas e exercem um papel positivo no pós-operatório.
Como é o tratamento cirúrgico para útero baixo?

A cirurgia de correção para prolapso uterino pode ser realizada através de diferentes técnicas feitas pela via vaginal, abdominal ou laparoscópica, com ou sem o uso de telas.

A cirurgia pode ou não incluir a retirada do útero (histerectomia) em mulheres jovens que ainda desejam engravidar preserva-se o útero, nos demais casos preconiza-se a histerectomia.

Quando há incontinência urinária ou fecal, a correção é feita na mesma cirurgia. 

O período de internamento é bastante curto e varia entre 2 e 3 dias, dependo do procedimento.

Para evitar um novo prolapso, é importante tomar as medidas já citadas, como perder peso, evitar pegar peso, parar de fumar e combater o intestino preso.

O ginecologista deverá avaliar o grau do prolapso uterino e indicar a forma de tratamento mais adequada.

Leia mais sobre o assunto em:

O que é prolapso uterino e como é o tratamento?

Testes de gravidez caseiros funcionam mesmo?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O teste de farmácia é o único teste caseiro confiável.

Outros métodos utilizados como o teste com água sanitária, pasta de dente, sal, vinagre e fervura da urina, entre outros, são testes sem base científica e com medidas subjetivas, por isso não são considerados confiáveis.

Os testes de gravidez pesquisam a presença do hormônio beta HCG, presente apenas durante uma gravidez. O hormônio pode ser identificado na urina ou no sangue.

1. Teste da água sanitária ❌

O teste consiste em colocar em um recipiente urina e água sanitária. Se borbulhar ou formar espuma ...

Não funciona! Problema específico do teste: a urina é composta por ureia e quantidades variáveis de amônia. A reação destas substâncias ao contato com o hiplocloridrito de sódio (água sanitária), poderá provocar a produção de gás clorídrico. É a presença deste gás que forma as bolhas que se observa no teste. Esta reação não tem nenhuma relação com a presença do HCG na urina. Inclusive, as borbulhas já foram detectadas em mulheres grávidas, não grávidas e até mesmo em homens. Portanto, é um teste que não detecta gravidez.

2. Teste do vinagre ❌

Teste consiste em misturar, em um recipiente, urina e vinagre. Se esta mistura mudar de cor...

Não funciona! Problema específico do teste: urina e vinagre são soluções ácidas, portanto não ocorrerá na mistura nenhuma reação. Isto não é conclusivo como teste de gravidez.

3. Teste de fervura da urina ❌

Teste consiste em colocar a urina para ferver em uma panela de alumínio. Se ao ferver, a urina apresentar aspecto...

Não funciona! Problema específico do teste: A concentração da urina interfere no resultado deste teste. Se a urina estiver concentrada as substâncias presentes atingirão, durante a fervura, diferentes temperaturas. É isto que faz com que se pareça com nata. Se por outro lado, a urina estiver diluída, ou seja, tiver maior concentração de água, ferverá parecido com água.

4. Teste da agulha ❌

Teste que consiste em colocar uma agulha nova em um copo plástico e depois adicionar urina. Aguarde 8 horas. Após este período...

Não funciona! Problema específico do teste: A concentração da urina influencia no resultado do teste. Se estiver mais concentrada, a agulha muda de cor mais rapidamente. Bastam algumas horas apenas para que isto aconteça.

5. Teste do cotonete ❌ ⚠️

Teste que consiste na introdução de um cotonete limpo no canal vaginal até que ele encoste no colo do útero. O objetivo e verificar se há na secreção colhida...

Não funciona e é perigoso! Problema específico do teste: ao tocar o colo do útero, o cotonete pode causar ferimentos ou infecção local, extremamente perigoso e pode causar até infertilidade na mulher.

Além disso, pode ter no cotonete não somente a secreção do colo uterino, como também secreção do canal vaginal.

6. Teste com pasta de dente ❌

Teste que consiste em reservar um pouco de urina em um copo plástico e adicionar à urina um pouco de creme dental branco. Se a mistura apresentar...

Não funciona! Problema específico do teste: por não saber as substâncias presentes da pasta de dente e por sofrer alterações em função da concentração da urina, não é um teste confiável.

7. Teste com sal ❌

Teste que consiste em coletar um pouco de urina e adicionar pitadas de sal. Se apresentar um aspecto de...

Não funciona! Problema específico do teste: o sal em contato com a urina pode causar precipitação de proteínas, que na gravidez estão em maior número, mas também varia em função da concentração da urina, por isso não é um teste confiável.

8. Teste da coca-cola ❌

Teste consiste em colocar uma amostra de urina em um copo americano de coca-cola. Se ocorrer a formação...

Não funciona! Problema específico do teste: urina e coca-cola são dois líquidos ácidos e, junto com o gás da coca-cola, o efeito de borbulhas é potencializado.

9. Teste de farmácia ✅

Entre os testes de gravidez que podem ser feitos em casa, o teste de farmácia é o único capaz de detectar a presença do beta HCG, hormônio específico da gravidez.

Apesar de ser bastante fidedigno, recomenda-se utilizar um teste de farmácia para a detecção da gravidez após um atraso de 8 a 15 dias da menstruação. Isto possibilita que uma maior concentração de hormônio na urina e torna mais eficaz o resultado do exame.

Resultado Negativo: verifica-se a presença de apenas um tracinho. Resultados Positivos: observa-se a presença de dois tracinhos; mesmo se um deles for em cor mais clara.

Quando feito antes do atraso menstrual, o deste poderá apresentar um resultado falso-negativo, pois a baixa concentração de beta HCG na urina ainda não é suficiente para reagir com as substâncias presentes no exame.

Os testes de farmácia não são todos iguais. Alguns deles são mais sensíveis e, por isto, capazes de identificar a gestação no primeiro dia de atraso menstrual. Cada fabricante orienta os procedimentos para o uso do teste. Portanto, antes de fazer leia as instruções e dê preferência à primeira urina da manhã, uma vez que esta concentra uma quantidade mais elevada de beta HCG.

Veja mais: teste de farmácia de gravidez é confiável?

Por que os testes caseiros de gravidez não são eficazes?

Com a exceção do teste de farmácia, nenhum dos testes caseiros de gravidez funcionam e nem tampouco são eficazes por alguns motivos:

  • Nenhum dos testes é capaz de detectar a presença do beta HCG na urina;
  • Nestes testes caseiros os recipientes usados são inadequados, pois não passam por nenhum tipo de esterilização. As mulheres comumente utilizam copos de vidro, de plástico, cerâmica ou acrílico, materiais que alteram a composição do conteúdo.
  • Qualquer pequena alteração na concentração da urina ou de um reagente, podem alterar completamente o resultado de um teste.
  • Nos testes caseiros não há concordância entre as quantidades de urina e, por exemplo, a quantidade de água sanitária. Para afirmar que estes testes, de fato, funcionam, as pessoas precisam saber a dosagem correta para a água sanitária ou para outras substância e para a urina no frasco. Além disso os regentes deveriam ser capazes de identificar a presença de beta HCG.
  • No início da gravidez, as características da urina das mulheres grávidas são praticamente as mesmas da urina de uma mulher não grávida. A diferença está na presença e concentração do hormônio HCG, que é bastante baixa nos primeiros dias. Mesmo se estes testes tivessem alguma base científica, dificilmente eles seriam capazes de detectar concentrações tão baixas de hormônio.

Para detecção da gravidez, as únicas alternativas seguras e confiáveis são o exame de urina efetuado por testes de farmácia e o exame de sangue. Ambos são capazes de detectar a presença do hormônio beta HCG. Entres estes dois testes, o exame de sangue é ainda mais eficaz.

Após a detecção da gravidez, procure um(a) ginecologista para iniciar o pré-natal.

Leia mais:

Quantas horas preciso ficar deitada com a pomada ginecológica?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Não existe um intervalo de tempo recomendado para ficar deitada quando se usa uma pomada ginecológica. No entanto, é indicado fazer a aplicação da pomada à noite, antes de dormir, para garantir que ficará agindo no canal vaginal durante o período de sono.

Aconselha-se a aplicação da pomada ginecológica na posição horizontal (deitada, de barriga para cima) e com as pernas dobradas e um pouco afastadas. Assim, fica mais fácil e confortável para introduzir o aplicador.

Utilize o medicamento até o fim do tratamento, pelo período indicado pelo médico. Se tiver alguma reação, como coceira, fale com o médico antes de pensar em parar de usar.

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Referências:

Gyno-Icaden. Bula do medicamento.

Gino-Canesten. Bula do medicamento.

Trivagel-N. Bula do medicamento.

O que causa ardência na vagina e como posso fazer para passar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A sensação de ardência vaginal e vulvar pode acontecer por diferentes motivos, as causas relacionadas a vulvovaginites, como a candidíase e a tricomoníase, são as mais frequentes.

No entanto, outros motivos como irritação cutânea causada por agentes externos, processos alérgicos, menopausa, líquen escleroso, infeção urinária e doenças sexualmente transmissíveis, como o herpes genital, também podem causar ardência vaginal.

Principais causas de ardência vaginal Candidíase

É uma infecção fúngica da vagina e da vulva, causa forte sensação de ardência e queimação vulvar, além de coceira intensa, ardência ao urinar e corrimento esbranquiçado com pequenos grumos.

O tratamento da candidíase consiste no uso de antifúngico através de creme vaginal ou comprimido.

Tricomoníase

É uma vulvovaginite causada por um protozoário, o Trichomonas, causa um processo inflamatório da região genital podendo levar ao sintoma de ardência vulvovaginal. Também pode levar a presença de um corrimento amarelo-esverdeado.

O tratamento é feito através do uso de cremes vaginais ou antiparasitário via oral, por ser uma infecção sexualmente transmissível o parceiro sexual também deve ser tratado.

Leia mais em: O que é tricomoníase e quais os sintomas?

Irritação ou alergias

A irritação na vulva e na vagina pode causar forte vermelhidão, como uma "assadura", ardência, coceira e desconforto na região vulvovaginal.

Poder ter diferentes origens como:

  • Produtos cosméticos sabonetes, cremes;
  • Tecidos sintéticos da roupa íntima;
  • Produtos de limpeza usados na lavagem das roupas;
  • Látex presente em preservativos;
  • Material de absorventes, tampões;
  • Produtos utilizados na depilação como lâminas, ceras e cremes depilatórios.

Alguns tipos de materiais quando em contato com a pele podem desencadear um processo alérgico, ocasionando um quadro de dermatite.

O tratamento consiste em suspender o uso do material ou substância que esteja a causar irritação, ou alergia.

Infecção urinária

Embora, a ardência na vagina seja um sintoma menos frequente e menos característico da infecção urinária, é um sintoma que também pode estar presente nesses quadros.

A infecção urinária causa principalmente dor e queimação ao urinar, presença de sangue na urina e dor pélvica, também pode causar febre e dor lombar, quando acomete os rins (pielonefrite). O número de micções também aumenta.

O tratamento envolve aumento da ingestão hídrica, uso de anti-inflamatórios e antibióticos.

Leia também: Quais os sintomas e causas de infecção urinária?

Menopausa

A queda da produção hormonal de estrogênio, característica da menopausa, pode levar a uma mudança na mucosa vaginal, tornando-a mais ressecada e propensa a ferimentos, esse processo chama-se de atrofia genital.

A atrofia genital pode causar sintomas como ardência e sensação de queimação vaginal, dor durante a relação sexual e eventualmente ardência urinária.

O tratamento é feito principalmente com cremes vaginais de estrógenos ou cremes lubrificantes que aliviam a secura vaginal.

Herpes genital

É uma infecção sexualmente transmissível, que ocasiona a formação de pequenas bolhas (vesículas) contendo líquido, que tendem a se romper. O herpes também causa dor, sensação de queimação e ardência.

Em situações mais simples é possível usar apenas medicamentos sintomáticos e anti-inflamatórios para o alívio da dor. Em casos mais sintomáticos usam-se antivirais.

Leia também: Herpes genital tem cura?

Gonorreia

É outra doença sexualmente transmissível que costuma ser mais sintomática em homens, mas em mulheres quando causa sintomas pode levar a presença de corrimento purulento, desconforto e ardência na região genital, além de ardência e dor para urinar.

O tratamento envolve o uso de antibióticos. Os parceiros sexuais também devem ser tratados e deve-se prevenir a transmissão através de uso de preservativos.

Líquen escleroso

É uma doença, de provável origem autoimune, que leva a formação de ferida e placas avermelhadas, como se fossem assaduras, na região da vulva e períneo.

Pode provocar muita coceira e sensação de ardência e queimação na região, além de deixar lesões cicatriciais na pele.

O tratamento envolve a aplicação local de cremes de corticosteroides.

Vulvodinia

É uma dor ou sensação de ardência e queimação na região da vulva sem causa aparente. A dor pode piorar durante a relação sexual, introdução de tampões ou ao se sentar.

Pode estar associada outros problemas como vaginismo, dismenorreia (cólicas menstruais intensas), cistite intersticial.

O tratamento é complexo e pode envolver uso de cremes lubrificantes, analgesia e psicoterapia.

O que pode ser ardência vaginal após as relações?

A ardência vaginal após, ou durante as relações sexuais, pode ter diferentes origens.

A falta de lubrificação vaginal é uma das causas mais frequentes e pode estar relacionados a alterações hormonais, como ocorre na menopausa, mudanças hormonais que acontecem naturalmente durante o ciclo menstrual feminino ou falta de excitação sexual durante o ato sexual.

Algumas doenças também podem ser a causa da ardência e queimação relacionada a atividade sexual, como as infeções vulvovaginais (candidíase, tricomoníase) e doenças sexualmente transmissíveis (herpes genital, gonorreia e clamídia).

Se a pele e a mucosa da vulva e da vagina também estiverem irritadas devido a algum agente externo também é possível ocorrer queimação e ardência após a relação.

O ideal é que caso a mulher apresente episódios frequentes de dor, ardência ou desconforto durante, ou depois a relação sexual, procure um médico para uma avaliação mais detalhada dos sintomas e definição diagnóstica.

Como aliviar a ardência vaginal?

O sintoma de ardência vaginal quando persistente e incomodo deve ser avaliado por um médico de forma a encontrar a sua causa. Através do tratamento da causa da ardência é possível aliviar definitivamente esse sintoma.

Algumas medidas caseiras podem ser usadas como complemento ao tratamento, como:

  • Evite usar cremes, papéis higiênicos perfumados e outros cosméticos com perfume na zona íntima.
  • Para limpar a região íntima prefira sempre o sabonete o mais neutro possível, lembrando que o sabão deve ser aplicado apenas na região externa da vulva, onde há pele. A região interna onde há mucosa deve ser lavada apenas com água abundante.
  • Evite lavar a zona íntima com sabonetes mais de uma vez ao dia, isso aumenta a secura vaginal e modifica o ambiente local.
  • Não faça duchas higiênicas.
  • Use calcinhas e roupa íntima de algodão, evite ao máximo tecidos sintéticos.
  • Use preservativos durante a relação sexual para prevenir doenças sexualmente transmissíveis.
  • Pode ser usado lubrificante vaginal a base de água, antes das relações sexuais.
  • Evite relações sexuais com penetração até a melhora dos sintomas.

Para mais informações consulte o seu médico de família ou ginecologista.