Perguntar
Fechar
Tem como o ginecologista saber se rompi o hímen? E se eu não quiser que conte aos meus pais?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. Na maioria das vezes o médico consegue através do exame físico, confirmar se o hímen foi rompido. A não ser que tenha uma condição menos comum, chamado de hímen complacente, o qual nem sempre é rompido nas primeiras relações.

Quanto a contar aos pais, vai depender de alguns critérios.

De acordo com o Estatuto da criança e do adolescente, de acordo com o Código de Ética Médica artigo 74, e consultas públicas junto ao Conselho Federal de Medicina (CFM) sobre princípios da autonomia e da privacidade em relação a menores de idade, fica estipulado que o médico deve se basear nos seguintes fundamentos:

1. A idade do menor. Baseado no Código Penal Brasileiro, relação sexual com menores de 14 anos configura estupro, sendo assim, nesses casos, o médico deve acolher, orientar, e obrigatoriamente comunicar aos pais ou representantes legais o fato; 

2. Menores com idade entre 14 e 18 anos, o médico deve se basear no discernimento de cada um, ou seja, se o médico entender que o/a menor apresenta condições físicas, fisiológicas, mentais e psicológicas para iniciar atividade sexual, seguindo os cuidados necessários para manter sua saúde física e não apresentar riscos previsíveis para sua vida, poderá manter o sigilo e confiabilidade, acompanhando e oferecendo as devidas orientações; .

3. Se entender ou suspeitar que haja abuso sexual, deve obrigatoriamente quebrar o sigilo e também contar aos pais ou responsáveis legais, independentemente da idade ou discernimento, visando a proteção da saúde do/a menor.

Portanto cabe ao médico avaliar e proteger todo/a menor, principalmente com idade inferior a 14 anos, com vida sexualmente ativa, na questão de acolhimento, aconselhamento, orientações adequadas e sigilo médico.

O índice de doenças sexualmente transmissíveis, como a Aids, vem crescendo consideravelmente entre crianças na idade de 11 e 13 anos. Confirmando que esta prática, além de trazer prejuízos ao organismo das crianças, podem trazer consequências irrecuperáveis.

Para maiores esclarecimentos, deve agendar consulta com médico/a de família, clínico/a geral ou ginecologista.

Saiba mais sobre esses assuntos em:

Corrimento esverdeado e com mau cheiro o que pode ser?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Provavelmente uma infecção vaginal, precisa procurar o médico para um correto diagnóstico e tratamento. Corrimento esverdeado com mau cheiro é sugestivo de tricomoníase, mas outras infecções também podem causar corrimento com mau odor entre elas a vaginose bacteriana, candidíase também pode causar corrimento embora esse seja geralmente sem odor e de cor mais branca ou amarelada. Portanto, apenas com uma avaliação médica é possível chegar ao diagnóstico preciso.

O que é a Tricomoníase e quais são os sintomas?

A tricomoníase é uma infecção vaginal causada pelo protozoário flagelado Trichomonas vaginalis. É uma infecção sexualmente transmissível, já que a sua transmissão se dá exclusivamente pela via sexual. Apresenta alta prevalência e muitas vezes pode ser assintomática, cerca de 10 a 50% das mulheres não apresentam sintomas.

Os principais sintomas da tricomoníase são:

  • Corrimento vaginal que pode ser abundante, ou espumoso e de coloração amarela-esverdeada;
  • Irritação e coceira vulvar;
  • Vermelhidão da vulva;
  • Ardência urinária;
  • Dor ou sangramento durante a relação sexual.

No homem o Trichomonas também causa sintomas como corrimento uretral, ardência para urinar e necessidade de urinar mais vezes.

Qual o tratamento para a Tricomoníase?

O tratamento é feito através de medicamentos tomados via oral, geralmente o metronidazol. Tanto a mulher quanto o parceiro sexual devem ser tratados concomitantemente e abster-se de relações sexuais durante o tratamento de modo a evitar a reinfecção.

Para prevenir a tricomoníase deve-se usar preservativo durante as relações sexuais, só assim é possível evitar a contaminação pelo protozoário causador da doença.

Para mais informações consulte o seu médico de família ou ginecologista.

Pode lhe interessar também:

Corrimento esverdeado sem cheiro e sem coceira, o que pode ser?

Corrimento amarelo, o que pode ser?

Depois de quanto tempo tomando anticoncepcional estou protegida?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

No caso da pílula anticoncepcional, a proteção começa:

  • No 1º dia da menstruação: se você começar a tomar a primeira cartela da pílula no 1º dia do ciclo (no dia em que a menstruação começa);
  • No 8º dia após o início da menstruação: caso inicie a primeira cartela entre o 2º e o 7º dia a partir do início da menstruação. Neste caso, o recomendado é que use um método de barreira (como o preservativo) nos primeiros 7 dias.

Isso é o que está indicado na bula dos medicamentos. Entretanto, alguns médicos podem recomendar que use preservativo em todas as relações durante o uso da primeira cartela do anticoncepcional, como uma medida extra para evitar a gravidez.

Nas demais cartelas, você está protegida mesmo no período de pausa (desde que o anticoncepcional seja usado da forma correta). Deve-se tomar 1 comprimido por dia, na ordem indicada na embalagem e de preferência sempre à mesma hora para garantir o efeito da pílula.

A possibilidade de ocorrência de gravidez aumenta:

  • A cada comprimido esquecido;
  • Com o uso incorreto;
  • Se utilizar certos medicamentos ao mesmo tempo (alguns antibióticos, anticonvulsivantes e anti-retrovirais, por exemplo);
  • Se você vomitar ou tiver diarreia após tomar o anticoncepcional.

Nestas situações, é recomendado utilizar também um método contraceptivo não hormonal, como o preservativo, para garantir a proteção contra uma gravidez.

Você pode querer ler também:

Referência:

Ciclo 21. Bula do medicamento

Yasmin. Bula do medicamento

Fiz sexo sem camisinha e tomei a pílula do dia seguinte....
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, as duas pílulas irão fazer efeito se forem tomadas adequadamente com um intervalo de 12 horas entre cada comprimido. 

A pílula do dia seguinte age impedindo a ovulação e adiando-a, por isso, apresenta alta taxa de eficácia se tomada ate 72 horas após a relação sexual , após esse período a eficácia diminui e o risco de gravidez aumenta. 

Caso tenha dúvida sobre a gravidez, é possível realizar um teste de gravidez após um atraso menstrual de 1 semana. É importante lembrar que a pílula do dia seguinte pode causar como efeitos adversos sangramento ou atraso menstrual o que pode confundir algumas mulheres.

Após o uso de um método contraceptivo de emergência o ideal é procurar um médico de família ou ginecologista para buscar orientações e já iniciar um método anticoncepcional definitivo.

Leia também:

Sangramento após tomar pílula seguinte é normal? Por que ocorre?

Como saber se a pilula do dia seguinte funcionou?

Traqueostomia: o que é, quais os riscos e cuidados a ter?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A traqueostomia consiste na realização de uma abertura na região anterior da porção cervical da traqueia (no pescoço). O objetivo da cirurgia é criar uma comunicação direta entre a traqueia e o meio externo, diminuindo a resistência e aumentando a expansividade dos pulmões. O orifício da traqueostomia pode ser definitivo ou não.

Em muitos casos, a traqueostomia é um procedimento extremamente necessário, pois favorece pessoas com uma baixa reserva pulmonar.

As vantagens da traqueostomia em relação à cânula de intubação orotraqueal é ser uma via aérea mais segura, pode ser retirada e colocada mais facilmente e não aumenta a ocorrência de pneumonia pelo menor tamanho e facilidade para higiene.

Dentre as desvantagens da traqueostomia estão o comprometimento da tosse e da umidificação do ar inalado, uma vez que não ocorre o fechamento da glote. Isso diminui a limpeza dos brônquios e dos pulmões e modifica a composição dos gases presentes nos alvéolos pulmonares (pequenos “saquinhos” localizados no final das vias aéreas, onde ocorrem as trocas gasosas).

Por isso, os riscos e os benefícios em realizar a traqueostomia devem ser muito bem analisados pela equipe médica, caso a caso.

Após a traqueostomia, quais os cuidados que se deve ter?

Os cuidados com a traqueostomia no pós-operatório são fundamentais e devem ser imediatos. Depois da cirurgia, deve ser realizado um raio-x de tórax para se observar a ponta da cânula e também devido ao risco de pneumotórax (presença de ar entre os pulmões e a parede torácica) e pneumomediastino (presença de ar entre os pulmões), complicações possíveis no procedimento.

Podem ser prescritos medicamentos antibióticos após a traqueostomia, embora boa parte das pessoas que se submetem à cirurgia já esteja em uso de antibióticos, antes do procedimento, devido às doenças de base.

Logo após a traqueostomia deve ser realizada a aspiração da traqueia a cada 15 minutos, uma vez que depois da cirurgia ocorre uma grande produção de secreção.

Para fluidificar as secreções e evitar a insuficiência respiratória, que pode levar à morte, são indicados o uso contínuo de oxigênio e a nebulização, também contínua, com medicamentos mucolíticos.

Se houver uma boa evolução, o balonete (cuff) da traqueostomia é esvaziado em 24 horas e realiza-se a troca da cânula de plástico pela cânula de metal após 48 horas. A pessoa só recebe alta hospitalar quando a traqueostomia já estiver com a cânula metálica ou de silicone.

Assim que o balonete for desinsuflado, a pessoa deve ser orientada a falar, tapando a cânula com o dedo ou por meio de cânulas com válvulas. Assim que possível, deve-se iniciar a ingestão oral da alimentação.

Quais os riscos da traqueostomia?Riscos imediatos da traqueostomiaSangramento

Pode ocorrer sangramento se a glândula tireoide for lesionada ou se houver vasos sanguíneos que não foram conectados ou cauterizados.

Pneumotórax e pneumomediastino

O pneumotórax é o acúmulo de ar entre os pulmões e a parede torácica, enquanto o pneumomediastino é o acúmulo de ar entre os pulmões. Pode ocorrer devido à perfuração da pleura (membrana que recobre os pulmões e a parte interna da parede torácica) durante a realização da traqueostomia.

Lesão de estruturas próximas à traqueia

Os nervos da laringe, os vasos sanguíneos de grosso calibre e o esôfago são as estruturas com mais riscos de serem danificadas durante a traqueostomia.

Outras complicações imediatas da traqueostomia incluem a apneia (interrupção da respiração) e edema pulmonar.

Riscos precoces da traqueostomiaSangramento

O sangramento nessa fase pode ocorrer devido ao excesso de tosse e consequente aumento da pressão arterial, traqueíte, feridas na parede da traqueia, lesões provocadas durante a aspiração, entre outras causas.

Traqueíte

A traqueíte é a inflamação da traqueia. A nebulização constante, a irrigação do local e a aspiração frequente da cânula são formas de prevenir essa complicação.

Formação de plug mucoso

O plug mucoso é uma “rolha” de muco que pode se formar no local da traqueostomia. Uma cânula interna removível reduz os riscos dessa complicação.

Celulite

Trata-se de uma infecção profunda da pele que surge no local da traqueostomia. Para evitar essa complicação, deve haver espaço suficiente para ocorrer a drenagem da ferida cirúrgica além de seguir as orientações quanto a higiene local.

Enfisema subcutâneo

O enfisema é o acúmulo de ar nas camadas mais profundas da pele. Pode ocorrer em consequência da forma como foi feita a sutura no local da traqueostomia ou pelo trajeto incorreto da cânula.

Atelectasia pulmonar

Trata-se do colapso total ou parcial do pulmão, ou seja, uma incapacidade do pulmão em se expandir, que pode ocorrer em caso de intubação inadequada.

Decanulação

É a saída da cânula da traqueostomia, quando ela ainda é necessária.

Riscos tardios da traqueostomiaSangramento

Sangramentos que ocorrem depois de 48 horas que foi feita a traqueostomia têm como principal causa a presença de uma fístula (comunicação) entre a traqueia e a artéria braquiocefálica.

Essa complicação é causada principalmente pela realização de uma traqueostomia muito baixa ou pela colocação de uma cânula muito grande. Apesar de ocorrer em cerca de 0,5% das traqueostomias, essa complicação pode levar à morte em até 80% dos casos.

Traqueomalácia

É caracterizada pela flacidez do tecido cartilaginoso que sustenta a traqueia. Em geral, é causada por uma cânula pequena demais.

Estenose

O estreitamento da traqueia, provocada por lesão da cartilagem cricoide, lesão da parede da traqueia durante a realização da traqueostomia ou lesão da mucosa provocada pelo balonete. Nesses casos, a pessoa apresenta desconforto respiratório algumas semanas depois de retirar a cânula.

Fístula traqueoesofágica

A fístula é uma comunicação entre a traqueia e o esôfago, que pode causar aspiração de conteúdo gástrico para os pulmões, resultando em pneumonite química. Normalmente tem como causa o desgaste da parede posterior da traqueia pela cânula.

Fístula traqueocutânea

Trata-se de uma comunicação entre a traqueia e a pele.

Formação de cicatriz

Pode haver a formação de tecido cicatricial na região da abertura da traqueostomia ou na extremidade da cânula. Com isso ocasionar sangramentos, estreitamento ou obstrução da traqueia.

Os riscos dessa complicação podem diminuir se as cânulas forem trocadas frequentemente no pós-operatório da traqueostomia.

Impossibilidade de retirar a cânula

A decanulação pode ser impossibilitada se houver paralisia das pregas vocais, lesão da estrutura da laringe e ansiedade por parte do paciente.

Por quanto tempo pode ficar a traqueostomia?

A traqueostomia pode ficar por tempo indeterminado. A retirada depende sobretudo da causa que levou à realização da cirurgia.

A cânula deve ser retirada ou trocada por uma de numeração menor assim que a respiração estiver melhor ou recuperada. Após a remoção da cânula, o orifício da traqueostomia pode se fechar espontaneamente ou necessitar de cirurgia para ser fechado.

Embora a traqueostomia esteja associada a um certo grau de mortalidade, é possível ter uma qualidade de vida satisfatória. O prognóstico das pessoas que se submetem à traqueostomia é considerado bom, mesmo no caso das crianças, em que as causas de morte depois da cirurgia estão mais associadas à doença de base do que à traqueostomia em si.

Quando a traqueostomia é indicada?

A traqueostomia é indicada em casos de:

  • obstrução das vias aéreas superiores (anomalias congênitas, presença de corpo estranho, traumatismo cervical, câncer, paralisia das cordas vocais de ambos os lados);
  • Intubação orotraqueal prolongada;
  • Inchaços causados por queimaduras, infecções ou reações alérgicas graves;
  • Pré e pós-operatório de outras cirurgias;
  • Apneia ou hipopneia obstrutiva do sono.

A traqueostomia também serve para facilitar a aspiração de secreções das vias aéreas baixas.

Quais as contraindicações da traqueostomia?

A traqueostomia tem poucas contraindicações. Uma possível contraindicação é presença de câncer de laringe, quando a manipulação do tumor durante a traqueostomia pode aumentar a manifestação do tumor na região da abertura. Outra contraindicação seria um distúrbio de coagulação importante.

Mais uma vez, o caso deve ser avaliado e ponderado riscos e benefícios para esse paciente.

A traqueostomia pode ser realizada por qualquer médico/a com especialização em emergência, cirurgia geral, torácica, oncológica, de cabeça e pescoço. E deve ser e acompanhada regularmente pela equipe de saúde.

Ansiedade e remédio podem causar impotência sexual?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Caso o problema tenha começado após o uso do medicamento, pode sim ser a causa, apesar da ansiedade, por si só, ser uma das causas mais comuns de impotência sexual atualmente.

A impotência sexual é definida como a dificuldade em conseguir ou manter uma ereção adequada para se ter uma relação sexual satisfatória.

As causas mais comuns de impotência são:

  • Distúrbios de humor, como ansiedade e depressão;
  • Estresse;
  • Idade;
  • Doenças físicas, como hipertensão e diabetes mal controladas, entre outras;
  • Cirurgias;
  • Tabagismo;
  • Abuso de álcool;
  • Uso de medicamentos.

Sabendo que a maioria dos casos de impotência tem origem em fatores orgânicos e psicológicos associados.

Os principais fatores de risco relacionados com a impotência sexual incluem diabetes, hipertensão arterial, arritmia cardíaca, aterosclerose, doenças coronárias, renais e neurológicas, tabagismo, consumo excessivo de bebidas alcoólicas, obesidade, doenças da próstata, depressão e idade.

Há ainda outras condições que podem causar dificuldade de ereção, como a doença de Peyronie (pênis curvado), diminuição dos níveis de testosterona, hiperplasia benigna da próstata e tratamento do câncer de próstata.

Cerca de 50% dos homens com diabetes e aproximadamente 40% daqueles que têm doenças cardiovasculares apresentam algum grau de impotência.

A idade é outro importante fator para a impotência sexual. Cerca de metade dos homens com mais de 40 anos podem ter algum grau de dificuldade de ereção.

Entre os homens mais jovens, a impotência sexual tem como principal causa fatores psicológicos.

Se o problema da impotência persistir, não pare o uso do medicamento por conta própria! Volte ao médico que o prescreveu para uma reavaliação, esclarecimentos e ajuste do tratamento.

Pode lhe interessar também:

Quantos dias sem relação para fazer ultrassom transvaginal?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Para realização do exame transvaginal a mulher não precisa ficar alguns dias sem ter relação sexual.

A mulher que vai fazer exame transvaginal pode ter relação sexual no dia anterior ao exame ou até mesmo no próprio dia pois isso não irá interferir no resultado.

Algumas informações sobre o exame transvaginal:

  • Informe o/ médico/a se você tiver alguma sensibilidade ou alergia ao látex;
  • Use roupas confortáveis;
  • Esteja atenta à higiene local após o ultrassom, pois pode ficar um pouco de gel no canal vaginal;
  • Após o procedimento não é necessário fazer nenhum tipo de repouso e você pode voltar às suas atividades normalmente logo a seguir ao exame.

O preparo para a realização do exame transvaginal é simples, sendo geralmente feito com a bexiga vazia ou parcialmente cheia. O procedimento não costuma provocar dor, nem antes nem depois.

O/a profissional de saúde poderá explicar os passos para a realização do exame transvaginal e dar oportunidade para que você tire possíveis dúvidas em relação ao ultrassom.

Forte odor e queimor na vagina, o que pode ser?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Pode ser uma infecção vaginal, uma vulvovaginite, precisa de uma avaliação médica para o melhor diagnóstico e tratamento. Entre as vulvovaginites que causam sensação de queimação ou ardência na vagina e corrimento com odor destaca-se a tricomoníase.

Outra possibilidade é vaginose bacteriana, que também se caracteriza pela presença de corrimento com mau odor, no entanto, não costuma causar outros sintomas importantes.

Já a candidíase também é uma possibilidade, pois costuma causa intensa coceira na vulva, sensação de queimação e ardor, embora geralmente não cause odor forte associado.

Tricomoníase

A tricomoníase é uma infecção vaginal, sexualmente transmissível, causada pelo protozoário flagelado Trichomonas vaginalis, é uma vulvovaginite prevalente e muitas vezes pode ser assintomática, cerca de 10 a 50% das mulheres não apresentam sintomas, podendo passar despercebida.

Os principais sintomas da tricomoníase são:

  • Corrimento vaginal que pode ser abundante, ou espumoso e de coloração amarela-esverdeada;
  • Irritação e coceira vulvar;
  • Vermelhidão da vulva;
  • Ardência urinária;
  • Dor ou sangramento durante a relação sexual.

O tratamento da tricomoníase é feito através de medicamentos tomados por via oral. Tanto a mulher quanto o parceiro sexual devem ser tratados, já que trata-se de uma infecção sexualmente transmissível, durante o tratamento e importante abster-se de relações sexuais.

Vaginose bacteriana

A vaginose bacteriana é uma vulvovaginite causa por uma bactéria, a Gardnerella vaginalis, essa bactéria causa um corrimento branco acinzentado com um forte odor semelhante a peixe.

O tratamento da vaginose bacteriana é muito simples e fácil de ser realizado, é feito através do uso de creme vaginal ou de medicamento antibiótico.

Candidíase vaginal

É uma infecção vaginal causada por fungo. Os principais sintomas são: prurido vulvar e vaginal intenso, corrimento esbranquiçado com grumos sem odor, ardência para urinar e desconforto durante as relações.

O tratamento também é realizado com creme vaginal ou antifúngico oral.

Na presença de odor vaginal intenso e ardência vaginal consulte um ginecologista ou médico de família para uma avaliação.

Quem tem varizes pode viajar de avião?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

Quem tem varizes pode viajar de avião, porém deve seguir algumas medidas para melhorar a circulação sanguínea das pernas e dos pés durante o voo.

Quem tem varizes mais grossas (calibrosas) deve evitar ficar muito tempo em pé, sentado ou parado porque essas situações fazem com que o sangue não circule adequadamente nas pernas e pés, provocando o surgimento de inchaços (edemas), aumentando a possibilidade de formação de coágulo dentro dos vasos sanguíneos (trombo) e o seu deslocamento, o que pode causar uma embolia pulmonar.

Algumas medidas de prevenção de problemas circulatórios durante o voo:
  • andar no corredor sempre que possível,
  • movimentar joelhos, barriga da perna (panturrilha), tornozelo e dedos dos pés,
  • não sentar sobre as pernas ou cruzá-las,
  • não usar roupas e meias apertadas,
  • ingerir bastante líquido.

As pessoas com problemas circulatórios devem consultar o cirurgião vascular antes de uma viagem prolongada de muitas horas, quer seja de avião ou por outro transporte, para que ele oriente a prevenção necessária. Inclusive em relação ao uso de meias elásticas medicinais para melhorar o fluxo sanguíneo e o de medicação para prevenir a trombose.

Para saber mais: Varizes podem causar trombose?

Referência

SBACV. Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular.

O que pode causar uretrite?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Uretrite é uma inflamação ou infecção da uretra, que é o canal que leva a urina da bexiga para o exterior do corpo. A maioria dos casos de uretrite é causada por infecções pelas bactérias clamídia, gonococo (uretrite gonocócica) e E. coli. A infecção na uretra também pode ter como causas vírus, fungos e protozoários.

A uretrite também pode ocorrer devido a hábitos de higiene inadequados, traumatismos, cirurgias, introdução de objetos na uretra e uso de cateter por tempo prolongado.

Também é possível que a inflamação seja provocada por irritação da uretra causada pelo preservativo ou pelo espermicida presente no mesmo, uso de cremes, produtos de higiene e outras substâncias irritantes.

Em casos mais raros, pode estar relacionada com tumores ou condiloma (verrugas genitais) dentro da uretra.

A infecção é muito mais comum nas mulheres. Isso acontece devido à proximidade da uretra com o ânus, o que favorece a entrada de bactérias que habitam o intestino, como a E. coli. Essa bactéria é responsável por cerca de 80% das infecções urinárias.

Quais as causas da uretrite gonocócica e não gonocócica?

As uretrites infecciosas, ou seja, causadas por bactérias, vírus, fungos e outros parasitas, dependendo do germe causar da doença, podem ser consideradas doenças sexualmente transmissíveis (DST). Nesses casos, são classificadas como gonocócica e não gonocócica.

A uretrite gonocócica é causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, também conhecida como gonococo. As uretrites não gonocócicas podem ser causadas por Clamídia, Candida, Trichomonas vaginalis, entre outros micro-organismos.

A prevenção dessas infecções, portanto, pode ser feita através do uso de preservativos.

Quais são os sintomas da uretrite?

Os principais sintomas da uretrite, em homens e mulheres, incluem:

  • Dor ou ardência ao urinar;
  • Aumento do número de micções;
  • Vontade urgente de urinar;
  • Corrimento saindo pela uretra;
  • Presença de sangue na urina;
  • Dor durante a relação sexual.

No homem, a uretrite pode casar ainda dor nos testículos, dor durante a ejaculação, presença de sangue no esperma, coceira, irritação ou inchaço na extremidade do pênis.

Na mulher, os sintomas da uretrite podem incluir dor na região inferior do abdômen (baixo ventre ou “pé da barriga”), febre, calafrios e dor pélvica.

Sem tratamento, a infecção que originou a uretrite pode chegar a outros órgãos, tais como testículos, epidídimo, próstata, bexiga e rins. Nas mulheres a infecção pode provocar doença inflamatória pélvica (DIP). Tanto no homem como na mulher, a uretrite de causa infecciosa não tratada pode levar à infertilidade.

Qual é o tratamento para uretrite?

O tratamento da uretrite geralmente é feito com antibióticos, uma vez que a maioria dos casos é originado por infecções bacterianas. Os mais usados são a azitromicina® e a ceftriaxona®. Também podem ser indicados medicamentos para aliviar os sintomas, como analgésicos, anti-inflamatórios e antissépticos da via urinária.

Se a uretrite for causada pelo protozoário Trichomonas, normalmente são indicados os antimicrobianos metronidazol® ou tinidazol®. Já as infecções causadas por vírus costumam ser tratadas com aciclovir® ou valaciclovir®.

Da mesma forma que o paciente que recebe o diagnóstico, é fundamental que o/a parceiro/a receba o tratamento para não voltar a transmitir a doença e prevenir recorrência da doença.

O/A médico/a urologista ou ginecologista são os especialistas indicados para diagnosticar e tratar a uretrite.

Leia também: Uretrite: Quais os sintomas e possíveis complicações?

Estava nos amassos com meu namorado e ...
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

As chances de gravidez são bem pequenas, já que não houve ejaculação na vagina, nem próximo de acordo com o relato. Contudo, se houve contato íntimo nada impede a presença de espermatozoides no líquido seminal, por isso qualquer relação sem uso de contraceptivos pode resultar em gravidez.

Outro fator importante para avaliar o risco de gravidez, seria calcular o seu período fértil. Se estiver no período fértil, as chances de engravidar aumentam, e com isso a melhor opção para evitar a gravidez é fazer uso de um contraceptivo de emergência, como a pílula do dia seguinte.

Atualmente a pílula do dia seguinte pode ser tomada em até cinco dias após a relação desprotegida. Lembrando que quanto antes for usada, maiores as chances de proteção.

Saiba mais no link: Como calcular o Período Fértil?

A perda da virgindade é caracterizada pela ruptura do hímen, o que nem sempre causa dor ou sangramento. O fato de haver penetração é suficiente para romper a maioria dos tipos de hímen. Existem tipos mais frágeis que rompem facilmente e outros mais resistentes, podendo não ser rompido nas primeiras relações, são os chamados himens complacentes.

Sendo assim, para ter certeza quanto a presença ou não do hímen, o que caracteriza a virgindade, procure um médico ginecologista.

Pode lhe interessar também: Como saber se o hímen foi rompido?

O que é carcinoma ductal?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

O carcinoma ductal da mama é um tumor derivado das células de revestimento dos ductos mamários e representa 80 a 90% dos cânceres de mama.

O carcinoma ductal pode ser dividido em:

  • In situ ou intraductal: quando há proliferação de células malignas dentro de um ducto, não ultrapassando os limites da membrana basal, não invadindo estruturas profundas.
  • Invasor: quando as células malignas invadem estruturas além da membrana basal.

Os principais sintomas associados ao carcinoma ductal in situ são:

  •  nódulo ou caroço palpável na mama;
  •  derrame papilar: saída de secreção espontaneamente pelos mamilos;
  •  alteração na mamografia, sem sintomas clínicos.

Os principais sintomas associados ao carcinoma ductal invasor são:

  • nódulo, caroço ou massa palpável na mama;
  • saída espontânea de secreção pelo mamilo;
  • alterações na pele, que fica similar a casca da laranja;
  • em tumores avançados, pode haver ulceração e grande deformidade da mama.

A evolução do câncer de mama é variável para cada paciente, por diferenças em relação ao crescimento tumoral, capacidade de invasão, potencial metastático e outros mecanismos. Diante deste fato, é importante conhecer estas variáveis no momento do diagnóstico ou da cirurgia, associadas ao tempo livre de doença ou de sobrevida geral, sendo essa a definição de prognóstico.

Os fatores prognósticos do câncer de mama podem incluir:

  • idade: pacientes mais jovens, com menos de 35 anos, possuem uma evolução clínica pior do que as pacientes mais velhas, pós-menopausa, pois seus tumores são mais agressivos;
  • etnia: mulheres da raça negra e hispânica tem pior prognóstico que as mulheres brancas, que pode estar associado a piores condições de acesso aos serviços de saúde;
  • tipo histológico do tumor: o carcinoma ductal tem pior prognóstico em relação a outros tipos histológicos;
  • tamanho do tumor: quanto maior, pior prognóstico;
  • acometimento de linfonodos: se acometidos, o prognóstico é pior;
  • receptores de hormônios (estrogênio e progesterona): tumores com presença destes receptores tem melhor prognóstico;
  • outros marcadores moleculares, como oncogenes que, quando presentes, denotam pior prognóstico.

O tratamento de primeira escolha é a remoção cirúrgica completa, que algumas vezes deverá incluir a remoção dos linfonodos axilares também. Outras terapias são quimio e radioterapia, além do uso de medicações que bloqueiam receptores hormonais, como o tamoxifeno.

Toda mulher deve se consultar anualmente com o ginecologista e realizar mamografia anualmente conforme as orientações abaixo:

  • mulheres a partir dos 40 anos, sem histórico familiar de câncer de mama;
  • mulheres a partir dos 35 anos, que tenham histórico familiar de câncer de mama;
  • dez anos antes do diagnóstico de câncer de mama em familiar de primeiro grau.

Na presença de alterações mamárias, deve ser procurado um ginecologista ou mastologista.