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Que exames devem ser feitos durante a gravidez?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

Os exames que devem ser feitos durante o pré-natal, idealmente, em grávidas sem fatores de risco, são os seguintes:

1º mês:
  • Tipagem de sangue (ABO e Rh): É importante para identificar o tipo de sangue, o que é essencial, especialmente quando a gestante é Rh negativo e o pai é Rh positivo. Quando isso acontece, é preciso fazer exames de controle durante a gravidez, para verificar se ocorreu a isoimunização - passagem do sangue fetal Rh positivo para mãe e consequente produção de anticorpos, principalmente depois do segundo filho do casal. Atualmente o Rh negativo não representa riscos, se houver um controle adequado através do exame de sangue Coombs indireto. É importante se lembrar que uma "vacina" deve ser aplicada na 28ª semana de gestação e outra logo depois do parto, para inibir a criação do fator anti-Rh);
  • Hemograma completo: Revela se a gestante tem anemia, ou revela sinais de infecção bacteriana ou viral; pode ser repetido durante o decorrer do pré-natal, caso seja necessário. Durante a gravidez é normal a gestante ser um pouco anêmica em relação a padrões normais. No entanto, é preciso estar atento a baixas acentuadas da hemoglobina no sangue periférico​);
  • Glicemia de jejum (Para pesquisa de diabetes. Em casos específicos, deve ser repetida durante a gestação e acompanhado da glicemia pós prandial ou curva glicêmica);
  • Sorologias para Sífilis, Toxoplasmose, Rubéola, Citomegalovírus, Hepatite B e C e HIV (pesquisa de infecções congênitas capazes de causar dano fetal);
  • Urina I: Pesquisa de infecção urinária, que é bastante frequente durante a gravidez, porque ocorrem alterações hormonais e crescimento do útero. Sempre que houver suspeita de infecção, o exame deve ser repetido; 
  • Protoparasitológico de fezes: Pesquisa de verminoses que podem causar anemia ou outros problemas nas gestantes. Apesar de não causarem problemas nos fetos, os problemas devem ser identificados e tratados na altura certa da gravidez para não prejudicarem a mãe.
2º mês (7-8 semanas):
  • Ultra-som transvaginal (avaliação da correta localização da gestação; cálculo mais preciso da idade gestacional; diagnóstico de gestação múltipla e sua viabilidade).
4º mês (11-14 semanas):
  • Translucência nucal (TN) (também chamado de Ultrassom gestacional morfológico de 1º trimestre - rastreio de alterações que possam sugerir anormalidades cromossômicas);
  • Amniocentese e/ou biópsia de vilo corial (para pesquisa de anormalidades cromossômicas. É realizado com base em solicitação dos pais, idade materna avançada, TN alterada no USG ou mulheres que já tiveram um filho com problemas congênitos, que possuem histórico de doenças genéticas na família e querem saber o quanto antes se o bebê foi afetado);
  • Doppler do ducto venoso (verifica, com mais precisão, riscos de má-formação. O doppler é um ultra-som sofisticado, que analisa o ducto venoso, um vaso sanguíneo do feto. Alterações cardíacas ali podem sinalizar problemas congênitos).
5º mês (20-24 semanas):
  • Ultra-som morfológico de 2º trimestre (avaliação de crescimento fetal, malformações anatômicas fetais);
  • Ecocardiografia fetal (pesquisa de cardiopatias fetais, principalmente em mães diabéticas, com cardiopatias ou históricos familiares destas doenças);
  • Teste triplo (quando indicado e/ou amniocentese para avaliação das anomalias fetais);
  • Fibronectina fetal (identifica precocemente a gestante com risco de parto prematuro).
6º mês:
  • Pesquisa de diabetes gestacional; além de algumas sorologias realizadas que deverão ser repetidas como, HIV, sífilis, toxoplasmose; pesquisa de anemia e infecção urinária;
7º e 8º mês
  • Ultrassom (só se houver alguma necessidade específica); 
  • Pesquisa de estreptococos (embora o corrimento vaginal, sem odor e de cor clara seja normal, a pesquisa de estreptococos beta hemolíticos na "secreção" vaginal, na 37ª semana de gestação, é muito importante. A presença desta bactéria pode levar a complicações para mãe e para o bebê no pós-parto).
9º mês
  • Ultrassom morfológico de 3º trimestre (avaliação crescimento e desenvolvimento fetal; posição fetal; peso estimado para a época do parto; quantidade de líquido amniótico; amadurecimento placentário). 

Em muitas ocasiões, não é necessária a realização de absolutamente todos os exames supracitados. Em caso de gravidez ou suspeita, um médico ginecologista deverá ser consultado para verificar se está grávida ou não e iniciar seu acompanhamento correto.

Absorvente interno faz mal à saúde?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Absorvente interno geralmente não faz mal à saúde, desde que a mulher troque o absorvente com regularidade (de preferência a cada 4 horas), não durma com ele e lave bem as mãos sempre antes da troca.

Uso de absorventes internos é um fator de risco para a síndrome do choque tóxico por estafilococos. Essa síndrome é causada por uma bactéria que normalmente habita a pele e a mucosa vaginal, mas que em algumas condições pode apresentar um crescimento e multiplicação excessiva com liberação de uma toxina que atinge a corrente sanguínea e espalha pelo corpo causando febre, hipotensão (tontura, desmaio), vermelhidão e descamação da pele, dor de cabeça, dor abdominal, vômito, diarreia e dores musculares. Essa síndrome é muito rara mas pode acontecer com os absorventes de alta capacidade de absorção, quando é usado de forma contínua ao longo do ciclo ou quando o intervalo de troca entre absorventes é longo.

Recentemente, foi descoberta a presença de algumas toxinas liberadas no processo de branqueamento dos produtos sintéticos do absorvente com o cloro. Estudos estão tentando comprovar os malefícios dessas toxinas com relação à síndrome do choque tóxico, endometriose e infertilidade.

A possibilidade do absorvente interno causar alergias como irritação vaginal, coceira, vermelhidão e inchaço não é frequente.

Diante dessas preocupações, o absorvente interno deve ser usado com os devidos cuidados e com a troca constante. Outras opções ao absorvente interno são disponíveis como o copo menstrual.

Estou com 9 semanas de gravidez e senti a barriga ficar dura, isso é normal?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Com 9 semanas de gravidez o endurecimento da barriga, geralmente não tem relação com o útero porque ele ainda está dentro da cavidade pélvica, pode ser algo intestinal (mais comum), preocupante nessa idade gestacional seria cólicas e sangramento vaginal.

O que é janela imunológica?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

A janela imunológica é o período compreendido entre a data da infecção pelo micro-organismo (agente causador da doença) e a data em que os anticorpos específicos, produzidos pelo organismo contra este agente causador, são detectáveis em exames de sangue (soroconversão). Os testes para verificar se uma pessoa tem uma doença (por exemplo, o HIV) são geralmente feitos através da detecção de anticorpos contra o agente causador da doença pesquisada, no sangue dessa pessoa. Portanto, no período da janela imunológica, uma pessoa pode fazer um teste e ter um resultado falso negativo (isto é, a pessoa tem a doença, está com o vírus do HIV na corrente sanguínea, mas ainda não produziu anticorpos específicos contra o HIV).

É um conceito fundamental para pessoas que estão em dúvida sobre a real negatividade dos testes que realizaram para a detecção de determinada doença. O período da janela imunológica é variável; varia de acordo com o tipo de infecção e a sensibilidade do teste utilizado - no caso do HIV, varia de duas a doze semanas, daí a maior confiabilidade do teste três meses após a suposta infecção (comportamento de risco, como por exemplo relação sexual desprotegida), embora existam casos de soroconversão até 120 dias após a infecção (idealmente, o exame deve ser repetido em seis meses). Também é fundamental para doadores de sangue, que devem ter em mente o período da janela imunológica para transmitirem informações de forma mais efetiva e honesta ao entrevistador (antes da coleta). A entrevista para a doação assegura ainda mais a qualidade do sangue para os pacientes que receberão a transfusão, pois diminui enormemente a possibilidade de coleta de sangue em período de janela imunológica.

É importante que, no período de janela imunológica, a pessoa que suspeita de doença sexualmente transmissível sempre faça sexo com camisinha e não compartilhe seringas, pois se estiver realmente infectada, já poderá transmitir o HIV para outras pessoas.

Tenho SOP e comecei a tomar metformina, estou com um mês de atraso menstrual, posso estar grávida?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

É possível sim.  Apesar da Síndrome de ovário policístico (SOP) ser sabidamente uma causa comum de infertilidade, a mulher que mantém relações sem uso de contraceptivo também corre o risco de engravidar. Depende de muitas variáveis, uma dela é a relação de medicamentos que faz uso regular, como a metformina.

A SOP se caracteriza por irregularidade menstrual, sinais como obesidade leve, acne, hirsutismo (excesso de pelos grossos e escuros, em regiões mais comuns nos homens), além do aumento da resistência à insulina e exclusão de outras doenças. Como opções de tratamento, devido o aumento da resistência à insulina, um dos tratamentos habituais é o uso regular de metformina. 

Entretanto a metformina, prescrita na intenção de auxiliar na redução do peso e na regularidade dos ciclos menstruais, possibilitando a ovulação, aumenta as chances de engravidar. Portanto, as mulheres que não desejam engravidar neste período, devem fazer uso de algum anticoncepcional.

No caso de suspeita de gravidez deve procurar atendimento de ginecologista/obstetra, o quanto antes, realizar testes de gravidez e seguir as orientações de acordo com o resultado encontrado.

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Sou casada há mais de um ano e ainda sou virgem
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Precisa procurar um ginecologista para uma avaliação essa condição pode tratar-se de vaginismo, que trata-se de uma contratura involuntária dos músculos que envolvem a vagina, impedindo o ato sexual. No entanto, é importante que você passe por uma avaliação ginecológica para avaliar se não há presença de outras anomalias no canal vaginal, como cicatrizes ou infecções.

O vaginismo é a contração involuntária dos músculos que se encontram em volta da abertura vaginal. A mulher com vaginismo apresenta desejo sexual mas não consegue relaxar essa musculatura espontaneamente.

Pode aparecer desde a primeira relação sexual ou desenvolver-se mais tarde, geralmente após experiências sexuais prévias dolorosas ou traumáticas. O medo que a mulher desenvolve contrai ainda mais a musculatura pélvica, como ela não consegue ter relação passa a ir cada vez mais tensa para o intercurso sexual, o que piora a situação.

Qual o tratamento para vaginismo?

O vaginismo tem cura e tratamento, que baseia-se principalmente na dessensibilização vaginal progressiva, na qual a mulher aos pouco vai ela mesmo se permitindo se tocar na região da vulva e do introito vaginal.

Quando ela já consegue tocar na porção interna da vagina, podem ser usados cones vaginas que ao serem introduzidos permitem que os músculos vaginais se adaptem a pressão e cessem a contração reflexa.

Ao poucos quando a mulher estiver segura pode tentar com o parceiro o contato peniano-vulvar, até conseguirem alcançar a penetração vaginal.

O tratamento do vaginismo requer meses e o apoio de profissionais como fisioterapeutas pélvicos que podem orientar a mulher na realização dos exercícios de dessensibilização.

Caso apresente sintomas sugestivos de vaginismo procure um ginecologista ou médico de família para uma avaliação.

Esqueci de tomar o anticoncepcional por 3 dias e tive relação, posso estar grávida?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. Sempre que a medicação é interrompida, ou esquecida, e existe relação sem outro método contraceptivo corre o risco de engravidar.

A única forma de ter certeza se está grávida ou não, é aguardar pelo menos 8 dias após a relação e realizar um dos testes de gravidez, o teste de farmácia, no qual não precisa de pedido médico para obtê-lo, ou agendar uma consulta e solicitar o teste de sangue, com o devido pedido médico.

Algumas vezes, durante a consulta e exame clínico, o médico pode ser capaz de suspeitar da gestação, de qualquer forma deverá realizar um dos testes para essa constatação.

Por enquanto, o mais adequado é que interrompa a medicação até a consulta com médico/a, para descartar a gestação com certeza antes de retornar o anticoncepcional..

Saiba mais sobre o assunto nos links:

Tomei anticoncepcional Uno Ciclo faz 1 mês e tive relação...
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. O recomendado é que no primeiro mês de uso de qualquer anticoncepcional, seja utilizado mais um método contraceptivo, até que o organismo se adapte e passe pelas alterações hormonais induzidas pela medicação, que em média leva 30 dias.

Como no seu caso, já havia praticamente passado os 30 dias, o risco de engravidar é quase zero.

O Uno-Ciclo ® é um tipo de anticoncepcional injetável, combinado, que deve ser administrado uma vez por mês, em dose única, com indicações de contraceptivo, distúrbios hormonais, controle de irregularidades menstruais e como tratamento para falta de estrógeno ou progesterona.

A aplicação deve ser realizada por profissional capacitado, seguindo as orientações abaixo:

  • A aplicação da primeira dose deve ser feita preferencialmente no 8º dia do ciclo, ou entre o 7º e 10º dia (o primeiro dia do ciclo, é o primeiro dia da menstruação);
  • As próximas doses devem ser aplicadas a cada 30 dias, ou conforme estipulado pelo médico, não deve mais ser baseada na menstruação (porque é normal a alteração do fluxo menstrual com o uso de anticoncepcionais, o que poderia prejudicar a sua eficácia);
  • Deve haver adequada limpeza local, com antissépticos, antes da aplicação;
  • O local mais indicado é a região glútea, ou quando não for possível, no músculo do braço;
  • Não massagear o local após a aplicação e manter um tempo em repouso, com compressa limpa, para evitar perda da medicação.

Pode lhe interessar também: Vantagens e desvantagens do anticoncepcional injetável

Para maiores informações sobre anticoncepcional, converse com seu médico ginecologista.

Tive relação... quem pode ser o pai?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A única maneira de saber com certeza quem é o pai, será através do teste de DNA.

O teste pode ser realizado sem necessidade de pedido médico, em um laboratório especializado.

As relações foram em datas muito próximas, praticamente todas dentro do seu período fértil, ou seja, período de maior possibilidade de engravidar, por isso fica impossível arriscar qual relação teria maior chance de resultar na gravidez.

Como calcular o período fértil?

O período fértil deve ser calculado de acordo com o tipo do ciclo, se regular ou irregular, quantos dias em média tem o ciclo e a data da última menstruação.

O cálculo para os ciclos regulares é bem simples. O dia mais fértil é sempre o dia do meio do ciclo, por exemplo, nos ciclos de 28 dias, o 14º dia é o dia mais fértil.

Depois, somasse 3 dias para frente e 3 para trás, devido as oscilações hormonais que podem ocorrer no organismo da mulher, atrasando ou adiantando a ovulação. E ainda, devido a possibilidade dos espermatozoides sobreviverem dentro do organismo da mulher por até 5 dias.

Sendo assim, supondo que tenha um ciclo regular de 28 dias e sabendo que sua menstruação aconteceu em 6 de janeiro, podemos calcular o seu período fértil, da seguinte maneira:

6 janeiro + 14 dias = 20 de janeiro = DIA MAIS FÉRTIL;

Somando 3 dias antes e 3 dias após, concluímos que o seu período fértil aconteceu durante os dias 17 de janeiro até 23 de janeiro.

Por isso, como citado anteriormente, houve relação com ambos os parceiros dentro do período fértil, impossibilitando estimar qual dos dois pode ser o pai.

Recomendamos que realize o teste de paternidade para encontrar a resposta desejada, porém mantenha seu pré-natal em dia, mantenha hábitos de vida saudáveis e para mais esclarecimentos, não deixe de conversar com seu médico ginecologista.

Pode lhe interessar também: Cálculo do período fértil vale para ciclo irregular?

Vitiligo é contagioso?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Não, vitiligo não é contagioso e não é transmitido de pessoa a pessoa. O vitiligo é um distúrbio ativado por reações no sistema imune da pessoa afetada e, portanto, não é transmissível. 

A pessoa que possui vitiligo pode e deve conviver normalmente com as outras pessoas ao seu redor e compartilhar os utensílios de uso comum.

O que é vitiligo?

Vitiligo é uma manifestação na pele que caracteriza-se pela despigmentação. Com isso, em algumas localidades do corpo, a pessoa apresenta regiões mais claras do que outras.

Vitiligo

A pele na região afetada continua íntegra, porém sem a pigmentação habitual das outras regiões. Por isso, não há nenhum tipo de prejuízo no contato da região afetada com outras partes do corpo.

Quais as causas do vitiligo?

Os estudos científicos apontam relação no surgimento do vitiligo com fatores genéticos e com a presença de história da doença na família.

Trata-se de uma reação autoimune, em que o sistema imunológico da pessoa ataca as células responsáveis pela pigmentação da pele, chamadas melanócitos.

Com a destruição dos melanócitos, a região da pele afetada perde a pigmentação, ficando mais clara quando comparada com o resto do corpo.

Por desconhecimento de parcela da população, pessoas com vitiligo sofrem preconceito e discriminação. A informação adequada e científica deve ser amplamente difundida para que essas pessoas tenham uma vida social garantida e desprovida de julgamentos.

Como saber se estou grávida pela barriga?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

É bem difícil conseguir saber se está grávida tocando ou apertando a barriga, mesmo após o atraso menstrual. Um profissional de saúde experiente pode sentir, ao apertar o pé da barriga, com a mulher deitada de barriga para cima, algo firme que parece escorregar. Isso pode indicar gravidez, mas também pode ter outras causas.

Entretanto, existem outros sinais que podem aparecer e que são mais fáceis de detectar. O atraso menstrual é o principal sinal para suspeitar de gravidez. Outros sinais possíveis são:

  • Corrimento rosado;
  • Pequeno sangramento vaginal;
  • Cólica;
  • Aumento ou dor nas mamas.

Outros sintomas que podem surgir nas primeiras semanas de gravidez são cansaço, náuseas, vômitos ou sensibilidade ao cheiro de comida.

Mesmo que estes sintomas não apareçam, isso não quer dizer que não esteja grávida. Se suspeitar que está grávida, faça um teste de farmácia, consulte um médico de família ou um ginecologista.

Leia mais sobre sintomas de gravidez em:

Referências:

Davidson L. Early Signs of Pregnancy and How Your Stomach Feels. We Have Kids. March 3, 2022.

Gurevich R, Levine B. How Soon After Sex Do You Get Pregnant? - Early pregancy symptoms. Very Well Family - Trying to conceive. Updated on November 28, 2022

Siyanga B. Can you tell that you’re pregnant by touching your stomach? Quora

Symptoms of Early Pregnancy. American Pregnancy Association.

Coceira na vagina pode ser candidíase?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, coceira na vagina pode ser candidíase, uma infecção vaginal causada pelo fungo Candida albicans. A candidíase pode causar coceira na vulva, coceira na entrada da vagina e coceira dentro da vagina.

Além de coceira vaginal, a candidíase pode causar o aparecimento de corrimento vaginal branco espesso e abundante, semelhante a requeijão, ardência nos grandes lábios e na vagina, dor durante a relação sexual, dor ao urinar, vermelhidão e inflamação da vulva (parte externa da vagina).

Como aliviar a coceira na vagina em caso de candidíase?

O tratamento da candidíase é realizado com pomada ginecológica para coceira, creme, comprimidos vaginais ou supositórios e comprimidos orais. Para aliviar a coceira e a ardência na vagina são usados remédios antifúngicos, como miconazol, clotrimazol, tioconazol e butoconazol.

A pomada ginecológica ou o remédio antifúngico podem precisar ser usados por até 7 dias. Se a mulher não tiver infecções repetitivas, pode ser indicado um medicamento de 1 dia, tomado em dose única.

Quando a coceira nas partes íntimas femininas e os outros sintomas são mais graves ou quando a mulher tem candidíase vaginal com frequência, pode ser necessário usar medicação por até 14 dias, além de pomada ginecológica com azol ou tomar comprimidos de fluconazol todas as semanas para prevenir novas infecções.

Além da candidíase, o que mais pode causar coceira na vagina?

A coceira na vagina também pode ser causada por certos distúrbios da pele ou infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Em casos raros, o prurido vaginal pode ser sintoma de câncer de vulva.

Coceira na vulva ou na entrada da vagina em, geral, tem como causas alergia ou irritação. Já uma coceira dentro da vagina pode ser sintoma de alguma infecção causada por fungos ou bactérias. Nesse caso, além da coceira, é comum haver corrimento vaginal e inchaço local.

Abaixo seguem as principais causas de coceira na vagina, na vulva ou na região ao redor da vagina.

1. Alergia

A exposição da vagina a produtos químicos irritantes pode causar coceira. Esses irritantes podem desencadear uma reação alérgica que cria uma erupção cutânea com coceira em várias áreas do corpo, incluindo a vagina.

A alergia pode ser causada por calcinha de nylon, sabonete, absorvente, perfume, desodorante, amaciante de roupa, sprays femininos, duchas, cremes, pomadas, papel higiênico perfumado, entre outros.

O uso de calcinhas de material sintético e o uso frequente de calça jeans, sobretudo nos dias mais quentes, podem irritar a vulva (parte externa da vagina), provocando coceira e aumentando as chances de candidíase.

O que fazer: quando a coceira na vagina é causada por alergia, é necessário identificar o que está provocando a reação alérgica e afastar o agente irritante para acabar com a coceira. Além disso, é importante usar calcinhas de algodão e evitar o uso de calças jeans apertadas.

2. Doenças da pele

Algumas doenças de pele, como eczema e psoríase, podem causar vermelhidão e coceira na região da vagina.

No eczema, surge uma erupção avermelhada com textura escamosa e que coça. A psoríase provoca o aparecimento de manchas vermelhas escamosas, sobretudo no couro cabeludo e nas articulações. Porém, às vezes, esses sintomas também podem ocorrer na vagina.

O que fazer: na maioria das vezes, o tratamento das doenças de pele que causam coceira na vagina é feito com pomadas e remédios aplicados diretamente no local. Em alguns casos, pode ser necessário tomar medicamentos por via oral.

3. Vaginose

Além de coceira na vagina, leva ao aparecimento de corrimento vaginal cinzento e normalmente com mau cheiro, dor durante as relações sexuais e ardência ao urinar.

A vaginose surge quando ocorre um desequilíbrio nas bactérias que compõem a flora vaginal ou no pH da vagina. É parecida com uma infecção vaginal causada por fungos, como a candidíase.

O que fazer: o tratamento da vaginose pode ser feito com medicamentos antibióticos orais ou pomada vaginal com antibiótico. A vaginose pode ser transmitida para o parceiro, por isso ele também pode precisar receber tratamento.

4. Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs)

Além de coceira na vagina, as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), antes chamadas de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), podem causar dor, sensação de formigamento, queimação, aparecimento de corrimento com cheiro e feridas. Clamídia, herpes genital, tricomoníase e gonorreia estão entre as ISTs mais comuns.

O que fazer: o tratamento da infecção sexualmente transmissível depende da doença e da sua causa. Nas infecções causadas por vírus, são usados medicamentos antivirais específicos para a doença. Nas doenças causadas por bactérias e fungos são utilizados medicamentos antibióticos e antifúngicos, respectivamente.

5. Menopausa e alterações hormonais

A menopausa pode causar coceira na vagina devido à falta de lubrificação vaginal, provocada pela queda dos níveis do hormônio estrógeno.

Gravidez, pré-menopausa e uso de anticoncepcional hormonal também podem causar alterações hormonais que levam à secura vaginal, o pode causar coceira na vagina.

O que fazer: uma vez que a coceira na vagina nesse caso é causada pela falta de lubrificação, o uso de lubrificantes vaginais pode ajudar a aliviar a coceira. Se o prurido for muito intenso, pode ser indicada a aplicação de pomada vaginal de estriol.

6. Líquen escleroso

Causa coceira na vagina e o aparecimento de vários pontinhos brancos na pele. O líquen escleroso pode estar relacionado com alterações hormonais e imunidade baixa.

O que fazer: o objetivo do tratamento do líquen escleroso é aliviar os sintomas e acelerar a cicatrização. Se os sintomas forem leves, pode não ser necessário tratamento. O tratamento pode incluir:

  • Anti-histamínicos;
  • Medicamentos para acalmar o sistema imunológico (em casos graves);
  • Corticoides orais ou em pomadas para diminuir a inflamação e reduzir a resposta imune;
  • Injeções de corticoides na lesão;
  • Vitamina A em pomada ou comprimido;
  • Terapia com luz ultravioleta.
7. Líquens vulvares

Caracteriza-se pelo aparecimento de lesões na vagina e não tem uma causa conhecida. Provoca coceira intensa na vagina e pode evoluir para câncer de vulva.

O que fazer: o tratamento da coceira na vagina causada por líquens vulgares geralmente é feito com pomada vaginal de corticoide. A pomada pode eliminar completamente os sintomas em mais de 70% dos casos.

A aplicação da pomada vaginal, em geral, é realizada duas vezes ao dia, por três meses, além de doses de manutenção posteriormente. Em alguns casos, pode ser necessário manter as doses de manutenção por até 10 anos.

8. Câncer de vulva

Em casos raros, a coceira na vagina pode ser um sintoma de câncer de vulva, que é a parte externa do órgão genital feminino. Inclui os lábios interno e externo da vagina, o clitóris e a abertura da vagina.

O câncer de vulva nem sempre causa sintomas. No entanto, quando os sintomas ocorrem, eles podem incluir coceira, sangramento anormal ou dor na região vulvar.

O que fazer: o tratamento do câncer de vulva normalmente é feito através de cirurgia para retirar o tumor. A radioterapia também pode ser indicada. O tratamento é feito por meio da aplicação de radiação no local para destruir as células cancerosas.

Quando procurar um médico em caso de coceira na vagina?

É importante consultar um médico ginecologista ou médico de família quando a coceira na vagina for intensa. A mulher também deve procurar o médico se a coceira persistir por mais de uma semana ou vier acompanhada de algum dos seguintes sintomas:

  • Feridas ou bolhas na vulva;
  • Dor ou sensibilidade na região genital;
  • Vermelhidão ou inchaço na vagina;
  • Dificuldade para urinar;
  • Corrimento vaginal;
  • Dor ou desconforto durante a relação sexual.

Em caso de coceira na vagina, na vulva ou em qualquer local das partes íntimas femininas, consulte um médico ginecologista ou médico de família para fazer uma avaliação e receber o tratamento adequado.