Sim, hidrocefalia tem tratamento e pode ser curada a depender da causa. O tratamento da maioria dos casos de hidrocefalia é feito com as chamadas válvulas de derivação.
Neste procedimento, um cateter é colocado em contato com o liquor dentro do cérebro para drenar o líquido para outra parte do corpo. O sistema é composto por um cateter ligado a uma válvula que limita a quantidade de líquido a ser drenado.
Uma extremidade do cateter fica dentro do cérebro em contato com o liquor, enquanto que a outra é passada por baixo da pele até um local do corpo capaz de receber o líquido, que pode ser a veia jugular ou a cavidade abdominal.
Em alguns casos pode ser realizado por algum tempo uma derivação externa, ou seja, uma das extremidades drena o excesso de líquido para um suporte fora do corpo.
Outra forma de tratar a hidrocefalia é através da neuroendoscopia, geralmente utilizada em casos de hidrocefalia obstrutiva, que ocorre quando existe algum impedimento no fluxo do liquor.
A neuroendoscopia funciona da seguinte forma:
- Realiza-se um pequeno furo no crânio;
- Um tubo com uma câmera de vídeo (endoscópio) é introduzido até o cérebro;
- Faz-se uma pequena perfuração numa membrana muito fina do cérebro para servir de passagem para o líquido cefalorraquidiano poder fluir, corrigindo a obstrução;
- O liquor volta a circular mais facilmente e a hidrocefalia é curada.
A grande vantagem da neuroendoscopia no tratamento da hidrocefalia é a possibilidade de tratar a hidrocefalia sem introduzir um material estranho no organismo. Contudo, nem sempre é possível utilizar o método, que é mais indicado para hidrocefalias obstrutivas.
Consulte um médico neurocirurgião para esclarecer as suas dúvidas em relação ao tipo de hidrocefalia e a melhor forma de tratamento.
Leia também: O que é hidrocefalia e quais os sintomas?
Tomar a pílula do dia seguinte 2 vezes na mesma semana pode não ser seguro para a saúde. Isso porque ela não foi testada para o uso repetido e contém uma quantidade elevada de hormônio. O uso frequente da pílula do dia seguinte pode desregular e dificultar o reconhecimento das fases do ciclo menstrual, assim como do período fértil.
O correto é tomar a pílula do dia seguinte em dose única como método contraceptivo de emergência em situações pontuais, como em uma relação em que o método contraceptivo tenha falhado. Ela não deve ser usada como método anticoncepcional de rotina.
A pílula do dia seguinte não funciona para prevenir a gravidez nas relações sexuais desprotegidas após o seu uso. Por isso, após seu uso, o correto é usar um método de barreira, como o preservativo.
Para uso rotineiro, há outros métodos anticoncepcionais mais eficazes. Um médico de família ou um ginecologista são os profissionais mais indicados para ajudar na escolha do melhor anticoncepcional.
Leia também:
Referências:
Diad. Bula do medicamento.
FEBRASGO. Pílula do dia seguinte - Posicionamento Febrasgo.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Anticoncepção de emergência : perguntas e respostas para profissionais de saúde. 2. ed. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2011. p.14, 23, 30.
Vaginismo é uma contração involuntária da musculatura vaginal antes ou durante a penetração. Essa contração exagerada provoca dor, além de dificultar ou impedir uma relação ou uso de absorvente interno.
O vaginismo também impede ou dificulta a realização de exames ginecológicos (introdução de espéculo vaginal), o uso de cremes vaginais ou qualquer outro procedimento que implique a introdução de algo na vagina, mesmo que a mulher tenha a intenção de o fazer.
O vaginismo é considerado uma disfunção sexual. A contração involuntária e vigorosa da musculatura do assoalho pélvico é uma reação de defesa inconsciente, associada a situações ameaçadoras ou dolorosas.
Existem 2 tipos de vaginismo:
Primário: A mulher nunca conseguiu ter uma relação sexual completa pois a contração da musculatura ocorreu logo na primeira tentativa de penetração. Trata-se da maioria dos casos de vaginismo.
Secundário: Neste caso, a mulher mantinha relações normalmente, mas desenvolveu vaginismo após algum tempo de insatisfação com a vida sexual, passado de abuso ou traumas.
Quais são os sintomas do vaginismo?Os principais sintomas do vaginismo são: dor, desconforto ou ardência durante a relação sexual. Muitas vezes a contração fecha a vagina, impossibilitando a penetração ou, quando ela ocorre, provoca dor.
Geralmente, os músculos da parte interna da coxa também se contraem de forma involuntária, aparentemente pela ansiedade e medo dos sintomas, que a mulher já reconhece.
Essa situação leva a um ciclo vicioso de ansiedade e medo ⇒ contração ⇒ dificuldade ou impossibilidade de penetração ⇒ aumento das contrações involuntárias ⇒ dor na penetração ⇒ mais contração ⇒ mais dor.
Isso faz com que a mulher evite cada vez mais ter relações sexuais e se afaste do parceiro aos primeiros sinais de carícias.
Mulheres com vaginismo também têm grande dificuldade em fazer exames ginecológicos e colocar absorventes internos pelo já exposto. Qualquer tentativa de penetração na vagina, mesmo que não esteja relacionada com sexo, dispara a contração da musculatura do assoalho pélvico.
Contudo, o vaginismo pode se manifestar de diferentes formas em cada mulher. Há mulheres que não conseguem ter relações sexuais, mas conseguem realizar exames ginecológicos. Em outros casos, são capazes de ter relações apenas com penetração parcial, mas ainda sentem dor ou ardência.
Nos casos mais graves de vaginismo, a mulher pode permanecer virgem por vários anos durante o casamento, sem qualquer possibilidade de haver penetração.
Quais as causas do vaginismo?O vaginismo pode ter origem em fatores físicos ou emocionais. Dentre as causas físicas que podem impedir ou dificultar a penetração e causar dor estão:
- Inflamações e infecções vaginais;
- Lesões na vagina ou na vulva;
- Doenças sexualmente transmissíveis (DST);
- Hímen com anormalidades;
- Líquen escleroso;
- Dor crônica na abertura da vagina (vulvodinia);
- Problemas na anatomia vaginal;
- Dores no pós-parto;
- Doença inflamatória pélvica;
- Disfunções hormonais;
- Atrofia vaginal;
- Excesso de tensão dos músculos vaginais e do assoalho pélvico;
- Falta de excitação ou lubrificação vaginal;
- Endometriose.
Os principais fatores psicológicos que podem estar na origem do vaginismo são:
- Ansiedade;
- Medo de sentir dor durante a penetração;
- Traumas associados a exames ginecológicos;
- Experiências sexuais traumáticas no passado, como abusos ou violência sexual;
- Experiência insatisfatória, dolorosa ou de violação na primeira relação sexual;
- Educação sexual repressora;
- Tabus religiosos;
- Falta de informação sobre o que é uma relação sexual;
- Falta de conhecimento do próprio corpo;
- Problemas de relacionamento com o parceiro.
Quando a causa do vaginismo é alguma inflamação, infecção ou hipersensibilidade de algum nervo, o tratamento é feito com medicamentos.
Para as causas de origem psicológica, são indicadas outras formas de tratamento, como terapia sexual, técnicas de relaxamento, exercícios para os músculos do assoalho pélvico, treino de introdução de objetos específicos na vagina para combater a ansiedade e o medo, além de cirurgia, em casos mais raros.
O vaginismo tem cura e o tratamento deve ser multidisciplinar, com participação do médico ginecologista, fisioterapeuta e psicólogo.
Nesse caso, se fez o uso correto do anticoncepcional no primeiro mês, sem esquecimentos, ou mudança de horário, estando apenas na semana entre as cartelas, é muito pouco provável que engravide, pois a eficácia do medicamento já está completa.
Os anticoncepcionais conferem eficácia de 96%, em média, a partir da primeira cartela. Durante o primeiro mês orienta-se o uso de outro contraceptivo em conjunto. Após o primeiro mês, sempre que fizer o uso de forma correta, com cuidado inclusive se fizer uso de outros medicamentos ou situações que possam interferir na sua ação do remédio, a mulher já está protegida em relação a gravidez.
O mais importante agora é que mantenha o uso do medicamento de forma correta. Inicie a segunda cartela na data estipulada, conforme orientação médica, para dar continuidade a sua proteção.
A grande maioria dos anticoncepcionais indica como intervalo entre as cartelas, o período de 7 (sete) dias, confirme com seu médico, de acordo com a sua medicação, o tempo que deve aguardar para iniciar a próxima cartela. Em alguns casos o médico orienta a emendar as cartelas.
Para mais esclarecimentos agende consulta com seu médico ginecologista.
Saiba mais sobre o assunto em:
Pode sim. As chances são menores, mas pode engravidar sim.
A pílula do dia seguinte só garante eficácia para a primeira relação na qual foi utilizada, e sua proteção varia com o tempo que levou para tomar a mesma. O uso nas primeiras 24h garante maior proteção.
Após o seu uso, a fertilidade da mulher pode ser imediatamente restabelecida. A pílula age retardando a ovulação e interferindo no muco e desenvolvimento da parede do útero, com objetivo de evitar a fecundação. Mas não é possível garantir que atue por mais de 24h com a mesma eficácia.
Ao contrário, sabemos que sua eficácia varia com o tempo que leva para tomar a mesma. Por exemplo, estudos descrevem proteção contra gravidez entre 90 e 98%, quando seu uso for feito nas primeiras 24h. Após 48 a 72h, a eficácia reduz para 75%.
Da mesma maneira que para a pílula de 5 dias (120 h), quanto mais tempo levar para tomar a pílula, menor a eficácia da medicação, com isso maior risco de gravidez.
A pílula do dia seguinte é composta por uma alta concentração hormonal, sendo assim, o uso corriqueiro da medicação, além de reduzir sua eficácia, aumentar os riscos de efeitos colaterais graves, como a trombose venosa e tromboembolismo pulmonar.
No caso de nova falha, o mais recomendado é que procure seu médico ginecologista para avaliação e definição de melhor abordagem.
A Federação brasileira das associações de ginecologia e obstetrícia (febrasgo), não recomenda o uso rotineiro ou repetido de pílulas do dia seguinte, devido aos riscos de efeitos colaterais já descritos.
Não é toda mulher que pode fazer uso dessa medicação de maneira segura.
Portanto, não faça uso de medicamentos hormonais antes de conversar com seu médico da família ou ginecologista.
Saiba mais em: Todas as mulheres podem tomar anticoncepcional?
Para evitar a hipotermia no bebê é importante mantê-lo aquecido, assim como o ambiente em que se encontra.
1. Cuidar da temperatura ambienteA recomendação pelas sociedades de pediatria, é que a temperatura do quarto do bebê seja mantida entre 18ºC e 21ºC, com o bebê agasalhado. Acredita-se ser a melhor estratégia, visto que existe uma relação de maior risco de morte súbita do recém-nascido com o aquecimento excessivo.
2. Evitar baixas temperaturasEvitar expor o bebê a ambientes frios. Se for necessário, basta agasalhar a criança, com gorro e luvas adequadamente.
3. Verificar a temperatura do bebêPara saber se tem frio ou calor, de forma prática e corriqueira, é observar a temperatura na barriga ou na nuca do bebê, ou então, a forma mais segura, fazer uso de um termômetro. As mãos, por serem extremidades do corpo, têm a tendência de se manterem mais frias, mesmo que o bebê não esteja com frio.
4. Dar banhos curtosOs banhos devem ser sempre rápidos, com duração máxima de 5 minutos, e o local deve estar aquecido. Após o banho, é preciso enxugar o bebê rapidamente para evitar a perda de calor, embrulhando-o logo com uma toalha.
O que é a hipotermia?Em bebês, a temperatura corporal considerada normal deve estar entre 36,5ºC e 37°C. A hipotermia em bebês pode ser classificada em 3 níveis:
Hipotermia leve: temperatura corporal entre 36ºC e 36,4°C;
Hipotermia moderada: temperatura entre 32ºC e 35,9°C;
Hipotermia grave: temperatura menor que 32,0°C.
Por quê os bebês podem ter hipotermia?Os bebês estão mais susceptíveis à hipotermia que os adultos, porque seu organismo ainda não tem a capacidade de regular a temperatura totalmente desenvolvida. Por isso, eles perdem calor com mais facilidade se forem expostos a ambientes frios.
Quais são os sintomas de hipotermia em bebê?Um bebê com hipotermia poderá apresentar:
- Dificuldade na amamentação, sucção débil;
- Hipotonia (bebê mais molinho);
- Lentidão (bebê menos ativo);
- Respiração acelerada;
- Batimentos cardíacos acelerados;
- Quedas na saturação de O2;
- Pele fria e com coloração avermelhada;
- Edema ou esclerema (inchaço nos olhos);
- Tremores.
A baixa temperatura corporal é um quadro grave, que pode levar à hipoglicemia (baixo nível de açúcar no sangue), aumentar a acidez do sangue e, nos casos mais extremos, causar a morte.
O que fazer em caso de hipotermia? Hipotermia leve (36ºC e 36,4°C)- Manter o bebê com gorro de algodão
- Colocar roupas secas;
- Manter o bebê coberto e em quarto e a cama aquecidos;
- Colocar o bebê em contato direto com a pele de um adulto;
- Amamentar e
- Verificar a temperatura do bebê a cada meia hora, até chegar aos 36,5ºC. Depois, a temperatura deve ser verificada de hora em hora, durante 4 horas.
Deve-se seguir os mesmos procedimentos para hipotermia leve além de aplicar toalhas aquecidas no bebê. Caso a temperatura corporal não suba, o bebê deve ser levado ao médico.
Hipotermia grave (temperatura inferior a 32,0°C)Nesses casos, aqueça o bebê e leve-o imediatamente a um serviço de urgência.
Pode ser necessário colocar o bebê numa incubadora aquecida ou outras medidas de urgência.
Não, chá de espinheira santa não corta o efeito do anticoncepcional. O chá da espinheira santa (Maytenus ilicifolia) é um fitoterápico usado frequentemente para problemas do estômago e não há qualquer contraindicação do seu uso por mulheres que utilizem um anticoncepcional.
Por outro lado, a espinheira santa é contraindicada no primeiro trimestre de gestação, como acontece com a grande maioria das drogas e medicações, e durante a amamentação, que segundo alguns estudos, pode reduzir a produção do leite materno.
O ginecologista é o especialista indicado para orientações em relação ao uso de anticoncepcionais.
Hepatite B é causada por um vírus e não por bebida alcoólica, claro que quem toma bebidas alcoólicas e tem hepatite B está correndo um sério risco de dano no fígado.
A transmissão é feita por meio do sangue contaminado (transfusão, agulhas e seringas, tatuagem entre outros) e relação sexual.
A hepatite B crônica pode ter tratamento, mas não é efetivo para todos os pacientes.
Talvez, esse pequeno sangramento no meio do ciclo pode ser sangramento de nidação caso tenha tido relação sexual desprotegida alguns dias antes. Contudo outra hipótese é mais provável, no meio do ciclo da mulher eventualmente pode ocorrer um pequeno sangramento, acompanhado ou não de uma leve dor, durante o processo de ovulação.
O aspecto do sangramento tanto da ovulação quanto da nidação são semelhantes: apresentam uma cor rósea claro ou marrom em borra de café, vem em pouquíssima quantidade e dura poucos dias, na maioria das vezes em um ou dois dias já desaparece.
É importante lembrar que embora se comente muito a respeito do sangramento de nidação ele é raro de acontecer e a maioria das mulheres que engravidam não o apresentam.
Portanto, nesses casos o mais importante é observar o período menstrual que vem a seguir, caso ocorra a menstruação normalmente significa que provavelmente aquele sangramento anterior estivesse mesmo relacionado a ovulação. No entanto, caso ocorra atraso menstrual é importante realizar um teste de gravidez, se vier positivo é bem provável que o sangramento anterior tenha sido mesmo o sangramento de nidação.
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Não se preocupe, nada vai acontecer pelo uso dos comprimidos juntos, pois uma das opções de posologia é mesmo a tomada dos dois de uma só vez. Recomenda-se o uso de 01 comprimido a cada 12 horas, com intuito de reduzir a chance de efeitos colaterais.
Os efeitos colaterais mais frequentes no uso de pílulas do dia seguinte são: náuseas, vômitos, tontura, cefaleia e irregularidade menstrual, embora a irregularidade seja um efeito mais raro.
Os vômitos podem também ser minimizados com o uso conjunto de antieméticos. Principalmente para mulheres com história de náuseas frequentes, pode ser uma boa indicação.
Alguns sintomas apresentados pelo uso da pílula do dia seguinte podem ser confundidos com os primeiros sintomas de uma gravidez, como as náuseas e vômitos. Na suspeita de gravidez procure um posto de saúde para realização de exames e avaliação médica.
Saiba mais no link: Sintomas da pílula do dia seguinte ou gravidez?
Vale ressaltar que o mais importante é a tomada da medicação o mais breve possível, após a relação, o que foi feito com eficiência. Por isso dificilmente irá engravidar nesse momento.
Importante lembrar ainda, que a medicação protege a mulher apenas quanto ao risco de uma gravidez não planejada, porém não protege nenhum dos dois quanto a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis. Sendo assim, aconselhamos ao uso conjunto de contraceptivo de barreira, como a camisinha, por ser o único método comprovadamente eficaz contra a transmissão dessas doenças.
Para maiores esclarecimentos, procure seu médico da família, ou ginecologista.
pode lhe interessar também: Tomei pílula do dia seguinte e a menstruação não desceu. O que fazer? e Como saber se tenho uma DST?
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Os sintomas de dor ou desconforto durante a penetração sexual podem ter diversas causas. Desde falta de lubrificação, doenças infecciosas ou inflamatórias, traumas, vaginismo ou doenças uterinas. Fatores psicológicos também podem ocasionar ou piorar a dor associada a penetração sexual.
O local onde dói e como é a dor são características importantes para definir a causa da dor durante a relação. Algumas mulheres queixam de dor em ardência ou queimação na entrada da vagina, já outras podem sentir dor no fundo da vagina ou mesmo na região do baixo ventre, ou seja, no pé da barriga.
Por isso, a dor associada ao ato sexual é classificada em dois grupos: as dores superficiais e as dores profundas, cada um dos grupos está associado a condições e doenças específicas.
Causas de dor superficialAs dores superficiais são aquelas localizadas na vulva, na entrada da vagina e no períneo, a região em volta da vulva. Geralmente, podem ser sentidas como uma ardência ou queimação nesta região. São dores que aparecem logo no início da penetração ou ainda podem ser sentidas todas às vezes em que se toca a vulva ou a entrada da vagina.
Os principais motivos de dor superficial durante a relação são:
Falta de lubrificaçãoA falta de lubrificação é uma frequente causa de dor na relação, logo no começo da penetração. Pode ocorrer por diferentes motivos desde falta de vontade e libido, desconforto com o parceiro, inibição. Também pode ser decorrente de alterações hormonais, que levam a queda na produção de estrogênio, como acontece na menopausa.
Alguns medicamentos também podem causar secura vaginal e impedir que a vagina se lubrifique adequadamente para o ato sexual, como antidepressivos, anti-hipertensivos, anti-histamínicos e anticolinérgicos.
Vulvovaginites e doenças infecciosasDoenças vulvovaginais como a candidíase, a vaginose bacteriana e a tricomoníase são importantes causas de desconforto durante a relação sexual. A candidíase pode causar uma inflamação de toda a vulva e das paredes vaginais, o que torna a relação sexual difícil e dolorosa.
O herpes genital também é uma importante causa de dor na vulva que merece ser lembrada. É uma doença sexualmente transmissível que causa além de dor, pequenas bolhas com líquido que inflamam e causam sensação de queimação.
Trauma ou irritação na peleA presença de feridas, áreas irritadas, ou traumatizadas pode causar uma maior sensibilidade da vulva e da entrada da vagina, ocasionando desconforto durante a relação sexual. Algumas situações corriqueiras, como a depilação ou relações sexuais intensas podem traumatizar a região genital e causar dor.
Doenças de peleO líquen plano e o líquen escleroso são duas doenças dermatológicas que causam lesões na pele e podem levar a alterações na elasticidade nos tecidos da vulva, além de formação de feridas ou outras lesões dolorosas.
Síndromes vulvares (Vulvodinia e Vaginismo)O vaginismo é um termo que se refere a contração involuntária dos músculos do assoalho pélvico, ou seja, a mulher que sofre de vaginismo contrai sem querer as paredes da vagina. Esta contração causa dor e impede que ocorra a penetração e se tenha relações sexuais satisfatórias.
Diferentes fatores podem estar relacionados com o aparecimento deste distúrbio, como: alterações anatômicas, inflamações, atrofia, sensibilidade nervosa.
Fatores psicológicos também podem contribuir para esta disfunção como: ansiedade, fobias, falta de conhecimento sexual, crenças culturais e religiosas, trauma genital ou abuso sexual.
Já a vulvodinia é uma sensibilidade da região da vulva que pode causa intensa dor, sensação de queimação e ardência.
Causas de dor profundaAs dores profundas são aquelas sentidas no pé da barriga ou no baixo ventre. Podem ser sentidas de diferentes formas como cólica, sensação de peso ou de queimação na barriga. Podem ocorrer quando o pênis toca o fundo da vagina e se intensificar conforme a posição no ato sexual.
Algumas causas de dores profundas são:
Doença inflamatória pélvicaA doença inflamatória pélvica é uma infecção causada pela bactéria Clamídia que pode atingir o útero, trompas e ovários. Causa uma importante inflamação destes órgãos, fazendo com que durante o ato sexual o toque do pênis no fundo da vagina leve a uma dor em profundidade localizada no pé da barriga.
EndometrioseA endometriose é uma doença que pode causar dor profunda durante as relações sexuais ou mesmo em outros momentos. É causada pelo crescimento do tecido do revestimento do útero (endométrio) em outras áreas da pelve como ovários, trombas e ligamentos.
Aderências uterinas e pélvicasO útero ou outros órgãos pélvicos como os ovários e as tubas uterinas podem apresentar aderências, tecidos que se aderem um ao outro. As aderências podem ser formadas após procedimentos cirúrgicos, como a curetagem, ou após infecções, ou traumatismos.
Doenças do trato urinárioDuas doenças do trato urinário estão relacionadas com a dor no pé da barriga na relação sexual: a cistite e a Síndrome da bexiga dolorosa.
A cistite corresponde à infecção urinária que atinge a bexiga, causando dor ou ardência para urinar, micção frequente, sangue e alterações na cor e no odor da urina.
Já a Síndrome da bexiga dolorosa, também conhecida como cistite intersticial, corresponde a uma inflamação crônica, que causa sintomas de cistite, como ardência e dor para urinar, e dor no pé da barriga.
É normal sentir dor durante a relação?Geralmente, não é normal sentir dor durante a relação. Alguma dor leve ou desconforto em algumas posições específicas podem ocorrer. Também durante a primeira relação sexual ou após a menopausa, o desconforto na relação é mais comum. No entanto, normalmente é um desconforto leve e passageiro, que melhora com o aumento da excitação sexual e lubrificação adequada.
Se a dor for persistente, mais intensa ou mesmo impedir o ato sexual, deve-se buscar compreender qual a causa desta dor. Caso isso aconteça converse com o seu médico de família ou ginecologista.
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Referências Bibliográfica
Barbieri R. Female sexual pain: Differential diagnosis. Uptodate. 2021
O tempo de jejum depende do tipo de exame de sangue solicitado e pode variar de acordo com o laboratório.
Lembre-se que o jejum é o tempo no qual ficamos sem ingerir calorias, ou seja, alimentos. O consumo de água é liberado, porém, com moderação.
Exames de sangue que não precisam de jejum Hemograma completoPara realizar o hemograma completo (quando apenas ele é solicitado), não é necessário jejum. Entretanto, a alimentação que antecede o exame deve ser leve, ou seja, evite consumo de gorduras e açúcares.
O hemograma completo avalia as células que compõem o sangue como os glóbulos vermelhos (hemácias ou eritrócitos), glóbulos brancos (leucócitos) e plaquetas.
É um exame importante para diagnosticar inflamações, infecções, anemias, problemas na medula óssea, alterações nas plaquetas, entre outras.
Exames com jejum de 3 horas SódioVerificar a concentração de sódio na corrente sanguínea é importante para avaliar a função renal e o equilíbrio deste mineral no organismo, especialmente para as pessoas que tem pressão alta (hipertensão arterial) ou baixa (hipotensão arterial).
PotássioO potássio é um mineral indispensável ao bom funcionamento dos músculos, nervos e células em geral. Níveis muito elevados ou muito baixos de potássio podem alterar o ritmo dos batimentos cardíacos ou até mesmo provocar parada cardíaca.
UreiaVerificar a quantidade de ureia no sangue permite avaliar o funcionamento dos rins e .
TGO e TGPTGO e TGP são enzimas solicitadas no exame de sangue para avaliar o funcionamento do fígado.
O período de jejum destes exames (sódio, potássio, ureia, TGO e TGP) não deve ultrapassar 14 horas.
Exames com jejum de 4 horas FerroO ferro é um mineral essencial para o bom funcionamento de todas as células do nosso organismo. Ele desempenha função relevante na síntese de DNA, na produção da energia do organismo e no transporte de oxigênio para os músculos.
Por estes motivos, é importante que os níveis de ferro sejam avaliados no exame de sangue.
LH (hormônio luteinizante)As concentrações de hormônio luteinizante são observadas para avaliar a função da hipófise e diagnosticar problemas de fertilidade, doenças nos ovários ou testículos e problemas de maturação sexual.
FSH (hormônio folículo-estimulante)Os níveis de FSH no sangue permitem avaliar o funcionamento dos ovários e testículos.
T3 (tri-iodotironina)O hormônio T3 é um dos hormônios produzidos pela tireoide. Sua dosagem no sangue permite avaliar a função desta glândula.
PSA (Antígeno específico da próstata)A dosagem das concentrações de PSA no sangue é solicitada somente para os homens e permite identificar, por exemplo, uma potencial presença do câncer de próstata.
O tempo de jejum para estes exames (ferro, LH, FSH, T3 e PSA) não deve ser superior a 14 horas.
Exames com jejum de 8 horas ou mais GlicemiaO exame de glicemia mensura os níveis de glicose (açúcar) no sangue. É um importante exame para a prevenção ou controle do diabetes.
Curvas glicêmicasO exame de curva glicêmica é feito por meio da análise da concentração de glicose (açúcar) no sangue em jejum e logo após a ingestão de um líquido açucarado oferecido pelo laboratório. Deste modo, é possível avaliar a glicose em jejum e também verificar a resposta do organismo quando exposto à glicose.
É um exame útil para diagnosticar pré-diabetes, diabetes, resistência à insulina e outros problemas relacionados ao funcionamento do pâncreas.
Curvas insulínicasA curva insulínica permite avaliar o nível de insulina na circulação sanguínea. É feita a primeira coleta de sangue em jejum, na qual são dosados os níveis de glicose e insulina. Logo após administra-se 75 gramas de glicose para adultos e 1,75 g/kg de peso para as crianças.
As coletas são feitas de acordo com a orientação médica e os resultados são comparados para detectar diabetes, resistência à insulina, níveis elevados de insulina (hiperinsulinismo).
Para estes exames (glicemia, curvas glicêmicas e insulínicas) o tempo de jejum não pode ultrapassar 12 horas.
Colesterol total e frações (LDL, HDL, VLDL)O exame de colesterol total e de suas frações (LDL, HDL, VLDL) medem a quantidade de colesterol e de seus subtipos na circulação sanguínea. O LDL e o VLDL são frações do colesterol total que se referem à quantidade de colesterol "ruim" e o HDL, à concentração de colesterol "bom".
Estes exames são importantes para verificar os riscos para doenças cardiovasculares, como o infarto, que podem acontecer pelo colesterol ruim elevado.
TriglicéridesA quantidade de triglicérides é, normalmente, medida com o exame de colesterol total e frações (LDL, HDL, VLDL).
É um tipo de gordura que, com o colesterol elevado, aumenta o risco para as doenças cardiovasculares como o acidente vascular cerebral e infarto.
Para estes exames (Colesterol e Triglicérides) o tempo de jejum deve ser entre 8 e 12 horas.
Posso beber água durante o período de jejum?Você pode sim ingerir água durante o período de jejum. Entretanto, é preciso fazer isto com moderação. Beba apenas a quantidade de água suficiente para saciar sede.
Ingerir água em excesso pode provocar alterações nos resultados do exame de sangue.
Evite a ingestão de bebidas alcoólicas, chás e refrigerantes uma vez que elas podem alterar os componentes do sangue e, consequente, os resultados dos exames.
O uso de medicamentos influencia no exame de sangue?O uso de alguns anti-inflamatórios, antibióticos e analgésicos como a aspirina podem causar alterações nos resultados dos exames de sangue.
Comunique ao médico os medicamentos que você utiliza cotidianamente. Deste modo, ele pode orientar a suspensão ou não do remédio para a realização do exame de sangue.
Caso a medicação não seja suspensa, é necessário comunicar ao laboratório sobre os medicamentos utilizados para que eles sejam considerados na análise do seu exame de sangue.
Que preparos são necessários antes de realizar os exames de sangue?- Respeite o tempo de jejum orientado pelo médico que solicitou o exame de sangue ou pelo laboratório;
- Quando mais de um exame de sangue for solicitado ao mesmo tempo, respeite o tempo de jejum de 8 a 12 horas;
- Faça uma alimentação leve, caso o jejum não seja necessário;
- Beba somente a quantidade de água necessária para saciar a sede;
- Evite atividades físicas muito vigorosas 24 horas antes da coleta do exame de sangue;
- No caso do exame de PSA, evite atividade sexual nos 3 dias que antecedem o exame;
- Comunique ao médico e laboratório os medicamentos que você utiliza constantemente;
- Não consuma bebidas alcoólicas durante as 72 horas que antecedem o exame de sangue;
- Evite fumar no dia da coleta do exame de sangue.
Caso você tenha dúvidas em relação ao exame de sangue solicitado, comunique-se com seu médico de família ou clínico geral.
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