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Quem teve meningite pode doar sangue?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, quem teve meningite pode doar sangue. Porém, é preciso esperar 6 meses após a cura total da meningite e não ter nenhuma sequela para fazer a doação de sangue.

Pessoas que receberam vacina contra meningite devem esperar 48 horas para poder doar sangue.

Em relação a doenças, não pode doar sangue quem:

  • Tem ou já teve teste positivo para HIV;
  • Teve hepatite depois dos 10 anos de idade;
  • Já teve malária;
  • Tem doença de chagas;
  • Teve algum tipo de câncer;
  • Tem doenças graves no pulmão, coração, rins ou fígado;
  • Tem problemas de coagulação sanguínea;
  • Tem diabetes com complicações vasculares ou que utiliza insulina;
  • Teve tuberculose extrapulmonar;
  • Já teve elefantíase;
  • Já teve hanseníase;
  • Já teve leishmaniose visceral;
  • Já teve brucelose;
  • Já teve esquistossomose hepatoesplênica;
  • Fez transplante de órgãos ou de medula.

Existem ainda outros critérios que determinam quem pode ou não ser doador de sangue, estabelecidos pelo Ministério da Saúde e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

Em caso de dúvidas, consulte um Hemocentro mais próximo de você.

Minha namorada ingeriu bicarbonato de amônia e está sentindo dores na barriga e está tendo muitos gases. Existe alguma relação?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Sim pode ter relação sim os sintomas dela com a ingestão de bicarbonato de amônia.

Pílula do dia seguinte tomada corretamente pode falhar?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. A pílula do dia seguinte mesmo usada corretamente pode falhar. Não há nenhum método de anticoncepção 100% eficaz e a pílula do dia seguinte como um método de anticoncepção de emergência não é diferente.

A pílula do dia seguinte apresenta uma probabilidade de falha em torno de 2 a 3%. A pílula do dia seguinte usada até no máximo 72 horas após uma relação sexual desprotegida é eficaz e se apresenta como uma boa opção contraceptiva de emergência.

Para aumentar a eficácia da pílula do dia seguinte, recomenda-se tomar o medicamento logo após a relação sexual desprotegida. Porém, mesmo usada em até 3 dias depois da relação, ela continua sendo eficaz para prevenir a gravidez.

Qual é a eficácia da pílula do dia seguinte?

Nas primeiras 24 horas, a eficácia da pílula do dia seguinte pode chegar a 98%. Depois de 48 horas, a eficácia diminui para cerca de 85%. Se a mulher tomar o medicamento em 72 horas, as chances de prevenir a gravidez caem para 58%.

Por isso, quanto mais cedo a pílula for tomada, maior é a sua eficácia. Para tomar a pílula do dia seguinte corretamente, a mulher deve seguir as orientações do fabricante.

Porém, como toda medicação, a pílula apresenta uma porcentagem de falha que pode ocorrer e, nesse caso, aparenta ser bem reduzida, variando de 2 a 3% dos casos.

A pílula do dia seguinte não é abortiva, ou seja, caso a fecundação (junção do óvulo com espermatozoide) já tenha ocorrido, ela não evitará a gravidez.

Como saber se a pílula do dia seguinte falhou?

Apesar de ter uma eficácia de até 98% se tomada nas 24 horas após a relação desprotegida, a pílula do dia seguinte pode falhar. Nesse caso, a única maneira de saber se o medicamento falhou é fazendo um teste de gravidez.

Por isso, espere pela menstruação. Se ela se atrasar por 8 a 15 dias, faça o teste. Os testes de gravidez de farmácia devem ser feitos preferencialmente com 8 a 15 dias de atraso menstrual. Isso porque só depois de 8 dias os níveis do hormônio Beta-hCG, produzido na gravidez, estão altos o suficiente para serem detectados no exame.

O uso da pílula do dia seguinte deve ser feito com precaução e não é recomendado o uso de rotina como método anticoncepcional de médio e longo prazo. Ela é uma medicação de emergência e deve ser usada no menor tempo possível após a relação sexual desprotegida.

Quando devo tomar a pílula do dia seguinte?

As situações de emergência que justificam tomar a pílula do dia seguinte incluem: rompimento do preservativo, esquecimento do diafragma, uso incorreto ou esquecimento da pílula anticoncepcional, esquecimento do anticoncepcional injetável ou ainda em casos de estupro e relações sexuais desprotegidas imprevistas.

Para maiores esclarecimentos sobre a pílula do dia seguinte, consulte o/a médico/a de família, clínico/a geral ou ginecologista.

Leia também:

Como tomar a pilula do dia seguinte?

Há possibilidade de gravidez sendo que não houve penetração e ainda tomei a pílula do dia seguinte?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Possibilidades sempre existem, mas nesse caso é muito pequena, quase nula.

Na verdade sempre que existe relação sem uso de contraceptivos existe uma possibilidade de engravidar. O uso de contraceptivos diariamente, como anticoncepcionais, ou o uso de  preservativos reduzem para quase zero essa chance, assim como a pílula do dia seguinte quando utilizada nas primeiras 72 h após a relação, portanto, no seu caso, a chance é realmente muito pequena.

Sempre é válido lembrar que o contraceptivo de emergência, a pílula do dia seguinte, só deve ser utilizada em situações como essa, de urgência, deve ser evitado o uso rotineiro por ser uma medicação com alta concentração de hormônios, o que desregula seu ciclo menstrual.

A partir do momento que a mulher inicia vida sexual ativa é importante o agendamento de consulta com médico/a da família, ou ginecologista, para que sejam orientadas as formas de se proteger, não só de uma gestação não planejada, como também de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), algumas ainda sem cura e que levam a transtornos irremediáveis.

Saiba mais sobre esse assunto em:

O que significa flora bacteriana discreta?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Flora bacteriana são as bactérias boas que naturalmente estão presentes em alguns lugares do corpo, como na uretra. Estas bactérias não costumam ser detectadas no exame de urina. Por isso, quando o exame de urina diz que existe flora bacteriana discreta, essas bactérias geralmente são sinal de infecção.

Quando não são verificadas outras alterações no exame de urina além da flora bacteriana discreta (como a presença de leucócitos ou nitrito), isso pode indicar a contaminação da amostra de urina durante a coleta. Por isso, o exame deve ser repetido.

Alguns sintomas que podem existir junto com a alteração no exame, no caso de infecção urinária, são:

  • Vontade constante de urinar;

  • Sensação de peso na bexiga;

  • Dor ou ardor ao urinar.

Além disso, a cor e o cheiro da urina também podem estar alterados, podendo até sair um pouco de sangue ao se limpar. A infecção pode ainda causar febre. Entretanto, em alguns casos, também pode não causar sintomas.

Causas comuns de infecção urinária nas mulheres são o uso de antibióticos ou de espermicidas, que pode levar a alterações na flora bacteriana vaginal e da uretra. A infecção urinária também é mais comum durante a gestação, a menopausa ou após a relação sexual. Nos homens, a infecção urinária é mais rara e, por isso, quando acontece repetidamente pode indicar malformações da uretra ou problemas na próstata.

O exame de urina é realizado principalmente para investigar a presença de infecções urinárias. Ele, inclusive, ajuda o médico a selecionar o melhor antibiótico para tratar a infecção.

Se quiser saber mais sobre a flora bacteriana, leia também:

Referências:

Imam TH. Infecções bacterianas do trato urinário. Manual MSD. Versão para profissionais de saúde.

Da Silva RC, de Assis ACS, Melo RS, dos Santos VR, Ventura CA. Infecções do trato urinário: achados laboratoriais de exames de urina em homens idosos no primeiro trimestre do ano de 2016 na cidade de Parnaíba - PI. Acta Biomed Brasiliensia. 2017; 8(2): 23-31.

Criança com dor na barriga todos os dias, que não passa e nada foi encontrado. O que devo fazer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Precisa retornar ao pediatra e também procurar um nutricionista pediátrico para avaliação da criança, visto que as principais causas de dor na barriga constante, nesta faixa de idade, estão relacionadas a alimentação.

A dor abdominal é um sintoma muito inespecífico, pode acontecer em diversas situações, desde físicas até psicológicas. Por isso, não é incomum, levar um tempo para ser identificada.

Causas de dor na barriga que não passa. O que fazer?

Especialmente nessa faixa etária, as causas mais comuns de dor na barriga são:

1. Constipação (ou prisão de ventre)

Importante avaliar a alimentação da criança. A constipação causa dores intensas na barriga, formação de "bolo fecal", que nas crianças mais magrinhas pode ser facilmente palpado, e o tratamento será basicamente melhorar a sua hidratação e escolher alimentos para amolecem as fezes, facilitando a evacuação.

2. Gases

A Mais uma vez a alimentação pobre em fibras ou vitaminas, promove a formação de gases que causam dores constantes, tanto em adultos quanto em crianças. O consumo de bebidas gaseificadas e alimentos muito condimentados também provocam excesso de gases. Uma avaliação com nutricionista infantil pode identificar e resolver esse problema.

3. Intolerância a lactose

As alergias ou intolerância a certos alimentos, como intolerância à lactose é uma causa bastante comum de dor todos os dias em crianças, especialmente após se alimentar com produtos ricos em lactose, porém nem sempre é fácil de diagnosticar. Existe um exame de sangue que identifica a doença, e sendo diagnosticada pode iniciar uma dieta, com orientações, sem essa substância.

4. Verminoses

A infecção por vermes é comum na infância e uma infestação, por exemplo, por Ascaris lumbricoides (lombriga), pode formar uma "bola" do verme no intestino, causando dor, inchaço na barriga e dificuldade para evacuar. O tratamento é feito com remédios contra vermes, como o albendazol.

5. Gastrite

Gastrite, refluxo e outras doenças gastrointestinais podem causar dor na barriga e estômago de crianças, devido a imaturidade desse sistema. Embora seja mais comum em adultos, faz parte da investigação dessa queixa. A dor piora após se alimentar, pode ser referida como uma "queimação", dependendo da idade e maturidade da criança, e o tratamento se faz com alimentação orientada e remédios antiácidos.

6. Síndrome do intestino irritável

A síndrome do intestino irritável é caracterizada pela dor e desconforto na barriga, junto a diarreia e prisão de ventre que se intercalam, o difícil é manter-se com as fezes normais. Pouco comum na infância e sem causa definida, está relacionada a uma maior sensibilidade do intestino a certos alimentos, além de forte relação com a ansiedade e estresse. O tratamento se baseia na mudança alimentar, evitando alimentos de difícil digestão ou produtos com gás, além de medicamentos para alívio da dor e controle do humor, se observar essa relação.

A psicoterapia é outro pilar do tratamento, e mesmo que não haja sintomas de ansiedade ou estresse, deve ser adotada para melhor resultado.

Conheça mais sobre essa síndrome no artigo: O que é a síndrome do intestino irritável?

Portanto, existem diversas causas para uma dor abdominal, a maioria relacionada a alimentação, sendo assim, procure oferecer bastante água para a criança durante o dia e observe a alimentação habitual, para informar ao médico e ou nutricionista durante a consulta.

Após a identificação da causa do problema, será possível planejar o tratamento mais adequado.

Saiba mais sobre as causas de dor na barriga em crianças nos artigos abaixo:

Quando a cor da urina pode ser sinal de doenças?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A cor normal da urina é amarelo-claro. Se a urina não estiver amarela ou incolor, pode ser sinal de alguma doença ou situações temporárias como: a desidratação, uso de medicamentos ou consumo de determinados alimentos.

Dependendo da causa, a urina pode se apresentar com coloração leitosa, turva, escura, marrom, rosa, vermelha, verde ou azul.

Urina leitosa ou turva

Uma urina com cor leitosa ou turva na maioria das vezes é um sinal de infecção do trato urinário. Nesses casos, é comum vir associada a um cheiro desagradável. A urina leitosa também pode ser causada pela presença de cristais, em pacientes com cálculo renal, gordura, glóbulos brancos, glóbulos vermelhos ou muco na urina.

Urina marrom escura

A urina marrom escura, mas transparente, pode ser um sinal de algum problema no fígado, como hepatite viral aguda ou cirrose, que causa excesso de bilirrubina na urina.

Urina rosa, vermelha ou marrom clara

Urina rosa, vermelha ou de coloração marrom clara pode ter como causas:

  • Ingestão de beterraba, amoras ou certos corantes alimentares;
  • Distúrbios na coagulação (Anemia hemolítica);
  • Lesão nos rins ou doenças no trato urinário;
  • Uso de medicamentos;
  • Porfiria;
  • Sangue proveniente de sangramento vaginal;
  • Tumor na bexiga ou nos rins.
Urina amarela escura ou laranja

Quando a urina está amarela escura ou laranja, a causa pode estar relacionada com quadro de desidratação, consumo de suplementos, vitaminas do complexo B ou caroteno, ainda, ingesta exagerada de alimentos amarelos/laranja, uso de medicamento analgésico (fenazopiridina), antibiótico (rifampicina), anticoagulante (varfarina) ou uso recente de laxantes.

Urina verde ou azul

Urina verde ou azul pode ser causada por consumo de corantes artificiais presentes em alimentos ou medicamentos, azul de metileno, por exemplo, e infecções do trato urinário.

Quando procurar um médico se a cor da urina não estiver normal?

Procure um médico no caso de:

  • A urina apresentar uma cor anormal sem uma razão aparente, sem relação com consumo de alimentos ou medicamentos;
  • Se a coloração anormal persistir por mais de 3 dias;
  • Na presença de sangue na urina;
  • No caso de urina marrom.

Para maiores esclarecimentos, consulte um médico clínico geral ou médico de família.

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Causas de dores nas pernas
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dor nas pernas pode ter muitas causas, sendo as mais comuns:

  • Cansaço muscular,
  • Cãibras;
  • Problemas de circulação;
  • Problemas de articulação e
  • Compressão do nervo ciático, por doenças de coluna.

Para identificar a causa e planejar o melhor tratamento, é preciso procurar um médico especialista, neste caso, o angiologista.

Causas de dores nas pernas 1. Cansaço muscular

O mais comum é que o cansaço nas pernas ao fim do dia seja desencadeado pelo esforço ou por longos períodos em uma mesma posição (em pé ou sentada). As dores costumam atingir as duas pernas, na região das coxas e nas panturrilhas.

Para aliviar as dores pode ser feito uso de compressas mornas ou bolsa de água quente (bolsas térmicas) na região dolorida e exercícios de alongamento.

Os exercícios de alongamento promovem o alívio das dores musculares, favorecem a circulação do sangue e ajudam na postura, flexibilidade e amplitude dos movimentos. O ideal é que o alongamento seja orientado por um profissional de educação física ou fisioterapeuta.

2. Cãibras

As cãibras são as causas mais comuns de dor na panturrilha, também chamada de batata da perna. São contraturas musculares involuntárias que acontecem, normalmente, após atividade física intensa ou mesmo durante o sono.

Durante o episódio de cãibra ocorre uma dor aguda e progressiva que aumenta na medida em que a musculatura da panturrilha vai se contraindo.

Para aliviar esta dor e relaxar a musculatura, é recomendado realizar alongamento e massagem do músculo durante a contratura. A massagem com movimentos circulares deve ser feita no local da cãibra, lentamente.

Outra forma de relaxar ou alterar a movimentação do músculo, é tentar ficar de pé e colocar o peso do seu corpo sobre a perna acometida pela cãibra. Se você não consegue ficar em pé, sente-se em uma cadeira, estique a perna e puxe os pés para trás com as mãos.

3. Problemas circulatórios 3.1. Varizes

A sensação de queimação nas pernas é o sinal típico das varizes. Varizes são veias dilatadas, tortuosas e de calibre aumentado, que dificultam a circulação sanguínea.

O comprometimento da circulação causa outros sintomas, que são: dor nas pernas, formigamento, coceira, inchaço e mudanças na cor da pele, que se tornam mais esbranquiçadas ou escurecidas.

Para aliviar os sintomas de dor por varizes, o mais indicado é evitar manter-se muito tempo de pé movimentar as pernas para ativar a circulação sanguínea, várias vezes durante o dia.

Elevar as pernas acima do nível do coração por alguns minutos 2 a 3 vezes ao dia e usar meias de média compressão também são medidas que ajudam no retorno venoso, melhorando a circulação das pernas.

A meia deve ser vestida assim que acorda, para adaptar melhor a perna e retirar ao deitar. Não é recomendado dormir com as meias, a não ser que seja uma recomendação médica.

A avaliação pelo cirurgião vascular ou angiologista é fundamental para definir o tratamento definitivo nos casos de varizes.

3.2. Trombose

A trombose é o entupimento de um vaso sanguíneo. Quando atinge uma veia é chamado trombose venosa profunda e quando acomete uma artéria, trombose arterial.

O local mais frequente de ocorrer uma trombose é a perna, mas pode haver trombose no coração (infarto), no pulmão (tromboembolismo pulmonar), no cérebro (AVC isquêmico) e carótidas. Os sintomas dependem da localização e condições de saúde da pessoa.

A trombose venosa profunda na perna apresenta como principais sintomas: dor súbita e intensa na panturrilha, edema e calor local. A dor se torna mais intensa quando fazemos grandes esforços físicos, ao subir ladeiras, escadas ou quando as temperaturas estão muito frias.

Na suspeita de um trombose, procure imediatamente um atendimento médico com angiologista ou emergência, devido aos riscos de complicação.

4. Artrose

A artrose do joelho acontece por um desgaste das suas cartilagens. É uma causa comum de dor nas pernas, sendo bastante frequente em pessoas com mais de 50 anos e em pessoas com excesso de peso.

As características dessa dor incluem: dor no joelho após esforços físicos que melhoram com o repouso, rigidez ao se levantar pela manhã ou após longos períodos de repouso, presença de estalos (crepitações) quando movimenta o joelho, inchaço (edema) e dificuldade de caminhar.

Exercícios de alongamento aliviam a dor no joelho, no entanto é preciso que sejam acompanhados por um fisioterapeuta.

Para o tratamento definitivo pode ser preciso acrescentar medicamentos analgésicos, anti-inflamatórios e suplementos alimentares que ajudam na restauração dessa articulação. Nos casos de artrose mais avançada pode ser indicado infiltração (injeção) de corticóide dentro da articulação do joelho ou cirurgia.

Para definir o melhor tratamento consulte um ortopedista.

5. Cisto de Baker

O cisto de Baker é um cisto cheio de líquido que se forma na região posterior do joelho. Pode estar associado ao desgaste da cartilagem do joelho, artrite ou lesão da cartilagem.

Quando essas causas são resolvidas, o cisto costuma desaparecer. Os sintomas são: dor atrás do joelho, dificuldade de dobrar a articulação e inchaço. Além disso, o cisto pode facilmente encontrado na palpação.

Se o cisto provocar dor ou limitar os movimentos do joelho, impedindo esticar ou flexionar a perna, o tratamento com fisioterapia pode ser necessário. O ortopedista pode também indicar a retirada de líquido através de uma aspiração feita com uso de uma seringa.

6. Dor ciática

A dor provocada pela compressão do nervo ciático costuma ocorrer após um esforço ou pegar um peso além do habitual.

Os sintomas são de dor em formigamento, choque ou dormência que se inicia na coluna e segue para o glúteo, região posterior da coxa, lateral da perna, tornozelo ou até o pé, do lado comprometido.

Para aliviar a dor, deve permanecer em repouso, aplicar compressas mornas na região da coluna e fazer uso de um relaxante muscular ou analgésicos.

Adotar uma boa posição para dormir também é importante para aliviar a dor e/ou evitar o seu agravamento. Durma de lado, o mais curvado possível, ampliando o espaço entre as vértebras. Pode usar um travesseiro embaixo do pescoço e outro travesseiro entre as pernas.

O médico neurologista ou ortopedista são os responsáveis por avaliar e definir o melhor tratamento, para cada caso.

O que posso fazer para aliviar a dor nas pernas?
  • Repouso: o repouso é, na maior parte dos casos de dor nas pernas, o modo mais rápido de promover o alívio da dor. Especialmente nos casos em que a dor tem relação com o esforço físico;
  • Elevar as pernas: Deitar-se com as pernas elevadas favorece a circulação sanguínea;
  • Banho morno: Tomar um banho morno para relaxar a musculatura e estimular a circulação sanguínea;
  • Alongamentos: Se você trabalha por muito tempo sentado ou em pé, movimente-se e alongue as pernas a cada duas horas de trabalho. Os exercícios de alongamento promovem o relaxamento da musculatura em torno dos ossos, o que leva ao alívio da dor;
  • Compressas de gelo podem ajudar a aliviar dores provocadas por pancadas nas pernas e quedas, sempre por cima de um pano, para evitar queimaduras;
  • Meias elásticas de média compressão: Em casos de varizes a dor pode ser amenizada com uso de meias de média compressão e alongamentos.

Em algumas situações, o tratamento pode envolver o uso de medicamentos anti-inflamatórios que controlam a dor, sessões de fisioterapia ou mesmo cirurgias. Estes tratamentos devem ser indicados por um ortopedista, médico de família ou clínico geral.

Dor na perna esquerda pode ser infarto?

Na verdade a dor na perna, devido ao entupimento da artéria, não é um dos sinais da doença, mas é considerado um sinal de maior risco para o infarto. Isso porque, a aterosclerose, doença caracterizada pela formação de placas de gordura dentro do vaso sanguíneo, pode acometer qualquer artéria do corpo.

A doença arterial na perna, compromete a circulação sanguínea e tem como sintomas: dor e sensação de cãibra ao caminhar, fisgada e sensação de cansaço nas pernas. Outros sintomas menos comuns são, a perda de pelos nas pernas, unhas dos pés enfraquecidas, coloração esbranquiçada das pernas e infecções constantes nos pés.

Placas de gordura na parede das artérias que provocam a obstrução arterial e reduze a passagem de sangue.

Essas placas de gordura podem soltar pequenos pedaços, que chamamos de êmbolo, que seguem pela circulação até encontrar um vaso mais estreito e causar um entupimento. Essa é a principal causa, por exemplo, de tromboembolismo pulmonar. Uma doença grave que pode levar à morte.

É importante que você observe e descreva para o médico a sua dor, intensidade, quando surgiu e o que você fez para aliviar. Na suspeita de trombose na perna ou má circulação, procure o quanto antes uma avaliação médica.

Não utilize nenhum medicamento sem orientação médica.

Leia mais sobre esse assunto no artigo: Sinto muita dor nas pernas. O que pode ser?

Referências:

  • Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. Consensos Brasileiros de Ortopedia e Traumatologia.São Paulo: Agência NaJaca, 2019.
  • Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular
Nimesulida corta o efeito da pílula anticoncepcional?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

A nimesulida não corta o efeito do anticoncepcional — desde que a pílula seja tomada da maneira correta.

Mas há alguns medicamentos que podem cortar o efeito do anticoncepcional oral (pílula). Alguns exemplos são:

  • Anticonvulsivantes (medicamentos para evitar convulsões): primidona, fenitoína, barbitúricos, carbamazepina, oxcarbazepina, topiramato, felbamato
  • Antibióticos usados para tratar a tuberculose: rifampicina e rifabutina
  • Outros antibióticos: antibióticos macrolídeos, por exemplo, claritromicina, eritromicina
  • Medicamentos antifúngicos: griseofulvina, itraconazol, voriconazol, fluconazol
  • Terapia antirretroviral para HIV / AIDS e tratamento para hepatite C: simeprevir, paritaprevir, ritonavir, nevirapina e efavirenz são alguns exemplos
  • Alguns medicamentos usados para diminuir a pressão, como verapamil, diltiazem (inibidores dos canais de cálcio)

Além destes medicamentos, tome cuidado com o que toma. A erva-de-são-joão (Hypericum perforatum) em chás ou medicamentos para depressão e o suco de toranja (ou grapefruit), por exemplo, também podem cortar o efeito dos anticoncepcionais orais.

Você pode continuar tranquila em relação ao efeito da pílula se estiver tomando a nimesulida, pois ela não aumenta o risco de gravidez. Entretanto, se tomar um dos medicamentos acima pode engravidar mesmo usando o anticoncepcional.

Sempre que tiver dúvida sobre se algum medicamento pode afetar o efeito do anticoncepcional, o ideal é falar com o médico ou farmacêutico. Outra alternativa é usar outro método anticoncepcional além da pílula, como o preservativo feminino ou masculino (camisinha).

Você pode se interessar também:

Referências:

Organização Mundial da Saúde. Criterios médicos de elegibilidad para el uso de anticonceptivos. Quinta edición. 2015

Najimudeen M, Sachchithanantham K. Prescribing Hormonal Contraception. British J Medicine Medical Research. 2016; 15(11): 1-8.

5 dúvidas sobre o hímen complacente
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O hímen complacente se caracteriza por ser bastante elástico. Por este motivo, ele pode não se romper na primeira relação com a penetração vaginal e retornar à sua forma normal.

Uma característica comum entre as mulheres com hímen complacente é a dor ou desconforto durante a penetração. Apesar disso, é importante que você saiba que ter o hímen complacente não é uma doença e nem indica problemas de saúde.

Esclarecemos aqui as 5 dúvidas mais comuns de quem tem hímen complacente.

1. Como posso saber se tenho o hímen complacente?

Não existe uma forma de se ter a certeza de que o seu hímen é complacente. Durante o exame ginecológico, o ginecologista pode verificar a presença do hímen na entrada da vagina e identificar o seu formato, mas não tem como avaliar a sua elasticidade.

Entretanto, o seu hímen pode ser complacente se você:

  • Já teve relações sexuais com penetração vaginal e ainda tem hímen: por ser muito elástico é normal que o hímen complacente não se rompa na primeira penetração, e
  • Sente dor durante a penetração: a dor ocorre pela não ruptura do hímen.
2. É possível romper um hímen complacente?

O hímen complacente sempre se rompe em algum momento. Devido à sua elasticidade, a sua ruptura é apenas um pouco mais difícil. O indicado é que você mantenha as relações sexuais para que o rompimento ocorra de forma natural.

É importante que você converse com o seu parceiro para que vocês continuem tentando o rompimento do hímen por meio do ato sexual. Investir nas preliminares aumenta a excitação da mulher e torna a penetração mais confortável.

Se mesmo após várias penetrações o hímen não se romper, esta ruptura ocorrerá se a mulher tiver um parto normal. Nos casos em que ocorre dor muito intensa durante o ato sexual, converse com o ginecologista sobre a possibilidade de cirurgia para o rompimento hímen complacente.

3. Quais os sintomas de rompimento do hímen complacente?

Um pequeno sangramento vermelho vivo é o sintoma mais frequente quando o hímen se rompe, no entanto, nem todas as mulheres sangram.

Para as mulheres com hímen complacente, é comum que o sangramento não ocorra porque o hímen não se rompe ou não sofre ruptura total. Pode também acontecer um pequeno sangramento a cada relação sexual, o que significa que o hímen está se rompendo gradualmente a cada penetração.

Devido à dificuldade de ruptura deste tipo de hímen, a dor também é um sintoma habitual. Pode ser amenizada com preliminares mais efetivas antes da penetração.

4. O hímen complacente se rompe com o uso de absorventes internos?

Embora seja bastante raro, é possível que o hímen complacente se rompa com o uso de absorventes internos sim, ou mesmo pela utilização dos copos menstruais. Contudo, o mais comum é que a ruptura ocorra gradativamente a cada uso.

5. É indicado cirurgia para as mulheres com hímen complacente?

Existe a indicação mas não é frequente. A cirurgia consiste em um procedimento chamado himenotomia simples, no qual o hímen é cortado ou retirado.

Muitas vezes a dor pela presença do hímen complacente é confundida com vaginismo, uma disfunção sexual que causa espasmos nos músculos da vagina e provoca dor intensa durante a relação sexual.

Este diagnóstico diferencial pode ser feito em uma consulta com o ginecologista na qual ele fará uma entrevista para compreender as suas queixas e fará um exame ginecológico. Este é também o momento ideal para que você possa retirar suas dúvidas sobre a presença do hímen, o seu tipo sobre a ruptura do himenal.

Para saber mais sobre este assunto você pode ler:

Referência:

FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Fiz tratamento da SOP, parei de tomar anticoncepcional...
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Caso tenha tido relação sexual desprotegida no seu período fértil é possível que esteja grávida, nessa situação recomenda-se aguardar o atraso menstrual e após uma semana de atraso deve-se fazer um teste de gravidez para confirmar a hipótese.

Uma leve dor abdominal não é um sintoma muito frequente de inicio de gravidez, é possível acontecer por conta de uma gestação ou ser por outro motivo. Para descobrir se é uma gestação gemelar ou não estaria indicado fazer um ultrassom, caso se confirme a gravidez.

Alguns sintomas comuns no começo de uma gestação são:

  • Atraso menstrual: é geralmente o primeiro e um dos mais importantes sintomas do começo de uma gestação, portanto caso persista por mais de uma semana indica-se a realização de um teste de gravidez.
  • Náuseas, vômitos: é um sintoma também frequente principalmente nos primeiros meses de gravidez.
  • Sensibilidade mamaria: algumas mulheres podem queixar-se de uma maior sensibilidade na mama ou mesmo de dor ou desconforto, isto porque os seios durante a gestação tendem a aumentar de tamanho por conta do desenvolvimento das glândulas mamárias.
  • Sonolência ou cansaço: algumas mulheres podem queixar-se de sonolência ou cansaço durante o começo da gravidez, esse sintomas se devem as mudanças hormonais que ocorrem nesse período.
  • Dores pélvicas ou cólicas: é possível apresentar algum tipo de dor ou desconforto pélvico no começo da gravidez, embora esse sintoma não seja muito frequente.
  • Sangramento de implantação: esse sangramento acontece raramente, consiste em um pequeno sangramento rosa claro ou amarronzado, que ocorre alguns dias depois da concepção, é auto limitado, dura no máximo três dia e pode vir ou não acompanhado de cólica.

Os sintomas de gravidez podem variar de mulher para mulher e são muito individuais, existem mulheres que durante a gestação toda apresentam poucos sintomas, enquanto outras podem apresentar uma grande variedade de sintomas durante a gestação.

Caso persista a dúvida sobre uma possível gestação consulte o seu médico de família ou ginecologista.

Existem anticoncepcionais mais indicados para adolescentes?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A escolha de um anticoncepcional sempre envolve a ponderação de vários fatores como idade, fatores hereditários, financeiros, aderência ao tratamento, facilidade no método e a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis

As adolescentes podem se beneficiar com os seguintes anticoncepcionais: 

  • Preservativo feminino ou masculino; 
  • Pílula anticoncepcional de uso contínuo; 
  • Injeção a cada 3 meses; 
  • Adesivo transdérmico; 
  • Anel vaginal. 

É recomendada uma consulta inicial com o/a ginecologista, médico/a de família ou clínico/a geral antes de iniciar o anticoncepcional para uma avaliação detalhada de todos esses fatores e ponderação de qual o melhor método anticoncepcional para a adolescente. 

Vale a pena lembrar que apenas o preservativo (camisinha) é capaz de prevenir doenças transmitidas pelo sexo além de evitar gravidez. Por isso, é indicado o uso da camisinha em toda relação sexual, mesmo que a adolescente escolha por outro método anticoncepcional.