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Estou sentindo... são sintomas de gravidez ou estresse?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Esses sintomas podem sim ser decorrentes de uma gravidez. Porém, nem sempre isso que você está sentindo é sinal de gravidez.

Sintomas como dor de cabeça, enjoo, dor nos seios e sonolência podem ter outras explicações que não a gravidez. O estresse pode ser outra explicação, porém outros acometimentos clínicos podem dar origem a esses sintomas.

O primeiro sinal da gravidez costuma ser o atraso menstrual, entretanto outros sinais são bastante comuns, como a cólica, náuseas e vômitos matinais, sonolência diurna, aumento da sensibilidade e do volume das mamas e alterações de humor.

Sendo assim, se observar alguns desses sintomas, associado a relação sexual nessa época, sem uso de contraceptivos, as chances de gravidez são maiores.

O estresse também pode causar sintomas como esses. Os sintomas físicos de estresse podem incluir diarreia ou prisão de ventre, falta de memória, dores frequentes, dor de cabeça, falta de energia, dificuldade de concentração, falta de libido ou outros problemas sexuais, rigidez no pescoço ou na mandíbula, cansaço, insônia, sono excessivo, dor no estômago, perda ou ganho de peso.

Para confirmar se esses sintomas são decorrentes de uma gravidez ou de estresse, você pode realizar um teste de gravidez de farmácia ou exame de sangue (mais específico) e procurar um/a medico/a de família, clinico/a geral ou ginecologista para uma avaliação médica.

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Pessoa com dengue pode fazer escova de argan?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

Sim, pessoa com dengue pode fazer escova de argan desde que não haja nenhuma contraindicação médica específica. A pessoa com dengue deve seguir as recomendações médicas, como os medicamentos a serem tomados, o repouso e a hidratação. 

O argan é um óleo extraído da semente de uma árvore marroquina e é utilizado para a realização de escovas e alisamentos de cabelo. O seu uso nesses procedimentos não causa nenhuma interferência no tratamento e restabelecimento da pessoa com dengue.

O médico clínico geral ou o infectologista são os profissionais indicados para esclarecer as dúvidas em relação ao tratamento da pessoa com dengue.

Usei o Atrovent e o Berotec puro na inalação do meu filho... pode fazer mal?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

É recomendado que os broncodilatadores sejam diluídos para minimizar a ocorrência de efeitos adversos e evitar que os olhos sejam expostos à inalação.

Esse cuidado deve ser tomado porque uma possível manifestação oftalmológica do uso do Atrovent (brometo de ipratrópio) é o aumento da pressão intra-ocular que pode levar a vermelhidão nos olhos, desconforto, dor ocular e visão enevoada, indicando um possível glaucoma de ângulo fechado. Se isso ocorrer é importante procurar um médico oftalmologista imediatamente.

Contudo, quando esse problema ocorre ele geralmente acontece imediatamente ou logo após a administração do medicamento.

Já em relação aos efeitos adversos do uso do fenoterol (Berotec), podemos citar alguns:

  • Taquicardia
  • Agitação
  • Tremores musculares
  • Sudorese
  • Secura da Boca
  • Náuseas ou vômitos
  • Coceira (prurido)

Evite fazer inalações de maneira diferente de como foi orientado pelo médico. Na presença de sintomas adversos intensos procure um serviço de saúde.

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Sangramento na gravidez, pode ser normal?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, pode ser normal. O sangramento no início da gravidez, pode representar a fixação do embrião no útero, que para formar a placenta e nutrir o bebê, penetra na camada muscular do útero, causando um discreto sangramento.

A esse sangramento damos o nome de sangramento de implantação, ou sangramento de nidação. Trata-se de um sangramento de pequeno volume, que apenas suja a roupa íntima, por isso nem sempre é percebido e dura de 2 a 3 dias.

No entanto, o sangramento também pode sinalizar um problema grave, como o início de um aborto. Sendo assim, todo e qualquer sangramento durante a gravidez deve ser informado ao obstetra imediatamente, sobretudo aqueles associados a dor, cólicas, febre, sangramento volumoso ou com presença de coágulos.

Causas de sangramento na gravidezSangramento no início da gravidez

No primeiro trimestre da gravidez, o sangramento pode ocorrer pela implantação do óvulo, por um descolamento do embrião, por uma gravidez ectópica ou aborto espontâneo. Outras causas menos comuns são as infecções urinárias e presença de pólipos.

1. Sangramento de nidação

Nos primeiros dias da gravidez, quando o óvulo fecundado chega ao útero, ele penetra na parede do útero, para dar origem a placenta, estrutura que nutre o embrião, possibilitando o desenvolvimento do bebê.

Como a parede do útero é composta de músculo e com grande número de vasos sanguíneos, pode haver um pequeno sangramento rosado, sem dor ou outros sintomas, que dura no máximo 3 dias.

O sangramento representa um dos primeiros sinais de gravidez, embora não seja percebido por todas as mulheres e recebe o nome de sangramento de nidação.

2. Descolamento do embrião (saco gestacional)

O descolamento do saco gestacional, significa a presença de sangue (hematoma), entre o embrião e a parede do útero. Situação de risco, que pode evoluir com o descolamento completo e aborto. Essa alteração se manifesta pelo sangramento vaginal.

Dependendo do volume desse hematoma, será indicado repouso absoluto e medicamentos, visando proteger a gestação.

3. Gravidez ectópica

A gravidez ectópica é uma gestação que acontece fora da cavidade uterina. O local mais comum são as trompas, mas pode ocorrer no ovário, ligamento largo, colo do útero ou mais raramente, na cavidade abdominal.

Os principais sintomas são o atraso menstrual, dor abdominal ou no baixo ventre, de forte intensidade e sangramento vaginal.

A gravidez ectópica é uma urgência médica, pois pode evoluir com ruptura da trompa, hemorragia e risco de morte. Por isso, na suspeita de gravidez ectópica, procure imediatamente um serviço de emergência.

4. Ameaça de aborto

A ameaça de aborto é a condição mais temida pelas mulheres nessa fase da gestação. Situação em que por algum motivo, o organismo inicia um processo de expulsão do óvulo fecundado. O primeiro ou um dos primeiros sinais de aborto, é o sangramento vaginal, com presença de coágulos e cólica abdominal.

Em geral acontece até a 8ª semana de gestação e a causa mais comum de aborto no primeiro trimestre são as anomalias genéticas.

Sangramento no segundo e terceiro trimestre de gravidez

No segundo e terceiro trimestres de gestação, os sangramentos são mais preocupantes, e devem ser rapidamente investigados. As causas mais comuns são o aborto tardio (com mais de 20 semanas), placenta baixa, descolamento prematuro de placenta, placenta prévia e trabalho de parto prematuro.

1. Aborto tardio

O abortamento nessa fase da gestação costuma acontecer devido a complicações de doenças crônicas, como diabetes e pressão alta. Os sintomas são o sangramento, associado a cólicas de forte intensidade, ainda pode apresentar, febre, náuseas ou vômitos, no caso de aborto infectado.

O tratamento deve ser avaliado caso a caso, na maioria das vezes precisa de internação hospitalar para hidratação, antibioticoterapia e curetagem ou cirurgia de urgência.

2. Placenta prévia

A placenta prévia é a implantação da placenta muito baixa, próxima ao colo do útero. Posição em que a placenta fica mais exposta a traumas, mais próxima do meio externo (colo uterino), propensa a infecções e mais próxima da cabeça do bebê, sofrendo pressão contínua no final da gestação.

Sendo assim, situações de pequenos traumas, esforço físico ou contrações uterinas, podem causar pequenos sangramentos, com sangue vivo. O tratamento deve ser repouso e medidas de prevenção como evitar as relações e esforço físico, mesmo que leve.

3. Descolamento prematuro de placenta

O descolamento prematuro de placenta (DPP) acontece principalmente entre a 33ª e 34ª semanas de gestação, na grande maioria das vezes por um pico hipertensivo, mas pode ocorrer também devido à idade avançada, uso de drogas, tabagismo ou traumatismos (quedas ou acidentes).

Os sintomas são de sangramento volumoso, com presença de coágulos e cólica intensa e contínua. É um caso de emergência obstétrica, com risco de vida para a mãe e o bebê. Por isso, na suspeita de DPP procure uma urgência médica imediatamente.

4. Trabalho de parto prematuro

O trabalho de parto prematuro, pode levar a pequenos sangramentos, pela contração uterina e "amolecimento" do colo do útero.

Não costuma sinalizar um problema, a não ser que venha acompanhado de outros sinais como: dor abdominal, cólicas ou presença de coágulos junto ao sangramento.

Outras causas de sangramento na gravidez

Outras situações que podem causar sangramento em qualquer momento da gravidez, são:

  • Infecção urinária
  • Infecção sexualmente transmissível (IST)
  • Traumatismo
  • Ruptura uterina

As infecções em geral apresentam febre, mal-estar e falta de apetite, junto ao quadro de sangramento vaginal. São situações que devem ser tratadas com antibióticos, o quanto antes, para evitar complicações como o abortamento.

O trauma na barriga da gestante pode comprometer a mãe e o bebê, por isso deve sempre ser avaliado pelo obstetra mesmo que parece algo simples.

A ruptura uterina é uma emergência médica, com alto risco de morte para a mãe e para o bebê, devido a grave hemorragia. Os sintomas são de sangramento volumoso, dor intensa na barriga e

Sangramento na gravidez é grave?

Sim, pode ser grave principalmente na presença de:

  • Sangramento volumoso,
  • Sangramento vermelho vivo,
  • Sangramento com coágulos,
  • Sangramento com cólicas ou dor na barriga e
  • Sangramento com febre.

Se perceber qualquer um desses sintomas, ou mais de um, procure uma emergência médica, imediatamente.

Ter relações durante a gravidez é perigoso?

Não. Em geral, a relação sexual não é contraindicado durante a gravidez, a não ser que haja algum problema. Um exemplo de contraindicação é a placenta prévia ou risco de parto prematuro.

Na dúvida, converse e esclareça todas as dúvidas com o seu obstetra. Cabe ao obstetra avaliar e conduzir, da melhor forma, as situações de sangramento e dúvidas da gestante, assegurando o bem-estar da mãe e do bebê, durante todas as fases da gestação.

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Referência:

FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

UpToDate - Errol R Norwitz, e cols. Overview of the etiology and evaluation of vaginal bleeding in pregnant women. Dec 17, 2019.

Quais as causas de zumbido no ouvido?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

As causas do zumbido no ouvido são muitas e podem se localizar diretamente no ouvido, como o excesso de cera, ou pode ser secundária a uma doença crônica, ou uso de medicamentos, por exemplo.

8 causas de zumbido no ouvido1. Excesso de cera

O acúmulo de cera no ouvido pode provocar zumbido e, além disso, pode causar coceira, infecção do canal auditivo, dor e problemas na audição.

É importante que você não tente fazer limpeza profunda no seu ouvido e nem utilize cotonetes para não causar lesões como a perfuração do tímpano.

2. Exposição excessiva a barulhos

A exposição a sons muitos altos podem causar lesão nas células do ouvido que provoca perda de audição. Nestes casos o zumbido no ouvido surge como uma tentativa de compensação natural do organismo.

3. Surdez

A presença de zumbido no ouvido pode ocorrer na medida em que a idade avança. Isto ocorre devido ao envelhecimento natural das células auditivas, com a idade e/ou por doenças crônicas, como a diabetes.

4. Infecções

A infecção no ouvido, ou otite, é uma doença que costuma causar o zumbido pelo edema e inflamação local. Após o tratamento, os sintomas desaparecem por completo.

5. Doença de Mèniere

Doença do ouvido interno, que acomete mais pessoas adultas, com os sintomas de perda auditiva progressiva, episódios frequentes de vertigem (quando tudo gira), naúseas e sensação de ouvido cheio de água.

O zumbido costuma ser descrito como um assobio e atinge apenas um dos ouvidos.

6. Doenças crônicas - Diabetes, Pressão alta, colesterol aumentado

Doenças crônicas são causas bem comuns de zumbido no ouvido. A diabetes e a pressão alta danificam os pequenos vasos sanguíneos do corpo incluindo a circulação do ouvindo interno, por isso a pessoa pode desenvolver os zumbidos no ouvido.

O colesterol aumentado se acumula nos pequenos vasos prejudicando a nutrição das células auditivas.

Outras doenças como o hipotireoidismo também pode prejudicar a audição e promover o zumbido, embora não seja tão comum.

7. Ansiedade e depressão

A ansiedade e a depressão também podem provocar zumbido no ouvido devido à alteração dos neurotransmissores que estimulam as vias auditivas.

8. Medicamentos

Dependendo da dose da medicação, tempo de uso e a predisposição genética da pessoa, alguns medicamentos podem causar um dano no ouvido, levando ao zumbido e/ou perda completa da audição. Os antibióticos aminoglicosídeos (Amicacina, Gentamicina) e a cisplatina (quimioterapia), são medicamentos que apresentam esse risco.

O que é zumbido no ouvido?

O zumbido é um barulho no ouvido que não provém de fonte de som externa.

Não se sabe ao certo o que faz uma pessoa "ouvir" esses sons, nem é possível definir exatamente como é o ruído do zumbido, já que é descrito de formas diferentes por cada pessoa.

Pode ser descrito como o barulho de um apito, uma cigarra cantando, chiado, concha do mar, panela de pressão ou cachoeira. Raras vezes o zumbido se assemelha ao “zzzzzz” produzido pelas abelhas.

Mesmo assim, quase todas as pessoas experimentam uma forma leve de zumbido no ouvido de vez em quando. Felizmente, a grande maioria apresenta episódios curtos, que duram poucos minutos. O zumbido constante ou recorrente é incômodo, dificulta a concentração e a qualidade do sono.

Zumbido no ouvido tem cura?

Depende. Em alguns casos, especialmente quando o zumbido tem relação com a perda auditiva, sim. Da mesma forma, quando a causa é uma medicação, que pode ser substituída, ou um episódio de ansiedade, tratada corretamente.

Entretanto, quando não é possível descobrir a causa, a pessoa passa por um tratamento para acostumar-se com zumbido até não mais percebê-lo, chamado de Terapia de Habituação.

Qual é o tratamento para zumbido no ouvido?

O tratamento do zumbido no ouvido depende da sua causa. Resolver o problema de base, quando encontrado, pode fazer com que os sintomas desapareçam.

Para doenças crônicas pode ser feito ajuste das doses dos remédios ou uso de aparelhos modernos para o ouvido.

Amplificador ou aparelho auditivo

São aparelhos mais modernos, utilizados nos casos de zumbido associado a surdez (perda auditiva). A escolha do aparelho é feita pelo médico, em conjunto com a avaliação e proposta pela fonoaudiologia.

Mudança de hábitos de vida

O consumo de doces, excesso de sal na comida, o tabagismo, bebidas alcoólicas, cafeína e estimulantes, pioram os zumbidos. O cansaço e a baixa qualidade de sono também estão relacionados a esse sintoma. Por isso é recomendado adotar uma alimentação e estilo de vida saudáveis, com atividades físicas e evitando o estresse, o que por vezes resolve completamente o zumbido.

Medicamentos

As medicações habitualmente usadas para aliviar o zumbido, não tratam a doença e pode atrasar um diagnóstico e um tratamento mais eficaz. Por isso, a recomendação é não tomar medicação até que seja avaliado por um médico, clínico geral ou otorrinolaringologista.

O efeito dos medicamentos indicados é o alívio do zumbido. Eles promovem dilatação dos vasos do ouvido e assim melhoram a circulação no local. Os mais indicados são a betaistina (Labirin®, Betadin®) e flunarizina (Vertix®).

Quando o zumbido está associado a diabetes e a pressão alta é preciso mantê-las bem controladas, para isso, o médico faz ajuste das doses ou até a substituição de algum medicamento, e assim, esse sintoma pode desaparecer.

Terapia de habituação

A Terapia de Habituação ao Zumbido tem como objetivo acostumar o paciente a conviver com o som provocado pelo zumbido até que não mais o perceba. Este tratamento é feito com a ajuda de um otorrinolaringologista e fonoaudiólogo dura em torno de 18 a 24 meses e deve ser também acompanhado por um psicólogo.

O que posso fazer para não piorar o zumbido?

Medidas que podem reduzir o incômodo causado pelo zumbido no ouvido incluem:

  • Controlar o estresse e a ansiedade;
  • Evitar o consumo de bebidas com cafeína (cafés e alguns chás como chá-verde, preto e branco);
  • Evitar o consumo de álcool e tabaco;
  • Dormir o suficiente;
  • Tentar dormir com a cabeça em uma posição elevada: isso diminui o congestionamento da cabeça e pode tornar o chiado no ouvido menos perceptível;
  • Proteger os ouvidos de mais danos, evitando exposição a sons estridentes e usando proteção para os ouvidos, como tampões, quando necessário.
Quando devo procurar o médico?

Você deve procurar um médico se o zumbido:

  • Durar mais de um dia;
  • Se começar após um ferimento na cabeça;
  • Se o chiado no ouvido vier acompanhado de outros sintomas inexplicáveis, como tonturas, sensação de perda de equilíbrio, náusea ou vômito.

Em caso de zumbido no ouvido, consulte um médico otorrinolaringologista.

Referência:

Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial

Sangramento na gravidez é normal?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O sangramento na gravidez é comum, sobretudo no início da gestação e não costuma ser um problema grave. No entanto, não deve ser considerado normal, até que seja avaliado pelo obstetra.

Isso porque o sangramento pode representar desde uma situação normal, como o sangramento de fixação do embrião na parede do útero, chamado sangramento de nidação, até uma situação de risco como o início do abortamento ou uma gravidez ectópica (fora do útero).

Sendo assim, qualquer sangramento durante a gravidez deve ser informar imediatamente ao seu obstetra ou ginecologista.

O que causa sangramento no início da gravidez?

Nos três primeiros meses de gestação o sangramento é bastante frequente e nem sempre é sinal de complicação. Neste período o sangramento pode ser causado por:

1. Implantação do embrião (sangramento de nidação)

O sangramento acontece quando ocorre a implantação do óvulo fecundado (embrião) no útero, chamado de sangramento de nidação. É um pequeno sangramento vaginal de cor rosada, sem cheiro e que dura até 3 dias. Para muitas mulheres pode ser imperceptível.

Este sangramento é considerado um dos primeiros sinais de gravidez e pode vir acompanhado de cólicas.

2. Relação sexual, alterações hormonais

O sangramento que ocorre após as relações sexuais e devido às alterações hormonais também podem ser considerados normais. Geralmente são pequenos sangramentos que a mulher nota após urinar, ao secar-se com papel higiênico ou na calcinha.

Esse tipo de sangramento nem sequer é suficiente para cobrir um absorvente, cessa espontaneamente e é chamado de sangramento de escape. Não é uma situação preocupante.

3. Infecção urinária

Se junto ao sangramento você perceber sinais de infecção como coceira, ardência, febre, mau cheiro e/ou presença de corrimento vaginal, é necessário buscar um médico de família, ginecologista ou obstetra para descobrir a causa e tratar a infecção.

As infecções não representam risco a você e/ou ao bebê, se forem adequadamente tratadas.

4. Gravidez ectópica

A gravidez ectópica ocorre quando o óvulo fecundado se implanta fora da cavidade uterina e o feto se desenvolve fora do útero como, por exemplo, nas tubas uterinas (gravidez tubária).

Nestes casos ocorrem sangramentos vaginais irregulares (sangramento que vai e volta) e dor abdominal em cólicas.

O risco de hemorragia nestes casos é elevado e por este motivo é necessário ir o mais rápido possível para uma emergência, pois o tratamento é cirúrgico de urgência.

5. Aborto espontâneo

O aborto espontâneo é a situação mais temida pelas mulheres que estão no primeiro trimestre de gestação. No aborto espontâneo, a mulher apresenta um sangramento mais volumoso, com presença de coágulos e acompanhado de fortes cólicas.

É uma situação que traz risco à vida da mulher pelo volume do sangramento. Por esta razão, é importante dirigir-se o mais rapidamente possível a um serviço de emergência.

Sangramentos no segundo trimestre de gestação

Durante o quarto, quinto e sexto meses de gestação os sangramentos são mais raros do que nos três primeiros meses. As situações mais comuns que provocam sangramento neste período são:

  • Após as relações sexuais,
  • Depois da realização de algum esforço físico como levantar pesos,
  • Presença de tosse ou espirros frequentes,
  • Até algumas horas após a realização de um exame de toque vaginal e
  • Placenta prévia (implantação mais baixa da placenta).

Nas primeiras situações, o sangramento é pequeno, não representa risco à mãe nem ao bebê, mas a placenta prévia pode oferecer risco para ambos.

A placenta na grande maioria das vezes, se fixa na parede lateral do útero e é responsável pela nutrição do bebê. Quando a sua implantação ocorre na parte inferior do útero, próximo ao canal da vagina, é chamada de placenta prévia, ou "placenta baixa".

O problema acontece próximo ao final da gestação, na fase em que o bebê mais cresce e começa a comprimir a placenta com a cabeça. Essa compressão pode oferecer menos oxigênio e nutrientes para o bebê, além de romper alguns vasos da placenta, levando ao sangramento vermelho vivo e indolor.

O tratamento consiste em repouso rigoroso da mãe, medicamentos e no caso de sangramento intenso ou sinais de sofrimento para o bebê, a cesariana de urgência.

O que causa sangramento no final da gravidez?

Nos três últimos meses de gestação (sétimo, oitavo e nono mês) os sangramentos causam maior preocupação pelo risco de descolamento de placenta. Além disso, é aguardado que a mulher entre em qualquer momento, especialmente no nono mês, em trabalho de parto.

Descolamento de placenta

Ocorre quando a placenta se separa da parede interna do útero antes do nascimento do bebê. O descolamento de placenta é mais comum após o sétimo mês em mulheres que tem pressão alta.

Os sintomas incluem sangramento vermelho vivo ou escuro, cólicas fortes e contrações persistentes.

É uma situação grave, pois, além de provocar forte hemorragia, interrompe o fluxo de nutrientes e oxigênio para o bebê. Nestes casos pode ser necessário realizar cesariana de emergência, por este motivo deve-se rapidamente ir para o hospital.

Aborto tardio

O abortamento nessa fase da gestação costuma acontecer por complicações de doenças crônicas, como diabetes mellitus e pressão alta. Os sintomas de aborto são sempre o sangramento, associado a cólicas abdominais intensas, podendo apresentar ainda, febre, náuseas ou vômitos, no caso de aborto infectado.

O tratamento será definido de acordo com o quadro e tipo de aborto. Para o aborto incompleto, retido ou infectado, pode ser preciso internação para hidratação, antibioticoterapia e curetagem.

Trabalho de parto

O sangramento que ocorre durante o trabalho de parto é normal e esperado. Este sangramento é causado pela perda do tampão mucoso. Este tampão fica na entrada do útero e funciona como uma proteção contra a entrada de bactérias.

Quando ocorre a perda do tampão, sai pela vagina uma secreção transparente e espessa que pode ou não conter sangue. Junto com a perda do tampão e a presença de secreção a mulher sente também as contrações do útero.

Não é necessário correr para o hospital, pois o nascimento do bebê ainda pode demorar. Você deve entrar em contato com o médico obstetra e cumprir as suas orientações.

O que fazer em caso de sangramento na gravidez?

Se ocorrer qualquer sangramento na gestação, o médico responsável pelo pré-natal deve sempre ser informado. Você pode observar a quantidade de sangue perdida e a duração do sangramento, da seguinte forma:

  1. Coloque um absorvente limpo e verifique a cada 30 a 60 minutos, durante algumas horas;
  2. Se o sangramento for intenso, o abdômen estiver rígido e com dor, ou se houver contrações fortes e frequentes, chame uma ambulância através do número 193 ou dirija-se para um serviço de urgência.
Quando devo me preocupar?
  • Quando o sangramento é constante (não pára);
  • Sangramento abundante: molha a sua roupa ou ultrapasse a roupa íntima;
  • Cor do sangue: sangramento vermelho vivo ou escuro;
  • Presença de coágulos no sangue;
  • Se já sangrou outras vezes durante a gravidez;
  • Sangramento com cólicas, dor ou contrações fortes;
  • Desmaios, tonturas, náuseas, vômitos, diarreia, febre;
  • História de queda ou trauma recente.

Na maioria das vezes, o tratamento do sangramento durante a gestação consiste em repouso. Entretanto, é necessária uma avaliação ginecológica e talvez, a realização de ultrassom para avaliação do bebê. Isto a deixará mais tranquila em relação à sua saúde e a do seu bebê.

Referências:

UpToDate - Errol R Norwitz, e cols. Overview of the etiology and evaluation of vaginal bleeding in pregnant women. Dec 17, 2019.

Febrasgo - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Óleo de Copaíba: quais os seus benefícios e riscos para a saúde?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O óleo de Copaíba é bastante usado na medicina popular, como um bom anti-inflamatório e antisséptico fitoterápico, embora sem comprovação científica.

Já foi registrado e, portanto, aceito pela agência nacional de vigilância sanitária (ANVISA), como fitoterápico da classe de anti-inflamatórios, porém seu registro encontra-se cancelado atualmente.

Além disso, alguns trabalhos indicam presença de substâncias tóxicas no óleo, que sugere riscos à saúde, como distúrbios gastrointestinais, metabólicos e reações alérgicas. Sendo assim, deve ser utilizado apenas sob orientação de profissional de saúde especializado ou um/a fitoterapeuta.

Propriedades do óleo de copaíba

Os estudos descrevem benefícios ainda escassos do óleo de copaíba para a saúde. As pesquisas que mencionaram a sua ação anti-inflamatória, antisséptica, antitumoral, entre outras, foram feitas com testes em animais ou in vitro e isto não garante que o mesmo efeito possa ser observado em seres humanos.

Ação anti-inflamatória

Os hidrocarbonetos e os sesquiterpênicos, especialmente o β-bisaboleno e β-cariophileno, têm sido apontados como os compostos envolvidos no efeito anti-inflamatório do óleo de copaíba. Entretanto, o mecanismo de ação dessas substâncias ainda precisa ser mais bem esclarecido.

Ação antisséptica

O potencial antisséptico do óleo de copaíba se deve ao alto teor de betacariofileno. Esta substância parece bloquear a ação nociva de vírus, bactérias, fungos e protozoários.

Auxilia no combate ao câncer

Um estudo preliminar feito por pesquisadores do Instituto de Química e do Centro de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), mostrou que substâncias sintetizadas a partir de elementos isolados do óleo de copaíba podem ser aliadas no combate ao câncer. Nove tipos de câncer foram testados com a substância inibindo ou mesmo matando as células cancerígenas.

Proteção ao sistema nervoso central

O uso do óleo de copaíba pode ajudar na proteção às células do sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal) contra lesões. A pesquisa que alcançou este resultado foi efetuada com animais na Universidade Federal do Pará.

Todos estes efeitos precisam ser replicados em outros estudos, e principalmente feitos em seres humanos para comprovação efetiva.

Riscos do uso óleo de copaíba

O óleo de copaíba possui toxinas que podem trazer riscos à saúde. Isto exige cuidados em relação ao seu consumo. As reações adversas mais comuns são:

  • Enjoos
  • Náuseas
  • Vômitos
  • Diarreia
  • Reações alérgicas
  • Quebra de cromossomos
Contraindicações do uso óleo de copaíba

O óleo é contraindicado para:

  • Mulheres grávidas ou que estão amamentando
  • Pessoas com sensibilidade ou distúrbios gástricos

Para usar o óleo de copaíba com segurança é preciso uma indicação adequada, consulte um/a nutrólogo/a, nutricionista ou fitoterapeuta.

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Vaginismo: qual o tratamento?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O tratamento do vaginismo é direcionado para a causa da disfunção e tem como principal objetivo acabar com a contração involuntária que caracteriza o vaginismo. O tratamento pode incluir sessões de fisioterapia, psicoterapia e terapia sexual.

Como é o tratamento do vaginismo com fisioterapia?

A fisioterapia trata a parte física do vaginismo através de técnicas de conhecimento do próprio corpo e aprendizado em relaxar a musculatura do assoalho pélvico, aumentando a sua percepção da pelve, o que impede o espasmo involuntário no momento da relação ou outra penetração local, como absorvente interno ou exame médico ginecológico.

O tratamento fisioterapêutico também inclui eletroestimulação, uso de dilatadores vaginais e exercícios feitos em casa.

Por que devo fazer psicoterapia para tratar o vaginismo?

O medo e todo o lado emocional que pode estar relacionado na origem do vaginismo são tratados com psicoterapia, de preferência a Terapia Cognitivo Comportamental.

A psicoterapia irá trabalhar o autoconhecimento, a autoestima, bem como o investimento na própria vida e sexualidade da mulher. Alguns conceitos sexuais poderão ser reformulados.

A associação da psicoterapia ao tratamento do vaginismo é fundamental para se obter melhores resultados e a cura para o problema. Porém, a aceitação e participação da mulher é fundamental para o sucesso terapêutico.

Como é a terapia sexual para tratar o vaginismo?

A terapia sexual ajuda a mulher a compreender os mecanismos que lhe causam os problemas sexuais. Assim, ela pode adaptar-se melhor à situação e ter uma melhor qualidade de vida.

O objetivo da terapia é o autoconhecimento e a percepção do corpo através de técnicas de relaxamento, exercícios e orientações.

O tempo de duração do tratamento do vaginismo varia conforme a causa, o grau de “bloqueio” e a adesão ao tratamento, podendo levar meses ou anos.

Como o vaginismo pode ter diversas facetas, é muito importante haver uma abordagem multidisciplinar da disfunção, com participação de ginecologista, fisioterapeuta e psicoterapeuta, todos com experiência em sexualidade.

Sangramento menstrual intenso: quais as principais causas e o que fazer
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O sangramento menstrual intenso, pode estar relacionado com diferentes causas, como problemas hormonais, relacionados a doenças no útero ou ainda alterações na coagulação sanguínea.

É considerado sangramento menstrual intenso, fora do normal, quando há aumento do volume de sangue (acima de 80 ml por período), ou quando há aumento no número de dias de menstruação (acima de sete).

Vejamos os três principais grupos de causas do aumento do fluxo menstrual.

1. Problemas hormonais

Alterações hormonais podem prejudicar a ovulação. A falta de ovulação pode causar irregularidade menstrual, que varia desde a ausência de menstruação até a menstruação em excesso.

Variações na ovulação acontecem mais frequentemente em adolescentes, nos primeiros anos após o início da menstruação, e nas mulheres próximas à menopausa, no fim da menstruação. Por isso, em adolescentes e em mulheres na pré-menopausa é comum que períodos de ausência de menstruação se intercalem com períodos de excesso de sangramento.

Também podem ocorrer alterações hormonais em pessoas com a Síndrome do Ovário Policístico, esta síndrome é caracterizada por disfunção na ovulação e excesso de hormônios androgênios, além da presença de pequenos cistos nos ovários.

2. Problemas no útero

Algumas condições e doenças do útero podem também alterar o padrão da menstruação e ocasionar sangramento menstrual excessivo. As principais são:

Pólipos

São pequenas formações na camada interna do útero, podem causar sangramento intenso durante a menstruação e também fora do período menstrual. Quando estão próximo do colo do útero, também pode causar sangramento durante a relação sexual.

Miomas (fibromas)

Os miomas são uma das mais frequentes causas de aumento do sangramento, seja durante a menstruação ou fora do período menstrual. Atinge muitas mulheres durante a idade fértil. Grandes miomas podem ser responsáveis por fluxo menstrual intenso, com coágulos, além de sensação de peso ou mesmo dor na região pélvica.

Adenomiose

A adenomiose é uma doença, na qual o tecido que reveste o útero chamado endométrio cresce na camada mais interna do músculo, no miométrio, fazendo com que o útero aumente de tamanho. Esta condição também pode aumentar o fluxo menstrual.

Hiperplasia endometrial

Corresponde ao espessamento do endométrio, a camada mais interna do útero. Este processo favorece o aumento do fluxo menstrual e também pode provocar sangramento fora do período menstrual ou mesmo em mulheres após a menopausa. Pode estar associado ao câncer de endométrio.

3. Problemas na coagulação do sangue

Disfunções na coagulação sanguínea fazem com que qualquer sangramento no corpo seja mais persistente e difícil de cessar, com a menstruação não é diferente. Por isso, pessoas com doenças na coagulação do sangue ou condições que afetam a coagulação, como o uso de medicamentos anticoagulantes, podem apresentar aumento do fluxo sanguíneo menstrual.

Algumas causas importante de alterações na coagulação que afetam a menstruação, são:

  • Doença de von Willebrand: é uma doença hereditária caracterizada pela deficiência do fator de von Willebrand, que leva a disfunção plaquetária propiciando o aumento do sangramento.
  • Plaquetopenia: corresponde a diminuição das plaquetas do sangue, componentes que atuam diretamente na coagulação do sangue. A diminuição no número de plaquetas ocorre em uma variedade de condições como: doenças infecciosas, doenças hepáticas, deficiências nutricionais e uso de medicamentos.
  • Uso de medicamentos anticoagulantes: como a varfarina e apixabano.
O que fazer quando suspeitar de fluxo menstrual intenso?

O tratamento do fluxo menstrual intenso irá depender da causa. Se a causa do sangramento menstrual for hormonal ou ausência de ovulação, o médico poderá prescrever anticoncepcionais ou reposição hormonal se for o caso.

Caso o problema se localize no útero deve-se instituir o melhor tratamento para a causa, que pode incluir procedimentos cirúrgicos, retirada do útero ou uso de medicamentos.

Se o sangramento for decorrente do uso de medicamentos anticoagulantes pode ser necessários suspender ou reduzir a posologia. Em situações de coagulopatias o tratamento deve ser guiado por um médico hematologista e pode envolver reposição de fatores da coagulação, transfusões ou medicamentos.

Como saber se o meu fluxo menstrual é intenso?

O sangramento menstrual intenso ocorre quando a mulher apresenta um volume menstrual maior do que 80 ml, ou o equivalente a 5 a 6 colheres de sopa durante todo o período em que está menstruada. Também é considerado fluxo menstrual intenso, a menstruação que dura mais de sete dias.

É muitas vezes difícil quantificar o volume da menstruação, por isso desconfie de fluxo menstrual intenso, quando:

  • Tiver que trocar de absorvente de hora em hora, durante horas seguidas;
  • Precisa trocar o absorvente durante a noite, enquanto dorme;
  • Presença de coágulos sanguíneos grandes e escuros;
  • Menstruação tão intensa que a impede de fazer as suas atividades do dia a dia, levando a ausências no trabalho, estudos ou outros compromissos;
  • Dores intensas na região pélvica, náuseas, enjoos ou outro sintomas;
  • Sente-se fraca ou sem energia.

Caso suspeite de sangramento menstrual intenso procure um ginecologista ou médico de família para ser realizada uma primeira avaliação. Só através do diagnóstico correto da causa de sangramento é possível instituir o tratamento mais adequado.

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O que fazer para aumentar ou diminuir o fluxo menstrual?

Referências bibliográficas

Abnormal uterine bleeding in nonpregnant reproductive-age patients: Evaluation and approach to diagnosis. Uptodate.2021

Heavy Menstrual Bleeding. CDC.

Melhores posições para engravidar: isso existe mesmo?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não existem estudos científicos que comprovem uma determinada posição como melhor para engravidar, principalmente porque a fertilidade está relacionada a diversos fatores, por exemplo, a posição do útero.

Entretanto, um grupo de pesquisadores franceses, publicou em 2011 um estudo sobre o tema, no qual concluiu que as melhores posições para engravidar seriam a de "missionário" e "de quatro", pois durante a penetração a ponta do pênis fica diretamente alinhada ao colo do útero, permitindo um alcance mais profundo do esperma. Embora confirme também, que o excesso de preocupação possa dificultar a concepção.

O fator mais importante é conhecer e assegurar relações durante o período fértil, no qual ocorre a ovulação. Para isso é preciso entender o seu ciclo menstrual e período fértil.

Saiba mais: Como calcular o período fértil?

Para que ocorra gravidez é necessário que a relação ocorra durante período fértil. 6 Dicas para Engravidar 1. Conhecimento sobre a Anatomia

É importante que homens e mulheres conheçam seus corpos, e saibam como eles funcionam. Especialmente para as mulheres, o conhecimento sobre seu corpo sempre foi um tabu; e para algumas, ainda é. Conhecer o próprio corpo e saber identificar, em seu ciclo menstrual, o período fértil e os sinais de ovulação, são primordiais para aumentar as chances de engravidar.

O muco vaginal elástico e semelhante à clara de ovo, dores abdominais de um único lado do abdômen, temperatura corporal, libido e umidade vaginal aumentadas são alguns sinais de ovulação. A presença de escape, com pequeno sangramento de cor marrom também pode ocorrer, embora não tão frequente.

Para casais que pretendem engravidar, recomenda-se intensificar a frequência das relações sexuais neste período.

2. Parar de tomar anticoncepcional

Aguarde pelo menos duas menstruações ocorrerem antes de iniciar as tentativas de engravidar. Este é um tempo adequado para que os ovários retomem suas funções hormonais normais e o endométrio, tecido que reveste internamente o útero, volte a crescer. Com a recuperação da espessura do endométrio, o útero estará mais preparado para receber o óvulo fecundado. Estudos mostram que a chance de os abortos espontâneos ocorrerem é de 10 a 15% quando a mulheres engravidam logo após a suspensão do uso de anticoncepcional, o que se deve ao fato de o endométrio ainda estar muito fino para sustentar o óvulo.

3. Evitar fumar e/ou utilizar outras drogas

O tabagismo e/ou o uso de outras drogas podem alterar a qualidade dos óvulos e comprometer a fertilidade.

4. Ter cuidado com o peso e a alimentação

O peso interfere na fertilidade. Se o seu Índice de Massa Corporal está muito abaixo ou muito acima da faixa normal, poderá levar mais tempo para conseguir engravidar. Buscar uma alimentação saudável com orientação do nutricionista ajudará a construir um bom plano alimentar que pode tornar seu organismo mais saudável e facilitar a ocorrência de gravidez.

5. Fazer um check-up ginecológico

Informar à ginecologista que você e seu parceiro pretendem engravidar é importante. A partir desta informação, o(a) médico(a) já efetua o exame ginecológico preventivo e os demais exames necessários (hemograma, dosagem de hormônios, entre outros), antes da gestação.

Além disso, poderá oferecer reposição de vitaminas indicados para evitar complicações no neurodesenvolvimento fetal.

6. Ter atenção à idade

O fator isolado mais importante que pode comprometer a fertilidade feminina é a idade. Mulheres com idade superior a 35 anos com tentativas de engravidar durante 6 meses sem sucesso, devem buscar o especialista em fertilidade para não perder muito tempo. Se houver ovários policísticos ou problemas nas trompas, ou o homem apresentar problemas com sêmen, não se deve esperar este prazo de seis meses. O correto é procurar rápido um especialista.

A decisão de engravidar deve ser um plano comum do casal. Ambos devem estar dispostos a cuidar de sua saúde para promover a gestação. É importante que procurem orientação médica e sigam as recomendações para evitar problemas de saúde, preservar a saúde da mãe e do feto e fortalecer os vínculos afetivos.

Para saber mais: Quero engravidar: o que devo fazer?

Quais os sintomas do Transtorno de Personalidade Dependente?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Pessoas com transtorno de personalidade dependente apresentam muita necessidade de serem cuidadas e têm medo da separação. Sentem-se desconfortáveis ou desamparadas quando estão sozinhas por se acharem incapazes de cuidarem delas mesmas, com preocupações e receios irrealistas de serem deixados à própria sorte.

Quando terminam uma relação afetiva, procuram urgentemente um relacionamento novo para obterem carinho e amparo, adotando comportamentos submissos nas suas relações pessoais.

Os sintomas desse tipo de transtorno de personalidade começam a se manifestar em adultos jovens, em diversas situações e contextos.

Indivíduos com transtorno de personalidade dependente também têm dificuldade em tomar decisões sem antes procurar muitos conselhos e suporte em outras pessoas, ainda que essas decisões sejam rotineiras.

Na verdade, precisam que os outros assumam o controle global das principais áreas das suas vidas. O medo de perder a aprovação e o apoio alheio também as leva a ter dificuldade em discordar da opinião dos outros, às vezes podendo até fazer coisas extremamente desagradáveis pelos outros com receio dessas perdas.

Apresentam dificuldade em começar projetos por iniciativa própria por não confiarem neles mesmos ou nas suas capacidades, embora possam ser motivados e terem energia para isso.

Esses sintomas prejudicam significativamente a vida dessas pessoas, causando muito sofrimento e impedindo de levarem uma vida funcional.

Leia também: Quais os tipos de transtorno de personalidade e suas características?

Tratamento

O tratamento para o transtorno de personalidade dependente é feito sobretudo com psicoterapia, sendo a terapia cognitiva-comportamental o método mais utilizado. O objetivo é auxiliar o indivíduo a identificar o seu desequilíbrio e vigiá-lo, ajudando na mudança de comportamento e no desenvolvimento do autocontrole.

Os medicamentos podem ser usados para tratar transtornos mentais que podem estar associados ao transtorno de personalidade dependente, como depressão e ansiedade.

O médico psiquiatra é o especialista responsável pelo diagnóstico e orientação do tratamento do transtorno de personalidade dependente.

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Quais os sintomas dos transtornos de personalidade?

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Qual é o tratamento para os transtornos de personalidade?

O que é sarcoma de Kaposi e quais os sintomas?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sarcoma de Kaposi é um tipo de câncer que atinge as camadas mais internas dos vasos sanguíneos e que geralmente se manifesta na pele e no tecido subcutâneo (abaixo da pele).

Em geral, o primeiro sinal do sarcoma de Kaposi é o aparecimento de pequenas lesões ou nódulos na pele. Formas mais agressivas da doença podem atingir boca e cavidade orofaríngea (bochecha, gengiva, lábios, céu da boca, língua, amígdalas, faringe, traqueia), mucosa intestinal, pulmões, olhos e pálpebras.

O sarcoma de Kaposi é comum em pacientes com AIDS devido à baixa imunidade e está associado à presença do herpes vírus humano tipo 8 (HHV-8). Pessoas com insuficiência renal ou que receberam transplantes de órgãos também têm um risco maior de desenvolver esse tipo de câncer.

Tipos de Sarcoma de Kaposi

Existem 4 variantes conhecidas de sarcoma de Kaposi e todas parecem ter relação com a infecção pelo vírus HHV-8:

1) Clássico ou esporádico: acomete com mais frequência homens idosos, sendo mais comum na América do Norte, em descendentes de judeus e povos do Mediterrâneo;2) Africano ou endêmico: é mais frequente em crianças e adultos jovens negros, sobretudo nas regiões ao Sul do deserto do Saara;3) Iatrogênico ou imunossupressivo: mais comum em pacientes que receberam transplante ou utilizam medicamentos imunossupressores;4) Epidêmico ou associado à infecção pelo HIV: acomete sobretudo portadores de AIDS, e costuma ser mais agressivo que o tipo clássico.

Quais os sinais e sintomas do sarcoma de Kaposi?

Os sinais e sintomas do sarcoma de Kaposi se caracterizam por lesões na pele que se manifestam em forma de manchas vermelhas, róseas ou violetas, no caso de pessoas de pele branca. Nos indivíduos com pele negra, as lesões apresentam coloração marrom ou escura.

As manchas surgem principalmente em cabeça, pescoço e tronco, podendo haver apenas algumas lesões isoladas ou centenas delas espalhadas.

Também é comum haver inchaço em membros inferiores, ao redor dos olhos e órgãos genitais, frequentemente associado a lesões nessas áreas. Sangramentos digestivos também podem ser observados.

Quando atinge a orofaringe, o sarcoma de Kaposi dificulta a deglutição e a fala, podendo resultar em perda de dentes ou obstrução das vias aéreas superiores, gerando insuficiência respiratória

Contudo, em alguns casos, a pele não é afetada ou as manchas são precedidas por lesões em vísceras, boca ou gânglios linfáticos. Quando afeta os gânglios, pode-se observar nódulos endurecidos e móveis na virilha e pescoço.

O tratamento do sarcoma de Kaposi pode incluir o uso de medicamentos antirretrovirais; quimioterapia; radioterapia; tratamento local (crioterapia ou eletrocoagulação) e cirurgia.

O/A médico/a oncologista e infectologista são responsáveis pelo tratamento da doença.

Saiba mais em: Sarcoma de Kaposi tem cura? Qual o tratamento?