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Cores e tipos de manchas na pele: quais as principais causas e como tratar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A presença de manchas na pele é um problema muito frequente. Pode acometer pessoas de qualquer idade, em diferentes zonas do corpo e do rosto. As manchas podem ser de diferentes cores como brancas, marrons, pretas, vermelhas ou roxas.

As causas e fatores de risco para o aparecimento de manchas podem ser as mais variadas, como infecções fúngicas, exposição solar, manchas congênitas, traumas, entre outras.

O tratamento é também é variado e pode incluir proteção solar, cremes, loções, medicamentos ou procedimentos cirúrgicos.

A cor das manchas e a localização podem sugerir a sua causa e ajudam o médico a definir qual o melhor tratamento para o seu desaparecimento ou melhoria.

Manchas escuras ou pretas

Algumas causas importantes de manchas pretas são:

  • Nevos: podem estar presentes em qualquer região do corpo, inclusive rosto. São pequenas proliferações de melanócitos, que formam pontos ou manchas escuras. São benignas e não causam nenhum problema grave.

  • Melanoma: as lesões sugestivas de melanoma podem estar presentes em qualquer localidade do corpo. O melanoma é um tipo de câncer de pele, que causa mancha ou pinta assimétricas, com bordas irregulares e com cores diferentes na mesma mancha.
Como tratar manchas pretas

O tratamento irá depender da causa da mancha. Em algumas situações, como no caso dos nevos, o tratamento muitas vezes não é necessário, a não ser que cause grande desconforto estético.

No que se refere ao melanoma, a principal forma de tratamento é através da retirada cirúrgica da lesão. Em casos mais avançados pode ser necessário fazer radioterapia ou imunoterapia.

Manchas marrons

As principais causas de manchas marrons são:

  • Melasma: ocorrem principalmente em rosto, na região das maçãs do rosto, testa, nariz e buço, mas podem também estar presentes em áreas como o colo, o pescoço e os braços. São manchas escuras na pele que estão relacionadas a exposição solar e fatores genéticos.
  • Melanose: atinge as áreas que sofrem maior exposição ao sol como mãos, colo e costas. São manchas de coloração amarronzada diretamente associadas com a exposição solar.

  • Fitodermatose: são manchas escuras amarronzadas no local onde a pele entrou em contato com o sumo de frutas ácidas.
Como tratar manchas marrons

A proteção solar está sempre indicada nos casos de manchas marrons. A melanose e o melasma podem ser tratados através de técnicas dermatológicas como ‘laser’ de luz pulsada ou peelings químicos. No melasma também podem ser usados cremes clareadores.

A fitodermatose também ocasiona manchas que com o decorrer do tempo muitas vezes desaparecem espontaneamente.

Manchas vermelhas e roxas

As manchas vermelhas e roxas também são muito frequentes e podem corresponder a:

  • Purpura senil: podem estar presentes em qualquer zona da pele. São manchas em tons arroxeados ou castanhos, que ocorrem devido ao extravasamento de sangue pelos capilares que se encontram mais frágeis, mais comum em idosos.
  • Nevo rubi: podem aparecer em qualquer região do corpo. São pintas (sinais) de coloração avermelhada, aparecem em adultos repentinamente e são muito comuns em idosos
  • Hemangioma: também podem surgir em qualquer parte do corpo. São proliferações de pequenos vasos sanguíneos na pele, ocasionando a presença de uma mancha vermelha.
  • Hematoma: aparecem em locais onde houve uma pancada ou se sofreu algum trauma. Se referem a extravasamento de sangue e rutura de vasos sanguíneos, formando manchas roxas.
Como tratar manchas vermelhas e roxas?

Na maioria nos casos, como na purpura senil e no nevo rubi, não há necessidade de realização de tratamento.

No caso do hemangioma, quando esse é congênito e atinge crianças (hemangioma infantil), é usado o propranolol como medicamento, mas também pode ser aplicado um gel de maleato de timolol na lesão.

Já o hematoma desaparece espontaneamente em alguns dias, mas para acelerar o processo pode-se aplicar gelo no local ou fazer massagem.

Leia também: O que é hemangioma?

Manchas brancas

Entre as principais causas de manchas brancas na pele tem-se:

  • Hipomelanose gutata: atinge principalmente extremidades como mãos, punhos e braços. São manchas em forma de gota, geralmente associadas a exposição solar e mais frequentes em pessoas de pele escura e idosas
  • Pitiríase versicolor (Pano branco): podem aparecer em diferentes regiões do corpo, mas são mais comuns na região das costas, ombros e tórax. É uma infecção fúngica e ocasiona a formação de manchas redondas ou ovais, de coloração branca ou marrom.
  • Pitiríase alba: aparecem principalmente no rosto de crianças e adolescentes, mas podem também está presentes em outras regiões do corpo. São manchas esbranquiçadas redondas ou ovaladas.
  • Leucodermia solar: São manchas esbranquiçadas presentes em mãos, braços e pernas, muito comuns e são causadas pela exposição contínua ao sol.
  • Vitiligo: podem atingir qualquer região da pele e dos pelos (inclusive cílios e sobrancelhas). É uma doença causada pela despigmentação de zonas da pele, formando manchas claras
Como tratar manchas brancas?

O tratamento indicado irá depender da doença. Em todos os casos a proteção da pele contra o sol está indicada, principalmente através do uso de protetor solar.

No caso da hipomelanose gutata e da leucodermia solar o tratamento pode incluir diferentes técnicas, como a crioterapia e a microdermabrasão.

Na pitiríase versicolor o tratamento inclui o uso de antifúngicos, através de loções para a pele e champôs. Já na pitiríase alba, o tratamento inclui medidas gerais de cuidado com a pele e o uso de emolientes e hidratantes, em algumas situações os corticosteroides tópicos podem estar indicado.

Em relação ao vitiligo, o tratamento inclui muitas opções terapêuticas e dependerá da extensão da lesão e zonas do corpo acometidas. É comum o uso de creme com corticosteroides e a associação da pomada de psoraleno com fototerapia.

Leia também: O que é pitisíase versicolor e quais são os sintomas?

Caso note o aparecimento de uma mancha nova consulte o seu médico de família para uma avaliação inicial ou vá diretamente a um dermatologista.

7 sintomas diferentes de infarto em mulheres
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O infarto em mulheres pode vir acompanhado de sintomas diferentes dos socialmente reconhecidos e padronizados. Elas podem apresentar sintomas leves como enjoos e cansaço excessivo que podem ser facilmente confundidos com um mal-estar passageiro ou gripe.

Sinais de infarto em mulheres

É comum que as mulheres apresentem sintomas que não são característicos do infarto. Estes sintomas são chamados de sintomas atípicos.

1. Cansaço excessivo sem causa aparente

Fadiga excessiva ou fraqueza sem um motivo aparente pode ser um sinal de ataque cardíaco em mulheres. Observe se mesmo após um período de descanso, o cansaço permanece. É importante também observar se você está acostumada a caminhar diariamente e, de repente, se sente cansada ao caminhar poucos metros.

O cansaço excessivo sem uma causa que justifique, pode ser um sinal de má circulação e oxigenação insuficiente, podendo indicar o início de um infarto.

2. Dor no queixo, dentes e/ou mandíbula

As mulheres que estão infartando podem apresentar dor no queixo, dentes e/ou mandíbula sem sentir a dor em aperto no peito, tão conhecida. Por este motivo, fique atenta se você sente dor nestas regiões e não apresenta inflamações ou problemas dentários, pode ser um sinal de infarto.

A causa pela qual isto acontece ainda não está esclarecida, mas parece ter relação com a inervação próxima dessas regiões.

3. Sensação de desconforto na garganta

A sensação de algo preso, "bolo na garganta" ou dificuldade de respirar, também são sintomas inespecíficos e atípicos que podem ser sinal de infarto do coração no caso das mulheres.

4. Falta de ar

A falta de ar pode ser um sinal de infarto em mulheres e, por nem sempre vir acompanhada de dor no peito, pode ser confundida com outras doenças. Entretanto, a falta de ar é um sintoma de que o coração pode não estar funcionando adequadamente e, por este motivo, afetar o bom funcionamento dos pulmões.

5. Batimentos cardíacos irregulares

Os batimentos cardíacos irregulares ou arritmias são frequentes nos infartos que acometem mulheres. Neste caso, o coração começa a bater mais rápido causando as palpitações sem dor no peito ou qualquer outro motivo aparente.

6. Dor na barriga e enjoos

A dor abdominal que acontece nos infartos frequentemente começa no estômago com uma sensação de queimação, azia ou peso. Os enjoos também podem ocorrer.

Estes sintomas, no entanto, nem sempre são associados ao infarto cardíaco, sendo tratados como um problema digestivo simples, retardando o inicio do tratamento correto.

7. Dor nas costas

Mulheres que estão infartando podem sentir uma dor em pontada muito forte na costas que pode ser localizada ou irradiar-se por toda a região. Esta dor é muito confundida com um mau jeito nas costas, especialmente, porque não vem acompanhada de dor no peito.

Diferenças no infarto entre mulheres e homens

A principal diferença nos sintomas de infarto entre homens e mulheres é que nas mulheres, frequentemente, a dor no peito não está presente e, além disso, apresentam os sintomas atípicos: cansaço excessivo sem causa aparente, dor no queixo, falta de ar, dor abdominal, batimentos cardíacos irregulares e dor nas costas.

Por motivos ainda não esclarecidos, os sintomas de infarto em mulheres são mais difíceis de se identificar como infarto. Por esta razão, o tratamento demora mais a ser iniciado e as mulheres podem apresentar maior risco de morte.

Os sintomas clássicos de infarto, bastante característicos nos homens e que também ocorrem em mulheres são: dor em aperto no peito que irradia para as costas, maxilar e braço esquerdo. A dor no peito não cessa com o repouso e pode vir acompanhada de falta de ar, cansaço e desconforto no estômago.

Se você perceber qualquer um deste sintomas, procure um pronto-socorro o mais rápido possível.

Como saber se estou tendo um infarto?

Alguns passos são importantes para identificar um infarto.

Passo 1: se você apresenta sintomas típicos ou atípicos de infarto que duram mais de 20 minutos

Sintomas atípicos de infarto (em mulheres):

  • Cansaço excessivo sem causa aparente
  • Dor no queixo
  • Falta de ar
  • Dor abdominal
  • Batimentos cardíacos irregulares
  • Dor nas costas

Estes sintomas podem começar repentinamente sem qualquer esforço, estresse emocional ou mesmo quando a mulher se encontra em repouso.

Sintomas clássicos de infarto:
  • Dor em aperto no peito que irradia para as costas, maxilar e braço esquerdo
  • Dor no peito que não cessa com o repouso e que pode vir acompanhada de falta de ar, cansaço e mal-estar no estômago

No caso de você identificar estes sintomas, dirija-se rapidamente ao serviço de emergência.

Passo 2: você pertence a algum grupo de risco para doenças do coração?

Antes de qualquer coisa, é necessário avaliar se você está no grupo de risco para as doenças cardíacas. Neste grupo estão:

  • Diabéticas
  • Pessoas com pressão alta
  • Portadoras de colesterol elevado
  • Fumantes
  • Sedentárias
  • Obesas
  • Pessoas com elevado nível de estresse

Estas características aumentam o risco para o desenvolvimento do infarto. Se você se enquadra em um ou mais grupos de risco, é importante o acompanhamento em consultas periódicas anuais com um cardiologista ou médico de família.

Infarto silencioso em mulheres

As mulheres podem ainda sofrer infarto sem sentir sintoma algum, chamado de infarto silencioso. Para evitar estes casos, é importante efetuar uma consulta clínica anual com o médico de família para avaliar os fatores de risco e realizar exames de rotina caso haja indicação. Dessa forma, você poderá identificar o risco de infarto e preveni-lo da maneira indicada pelo médico.

Ao sentir qualquer sintoma de infarto, especialmente, se você tiver pressão elevada, for diabética, tiver colesterol elevado ou história familiar de infarto, procure um pronto-socorro.

Iniciar rapidamente o tratamento aumenta as chances de sobreviver ao infarto.

Leia também:

Resultado do exame deu Gardnerella, será que é Vaginose?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A presença de Gardnerella no exame de papanicolau, pode indicar uma infecção vaginal, a chamada vaginose bacteriana. Contudo, para ter certeza desse diagnóstico, é preciso passar por uma avaliação médica.

A Gardnerella é uma bactéria que está presente normalmente na flora vaginal, mas em pequenas quantidades. Os lactobacilos são as bactérias que predominam nessa região. Os sintomas de infecção são o corrimento acinzentado, com cheiro forte e desagradável.

A vaginose bacteriana por Gardnerella não é considerada uma infecção sexualmente transmissível (IST) ou doença sexualmente transmissível (DST), mas pode ser transmitida por contato íntimo, para o homem.

Qual o tratamento da vaginose bacteriana?

O tratamento é baseado no uso de antibióticos, sendo o metronidazol o antibiótico de escolha. Pode ser administrado por via oral (comprimidos) ou por pomadas, durante 7 a 10 dias.

Além do antibiótico, é importante evitar as relações durante o tratamento, ou se o fizer, usar contraceptivos de barreira, como a camisinha.

O uso de bebidas alcoólicas, pode interferir na eficácia do medicamento e causar efeitos colaterais como náuseas e vômitos.

E, a princípio, não é preciso tratar o homem, a não ser que ele tenha sintomas. Se for uma parceira mulher, essa deve ser tratada em conjunto.

Como se pega gardnerella? Pode ser considerada uma DST/IST?

A mulher já possui a bactéria gardnerella na sua flora vaginal naturalmente, já o homem não. No homem, a Gardnerella é transmitida através de contato íntimo e relações sexuais.

A infecção no homem pode causar doença na uretra (uretrite), na glande ou prepúcio (balanite). Os sintomas são de vermelhidão no pênis, saída de secreção purulenta, ardência ao urinar e/ou dor na relação.

Nesses casos é preciso procurar um urologista, para dar início ao tratamento.

Como saber se tenho vaginose bacteriana?

A vaginose é uma infecção comum do trato genital feminino, que causa principalmente corrimento vaginal e odor fétido, semelhante à "peixe podre".

Uma situação que leva a grande desconforto e constrangimento. Outros sinais como vermelhidão, edema, dor durante as relações e coceira, podem ocorrer, porém, são sintomas bem menos frequentes.

A presença desses sintomas, sugere uma vaginose bacteriana, por isso é recomendado que procure um ginecologista para avaliação.

O que pode causar a vaginose bacteriana?

Os fatores mais relacionados à infecção vaginal são:

  • Limpeza íntima com sabonetes inapropriados,
  • Uso de ducha higiênica muitas vezes por dia,
  • Uso inadequado do papel higiênico. É fundamental passar o papel sempre da vagina em direção ao ânus, e não o contrário,
  • Situações que reduzem a imunidade: gestação, diabetes, uso crônico de remédios como o corticoide, ansiedade, estresse e alimentação ruim,
  • Ter vários parceiros sexuais,
  • Tabagismo.
A vaginose pode ter complicações?

Sim. Nas mulheres, a vaginose pode levar a infertilidade, por inflamações crônicas no útero e trompas. Aumenta o risco de contrair DST/IST como o HIV, tanto nos homens quanto nas mulheres. Pode ainda, nas gestantes, desencadear parto prematuro ou abortamento.

Sendo assim, toda a mulher que apresente alteração no exame, precisa procurar o seu ginecologista, para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento com antibiótico e demais orientações que se façam necessárias.

As mulheres com idade entre 25 e 59 anos, que têm ou já tiveram vida sexual ativa devem fazer o exame preventivo periódico. Após dois exames com resultado normal em um intervalo de um ano, o papanicolau pode passar a ser feito a cada 3 anos.

Leia mais:

Referências:

FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Vaginose bacteriana: como identificar e tratar?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade
O que é vaginose bacteriana?

A vaginose bacteriana é a causa mais comum de corrimento vaginal na mulher. Ela pode causar sintomas que incomodam o dia a dia da mulher e aumentar o risco de adquirir infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).

Quais são os sintomas da vaginose bacteriana?

Os sintomas característicos de vaginose bacteriana são corrimento vaginal branco-cinzento com odor fétido parecido à “peixe podre”. Esse cheiro é mais percebido logo após a relação sexual.

Algumas mulheres podem ter também coceira vaginal. Além desses sintomas, a mulher pode ter, com menos frequência, vermelhidão, inchaço, dor ao urinar e dor durante as relações sexuais.

Mais de 50% dos casos de vaginose bacteriana podem não manifestar nenhum sintoma. Porém, quando os sintomas estão presentes são muito incômodos para a mulher.

Vaginose bacteriana ou Candidíase?

A vaginose bacteriana pode ser confundida com a candidíase. As duas podem ser desencadeadas por um desequilíbrio da flora vaginal. Em geral, na candidíase, os principais sintomas são:

  • coceira vaginal
  • corrimento branco e espesso

Na candidíase, não é comum o corrimento com cheiro forte que lembra peixe podre.

Além disso, o agente etiológico é diferente. Enquanto na vaginose bacteriana, a Gardnerella vaginalis é a bactéria que fica em maior evidência, na candidíase o desequilíbrio é causado pelo fungo Candida.

Por fim, o tratamento de cada uma também é diferenciado. Para realizar um tratamento efetivo da vaginose bacteriana, o tratamento pode incluir o uso de pomada vaginal com um tipo de antibiótico. No caso da candidíase, a pomada vaginal também é indicada, porém com outro tipo de antibiótico.

Por que posso estar com vaginose bacteriana?

A vaginose bacteriana ocorre quando há uma mudança no número e nos tipos de bactérias na vagina. Em geral, os lactobacilos são um tipo de bactérias encontradas habitualmente na vagina. Na vaginose bacteriana, a quantidade de lactobacilos é reduzida e há um desbalanceamento local da flora vaginal.

A real explicação ainda não foi detalhada, porém, na presença de alguns fatores pode haver maior propensão ao aparecimento dessa infecção:

  • múltiplos parceiros sexuais
  • realização frequente de duchas vaginais
  • nova parceria sexual
  • tabagismo

A vaginose bacteriana pode ser transmitida sexualmente, por brinquedos sexuais (sex toys), pelo contato da boca com a genitália e pelos dedos.

Qual é o tratamento para vaginose bacteriana?

A vaginose bacteriana precisa de tratamento adequado. Os medicamentos mais comumente usados são metronidazol e clindamicina. Eles podem ser usados em comprimido via oral ou em creme/pomada vaginal. A duração do tratamento pode variar entre 5 a 7 dias nos casos mais comuns. Quando a infecção é recorrente e acontece várias vezes ao ano, pode ser necessário aumentar o tempo de tratamento para até 14 dias.

Como esses medicamentos são antibióticos, é muito importante realizar o tratamento completo até o final dos dias recomendados pelo médico.

Como posso saber se estou com vaginose bacteriana?

O diagnóstico de vaginose bacteriana é feito com a história clínica da paciente e com o exame físico realizado pelo médico ou enfermeiro. Em alguns casos, pode ser necessário a realização de alguns testes para definir especificamente a causa.

De qualquer forma, na presença desses sintomas que incomodam, como o corrimento vaginal com mau cheiro, é importante procurar o serviço de saúde.

Vaginose bacteriana é perigoso?

A vaginose bacteriana propriamente não é prejudicial à saúde da mulher. Porém, ela pode ser associada a alguns problemas de saúde como:

  • aumento do risco de parto prematuro em mulheres gestantes
  • infecção do local cirúrgico em casos de abortamento ou histerectomia
  • aumento do risco de infecções sexualmente transmissíveis, como gonorreia, clamídia, HIV/AIDS, herpes genital

O mais indicado é a utilização de preservativo durante todas as relações sexuais como forma de prevenção das infecções vaginais.

Quando procurar o serviço de saúde?

Pode ser difícil saber se o corrimento vaginal é causado pela vaginose bacteriana ou por outras infecções vaginais. Por isso, realizar uma consulta médica é importante na presença desses sintomas para diferenciar o agente etiológico e indicar o tratamento específico para seu caso.

Leia também:

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Pomadas para feridas nas partes íntimas: qual devo usar?

Referências:

Febrasgo - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia

Principais causas de dor no testículo e quando devo me preocupar
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A dor testicular pode atingir homens de qualquer idade, de crianças a idosos. Pode ocorrer no testículo esquerdo, no direito ou em ambos.

As principais causas de dor testicular são: epididimite ou epidídimo-orquite, torção testicular, torção do apêndice testicular, varicocele, hérnia inguinal ou trauma.

Vejamos as principais causas:

Epididimite

O epidídimo é uma estrutura presente no topo do testículo, onde o esperma fica armazenado. Quando esta estrutura fica inflamada tem-se a epididimite. A causa da epididimite geralmente é infecciosa, de origem bacteriana.

As principais bactérias causadoras da epididimite são a N. gonorrhoeae e a C. trachomatis, ambas são transmitidas sexualmente, portanto é uma condição mais frequente em homens jovens sexualmente ativos.

No entanto, também podem existir casos de epididimite originados de outras bactérias como a E. coli e a pseudomonas, principalmente em homens idosos.

Torção testicular

A torção testicular, como o próprio nome diz, ocorre quando o cordão espermático torce, ou seja, gira em torno de si próprio. O cordão espermático é uma estrutura presente no interior do testículo, por onde passam artérias, veias, nervos e o ducto deferente, um canal por onde percorre o esperma.

Este é um quadro mais frequente em crianças recém-nascidas e meninos pós-puberais.

Torção do apêndice testicular

O apêndice testicular é uma estrutura presente nos testículos sem função específica, mas que podem rotacionar e sofrer uma torção, causando dor intensa. Este quadro é mais comum em meninos em idade escolar.

Varicocele

A varicocele corresponde a veias aumentadas de tamanho presente no testículo. Normalmente não causam dor, mas em algumas situações pode gerar desconforto e estar associada a problemas de fertilidade.

Ocorre mais frequentemente em crianças pequenas mas também pode atingir adultos.

Hérnia inguinal

A hérnia inguinal ocorre quando há protusão de conteúdos da cavidade abdominal, como o intestino, por uma falha da parede abdominal na região da virilha. É possível que o conteúdo da hérnia atinja o testículo, aumentando o seu tamanho e causando dor moderada a intensa.

Trauma testicular

O trauma é uma causa frequente de dor testicular, podendo ocorrer durante a prática de esportes ou durante acidentes.

Traumas leves a moderados podem causar dor, inchaço, vermelhidão e hematomas no testículo. Traumas mais intensos podem causar ruptura dos órgãos internos que compõem o testículo, exigindo avaliação médica de urgência.

Qual o tratamento para a dor no testículo?

O tratamento para a dor no testículo irá depender da causa.

Muitas das causas de dor testicular são resolvidas através de procedimentos cirúrgicos. As situações de torção testicular, torção do apêndice testicular e hérnia inguinal são resolvidas através de cirurgia.

Já a epididimite é tratada com o uso de antibióticos.

Em situações de trauma pode ser necessário usar analgésicos, anti-inflamatórios para aliviar a dor. A aplicação de gelo pode também contribuir para o alívio da dor.

Quando se preocupar e procurar um médico?

Algumas situações de dor testicular precisam ser avaliadas por um médico, pois podem corresponder a doenças de maior gravidade que exigem tratamento imediato ou uma investigação mais aprofundada.

Consulte um médico quando:

  • Apresentar dor de forte intensidade e início repentino;
  • Apresentar febre;
  • Notar o aparecimento de um nódulo no testículo;
  • Notar que o testículo está quente, vermelho ou inchado;
  • Apresentar náuseas e vômitos;
  • Sentir dor intensa, que não melhora, após um trauma.

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Dor no pé da barriga em homens: as 10 causas mais comuns e como tratar?

Referências

Acute scrotal pain in adults. Uptodate.2021

Síndrome do intestino irritável: sintomas, tratamento e dieta
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A síndrome do intestino irritável é uma doença caracterizada por episódios frequentes de dor e distensão abdominal, prisão de ventre e diarreia.

A causa ainda não está bem estabelecida, mas acredita-se que tenha relação com uma sensibilidade intestinal aumentada e com situações de ansiedade e estresse.

Sintomas da síndrome do intestino irritável

Os sintomas principais da síndrome são:

  • Dor e distensão abdominal
  • Prisão de ventre e diarreia (os períodos se intercalam)
  • Excesso de gases (flatulência)
  • Urgência para evacuar
  • Melhora dos sintomas após a evacuação
  • Piora dos sintomas com períodos longos de jejum

A presença de sangue nas fezes, perda de peso ou febre, não são comuns na síndrome do intestino irritável. Neste caso é preciso procurar um gastroenterologista para avaliação. Assim como a história de câncer de cólon na família.

Tratamento da síndrome do intestino irritável

O tratamento se baseia nas mudanças de hábitos de vida, remédios e psicoterapia.

1. Mudanças de hábitos de vida
  • Dieta FODMAP - a dieta mais indicada atualmente, tem o objetivo de evitar alimentos que fermentam com mais facilidade ou que sejam de difícil digestão, reduzindo assim a formação dos gases intestinais;
  • Evitar jejum e comer mais vezes durante o dia, com quantidades menores, auxiliam na digestão;
  • Evitar cigarro e bebidas alcoólicas ou gaseificadas, substâncias que precipitam as crises de dor;
  • Aumentar o consumo de água, pois ajuda a diminuir a prisão de ventre e/ou repõe o volume de líquido perdido nos casos de diarreia.

A dieta deve ser planejada, de preferência, por um profissional da área, nutricionista ou nutrólogo, de acordo com as preferências e possibilidades de cada pessoa.

2. Remédios

Os remédios são indicados para aliviar os sintomas, mas devem ser sempre indicados por um médico.

  • Probióticos - promovem equilíbrio intestinal, reduzindo a formação de gases, com isso diminui a distensão e a dor;
  • Buscopan - diminui a cólica e desconforto na barriga;
  • Laxantes - indicado nos casos de prisão de ventre, especialmente os casos que não melhoram apenas com a alimentação;
  • Loperamida - indicado nos casos de diarreia volumosa, ou com sinais de desidratação (boca seca, muita sede e pouco xixi);
  • Antidepressivos tricíclicos (amitriptilina) - indicados para casos de dor associado a situações de ansiedade e/ou estresse;
  • Antibióticos - situações sugestivas de infecção, com febre, mal-estar e muco nas fezes. Nesse caso é essencial uma avaliação médica.
3. Psicoterapia

O tratamento psicoterápico tem papel fundamental no tratamento da síndrome, principalmente quando a origem tem relação com crises de ansiedade ou estresse.

Dieta FODMAP

A dieta FODMAP, da abreviação "Fermentable Oligosaccharides, Disaccharides, Monosaccharides And Polyols", não restringe nenhum alimento, mas busca o equilíbrio entre os nutrientes, resultando no alívio dos sintomas.

O que evitar na alimentação:
  • Lacticínios - Leite, iogurtes, sorvete e queijos.
  • Frutose - Frutas como maçã, damasco, pera, pêssego, manga, cereja, mirtilo e melancia. Mel. Açúcar e adoçante.
  • Legumes e Vegetais - Couve, couve-flor, repolho, brócolis, alcachofra, cebola e alho.
  • Grãos, frutas secas, amendoim, grão-de-bico, feijão, lentilha e produtos a base de soja.
  • Doces - chiclete, balas, e remédios doces (xarope para tosse, por exemplo).
O que comer mais:
  • Produtos sem lactose - Leite de arroz, leite de amêndoas, iogurte sem lactose, queijo light, queijo feta e brie.
  • Frutas - banana, uvas, kiwi, limão, laranja, morango.
  • Legumes - Brotos de bambu, broto de feijão, cenoura, batata cebolinha, pepino, berinjela, gengibre, alface, azeitonas e nabo.
  • Proteína - Carne, carne de porco, frango, peixe, ovos e tofu.
  • Sementes (com cautela - limite de 10 a 15 cada por dia): amêndoas, macadâmia, amendoins, pinhões e nozes.
  • Grãos- Aveia, farelo de aveia, farelo de arroz, massas sem glúten, como arroz, milho, quinoa, arroz branco, farinha de milho e quinoa.

Para maiores esclarecimentos e melhor avaliação, procure o médico de família ou o gastroenterologista.

Referências:

SBMDN - Sociedade Brasileira de Motilidade Digestiva e Neurogastroenterologia.

Mousavi T. et cols.; An update on efficacy and safety considerations for the latest drugs used to treat irritable bowel syndrome. Expert Opin Drug Metab Toxicol. 2020 May 8.

Harvard Heatlh Publishing. Try a FODMAPs diet to manage irritable bowel syndrome. Updated: September 17, 2019.

Plantas medicinais são seguras para a saúde?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

As plantas medicinais, espécies vegetais utilizadas com propósitos terapêuticos, são seguras para a saúde quando prescritas de forma adequada. Além disso, para o uso seguro das plantas medicinais é necessário que você seja orientado por um profissional de saúde qualificado ou fitoterapeuta sobre as possíveis interações medicamentosas.

12 plantas medicinais utilizadas para cuidados em saúde

Atualmente existem 12 plantas medicinais que constituem a Relação Nacional de Medicamentos Essenciais do Ministério da Saúde. Estas plantas foram submetidas a pesquisas que atestaram a sua eficácia e por este motivo fazem parte dos medicamentos que podem ser usados por profissionais de saúde.

1. Alcachofra (Cynara scolymus L.)

As folhas de alcachofra podem ser utilizadas em forma de chá e somente por adultos. É indicada para tratar distúrbios relacionados à má digestão. Não deve ser utilizada por pessoas com doença da vesícula biliar e em portadores de hepatite grave, falência hepática e câncer do fígado, deve ser usada com cautela. O uso de alcachofra pode provocar fraqueza, sensação de fome e flatulência (gases). É possível também consumir em cápsulas, comprimidos, solução oral ou tintura.

2. Aroeira (Schinus terebinthifolius R.)

A casca do caule de aroeira pode ser utilizada por decocção (colocar as cascas em água fervente) como adstringente e cicatrizante para tratar inflamação vaginal e leucorreia (corrimento vaginal). Pode ser encontrada em gel vaginal e óvulo vaginal.

3. Babosa (Aloe vera L.)

A babosa tem ação cicatrizante e anti-inflamatória e é indicada para o tratamento tópico (local) de queimaduras de 1o e 2o graus e como coadjuvante nos casos de psoríase vulgaris (caspa). O seu uso pode desencadear dermatite de contato ou sensação de queimação. Nestes casos, o uso deve ser suspenso. Pode ser encontrada em creme e gel.

4. Cáscara-sagrada (Rhamnus purshiana D.C.)

A casca da cáscara-sagrada é recomendada para tratar eventuais constipações intestinais em pessoas adultas. Durante o uso pode ser observada a mudança de coloração da urina e desconforto gastrointestinal, especialmente em pacientes com cólon irritável.

Não é recomendado para pessoas com obstrução intestinal, refluxo, inflamação intestinal aguda (doença de Crohn), colite, apendicite, dor abdominal de origem desconhecida, polipose intestinal (crescimento anormal de tecido intestinal), por mulheres grávidas ou que estão amamentando e por crianças menores de 12 anos.

5. Espinheira-santa (Maytenus ilicifolia)

O chá das folhas de espinheira-santa pode ser usado somente por adultos e é indicado para dispepsia (distúrbios digestivos), azia e gastrite. Pode atuar como coadjuvante no tratamento episódico de prevenção de úlcera em pessoas que se encontram em uso de anti-inflamatórios não esteroides como o ibuprofeno®. O chá não deve ser consumido por crianças com idade inferior a 6 anos, mulheres grávidas ou que estão amamentando. No caso das lactantes, o uso de espinheira-santa provoca a redução na produção de leite materno.

A espinheira-santa pode ainda ser encontrada em cápsulas, suspensão e emulsão oral e tintura.

6. Garra-do-diabo (Harpagophytum procumbens D.C.)

A raiz da planta chamada garra-do-diabo pode ser utilizada por adultos na forma de chá. É utilizada para atenuar dores articulares (artralgias), artrose e artrite. Portadores de úlceras estomacais e duodenais não devem utilizar garra-do-diabo.

Pode ser encontrada em comprimidos, cápsulas e ainda em comprimidos de ação lenta.

7. Guaco (Mikania glomerata Spreng)

O chá de folhas de guaco atua como expectorante em quadros de gripe, resfriado, bronquite alérgica e infecciosa. Pode ser consumido por adultos e crianças. O uso do guaco pode interferir na coagulação sanguínea. Quando utilizado em doses superiores a recomendada pode provocar diarreia e vômitos. Há possibilidade de interação com medicamentos anti-inflamatórios não esteroides. É possível encontrar o guaco em forma de tintura, xarope e solução oral.

8. Hortelã-pimenta (Menthax piperita L.)

As folhas e sumidades floridas do hortelã-pimenta podem ser usados por adultos e crianças na forma de chá. É indicado para cólicas, flatulência (gases) e distúrbios hepáticos. Deve ser usado com cautela em pessoas com cálculos biliares. Não deve ser consumido por portadores de danos hepáticos severos, em caso de obstruções biliares e por mulheres que estão amamentando. Pode-se encontrar hortelã-pimenta em cápsulas.

9. Isoflavona-de-soja (Glycine max L.)

A isolflavona-de-soja é indicada como coadjuvante no tratamento dos sintomas da menopausa e pode ser utilizada na forma de comprimidos ou cápsulas.

10. Plantago (Plantago ovata F.)

O chá das folhas de plantago é utilizado como adstringente e anti-inflamatório em quadros de infecção na boca e laringe. Deve ser utilizado para uso tópico em bochechos ou gargarejos e não deve ser ingerido. A casca da semente de guaco nunca deve ser utilizada. É contraindicado para pessoas que possuem pressão arterial baixa, obstrução intestinal ou mulheres grávidas. É encontrado sob a forma de pó para dispersão oral.

11. Salgueiro (Salix alba L.)

A casca do caule de salgueiro somente pode ser usada por adultos na forma de chá. É indicado em casos de inflamação, dor, febre, gripes e resfriados. Deve ser utilizado com cautela por pessoas em uso de anticoagulantes, corticoides e anti-inflamatórios. Não pode ser consumido em combinação com maracujá ou noz moscada. Pode ser encontrada em comprimidos, elixir e em solução oral.

12. Unha-de-gato (Uncaria tomentosa)

A entre casca da unha-de-gato é utilizada como anti-inflamatório nos quadros de dores musculares e dores articulares como artrite e artrose. Deve ser consumida somente por adultos na forma de decocção (colocar as entre cascas em água fervente). Não é recomendado o consumo antes e depois de sessões de quimioterapia e nem por portadores de hemofilia (distúrbio de coagulação). Pode provocar cansaço, diarreia e febre.

Cuidados quanto ao uso de plantas medicinais

A utilização de plantas medicinais e fitoterápicos é reconhecida e encorajada pela Organização Mundial de Saúde, seguindo a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares e Política Nacional de Plantas Medicinais. Entretanto, alguns cuidados são necessários:

  • Não utilize plantas medicinais sem orientação, especialmente se você usa medicamentos de uso contínuo;
  • Comunique ao/à médico/a se você começou a utilizar alguma planta medicinal por conta própria;
  • Utilize as plantas medicinais conforme orientação e nas dosagens prescritas;
  • Se sentir algum efeito colateral suspenda o uso da planta medicinal imediatamente e informe seu médico;
  • Nunca substitua seus medicamentos por plantas medicinais.

Antes de iniciar o uso de plantas medicinais busque orientação de um profissional de saúde qualificado ou fitoterapeuta.

Qual o melhor anticoncepcional para endometriose?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Os anticoncepcionais como a pílula combinada, o anel vaginal ou o adesivo, são medicamentos muito recomendados quando se suspeita de endometriose. Eles reduzem a dor abdominal, a dor ao menstruar e a dor durante a relação.

Outros remédios que podem ser utilizados no tratamento da endometriose são:

  • Progestágenos (como acetato de medroxiprogesterona, acetato de ciproterona, acetato de noretisterona e danazol);
  • Agonistas de GnRH (como leuprolide, gosserrelina e triptorrelina);
  • Anticonvulsivantes (como gabapentina e pregabalina);
  • Antidepressivos (como amitriptilina, nortriptilina, duloxetina, venlafaxina e desvenlafaxina);
  • Relaxantes musculares (como o baclofeno e a ciclobenzaprina);
  • Analgésicos não-opioides e opioides (podem ser indicados em casos específicos);
  • Inibidores de aromatase associados a anticoncepcionais, progestágenos ou análogos de GnRH (somente quando outros tratamentos não funcionam).

Os anti-inflamatórios também podem ser recomendados, mas devem ser utilizados com cuidado, para evitar reações adversas, como o risco de úlceras gástricas ou problemas cardiovasculares.

Algumas mulheres também sentem melhoras com o uso de terapias não medicamentosas como fisioterapia, terapia cognitivo-comportamental, acupuntura, meditação ou a prática regular de exercícios físicos.

Veja também:

Referências:

Dunselman GAJ, Vermeulen N, Becker C, Calhaz-Jorge C, D'Hooghe T, De Bie B, Heikinheimo O, Horne AW, Kiesel L, Nap A, Prentice A, Saridogan E,Soriano D, Nelen W. ESHRE guideline: management of women with endometriosis. Hum Reprod. 2014 ; 29(3): 400-12.

FEBRASGO Notícias. Opções Terapêuticas para a Analgesia de Mulheres com Endometriose. 25 de outubro de 2018.

Como saber se estou em trabalho de parto? Quais os sinais?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os sinais típicos do trabalho de parto são as contrações uterinas, a ruptura da bolsa amniótica e a perda do tampão mucoso.

Todos os sinais são importantes, porém o único que está sempre presente é a contração uterina. A ruptura da bolsa amniótica pode ocorrer até horas antes do início do trabalho de parto, sendo nesses casos o primeiro sinal, porém nem todas as mulheres têm a bolsa rota.

Assim como a perda do tampão mucoso, uma espécie de secreção viscosa expelida quando as contrações se iniciam, pode ser um dos primeiros sinais, ou pode nem ser percebido, quando for um tampão discreto ou extremamente fino.

Portanto, na presença de qualquer sinal sugestivo de trabalho de parto, a gestante deve fazer contato imediato com o seu médico obstetra, para informar e esclarecer as suas dúvidas, sem colocar a gravidez em risco.

Sinais de trabalho de parto 1. Contrações uterinas

Existem contrações que ocorrem naturalmente durante a gestação e as contrações uterinas relacionadas efetivamente, com o parto. As diferenças mais marcantes, são a dor e o ritmo nas contrações do parto.

Contrações de Braxton-Hicks

São contrações uterinas que acontecem durante a gravidez naturalmente, não tem relação com o trabalho de parto ou riscos para a gestação. São contrações que seguem o seguinte padrão:

  • Contrações indolores, ou causam leve sensação de cólica;
  • Duram pouco tempo;
  • Não tem regularidade, são aleatórias;
  • Raramente acontecem mais de duas por dia;
  • Melhoram com o repouso ou simples mudança de posição.

Contrações de trabalho de parto

As contrações típicas do trabalho de parto, ou contrações de parto "verdadeiras", tem como características:

  • Dor. São contrações dolorosas, desde o início, que pioram gradativamente;
  • Contrações ritmadas;
  • Frequência de 20 a 30 minutos, que se tornam mais curtas com a evolução do parto;
  • Localizadas na região pélvica, com irradiação para as costas, pernas e coxas.
2. Ruptura da bolsa amniótica

A bolsa amniótica, ou membrana amniótica, é o local aonde o bebê fica protegido, dentro da barriga da mãe. Quando essa bolsa se rompe, extravasa grande quantidade de líquido de coloração clara, pela vagina da mulher, de maneira indolor, indicando que o parto está próximo.

A ruptura pode acontecer naturalmente pelo início do trabalho de parto, ou devido a problemas na gravidez, como uma infecção vaginal ou traumatismos.

Sempre que a gestante apresentar "bolsa rota", deverá ser imediatamente internada e manter acompanhamento pela equipe médica, pelo risco de infecção e abortamento.

A bolsa pode também não romper, prejudicando a evolução do parto. Nessa situação, o médico obstetra poderá romper cirurgicamente essa bolsa, para ajudar na progressão do parto, evitando sofrimento do bebê.

Leia também: Como saber se a bolsa estourou e o que fazer?

3. Perda do tampão mucoso

O tampão mucoso, é a formação de uma "barreira de muco" no colo do útero, com o objetivo de impedir a entrada de bactérias e germes provenientes da vagina.

A perda do tampão mucoso costuma acontecer após a 37ª semana de gravidez, quando o colo do útero começa a reduzir, para aproximar o bebê do canal vaginal. A secreção é mucoide, espessa ou gelatinosa, de coloração clara com raias de sangue.

A saída dessa secreção deve ser explicada a mãe, para não causar sustos e alertar de que pode também não ser identificado. Por isso, não é obrigatório a sua presença para confirmar um trabalho de parto.

Como saber se estou em trabalho de parto?

Os sinais e sintomas que indicam o início do trabalho de parto são:

  • Presença de contrações uterinas dolorosas e ritmadas, em média 5 contrações dentro de 1 hora;
  • Dores que irradiam para as costas ou para as pernas;
  • Saída de líquido pela vagina ("bolsa rota");
  • Saída de secreção vaginal mucosa, espessa e com sangue (perda do tampão mucoso).

No caso de estar grávida e observar a barriga mais "endurecida", contrações dolorosas que vem de maneira cíclica ou repetida, ou perda de líquido pela vagina, entre em contato com o seu médico imediatamente, e siga as suas orientações.

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Quais os sinais e fases do trabalho de parto?

Quais os sinais de parto prematuro?

Dormir pouco faz mal à saúde? O que pode acontecer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, dormir pouco, dormir muito tarde ou se levantar muito tarde, fazem mal à saúde e podem causar problemas para o organismo, mesmo nas pessoas que não sentem nenhum sintoma.

Durante o sono ocorrem alterações no organismo, essenciais para o desenvolvimento do corpo, recuperação e renovação celular. Para que isso ocorra, o cérebro precisa estar na fase mais profunda do sono, o chamado sono REM.

Segundo a Fundação Internacional do Sono, um adulto deve dormir entre 7 e 9 horas e as crianças, pelo menos 10 horas por noite. Claro que esse número não é igual para todos. Essa necessidade varia com a idade, estilo de vida de cada um e com a capacidade de recuperação do organismo.

Dormir mal aumenta o risco de desenvolver pressão alta, infarto, diabetes, queda da imunidade, entre outros problemas de saúde.

Dentre as principais consequências em dormir mal ou dormir menos do que o necessário, estão:

  • Queda da imunidade;
  • Instabilidade emocional;
  • Dificuldade no aprendizado, dificuldade de atenção e de memória, causando queda no desempenho profissional e atividades escolares;
  • Aumenta o risco de doenças crônicas como pressão alta, diabetes e obesidade;
  • Aumenta o risco de doenças cardiovasculares e AVC ("derrame") em pessoas que dormem menos de 6 horas por noite;
  • Aumento o risco de morte súbita durante o sono, especialmente em pacientes com cardiopatias;
  • Ganho de peso;
  • Distúrbios hormonais em crianças, com diminuição da estatura, no caso de deficit de hormônio do crescimento.

O hormônio do crescimento (GH) é liberado durante o sono mais profundo, por isso, é fundamental para o crescimento das crianças, bons hábitos de sono.

Como melhorar o sono?

Para melhorar a qualidade do sono é preciso adotar rotinas e hábitos que ajudem a regular o seu relógio biológico, oo chamado ciclo do sono, ou ciclo circadiano.

As recomendações para manter sono reparador são:

  • Mantenha uma rotina de sono, procure se deitar e levantar sempre no mesmo horário, ao menos durante a semana;
  • Organize o seu local de dormir. O quarto deve ter a temperatura, som e iluminação confortáveis;
  • Durma com colchão e travesseiros adequados ao seu biotipo. Um fisiatra ou fisioterapeuta podem ajudar nessa avaliação, se for preciso;
  • Pratique exercício físico diariamente (ou 3 a 4 vezes por semana);
  • Procure rituais de relaxamento antes de dormir, como a meditação e a yoga;
  • Diminua o consumo de bebidas energéticas, alcoólica ou com cafeína;
  • Evite cochilos durante o dia; e
  • Evite uso de eletrônicos próximo à hora de dormir. Especialmente dentro do quarto ou já na cama.
Quais são as causas de dormir mal?

Atualmente, o excesso de trabalho e preocupações são causas frequentes de noites mal dormidas. No entanto, muitos outros problemas de saúde estão relacionados ao sono fragmentado e não reparador.

Inclusive, a falta de sono pode ser um dos primeiros sinais de que algo não anda bem no organismo, um alerta de que precisa de uma avaliação.

São exemplos de problemas que causam insônia e outros distúrbios de sono:

  • Problemas da tireoide (Hipo ou Hipertireoidismo)
  • Dor crônica
  • Depressão, Ansiedade
  • Hábitos ruins (Alcoolismo, Tabagismo)
  • Obesidade
  • Síndrome de apneia do sono
  • Trabalho noturno por muito anos
  • Uso de medicamentos estimulantes
Dormir pouco emagrece?

Não, ao contrário. Dormir pouco pode favorecer o ganho de peso, porque a falta de sono aumenta os níveis de hormônio estimulante de apetite, a grelina, além de reduzir a leptina, hormônio que indica saciedade.

Dormir mal ou dormir pouco pode tornar o metabolismo mais lento, o que contribui ainda mais para o aumento do peso.

Dormir pouco pode causar dores de cabeça?

Sim. A falta do sono, ou sono fragmentado, impede a recuperação celular cerebral, impede o descanso adequado do organismo, por isso está diretamente relacionada com a queixa de dores de cabeça.

Na enxaqueca, os pacientes estão habituados à relação de crises de dor e episódios de insônia. Sendo um dos grandes cuidados e recomendações para esses pacientes, procurar dormir bem.

Saiba mais sobre como melhorar o sono no artigo: 10 Dicas para melhorar a qualidade do sono

Referências:

  • Sleep Foundation.org
  • Academia Brasileira de Neurologia
8 atitudes que ajudam uma pessoa com depressão
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O tratamento para a depressão envolve o cuidado com o corpo e com a mente. Por isso, para ajudar alguém com essa doença, é importante entender a doença e ter atitudes que beneficiem a pessoa e o tratamento.

Oferecer ajuda, manter a proximidade, estimular o contato com amigos e familiares, incentivar a prática de exercícios físicos e uma alimentação saudável, são os principais métodos de apoio eficaz.

A depressão é um sentimento de tristeza com intensidade suficiente para afetar o desempenho e o prazer em realizar atividades simples do dia-a-dia. Ainda, é capaz de interferir na imunidade da pessoa, aumentando o risco de contrair infecções.

1. Conhecer a doença

Quanto mais conhecimento você tiver sobre depressão, mais você conseguirá ajudar a pessoa que está depressiva. Busque informações sobre o que é a doença, quais são os sintomas, tempo de duração e como é feito o tratamento.

Você pode conversar com um psicólogo ou psiquiatra para melhor entender a doença e assim oferecer ajuda de forma eficaz.

2. Oferecer apoio e ajuda ativa

A pessoa com depressão muitas vezes não consegue pedir ajuda. Por este motivo, se ofereça ativamente para realizar as tarefas que for preciso, mesmo que sejam tarefas aparentemente simples, como arrumar o quarto, lavar a louça ou buscar as crianças na escola.

Este tipo de ajuda é importante, especialmente, se a pessoa ainda não começou o tratamento para depressão ou se o tratamento ainda não fez efeito.

3. Ouvir sem criticar

É preciso estar disposto a ouvir o que a pessoa com depressão tem a falar sem julgamentos, sem críticas. Quem tem depressão já possui autocrítica aguçada. Por este motivo, o julgamento de outras pessoas pode piorar ainda mais o quadro depressivo.

Usar expressões como “você precisa reagir” não ajuda. A prostração ou incapacidade de realizar tarefas comuns do dia-a-dia são sintomas do quadro depressivo e não falta de vontade da pessoa.

Ao mesmo tempo, é importante não tentar resolver todos os seus problemas, como se ela fosse incapaz de fazê-lo, evitando que se sinta uma pessoa inútil. Esse equilíbrio deve ser buscado através de muita conversa, respeito e confiança entre as pessoas.

4. Acompanhar o tratamento

Acompanhar as consultas sempre que possível, é imprescindível para entender todo o processo e auxiliar a pessoa nas tarefas e objetivos traçados pelo médico e/ou psicólogo.

Na maior parte dos casos, o tratamento de depressão é efetuado de forma combinada: uso de medicação e psicoterapia. É importante estimular a pessoa com depressão a cumprir todo o tratamento prescrito.

Na psicoterapia, a pessoa compreenderá melhor a doença e aprenderá formas de como lidar com os seus conflitos internos. O tratamento medicamentoso busca o equilíbrio químico dos neurotransmissores, aumentando a concentração daqueles que beneficiam o humor e o bem-estar.

5. Encorajar a prática de atividade física

Quando você perceber que o tratamento está fazendo efeito e a pessoa já se mostra mais disposta a desenvolver algum tipo de atividade, estimule-a a praticar exercícios físicos, seja ao ar livre, na academia ou mesmo em casa. O local deve ser aquele no qual ela se sente mais a vontade e segura.

Os cuidados com o corpo e a prática de atividades repercutem de forma muito positiva na saúde mental. Ao praticar exercícios físicos, o nosso corpo libera hormônios e outras substâncias importantes para o equilíbrio e manutenção do humor.

6. Estimular a adoção de hobbies

Ajudar a pessoa a criar um hobbie como ler, ouvir música, dançar, entre outras atividades de que ela goste, mantém a mente ativa e pensamentos positivos.

As atividades em grupo e com música costumam apresentar melhores resultados porque exigem atenção e com isso promove momentos de prazer e diversão.

7. Sugerir a prática de Yoga e meditação

O Yoga foi reconhecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) na classificação da Medicina Tradicional/Medicina Complementar Alternativa e foi incluída no Sistema Único de Saúde em 2011.

Através de exercício respiratório, a prática do Yoga promove efeitos benéficos para o corpo e para a mente, sendo capaz de abstrair pensamentos ruins e promover bons sentimentos, criando um estado de harmonia e equilíbrio interior.

8. Propor uma alimentação saudável

Frutas, verduras, azeite de oliva, peixes e oleaginosas como castanha e nozes são alimentos ricos em nutrientes que protegem e ativam a comunicação entre os neurônios.

É importante que estes alimentos façam parte da rotina alimentar de pessoas com depressão, por isso procure inseri-los sempre que for possível.

O consumo de bebidas alcoólicas também deve ser desestimulado, pelos efeitos no sistema nervoso central, que se associam a crises de ansiedade e depressão.

Como saber se tenho depressão?

Apenas com uma avaliação médica ou psicológica poderá ter a confirmação desse diagnóstico. Entretanto, você deve estar atento a alguns sinais como:

  • Sensação de tristeza profunda sem um motivo aparente
  • Perda de interesse ou prazer
  • Ansiedade
  • Irritabilidade
  • Sentimento de culpa
  • Autoestima baixa
  • Perturbação do sono (insônia ou sono excessivo)
  • Alterações de apetite (falta de fome ou compulsão alimentar)
  • Ganho ou perda de peso
  • Sensação de cansaço constante
  • Redução da capacidade de concentração ou esquecimentos

A depressão pode se manifestar de diversas formas, com presença de um ou mais destes sintomas, que duram muitas horas do dia e por mais de duas semanas.

Qual a diferença entre tristeza e depressão?

A depressão é muitas vezes confundida com tristeza, entretanto a tristeza é um sentimento que faz parte das nossas vidas e que é passageiro, com duração de alguns poucos dias.

Já a depressão se caracteriza pelo humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias, associado a perda de interesse por qualquer atividade, durante pelo menos duas semanas. Doença incapacitante que afeta não só o estado de humor, mas a capacidade no trabalho, na escola e em atividades comuns da vida diária. As características principais são o humor deprimido e a falta de interesse

É comum que a depressão surja depois de uma perda recente ou de outro acontecimento triste, mas é desproporcional em relação ao acontecimento e se prolonga por mais tempo do que seria o considerado normal.

Os critérios para diagnóstico e opções de tratamento para a depressão, devem ser avaliados e acompanhados por uma equipe multidisciplinar, composta pelo médico psiquiatra, um psicólogo e quando preciso terapeuta ocupacional, fisioterapeuta e educador físico.

Não utilize antidepressivos sem indicação médica.

Leia mais

Referências:

DE MANICOR, M.; et al.Individualized Yoga for reducing depression and anxiety, and improving well-being: a randomized controlled trial. Depress Anxiety, 33(9):816-28, 2016.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Mental heatlh action plan 2013 - 2020. Geneva: World Heath Organization, 2013.

Para que serve a ocitocina, o hormônio do amor?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A ocitocina também conhecida como “hormônio do amor” é produzida no cérebro por uma glândula chamada hipófise. Produzido por homens e mulheres, atua para melhorar o humor e as interações sociais, fortalece os laços afetivos entre parceiros e ajuda a reduzir a ansiedade e melhora a libido e o desempenho sexual. Este hormônio também exerce importante função no momento do parto e durante a amamentação.

Efeitos da ocitocina no organismo 1. Melhora o humor

A ocitocina atua como um regulador do estado de humor das pessoas, o que possibilita expressar as emoções de forma benéfica e saudável, ajuda a reduzir o estresse e melhora a convivência entre as pessoas. Pode ser utilizada, mediante indicação de uma/a psiquiatra, no tratamento de pessoas com transtorno de ansiedade generalizada, fobia social e depressão.

2. Cria e fortalece os laços afetivos

A criação dos vínculos afetivos entre mão e filhos ou filhas, bem como a formação e fortalecimento dos laços de afeto entre companheiros é outra função desempenhada pela ocitocina. Nestes casos, a ocitocina é produzida e liberada quando há contato de pele e quando existe a formação de uma relação de confiança entre as pessoas.

Por ter como um dos efeitos possibilitar a união entre as pessoas e o desenvolvimento das ligações de carinho, a ocitocina é conhecida como hormônio do amor.

A empatia é outra sensação desencadeada pela presença de ocitocina no organismo. Além destas ações, quanto maior a concentração deste hormônio no sangue, maior é a sensação de felicidade e bem-estar.

Alguns estudos indicam que a ocitocina pode ser importante para o tratamento de autismo, depressão pós-parto e esquizofrenia.

3. Melhora a libido e o desempenho sexual

A ocitocina parece atuar também melhorando a libido e o desempenho sexual em homens e mulheres. Nos homens, atua juntamente com a testosterona e, na mulher, com a progesterona no sentido de despertar o interesse pelo contato íntimo e facilitar a lubrificação vaginal e o orgasmo.

4. Auxilia no trabalho de parto

A ocitocina auxilia no trabalho de parto por estimular as contrações uterinas de forma ritmada. Como medicamento, é usada para induzir o trabalho de parto, especialmente quando este não aconteceu no tempo previsto ou quando está ocorrendo de forma muito demorada.

A indicação do uso de ocitocina para a indução do trabalho de parto exige uma avaliação clínica cautelosa pelo/a obstetra. O uso indiscriminado e sem prescrição adequada pode levar ao parto prematuro ou aborto.

5. Ajuda na amamentação

Ao sugar o seio da mãe durante a amamentação, o bebê estimula a produção de ocitocina pelo organismo da mãe. Deste modo, a ocitocina ajuda no processo de amamentação e favorece a criação de vínculo afetivo entre a mãe e o bebê.

A ocitocina pode ser encontrada em farmácias?

Sim. A ocitocina pode ser encontrada de forma sintética, em farmácias e para uso como medicamentos. Entretanto sua utilização somente deve ser efetuada mediante prescrição médica.

Como aumentar a ocitocina no organismo

Atitudes simples são capazes de aumentar naturalmente a produção de ocitocina pelo seu corpo:

  • Praticar atividade física;
  • Estar com as pessoas que você gosta;
  • Estabelecer contato físico por meio de carinho, abraços massagem;
  • Efetuar o contato íntimo com seu parceiro ou parceira;
  • Praticar a generosidade e as boas ações;
  • Amamentar.

Quanto mais relaxado/a e livre de tensões você estiver, mais ocitocina o seu corpo produzirá sem precisar de remédios. Isto ampliará a sensação de bem-estar no seu cotidiano.