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Sangramento e 7 semanas de gravidez...
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sangramento durante a gravidez pode ser normal, mas deve ser sempre investigado pelo obstetra.

Nas primeiras semanas de gravidez, quando o embrião está se fixando na parede do útero, 20 a 25% das mulheres apresentam um tipo de sangramento, chamado sangramento de nidação.

Entretanto, quando o sangramento é volumoso, contínuo ou vem acompanhado de cólicas abdominais, passa a ser mais preocupante. Nesses casos deve procurar um atendimento de emergência, ou contactar o seu obstetra, pelo risco de um início de abortamento.

O que pode causar sangramento com 7 semanas de gravidez?1. Implantação do óvulo no útero (sangramento de nidação)

A implantação do óvulo na parede do útero, pode ocasionar um discreto sangramento, que ocorre devido à penetração do embrião na parede muscular interna do útero, causando lesão de pequenos vasos sanguíneos. Essa implantação é que o permite a formação da placenta e nutrição do bebê.

Os sintomas são de sangramento de coloração mais escura, que suja um pouco a roupa íntima e dura em média, 2 a 3 dias. Esse sangramento recebe o nome de sangramento de nidação.

Trata-se de um dos primeiros sinais de gravidez, embora nem todas as mulheres apresentem ou percebam esse sinal, por ser mesmo bastante discreto.

2. Gravidez ectópica (Gestação tubária)

A gravidez ectópica é a implantação do óvulo fora do útero, em geral, acontece dentro de uma das trompas, impossibilitando a evolução da gestação. Neste caso é preciso ser avaliada com urgência pelo obstetra, pelo risco de ruptura da trompa e hemorragia interna na mãe.

3. Ameaça de abortamento

Uma ameaça de aborto é uma emergência médica, deve ser avaliada de forma cuidadosa, para buscar formas de manter a gestação, sem que haja prejuízo a mãe.

Os sintomas são de sangramento vivo ou com coágulos, além de dor abdominal e cólicas. Pode haver ainda febre e tontura, nos casos mais avançados, com infecção.

4. Presença de pólipo uterino

A presença de pólipos, doenças inflamatórias ou infecciosas podem prejudicar a evolução normal da gestação, devendo também ser avaliadas as opções de tratamento de maneira precoce, de modo a evitar complicações como o aborto.

5. Inflamação ou infecção uterina

Os processos inflamatórios ou de infecção do trato genital feminino, durante a gestação, são fatores de risco para abortamento e complicações na gravidez. Por isso na suspeita de uma dessas situações procure um médico com urgência.

Os sintomas são de sangramento leve, com dor abdominal, corrimento com mau cheiro e pode haver ainda, febre e ardência ao urinar.

O exame mais indicado para avaliação de sangramento nessa fase da gestação é o exame de ultrassonografia transvaginal ou abdominal, para informações adicionais.

No caso de sangramento durante a gestação, procure o seu médico obstetra. Cabe ao médico avaliar e dar seguimento a essa investigação.

Para entender melhor sobre o sangramento de nidação, leia o artigo: Dúvidas sobre nidação

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Corrimento marrom na gravidez é normal?

Referência:

FEBRASGO - Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia.

Fiz exame de papanicolau e gostaria entender resultado...
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Significa que você tem uma infecção vaginal por um fungo, a Candida Albicans, e principalmente que não foram encontradas alterações celulares sugestivas de lesões precursoras de câncer. A busca por lesões pré-malignas é o objetivo principal da realização desse exame.

O exame Papanicolau, também conhecido por colpocitologia oncótica cervical ou esfregaço cervicovaginal, é o principal exame para diagnóstico de lesões precursoras de câncer do colo do útero, ou seja, ele mostra se há presença de alterações celulares que podem originar um tumor maligno no colo do útero ou mostra eventualmente a presença do tumor ainda num estágio inicial.

Por isso, o Papanicolau, é considerado um exame de rastreamento de câncer do colo do útero, devido a possibilidade de descobrir lesões pré-neoplásicas, ou seja, lesões que antecedem o câncer, que quando devidamente tratadas impedem a evolução para o câncer.

Eventualmente, ele pode mostrar também outras alterações secundárias como a presença de fungos ou bactérias, como a Candida Albicans ou a Gardnerella Vaginalis, causadores de infecções e inflamações vaginais.

Atualmente também é comum que o material colhido durante a realização do papanicolau também sirva para a pesquisa do HPV (Papilomavírus Humano) no meio cervicovaginal.

Como é feito o exame do Papanicolau?

O exame de Papanicolau é feito através da coleta de uma pequena quantidade de secreção presente no orifício do colo do útero e em sua volta, também pode ser colhido conteúdo do fundo vaginal.

Para tanto, o médico utiliza um espéculo para abertura das paredes vaginais e assim conseguir visualizar o colo do útero, quando devidamente visualizado é então realizada a coleta dessa secreção cervicovaginal através de uma pequena espátula, que é passada envolta do orifício externo do colo do útero e uma pequena escovinha que é introduzida neste orificio para coleta das células presentes.

A amostra colhida é colocada ou em um recipiente líquido, ou em uma placa de vidro e encaminhada ao laboratório para avaliação e análise.

Como entender o resultado do Papanicolau?

No laudo do papanicolau estão presentes vários tópicos, cada um traz informações importantes para a sua correta interpretação.

Tipo da amostra

Neste campo está descrito em qual meio foi colocada a amostra de secreção colhida do colo do útero, se em meio líquido ou em uma lâmina de vidro (meio convencional).

Avaliação pré-analítica

Este é um tópico que pode ou não estar presente no laudo do Papanicolau, ele indica se houve algum problema com a amostra colhida, como a quebra da lâmina, ausência ou problemas na identificação da lâmina, entre outras alterações que inviabilizam a leitura do resultado.

Adequabilidade da amostra

Em alguns casos é possível que a amostra colhida apresente contaminações que impedem a correta análise do material cervical, como presença de sangue, pouco material presente, excesso de células sobrepostas que dificultam a leitura técnica.

Quando alguma dessas condições está presente tem-se que a amostra é insatisfatória e nessa situação é necessário repetir o exame. O mais comum é a amostra preencher todos os critérios de análise, nesse caso vem descrito nesse campo amostra "satisfatória".

Representação da amostra (epitélio representado na amostra)

Aqui está descrito quais tipos de células estão presentes na amostra colhida, é comum está descrito epitélio escamoso, glandular ou metaplásico.

Diagnóstico descritivo

É a parte mais importante da descrição do exame colpocitológico, onde são descritas as alterações celulares sugestivas de malignidade ou é destacada a normalidade do exame. É possível ter três grupos de resultados: Dentro dos limites da normalidade, Alterações celulares benignas e atipias.

Dentro dos limites da normalidade

Este é o resultado de quando o exame é perfeitamente normal, sem nenhuma alteração seja benigna ou maligna.

Alterações celulares benignas (ativas ou reparativas)

Nestes resultados estão descritas alterações que podem ocorrer e não se relacionam a lesões neoplásicas. Podem estar presentes alterações inflamatória decorrentes de agressões externas, uso de Diu, reações alérgicas, exposição a radiação ou mesmo decorrente da atrofia epitelial secundária a menopausa.

Atipias

As atipias são alterações nas células do colo uterino que requerem uma melhor avaliação, a depender do caso o médico pode solicitar a repetição do exame em alguns meses ou encaminhar para a realização de uma colposcopia, de modo a conseguir ver melhor quais alterações celulares estão presentes e se de fato são sugestivas da presença de um tumor.

Células atípicas de resultado indeterminado

As atipias de resultado indeterminado podem corresponder a dois grandes grupos:

  • Atipias possivelmente não neoplásicas ou células escamosas atípicas de significado indeterminado (ASCUS): indicam alterações celulares que possivelmentenão correspondem a alterações pré-neoplásicas, muitas vezes essas alterações são revertidas espontaneamente com o tempo, por isso, a conduta do médico nesse caso geralmente é repetir o exame de papanicolau em seis meses.
  • Atipia que não pode excluir lesão intraepitelial de alto grau (ASCH): nessa situação há um risco dessa atipia ser decorrente de uma lesão pré-maligna, não é possível descartar essa hipótese, por isso, após esse resultado está indicado a realização de uma colposcopia e eventualmente uma biópsia para esclarecer melhor o resultado.

Atipias em células escamosas

As atipias em células escamosas quando são descritas como lesão intraepitelial de baixo ou alto grau.

  • Lesão intraepitelial de baixo grau, antigamente também era chamada de Neoplasia intraepitelial de baixo grau ou NIC 1: São lesões pré-malignas, mas com baixo risco de tornarem-se câncer, costumam ser reversíveis. Geralmente os médicos optam por repetir o exame em 6 meses ou 1 ano.
  • Lesão intraepitelial de alto grau, antigamente eram denominadas de neoplasia intraepitelial de alto Grau 2 ou 3 (NIC 2 ou 3): esse resultado mostra que as alterações celulares já se estendem para uma camada maior do epitélio do colo uterino, portanto há maior risco desse tipo de lesão pré-maligna originar um câncer. Nessa situação a mulher deve realizar a colposcopia e biópsia. Em alguns casos, pode estar indicado realização de procedimentos de retirada do epitélio acometido, como a conização ou cauterização do colo uterino.
  • Lesão intraepitelial de alto grau, não podendo excluir microinvasão: este é um tipo de lesão pré-maligna de grande risco para o desenvolvimento de câncer, é necessário realização de biópsia uterina e tratamento.
  • Carcinoma epidermoide invasor: é o câncer de colo uterino propriamente dito, após o resultado é importante realização de biópsia e tratamento.
Microbiologia

Por fim, existe um último campo no laudo do papanicolau que mostra as bactérias presentes na vagina e caracterizadas pelo exame. Os resultados mais frequentes são:

  • Lactobacilus: são as bactérias da flora normal vaginal, esse é um resultado perfeitamente normal.
  • Candida sp: este fungo também é encontrado normalmente na vagina, no entanto, quando em grande quantidade pode provocar a candidíase, que causa sintomas como coceira e corrimento branco.
  • Bacilos supracitoplasmáticos (sugestivos de Gardnerella /Mobiluncus): são bactérias que também podem estar presentes normalmente na vagina, quando em grande quantidade podem ocasionar sintomas de vaginose como corrimento e mau cheiro.
  • Trichomonas vaginalis: é uma bactéria causadora da tricomoníase uma infecção vaginal que requer tratamento, portanto, quando essa bactérias vem descrita no papanicolau é necessário realizar o seu tratamento.

É válido ressaltar que o resultado de todo e qualquer exame sempre deve ser interpretado com o apoio do médico que o solicitou, que irá avaliar não apenas o resultado descrito no exame, mas também possíveis sintomas presentes e o contexto individual de cada mulher.

Converse com o seu médico sobre a realização do exame de papanicolau e o seu resultado, pois cada caso precisa ser analisado individualmente.

Hormônio da paratireoide (PTH) alto: quais os sintomas e como tratar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Se os níveis de paratormônio (PTH), um hormônio produzido pelas paratireoides, estiverem altos, a pessoa nem sempre manifesta sintomas, principalmente nos estágio iniciais desse aumento. Quando presentes, os sintomas são decorrentes do aumento da quantidade de cálcio no sangue e na urina e também da maior retirada de cálcio dos ossos, já o que PTH ajuda a controlar os níveis desse mineral no corpo.

Uma vez que o cálcio é fundamental para o bom funcionamento do sistema nervoso e muscular, os sintomas do hiperparatireoidismo também poderão estar muitas vezes relacionados com esses sistemas.

Pequenos aumentos na concentração de cálcio circulante no corpo normalmente não causam sintomas. Contudo, se os valores estiverem altos, poderá haver formação de pedra nos rins, osteopenia ou osteoporose, problemas renais, fraqueza muscular, formigamentos, prisão de ventre, dores abdominais, náuseas, vômitos, confusão mental, distúrbios psiquiátricos (depressão, psicose) e ainda dor nos ossos.

O hiperparatireoidismo pode ser causado por tumores benignos da paratireoide, aumento do seu tamanho ou ainda por câncer. Há ainda um tipo de hiperparatireoidismo secundário a insuficiência renal.

Para que os níveis de paratormônio voltem ao normal, geralmente é necessário remover o tumor ou a própria paratireoide através de cirurgia. Quando o hiperparatireoidismo é decorrente de um aumento benigno da paratireoide, como no caso do hiperparatireoidismo secundário, a glândula pode ser removida e implantada em outra parte do corpo. 

Se a quantidade de cálcio circulante estiver muito elevada, o tratamento deve incluir hidratação por via oral ou endovenosa. Se a opção for pela hidratação oral, a pessoa deve beber pelo menos 2 litros de água por dia. Caso o médico opte pela hidratação endovenosa, serão administrados, em média, 3 litros de soro por dia ao paciente. Quando essas medidas não são suficientes para normalizar os níveis de cálcio, podem ser usados alguns medicamentos, como diuréticos.

Caso suspeite de elevação do hormônio da paratireoide procure um médico de família ou clínico para uma avaliação inicial. Em muitos casos pode ser necessário um encaminhamento para o endocrinologista.

Saiba mais:

Hormônio da paratireoide (PTH) baixo: quais os sintomas e tratamento?

O que pode causar tireoide alterada?

Quais são os sintomas de tireoide alterada?

Anemia: Sintomas, Causas e Tratamento
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A anemia, sobretudo a ferropriva, é um problema de saúde muito comum tanto entre as crianças como em adultos, ocorrendo também com muita frequência durante a gravidez. Anemia significa redução da concentração de hemoglobina nos eritrócitos, que são as células vermelhas do sangue.

A hemoglobina é uma proteína especial. Além de dar a cor vermelha ao sangue, é responsável pela ligação com o oxigênio para que o sangue possa levar o gás dos pulmões para todo o corpo. Quando a pessoa tem anemia, ela terá uma menor oxigenação do organismo.

Eritrócitos, também conhecidos como hemácias (glóbulos vermelhos do sangue) Quais são os sintomas de anemia?

Os principais sintomas de anemia são: fraqueza, dor de cabeça, irritabilidade, cansaço, falta de ar ou dificuldade para realizar atividade física e palidez.

Pessoas com anemia podem apresentar ainda fadiga, aumento da frequência cardíaca, palpitações, falta de apetite, desânimo, falta de atenção, baixo rendimento escolar, dor abdominal em crianças, desejos alimentares específicos ou estranhos como desejo de comer gelo ou terra, queda de cabelos, língua lisa, unhas quebradiças e feridas nos cantos da boca.

Quanto maior o grau da anemia mais intensos tendem a ser os sintomas da anemia. O diagnóstico é realizado através de exame de sangue realizado em laboratório.

Quais as causas da anemia?

Existem muitas causas de anemia: hemorragia intensa, doenças crônicas, doenças da medula óssea (responsável pela produção das células sanguíneas), doenças genéticas (anemia falciforme), deficiência de vitaminas e sais minerais, sendo a causa mais comum de anemia, além de deficiência de ferro, chamada de anemia ferropriva.

O ferro é um mineral muito difundido na natureza e encontrado em quase todos os vegetais. Porém, o organismo humano tem dificuldade de absorver os sais de ferro provenientes dos vegetais e a nossa principal fonte de ferro acaba sendo a carne, principalmente o peixe e a carne vermelha, que têm um tipo de ferro que é mais facilmente absorvido no intestino (ferro heme).

Porém, para a produção da hemoglobina e das células do sangue, outras vitaminas como o ácido fólico e outras vitaminas do complexo B encontrados nos vegetais e cereais, também são necessárias.

Qual é o tratamento para anemia?

O tratamento da anemia depende da sua causa e da gravidade do quadro. Muitas vezes, é possível reverter o quadro apenas com alterações na alimentação. Porém, há casos em que é preciso incluir suplemento de ferro, medicamentos e até transfusão de sangue.

Dentre as diversas medidas dietéticas, recomenda-se:

⇒ Restringir a ingestão de leite para algo em torno de 300 ml ao dia (máximo de 500ml de leite ao dia, pois o leite dificulta a absorção do ferro e compete com os alimentos mais ricos em ferro);

⇒ Aumentar a ingestão de vegetais com folhas verde-escuro como brócolis, couve e espinafre, feijão, cereais e grãos em geral, abóbora, beterraba. Ter uma ingestão moderada de carnes vermelhas (as vísceras como o fígado são ricas em ferro) e peixes.

⇒ Aumentar o consumo de frutas ricas em vitamina C, pois essa vitamina é importante para a absorção do ferro e ajuda também no tratamento e na prevenção da anemia.

A correta avaliação e diagnóstico da anemia deve ser realizada pelo/a médico/a que pode solicitar os exames específicos para anemia e avaliar o grau e tipo de anemia e, a partir deste correto diagnóstico, propor um tratamento adequado.

Saiba mais sobre esse assunto nos artigos:

Referência:

ABHH - Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia celular.

Quais reações a vacina da febre amarela pode causar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os principais tipos de reação que a vacina da febre amarela pode causar incluem febre, dor local, dor de cabeça e dores musculares. Algumas reações, tais como dor, vermelhidão, endurecimento e inchaço local, não estão relacionadas com a vacina propriamente dita, mas sim com a injeção.

Esses sinais e sintomas costumam aparecer entre as 24 e 48 horas seguintes à aplicação e costumam durar de 1 a 2 dias, embora existam relatos de efeitos colaterais até 15 dias após a vacinação.

Contudo, apesar das possíveis reações, é importante ressaltar que a vacina contra a febre amarela é segura, eficaz e os seus efeitos colaterais normalmente são leves.

Reações leves da vacina da febre amarela

A vacina da febre amarela pode causar reações leves ou graves. Os efeitos colaterais leves da vacina normalmente surgem depois de 3 dias da aplicação e podem durar até 3 dias.

Dentre eles estão: dor, vermelhidão e inchaço no local da injeção, dor de cabeça, febre, mal-estar, dor e fraqueza muscular. Sintomas semelhantes a uma virose ou resfriado comum

Reações graves da vacina da febre amarela

As reações alérgicas estão entre os efeitos adversos mais graves da vacina contra a febre amarela. O início da reação é rápido. Os sinais e sintomas nesses casos começam a se manifestar nas primeiras duas horas após a injeção, podendo incluir urticária, dificuldade respiratória e inchaços.

A ocorrência de choque anafilático ou doença hemorrágica são bastante raras, o último censo pós vacinação no ano de 2018, registrou um caso fatal após 900.000 pessoas vacinadas.

Nesse tipo de reação, podem ocorrer doenças neurológicas, falência aguda de órgãos e morte. Os sintomas nessas situações começam a surgir em até 10 dias após a aplicação da vacina.

Doenças neurológicas

A ocorrência de doenças neurológicas decorrentes da vacina contra a febre amarela é muito rara, com cerca de 1 caso em cada 25.000.000 de pessoas vacinadas.

As reações nesses casos podem se manifestar sob a forma de dores de cabeça, febre, alterações de consciência, meningismo, paralisia muscular, convulsões, alterações na coordenação motora, encefalite (inflamação no cérebro) e morte súbita.

A vacina pode causar sintomas de febre amarela?

Uma vez que a vacina é produzida com o próprio vírus da febre amarela, vivo e atenuado, algumas pessoas podem desenvolver a doença, embora, como já descrito, extremamente raro.

Quando isso acontece, as reações são os próprios sinais e sintomas da febre amarela, tais como febre, dor de cabeça, fadiga intensa, dores musculares e articulares, náuseas, vômitos, diarreia e dor abdominal.

À medida que a doença evolui, o paciente pode apresentar icterícia (pele e olhos amarelados), problemas hepáticos e renais, redução do número de plaquetas, diminuição da pressão arterial, hemorragias, insuficiência respiratória, destruição geral dos músculos e estreitamento dos vasos sanguíneos.

Se a pessoa apresentar os seguintes sinais e sintomas em até 15 dias após ter tomado a vacina contra a febre amarela, ela deve ser levada a um serviço de urgência o mais rápido possível:

  • Icterícia (pele e olhos amarelados);
  • Sangramentos;
  • Escurecimento da urina;
  • Redução do volume de urina;
  • Vômitos;
  • Alterações de consciência;
  • Dores abdominais.

Vale lembrar que a vacinação contra a febre amarela é importante e necessária, pois protege contra uma doença que pode ser fatal. Porém, existem grupos de risco que nem sempre podem receber a vacina ou necessitam de atenção especial, por isso é importante seguir as orientações dos profissionais de saúde.

O que é linfoma?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Linfoma é um câncer do sistema linfático. O principal sinal da doença é o aumento dos gânglios linfáticos, também conhecidos como linfonodos, principalmente nas regiões do pescoço, clavículas, axilas e virilhas.

O sistema linfático é formado por órgãos (linfonodos, amígdalas, baço) e uma grande rede de vasos parecidos com as veias, que estão distribuídos por todo o corpo. A sua função é recolher o líquido que extravasou dos capilares sanguíneos (linfa), filtrá-lo e conduzi-lo de volta à circulação sanguínea.

O sistema linfático também faz parte do sistema imune do organismo, uma vez que os linfonodos armazenam e produzem glóbulos brancos, células de defesa que combatem infecções e doenças.

O linfoma é um tipo de câncer que começa nos linfócitos, um tipo de glóbulo branco encontrado principalmente nos gânglios linfáticos.

Veja também: Quais os tipos de câncer no sangue e os seus sintomas?

Existem 2 tipos de linfoma: linfoma de Hodgkin e linfoma não-Hodgkin. Nos linfomas de Hodgkin, os gânglios linfáticos crescem lentamente, enquanto que nos linfomas não-Hodgkin o crescimento dos gânglios é rápido.

Em geral, os linfomas não deixam os linfonodos doloridos. O diagnóstico é feito através do exame físico associado à história clínica do/a paciente. A confirmação do diagnóstico é obtida com a biópsia do gânglio comprometido.

Saiba mais em:

Quais são os sinais e sintomas do linfoma?

Linfoma tem cura?

Linfonodo e linfoma são a mesma coisa?

Linfoma de Hodgkin é câncer?

Anemia pode virar leucemia?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Não, anemia não pode virar leucemia. Mesmo que a pessoa não receba tratamento, não existe risco de uma anemia evoluir para leucemia. Entretanto, existe uma relação entre as duas doenças, já que a anemia pode ser causada pela leucemia. A pessoa descobre que tem anemia e mais tarde é diagnosticada a leucemia, o que pode fazê-la pensar que a primeira virou a segunda, quando na realidade já era um sinal da leucemia.

A anemia é a redução da concentração de hemoglobina nos glóbulos vermelhos do sangue. A hemoglobina é uma proteína que se liga ao oxigênio para que o sangue possa levar o oxigênio dos pulmões para todo o corpo. Por isso uma pessoa que tem anemia ter uma menor oxigenação do organismo.

Existem diversas causas para a anemia, que podem incluir hemorragias intensas, doenças crônicas, doenças da medula óssea como a leucemia, doenças genéticas (anemia falciforme), deficiência de vitaminas e sais minerais, além de deficiência de ferro (anemia ferropriva), que é a causa mais comum da anemia.

Já a leucemia é um tipo de câncer que afeta os glóbulos brancos do sangue conhecidos como leucócitos. A doença começa quando algumas dessas células sofrem mutações e começam a se multiplicar de forma descontrolada na medula óssea, substituindo as células sanguíneas normais.

A medula óssea, também conhecida como tutano, é o local no interior do osso onde são formadas as células sanguíneas (glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas).

A leucemia caracteriza-se pelo acúmulo de leucócitos jovens anormais na medula óssea, que substituem as células normais do sangue, podendo então causar anemia devido à deficiência na produção de eritrócitos (glóbulos vermelhos). Portanto, a anemia é um dos sintomas da leucemia.

Saiba mais em: Quais são os sintomas da leucemia?

Os sinais e sintomas da anemia podem incluir fadiga, aumento dos batimentos cardíacos, falta de apetite, desânimo, falta de atenção, baixo rendimento escolar, falta de ar aos esforços físicos, desejos alimentares específicos ou estranhos como vontade de comer terra, queda de cabelos, palidez, entre outros.

Veja também: Anemias Causas, Sintomas e Tratamentos – Anemia Ferropriva

O/a médico/a hematologista é especialista indicado/a para diagnosticar e tratar tanto a anemia como a leucemia.

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Trombose venosa profunda tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
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Clínica médica e Neurologia

Sim. A trombose venosa profunda (TVP) tem cura.

O tratamento é feito com medicamentos anticoagulantes, uso de meias elásticas e repouso. Dependendo do caso, pode ser necessário realizar cirurgias para dissolver ou retirar os coágulos, prevenindo complicações graves como a embolia, e consequente tromboembolismo.

O tratamento da trombose tem como objetivos diminuir o risco de embolização, principalmente para os pulmões, impedir o crescimento do trombo e a formação de novos trombos.

A embolização é um processo aonde um desses coágulos se soltam e ganham a corrente sanguínea, podendo parar em qualquer outro sistema aonde o calibre do vaso sanguíneo seja mais estreito; obstruindo a passagem de sangue e originando uma isquemia. Os órgãos mais acometidos são o pulmão - tromboembolismo pulmonar ou TEP, o cérebro - derrame ou AVC isquêmico "embólico" e coração - infarto agudo embólico

Estima-se que até 50% dos casos de trombose venosa profunda nas pernas evolua com embolia pulmonar se não tratada a tempo, com risco elevado de morte.

Sinais de trombose venosa profunda nas pernas Qual o tratamento da trombose venosa profunda? Anticoagulantes

O tratamento da trombose venosa profunda é feito com medicamentos anticoagulantes, como a heparina. O medicamento é eficaz para diminuir o risco de embolia pulmonar e de formação de novos trombos.

Após 5 dias de heparina, que é administrada com injeções subcutâneas, o paciente passa a receber apenas anticoagulantes em comprimido, como a warfarina. A warfarina é mantida por pelo menos 6 meses, dependendo da gravidade e dos fatores de risco do paciente.

Atualmente, além da warfarina dispomos dos chamados "novos anticoagulantes" com maior facilidade de ajustar doses e posologia. Mas cada caso deve ser avaliado para qual a melhor opção de medicamento além do tempo que deverá fazer uso.

Repouso e meias elásticas

O indivíduo com trombose deve permanecer na cama em repouso absoluto durante os primeiros dias de anticoagulação, pois movimentar o membro acometido aumenta o risco de embolização.

Contudo, assim que houver autorização médica, a pessoa deve começar a andar o quanto antes. Já o uso de meias elásticas é recomendado para diminuir o inchaço nos membros inferiores e favorecer a circulação sanguínea nas pernas.

Implante de filtro

Nos pacientes que apresentam contraindicação a anticoagulantes ou que, apesar da anticoagulação, continuam a apresentar novos episódios de tromboembolismo, indica-se a implantação de um filtro na veia cava.

O filtro de veia cava é um tipo de rede localizada dentro da veia cava, na região abdominal, e que impede que êmbolos vindos das pernas cheguem aos pulmões.

O tratamento da trombose venosa profunda pode ser feito em ambiente hospitalar ou domiciliar, conforme avaliação médica.

É preciso estar atento às alterações que a trombose venosa profunda pode provocar, principalmente se existe predisposição para a doença ou houve exposição a fatores de risco que favorecem a formação de trombos.

Em caso de suspeita de trombose venosa profunda, um médico angiologista ou cirurgião vascular deverá ser consultado. Ele poderá avaliar detalhadamente, através de anamnese, exame físico e eventuais exames complementares, qual é o seu diagnóstico correto e prescrever o melhor tratamento, caso a caso.

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O que é meningite?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Meningite é uma inflamação das meninges, que são as membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. As meningites são causadas principalmente por vírus (meningite viral) e bactérias (meningite bacteriana).

A meningite também pode ser provocada por fungos (meningite fúngica), parasitas, lesões físicas, infecções (otites, por exemplo), câncer e uso de medicamentos.

A inflamação geralmente é decorrente de alguma infecção no líquido cefalorraquidiano, que fica entre as meninges e a medula espinhal e entre as meninges e o cérebro. As meningites podem causar lesões no cérebro e na medula.

As meningites virais são as mais frequentes e costumam ser menos graves. A meningite bacteriana, causada principalmente pelas bactérias Neisseria meningitidis (meningococo) e Streptococcus pneumoniae (pneumococo), é bem mais grave e pode ser fatal.

Streptococcus pneumoniae (pneumococo), bactéria causadora de meningite bacteriana pneumocócica.

A meningite fúngica é mais rara e afeta sobretudo pessoas com o sistema imunológico comprometido, como as pessoas com diabetes, câncer, HIV/AIDS.

Apesar de ter tratamento, a taxa de mortalidade da meningite é alta, variando entre 5% e 15% dos casos. Quando não leva a óbito, a meningite pode deixar sequelas, como surdez e atraso do desenvolvimento psicomotor, em até 25% das pessoas que ficam doentes.

Qualquer pessoa pode contrair meningite, mas sabe-se que a doença atinge sobretudo crianças com menos de 5 anos.

Quais são os sintomas da meningite?

Os sintomas da meningite incluem febre, dor de cabeça, rigidez ou dor na nuca, náuseas, vômitos, manchas vermelhas ou roxas na pele (meningite meningocócica), dores musculares, confusão mental, sonolência e dificuldade para acordar.

As manchas na pele não desaparecem quando são pressionadas. No início, surgem manchas pequenas, que depois evoluem para manchas roxas ou negras. Esse sinal indica a passagem de sangue dos vasos sanguíneos para os tecidos localizados abaixo da pele.

Nos bebês, a meningite causa febre, irritação, cansaço, falta de apetite, endurecimento ou elevação da moleira, gemidos ao tocar na criança, inquietação, choro agudo, rigidez ou moleza corporal.

No início, os sintomas da meningite podem ser confundidos com os de uma gripe ou gastroenterite. Contudo, a evolução da doença pode ser rápida, podendo levar a óbito em poucas horas.

Na meningite bacteriana do tipo meningocócica, os sintomas geralmente começam a se manifestar depois de 4 dias que ocorreu a infecção. Porém, o período de incubação pode variar de 1 a 10 dias.

Como ocorre a transmissão da meningite?

A meningite viral pode ser transmitida pela saliva (fala, tosse, espirro, beijo) ou pelas fezes. A meningite bacteriana geralmente é transmitida de pessoa para pessoa através do contato com a saliva (tosse, espirro, fala, beijo) da pessoa doente ou portadora da bactéria.

É importante lembrar que a maioria das pessoas está imune contra muitos dos vírus e bactérias que podem causar meningites.

Porém, nem todas as meningites são contagiosas ou transmissíveis, pois isso depende da sua causa. Se a doença for provocada por um traumatismo craniano, por exemplo, ela não é transmissível.

Contudo, as meningites virais e bacterianas são altamente contagiosas e podem provocar surtos e epidemias.

Meningite bacteriana

A meningite meningocócica, por exemplo, é um tipo de meningite bacteriana, causada pela bactéria meningococo. Além de ser muito contagiosa, provoca um quadro grave e de evolução rápida. O mesmo acontece com a meningite pneumocócica, causada pela bactéria Streptococcus pneumoniae (pneumococo), que apresenta um elevado risco de morte e sequelas graves.

Meningite viral

A meningite viral é menos grave e mais comum que a meningite bacteriana e pode melhorar sem um tratamento específico.

Qual é o tratamento para meningite?

O tratamento da meningite depende do agente causador (vírus, bactéria, fungo). As meningites bacterianas necessitam de tratamento imediato com antibióticos específicos para o tipo de bactéria e o/a paciente precisa ficar internado/a.

O tratamento das meningites virais incluem repouso, cuidados gerais e medicamentos para aliviar os sintomas. Os antibióticos não são necessários. Pode, ou não, haver necessidade de internação, dependendo do caso. Na maioria dos casos, a meningite viral resolve-se espontaneamente sem necessidade de tratamento.

É possível prevenir a meningite? Existe alguma vacina?

Sim, existe vacina contra certos tipos de meningite meningocócica (tipos A, C, W e Y), pneumocócica e por Haemophilus influenzae tipo b. Elas estão incluídas no Calendário Nacional de Imunização e são disponibilizadas gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

Outras formas de prevenir a meningite incluem cuidados como evitar aglomerações, manter os ambientes ventilados e higienizar adequadamente os ambientes (casa, escolas, hospitais, creches).

Procure o/a médico/a clínico geral ou médico/a de família o mais rápido possível na presença de sinais e sintomas de meningite. O diagnóstico e tratamento precoce pode evitar sequelas e complicações que podem inclusive provocar a morte do/a paciente.

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Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Provavelmente não há relação com seu tumor uterino, quando voltar ao seu ginecologista peça para ele examinar suas mamas. A presença de nódulo no mamilo pode corresponder a diferentes afecções mamilares.

Entre as possíveis causas de nódulo mamilar estão a ectasia ductal, o papiloma intraductal, a presença de um abcesso subareolar, ou mesmo um tumor maligno da mama.

Ectasia ductal da mama

A ectasia ductal ocorre quando um ducto de leite dilata-se, fica com as paredes espessadas e rígidas, levando ao acúmulo de líquido. Pode haver o bloqueio desse ducto, que ocasiona uma alteração no mamilo com formação de nódulo, pode também ocorrer sintomas de sensibilidade, vermelhidão e inchaço local.

O mais comum é a ectasia ductal da mama ser assintomática e geralmente a melhora ocorrer espontaneamente. Em algumas situações é necessário o uso de antibióticos para tratar uma infecção secundária.

A causa da ectasia ductal da mama não está bem estabelecida, mas há associação com o envelhecimento, tabagismo ou inversão mamilar.

Papiloma intraductal

Os papilomas intraductais são nódulos benignos que se desenvolvem em ductos de leite por trás da aréola mamária. Não estão associados a um aumento do risco de câncer de mama. Geralmente, a mulher sente que tem uma nodulação embaixo da aréola. Eventualmente pode ocorrer também a saída pelo mamilo de um líquido claro e pegajoso, podendo apresentar um pouco de sangue.

Na maioria das vezes esses papilomas não requerem tratamento, em algumas situações quando inflamam pode ser aconselhado uma intervenção cirúrgica para retirada do ducto afetado.

Abscesso subareolar da mama

O abcesso subareolar da mama ocorre quando há uma infecção bacteriana e consequente inflamação nos ductos terminais da mama. É um quadro que pode acometer principalmente mulheres entre os 30 e os 40 anos, é também mais comum em mulheres fumantes.

O abcesso subareolar mamilar também apresenta outros sintomas importante como:

  • Inchaço
  • Vermelhidão
  • Dor na região acometida

Com a sua evolução, pode ocorrer a formação de uma fístula com a saída de secreção pustulosa para o exterior da aréola.

O tratamento é basicamente através do uso de antibióticos e drenagem da secreção acumulada no interior do abcesso.

Quando suspeitar de câncer de mama?

Alguns sinais de alerta para a presença do câncer de mama são:

  • Presença de nódulo mamário geralmente endurecido e indolor, com conformação irregular;
  • Saída de líquido transparente ou com sangue do mamilo;
  • Endurecimento ou rigidez da mama, principalmente em volta do mamilo, a pele pode ficar com um aspecto enrugado;
  • Pele avermelhada e sensível na mama e na região das axilas.

Na presença de qualquer um desses sintomas é essencial procurar a avaliação de um médico para avaliação e investigação

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Dra. Juliana Guimarães
Dra. Juliana Guimarães
Enfermeira doutorada em Saúde Pública

A dor abaixo do umbigo pode ocorrer por diversas causas como apendicite, diverticulite, infecção urinária e prisão de ventre. Pode acontecer durante a gravidez devido ao aumento do tamanho do útero. Em homens a dor embaixo do umbigo é frequentemente provocada por prostatite.

O tratamento é efetuado de acordo com a causa podendo ser utilizados medicamentos como antibiótico, anti-inflamatórios, medicação para dor e medidas simples como alimentação leve e pobre em gorduras e aumento da ingestão de líquidos.

1. Apendicite

É a inflamação do apêndice e, geralmente, se manifesta como dor intensa na região inferior direita do abdome, abaixo do umbigo que piora ao espirrar ou tossir. Além disso, inclui como sintomas náuseas, vômitos, perda de apetite, inchaço abdominal, prisão de ventre ou diarreia, febre baixa e dificuldade de eliminar gases.

O que posso fazer: A apendicite é uma emergência médica e o seu tratamento é cirúrgico. Por este motivo, ao perceber os sintomas é necessário buscar atendimento em emergência hospitalar imediatamente.

2. Infecção urinária

É qualquer infecção no sistema urinário e pode afetar a bexiga (cistite), uretra (uretrite) e os rins (pielonefrite), geralmente, provocada por bactérias.

Os principais sintomas incluem dor abaixo do umbigo na região da bexiga, vontade de urinar com frequência, ardor ao urinar, eliminação de urina em pouca quantidade a cada micção, febre e, nas situações mais graves, sangue na urina.

O que posso fazer: Aumente a ingestão de água, pois o líquido ajuda a eliminar as bactérias do sistema urinário. É importante a avaliação do médico de família, ginecologista ou urologista para identificação da bactéria que está causando a infecção e indicação do melhor antibiótico para tratamento.

3. Síndrome do intestino irritável

A síndrome do intestino irritável pode desencadear dor abaixo do umbigo, entretanto o desconforto em todo o abdome é bastante comum. Além da dor abaixo do umbigo pode ocorrer cólicas, alternância entre diarreia e prisão de ventre, sensação de esvaziamento incompleto do intestino e flatulência.

O que posso fazer: Evite ingerir bebidas alcoólicas, cafeína, açúcar, leite e derivados e alimentos picantes, gordurosos ou que produzem gases (repolho, couve-flor, feijão). Dê preferência à uma dieta leve e rica em fibras (peixe, frango grelhado, arroz, espinafre.

A síndrome do intestino irritável não tem cura. Por isso, é preciso avaliação de um médico de família ou gastroenterologista para controlar as crises com antiespasmódicos e anti-inflamatórios.

4. Prisão de ventre

Pessoas com prisão de ventre tendem a apresentar dor abaixo do umbigo e inchaço no abdome, ambos associados ao excesso de gases intestinais.

O que posso fazer: Consuma alimentos ricos em fibra e pobres em gordura e aumente a ingestão de água. A prática de atividade física também é importante para estimular a motilidade intestinal e saída das fezes. A avaliação de um médico de família e nutricionista podem resolver a prisão de ventre de forma mais específica.

5. Diverticulite

Diverculite é uma doença que ocorre quando os divertículos, pequenas bolsas intestinais que acumulam pequenas quantidades de fezes) inflamam ou ficam infectados.

Os sintomas mais comuns da diveticulite são dor abaixo do umbigo do lado esquerdo do abdome, febre, náuseas, vômitos, dificuldade de urinar, prisão de ventre, diarreia, presença de sangue nas fezes.

O que posso fazer: O tratamento inicial da diverticulite ocorre em casa com dieta leve e líquida e uso de anestésicos e antibióticos. Entretanto, nos casos graves em que a pessoa apresenta febre acima de 38,3 °C, dor abdominal intensa e não há melhora com o uso de antibióticos, é necessário hospitalização para tratamento cirúrgico.

Causas de dor abaixo do umbigo na gravidez

É bastante comum que as mulheres sintam dor abaixo do umbigo durante a gravidez devido às alterações no corpo para se adaptar ao crescimento do bebê. Este tipo de dor é transitória e cessa espontaneamente.

É mais frequente nos três últimos meses de gestação devido ao maior desenvolvimento do tamanho do útero e, por este motivo, menor espaço para o bebê no ventre da mãe.

Entretanto, se dor abaixo do umbigo for persistente e intensa, vier acompanhada de sangramento e/ou contrações uterinas busque atendimento de emergência o quanto antes. Estes sintomas podem ser sinais de gravidez ectópica, aborto espontâneo entre outras condições que oferecem risco à mulher e ao bebê.

Causas de dor abaixo do umbigo em homens

A prostatite é a inflamação ou infecção da próstata e costuma ser causa frequente de dor embaixo do umbigo em homens. Embora seja mais comum que a dor ocorra entre os testículos e o ânus (períneo), pode se manifestar também sobre a região da bexiga.

Além da dor no períneo e região baixa do abdome, podem ocorrer sintomas como calafrios, febre, ardor e sensação de queimação ao urinar, incapacidade para esvaziar a bexiga, dor nos testículos e pênis e ejaculação dolorosa.

Ao perceber estes sintomas, tome banho quente para aliviar a dor, evite consumir alimentos condimentados e bebidas ácidas e com cafeína. Evite também andar de bicicleta e outras atividades semelhantes que exercem pressão sobre a próstata.

Uma avaliação do urologista é importante para que seja efetuado o melhor tratamento.

Nos casos de dor abdominal, esteja atento aos sintomas e procure avaliação de um médico de família, urologista, ginecologista ou obstetra. São sinais de gravidade:

  • Dor abdominal intensa,
  • Presença de sangue nas fezes ou urina,
  • Febre acima de 38,3 °C,
  • Em mulheres grávidas: contrações uterinas e perda de sangue pela vagina,
  • Em homens: ejaculação dolorosa, dor nos testículos e pênis.

Na presença destes sinais busque imediatamente atendimento em um serviço de emergência.

Para saber mais sobre dor no umbigo abdominal, você pode ler:

Dor no umbigo: o que pode ser?

Dor no pé da barriga: o que pode ser?

Dor do lado direito da barriga: o que pode ser?

FBG. Federação Brasileira de Gastroenterologia.

FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

SBU. Sociedade Brasileira de Urologia.

O que é doença de Paget? Quais os sintomas?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A doença de Paget, conhecida também por osteíte deformante, é uma doença crônica osteometabólica, em que ocorre uma reabsorção exagerada do material ósseo e remodelação inadequada, com consequente formação de um osso anormal, de tamanho aumentado, matriz mais esponjosa, portanto mais frágil.

Doença de Paget

Pessoas com doença de Paget apresentam uma decomposição acelerada do tecido ósseo em áreas específicas, que levam a destruição e regeneração óssea anormal, causando deformidade nos ossos afetados.

Pode acometer apenas um osso ou muitos ossos localizados em várias partes do esqueleto. Os locais mais acometidos são as clavículas, ossos dos braços, das pernas, da pelve, da coluna vertebral e do crânio.

A causa da doença de Paget não está bem estabelecida. Acredita-se haver influência de fatores genéticos, mas a doença também pode ser provocada ou deflagrada por uma infecção viral.

A doença é mais prevalente em homens com mais de 40 anos de idade.

Quais são os sintomas da doença de Paget?

O principal sintoma da doença de Paget é a dor óssea. Além da dor no osso, podem estar presentes outros sinais e sintomas como:

  • Fraturas patológicas;
  • Deformidades ósseas;
  • Osteoartrites;
  • Compressão de nervos;
  • Degeneração da coluna vertebral (estenose de canal);
  • Dor ou rigidez nas articulações e dor no pescoço;
  • Curvatura das pernas e outras deformidades visíveis;
  • Deformidades no crânio;
  • Dor de cabeça;
  • Perda auditiva;
  • Baixa estatura;
  • Aumento da temperatura da pele sobre as áreas afetadas.

No entanto, a doença de Paget não manifesta sintomas na maioria dos casos. O diagnóstico é feito acidentalmente, através de um exame de raio-x ou exames de sangue de rotina, que apresentam altos níveis de cálcio na circulação, ou quando ocorre a primeira fratura óssea.

Quais as possíveis complicações da doença de Paget?

As possíveis complicações da doença de Paget podem incluir: fraturas ósseas, surdez, deformidades, insuficiência cardíaca, hipercalcemia (níveis altos de cálcio no sangue), paraplegia e estenose espinhal. Em casos raros, a pessoa pode desenvolver osteossarcoma, um tipo de câncer ósseo.

Qual é o tratamento para doença de Paget?

O tratamento da doença de Paget inclui o uso de medicamentos inibidores de reabsorção óssea. Em alguns casos, pode ser indicada cirurgia, como nas compressões nervosas e osteoartrite grave, embora nenhum desses tratamentos seja totalmente eficaz contra a doença.

Não são todos os casos que necessitam do tratamento. Apenas em situações de doença ativa, ou situações específicas, deve ser iniciado o tratamento específico, como nos casos citados abaixo:

  • Acometimento de certos ossos, como os que sustentam o peso do corpo, estão comprometidos e o risco de fratura é maior;
  • Piora e evolução rápida das alterações ósseas;
  • Presença de deformidades ósseas;
  • Presença de dor refratária ou outros sintomas;
  • O crânio é afetado, o que pode levar à perda de audição;
  • Níveis de cálcio no sangue elevados e presença de sintomas decorrentes da hipercalcemia.

O tratamento com medicamentos ajuda a prevenir a degeneração e a formação óssea anormal. Os medicamentos mais indicados são:

  • Bisfosfonatos: Tratamento de primeira linha para a doença de Paget, ajudam a diminuir a remodelação óssea. Geralmente são administrados por via oral, mas também podem ser administrados por via intravenosa;
  • Calcitonina: Hormônio envolvido no metabolismo ósseo, diminuindo a concentração de cálcio no sangue e aumentando sua fixação nos ossos. Pode ser administrado sob a forma de spray nasal ou através de injeção subcutânea;
  • Paracetamol e anti-inflamatórios não esteroides: Medicamentos que podem ser administrados por via oral, para alívio da dor.

Na maioria das vezes, a doença de Paget pode ser controlada com medicação. A cirurgia ortopédica pode ser necessária para corrigir deformidades em casos graves. Alguns pacientes precisam realizar uma artroplastia.

Os principais objetivos do tratamento da doença de Paget são: diminuir as dores, restabelecer o metabolismo normal dos ossos e prevenir deformidades, complicações ósseas (artrites, fraturas) e compressão dos nervos.

A doença de Paget óssea deve ser diagnosticada pelo médico reumatologista ou ortopedista.

O que é a doença de Paget da mama?

A doença de Paget da mama é uma outra doença, com o mesmo nome. Trata-se de um tipo raro de câncer de mama que acomete a camada mais superficial da pele da região da aréola e do mamilo. A doença de Paget mamária ocorre principalmente em mulheres dos 60 aos 70 anos de idade.

Vale lembrar que a doença de Paget óssea não tem nenhuma relação com câncer.

Quais os sintomas da doença de Paget da mama?
  • Coceira e vermelhidão na aréola ou mamilo;
  • Pele espessa e áspera;
  • Ardência;
  • Bolhas com líquido;
  • Sangramento nos mamilos;
  • Presença de nódulos.

No início, a doença pode ser confundida com uma alergia, pois começa com uma vermelhidão e descamação que geralmente provocam ardência e coceira. A seguir surgem feridas, que podem eliminar secreção e provocar dor intensa. Pode haver sangramento dos mamilos e em cerca de metade dos casos existe um nódulo palpável na mama.

Qual é o tratamento da doença de Paget da mama?

O tratamento da doença de Paget mamária depende sobretudo do diagnóstico precoce e da extensão do tumor, sendo a cirurgia a forma de tratamento mais utilizada e resolutiva.

Nesses casos, a doença deve ser diagnosticada e acompanhada por um médico mastologista.