A insuficiência hepática aguda pode ter cura dependendo da causa, e da condição clínica do paciente. Pacientes com doença hepática prévia, ou muitas doenças associadas, tem uma chance menor de cura.
Entretanto, a regeneração do fígado em pacientes que desenvolvem insuficiência hepática aguda parece estar mais relacionada com a causa. Entre as causas mais comuns estão as hepatites virais e intoxicação por medicamentos, sendo o paracetamol o mais frequente.
Nos casos de hepatite tipo B, as chances de cura variam entre 40 a 50%, na tipo A, 50 a 70%. Nos casos de intoxicação por paracetamol, 50 a 55% apresentam melhora, porém, nos casos de intoxicação medicamentosa por anti-inflamatórios ou certos antibióticos, a chance de cura não ultrapassa os 25%.
Complicações da Insuficiência hepáticaAs complicações mais temidas e que reduzem as chance de cura do paciente são:
- Edema cerebral (acúmulo de líquido ne cérebro)
- Ascite (acúmulo de líquido na barriga)
- Distúrbios da coagulação (sangramentos)
- Insuficiência renal aguda
- Predisposição à infecções (Pneumonia, Sepse)
- Falência de múltiplos órgãos
O acúmulo de líquido no cérebro (edema cerebral), distúrbios na coagulação e a falência múltipla de órgãos são as principais causas de morte nos casos de insuficiência hepática.
Outras complicaçõesA hipoglicemia, que se caracteriza pela baixa concentração de açúcar (glicose) no sangue, pode estar presente numa quantidade significativa de casos de insuficiência hepática. Esta alteração está relacionada à deficiência de produção e liberação de glicose pelo fígado doente.
A bradicardia (frequência cardíaca baixa) e a hipotensão (pressão baixa), são complicações cardiovasculares também possíveis e temidas nesses pacientes.
O diagnóstico e tratamento da insuficiência hepática é da responsabilidade do/a médico/a hepatologista e cirurgião, quando houver necessidade de transplante hepático.
Saiba mais em:
Qual é o tratamento para insuficiência hepática?
O M-Drol não pode ser usado por quem tem o HIV. A pessoa que é HIV positivo, mesmo que não tenha as complicações da AIDS, têm um maior risco para desenvolver doenças no fígado e por isso não deve tomar o M-DROL ou qualquer tipo de anabolizante esteróide que podem causar problemas nesse órgão.
Além disso, os anabolizantes podem levar à infertilidade no homem, aumento de pelos e voz grossa na mulher (virilização), crescimento das mamas no homem (ginecomastia), alteração nos níveis de colesterol no sangue, aumento do risco para ataque do coração (infarto), derrame cerebral (AVC) e morte.
M-Drol é um anabolizante cujo uso é proibido no Brasil e nos Estados Unidos da América do Norte. O infectologista pode orientar sobre o uso de produtos para melhorar o desenvolvimento da musculatura em pessoa com HIV positivo.
A dor de barriga na gravidez é um sintoma comum entre as gestantes, devido às mudanças hormonais desse período. Uma dessas mudanças é a lentificação do trânsito intestinal, o que facilita o acúmulo de gases, constipação e por vezes, diarreia.
O uso de vitaminas e suplementos nutricionais, utilizados para fortalecer a mãe e o bebê, podem desencadear náuseas e diarreia. Porém, são sintomas que não duram muito tempo e melhoram espontaneamente.
Já as dores de barriga associadas a febre, vômitos, sangramento ou mal-estar, sugerem uma infecção, por isso devem ser avaliadas pelo obstetra, ou num serviço de urgência, sem demora.
Causas de dor de barriga (tipo diarreia) na gravidez- Mudanças hormonais - Na gestação, as alterações hormonais são normais e por isso as alterações intestinais são esperadas, sem significar um problema de saúde.
- Infecção intestinal - Dor na barriga associada a fezes líquidas ou pastosas, cólica, mal-estar e febre. Na suspeita de infecção, procure imediatamente o seu obstetra, para tratar com antibióticos e evitar complicações.
- Uso de medicamentos - o uso de vitaminas, medicamentos ou suplementos na gestação podem ter como efeito colateral a diarreia, que dura um ou dois dias, sem mais sintomas.
- Aumento do fluxo de sangue no útero - A dor no pé da barriga que ocorre no início da gestação, é comum e está relacionada com o aumento do fluxo sanguíneo na região pélvica, para nutrir o bebê até o final da gestação.
- Aumento do volume uterino - Próximo do final da gestação, a dor pélvica pode ocorrer pelo aumento de tamanho do útero e do bebê. Ambas são modificações naturais do corpo da gestante, necessárias para dar continuidade à gestação.
- Infecção urinária - A dor vem associada a ardência ao urinar, com ou sem cheiro forte. A infecção urinária aumenta o risco de complicações graves como abortamento, por isso nesse caso entre em contato com o seu obstetra, o quanto antes.
- Excesso de gases - A dor localizada à direita da barriga, sem mais sintomas, geralmente ocorre pelo excesso de gases.
- Apendicite - Dor localizada na região inferior, direita da barriga, que só piora com o passar do tempo, associada a febre, rigidez abdominal, náuseas e vômitos. Trata-se de uma urgência médica. Na suspeita de apendicite, procure imediatamente o seu obstetra ou um serviço de emergência.
- Excesso de gases - Assim como a dor à direita, a dor à esquerda sem mais sintomas, tem maior relação com excesso de gases ou constipação.
A alimentação balanceada e a prática regular de atividades físicas, ajuda na digestão e evita o acúmulo excessivo dos gases.
Dor na parte de cima da barriga na gravidez- Azia, gastrite e refluxo gástrico - A dor localizada na parte superior da barriga e mais central, chamada de "boca do estômago", é frequente entre as grávidas, devido às mudanças hormonais, o aumento da produção do ácido gástrico e as mudanças anatômicas dessa fase, como a redução do estômago devido a compressão pelo tamanho do bebê, especialmente no último trimestre da gravidez.
Para aliviar os sintomas de azia e refluxo, a gestante deve se alimentar com mais frequência e em menor quantidade, manter uma boa hidratação para repor os líquidos que estão sendo perdidos e frituras, doces e alimentos gordurosos.
É normal ter dor na barriga na gravidez?Pode ser normal, desde que não venha associado a outros sintomas. Na dúvida, entre em contato com o obstetra e informe sobre os sintomas que surgiram.
Conheça mais sobre o assunto nos artigos abaixo:
Dor no estômago na gravidez é normal?
Referências:
G.C.F. et al. Gastrointestinal diseases during pregnancy: what does the gastroenterologist need to know?. Annals of Gastroenterology, 31(4): 385-394, 2018.
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia - FEBRASGO.
Existem 4 grandes grupos de tipo sanguíneo: A, B, O e AB. Além desses 4 grupos, uma proteína chamada fator Rh pode estar presente (Rh+) ou ausente (Rh-) nos glóbulos vermelhos do sangue. Dependendo da presença ou ausência do fator Rh, a cada tipo sanguíneo é atribuído um símbolo positivo ou negativo: A+, A-, B+, B-, O+, O-, AB+ e AB-.
O tipo sanguíneo de cada pessoa é herdado do pai e da mãe, sendo portanto determinado pela genética. Por exemplo: uma pessoa pode herdar o tipo sanguíneo A do pai e o tipo B da mãe, resultando no tipo sanguíneo AB. No caso de receber sangue tipo B do pai e da mãe, terá um tipo sanguíneo B.
O tipo sanguíneo O, por outro lado, não afeta os tipos sanguíneos A e B. Isso significa que, se alguém herdar um “O” de sua mãe e um “A” de seu pai, por exemplo, seu tipo sanguíneo será A.
Como saber se posso doar ou receber sangue de acordo com meu tipo sanguíneo?Tipo sanguíneo O: o tipo sanguíneo O é chamado de “doador universal”, pois pode doar sangue para os tipos A, B, AB e O. Pode receber apenas sangue tipo O.
Tipo sanguíneo A: pode doar para indivíduos do tipo A e do tipo AB. Pode receber apenas sangue tipo A e tipo O.
Tipo sanguíneo B: pode doar sangue para o tipo B e tipo AB. Pode receber apenas sangue do tipo B e do tipo O.
Tipo sanguíneo AB: pode doar para o tipo AB. Pode receber qualquer tipo de sangue (A, B, AB e O), sendo por isso chamado de “receptor universal”.
No entanto, não é apenas o tipo sanguíneo que determina a compatibilidade de doação. O fator Rh também é determinante. Pessoas Rh+ podem receber sangue Rh+ e Rh-. Já indivíduos Rh- só podem receber sangue Rh-.
Por exemplo: o tipo sanguíneo B pode receber sangue tipo B e tipo O. Assim, uma pessoa com tipo sanguíneo B+ pode receber sangue B+, B-, O+ e O-. Por outro lado, um indivíduo B- só pode receber sangue dos tipos B- e O-.
Por quê é importante haver compatibilidade entre os tipos sanguíneos?O sistema imunológico possui anticorpos, que ajudam o organismo a combater micro-organismos como vírus e bactérias. No entanto, os anticorpos também podem atacar os glóbulos vermelhos de um sangue incompatível, pois não reconhece essas células como sendo as do próprio corpo.
Por exemplo, se alguém tiver sangue tipo B e receber sangue tipo A, seus anticorpos trabalharão para destruir os glóbulos vermelhos do tipo sanguíneo A. Isso pode levar à morte.
Vale ressaltar que os tipos sanguíneos nem sempre precisam ter uma correspondência exata para serem compatíveis. Por exemplo, uma pessoa com o tipo sanguíneo AB pode receber sangue A ou sangue B.
Além disso, qualquer indivíduo pode receber sangue tipo O, pois os anticorpos não atacam os glóbulos vermelhos desse tipo sanguíneo. É por isso que o sangue tipo O é considerado “doador universal”. No entanto, pessoas com sangue O podem receber apenas sangue tipo O.
Como o tipo sanguíneo afeta a gravidez?A compatibilidade dos tipos sanguíneos do pai e da mãe podem ser motivo de preocupação durante a gravidez devido ao fator Rh. Se a mãe for Rh- e o filho for Rh+, as células sanguíneas da criança podem desencadear uma resposta imunológica na mãe.
Como resultado, o corpo da gestante produz anticorpos que atacam os glóbulos vermelhos da criança. Se isso ocorrer, o bebê poderá precisar de uma transfusão de glóbulos vermelhos durante a gestação ou imediatamente após o parto.
Por isso, no início da gravidez, é feito um exame de sangue para determinar o tipo sanguíneo da mãe. Se ela for Rh- e o bebê Rh+, a gravidez deve ser monitorada de perto e pode precisar de cuidados extras.
Diferentes doenças e condições podem causar o sintoma de tontura, como distúrbios do labirinto, distúrbios metabólicos, hipotensão e arritmia, desidratação, enxaqueca ou mesmo crises de ansiedade ou uso de medicamentos.
Para se determinar qual a possível causa da tontura é importante estar atento a outros sintomas que podem acompanhar esse sintoma, como dor de cabeça, enjoos, desequilíbrio, perda de audição ou turvação visual.
As características da tontura são importantes na avaliação diagnóstica e ajudam o médico a descobrir a causa provável da tontura, por exemplo, se a tontura é rotatória, se surge repentinamente ou se assemelha a um desequilíbrio.
Doenças que causam tontura e dor de cabeçaAs principais causas de tontura e dor de cabeça são a enxaqueca e a cefaleia tensional. Nesses quadros também podem estar presentes náuseas e vômitos.
Outros tipos de cefaleias e doenças também podem causar sintomas semelhantes. É comum a ocorrência de tontura e dor de cabeça em pessoas com distúrbios visuais.
Quando a dor de cabeça e a tontura são demasiadamente intensas e vem acompanhadas de outros sintomas como febre e rigidez de nuca, uma possibilidade é a meningite.
Em algumas situações em que ocorrem outros sintomas neurológicos ou vômitos pode se suspeitar de doenças de maior gravidade como tumores e aneurismas.
Doenças que causam tontura e sensação de mal-estar ou fraquezaA tontura que vem acompanhada de mal-estar ou fraqueza pode ter diferentes causas, entre as mais frequentes destacam-se:
- Hipoglicemia: é mais comum em pessoas com diabetes mellitus em uso de insulina.
- Hipotensão: pode ocorrer em situações de aglomeração de pessoas, alta temperatura, ambientes fechados ou exposição excessiva ao sol.
- Reflexo vaso-vagal: pode ocorrer em situações onde há dor intensa, contato com sangue, odores fortes, emoções intensas.
A tontura pode vir acompanhada de tremores, principalmente quando está associada a distúrbios metabólicos e endócrinos.
Os distúrbios metabólicos que mais frequentemente causam tontura e tremores são:
- Hipoglicemia (diminuição do açúcar no sangue);
- Hiperglicemia (aumento do açúcar no sangue);
- Desidratação;
- Hipertireoidismo (aumento dos hormônios tireoidianos).
Tontura e enjoo são sintomas que aparecem em uma grande variedade de situações, a própria tontura desencadeia náuseas ou mesmo vômitos.
Alguns exemplos de causas de tonturas e enjoos são:
- Gravidez;
- Alterações da pressão arterial;
- Crise de ansiedade;
- Enxaqueca ou cefaleia tensional;
- Labirintite e outros distúrbios do labirinto;
- Uso de medicamentos.
Leia também: Tontura e enjoo, saiba as principais causas
Doenças que causam tontura repentinaUma frequente causa de tontura repentina que surge rapidamente e dura geralmente pouco tempo é a vertigem posicional paroxística benigna (VPPB).
A VPPB é um distúrbio benigno caracterizado por uma vertigem repentina, ou seja, pela sensação de que tudo gira ao redor.
Esse sintoma é desencadeado por alterações bruscas de posicionamento da cabeça, por exemplo, ao virar para o lado.
Doenças que causam tontura e sintomas auditivosA tontura que vem acompanhada de sintomas auditivos como diminuição ou perda da audição, zumbido pode sugerir distúrbios no labirinto, entre os mais comuns destacam-se:
- Labirintites infecciosas: doença que consiste na inflamação e infecção do labirinto desencadeando tontura, dor de cabeça, zumbido no ouvido e desequilíbrio;
- Doença de Menieré: doença que causa perda de audição, zumbido e tontura importantes.
Uma forma de tontura também muito frequente, principalmente em idosos, é a tontura ao levantar rapidamente, geralmente esta tontura se deve a um quadro de hipotensão postural.
A hipotensão postural é caracterizada por uma queda importante da pressão arterial quando se levanta, e um dos seus principais sintomas é a tontura, além de escurecimento ou turvação visual.
Por conta da grande variedade de possíveis causas de tontura, os episódios de tontura, que se tornam constantes e persistentes e vem acompanhados de outros sintomas, devem ser avaliados por um médico.
Através de uma avaliação médica é possível chegar ao diagnóstico correto da causa de tontura e ser orientado sobre o melhor tratamento.
Causas mais e menos frequentes de tonturaEntre as causas mais frequentes de tontura estão:
- Enxaqueca;
- Estresse ou ansiedade;
- Distúrbios do labirinto (Labirintite, Vertigem Paroxística Benigna, Doença de Menieré, entre outras);
- Baixo nível de açúcar no sangue (hipoglicemia);
- Hipotensão postural;
- Desidratação;
- Insuficiência vertebrobasilar.
Outras causas menos frequentes são:
- Uso de medicamentos, como antidepressivos ou remédios para pressão alta;
- Uso de álcool e outras drogas;
- Arritmias cardíacas e outras doenças cardíacas.
Algumas outras situações são mais raras, mas podem também em algumas situações levar ao aparecimento do sintoma de tontura como a presença de distúrbios visuais ou mesmo de tumores cerebrais.
Caso apresente tontura constante consulte o seu médico de família ou clínico geral para uma avaliação inicial.
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O exame toxicológico de larga janela de detecção, ou apenas exame toxicológico, é um exame que detecta a presença de substâncias tóxicas ou drogas numa amostra biológica como sangue, ou urina, portanto, é utilizado para verificar se a pessoa consumiu alguma dessas substâncias.
1. Como é efeito o exame toxicológico?O exame toxicológico é feito através da coleta de uma amostra de tecido biológico que pode armazenar vestígios da substância consumida. Pode ser colhido fios de cabelo, pelos, raspado de unha, urina ou sangue.
Nos exames solicitados para obtenção de CNH do tipo C, D e E o processo de coleta é através do cabelo, geralmente cortam-se alguns fios de cabelo com uma tesoura. Portanto, nesse caso o exame é totalmente indolor.
2. Quais substâncias o exame toxicológico detecta?Em geral, o exame toxicológico é capaz de detectar:
- Cocaína e derivados (como a merla e o crack);
- Ecstasy (MDMA, MDA, MDE);
- Maconha e derivados (como Haxixe e o Skunk);
- Anfetaminas;
- Metanfetamina;
- Heroína e outros opióides como morfina, codeína, hidrocodona, hidromorfina;
- PCP (Fenciclidina)
Portanto, essas são as substâncias que quando detectadas podem levar o motorista a reprovar no processo de obtenção da CNH.
3. O que fazer se tomo medicamentos que são detectados pelo exame?Algumas das substâncias detectadas pelo exame são usados como medicamentos, como é o caso da codeína, morfina e alguns tipos de anfetaminas. Por isso, caso faça uso de algum medicamento, solicite a prescrição médica com o médico responsável pelo tratamento quando for realizar o exame e apresente no laboratório.
4. Álcool e cigarro aparecem no exame toxicológico?O consumo de álcool e de cigarro não aparecem no resultado do exame toxicológico.
5. Qual o tempo de detecção da droga pelo exame após o seu consumo?O período no qual é possível detectar o uso de drogas após o seu consumo varia conforme o método do exame realizado.
Amostra de Sangue: 24 horasExames que utilizam amostras de sangue são aqueles que apresentam menor janela de detecção, ou seja, só consegue detectar o consumo de substância que ocorre de 24 horas até a realização do exame.
Amostra de Urina: 10 diasO exame que utiliza urina como amostra consegue detectar o consumo de substâncias que ocorreu até 10 dias da realização do exame.
Amostra de Cabelo: 90 diasJá exames que são realizados com amostras de cabelos podem detectar o consumo de substâncias que ocorreu nos últimos 90 dias.
Amostra de Pelos Corporais: 180 diasO teste que pode detectar substâncias consumidas há mais tempo é aquele que utiliza pelos corporais, nessa situação é possível detectar o consumo de substâncias em 180 dias.
6. Qual a validade do exame toxicológico?O exame toxicológico apresenta validade de 90 dias para uso no Detran.
Para mais informações sobre o exame toxicológico converse com um médico.
Espironolactona tem função anti-hipertensiva e diurético poupador de potássio. Tem como principais indicações:
- Hipertensão essencial (elevação da pressão arterial sem causa definida),
- Edema (inchaço) ou ascite (acúmulo de líquido no abdome) decorrentes de insuficiência cardíaca, cirrose hepática e ou síndrome nefrótica,
- Edema idiopático (edema sem causa esclarecida),
- Tratamento da hipertensão arterial maligna (um tipo grave de hipertensão arterial),
- Prevenção de hipopotassemia (redução dos níveis de potássio sanguíneo) e hipomagnesemia (diminuição dos níveis sanguíneos de magnésio) em pessoas que tomam diuréticos ou quando outros tratamentos forem inadequados ou impróprios.
Além disso, pode ser prescrito para o diagnóstico e tratamento de hiperaldosteronismo primário (aumento dos níveis sanguíneos de um hormônio renal chamado aldosterona) e tratamento pré-operatório de hiperaldosteronismo primário.
Como usar espironolactona?A espironolactona tem como apresentações: comprimidos de 25 mg, 50 mg e 100 mg.
A dosagem a ser utilizada depende da indicação da medicação.
A dose total diária pode ser feita em dose única, ou fracionadas durante o dia.
É importante que a medicação seja administrada diariamente nos mesmos horários e que o tratamento não seja interrompido sem orientação médica.
Contraindicações de espironolactonaEspironolactona é contraindicada em casos de:
- Alergia à espironolactona ou aos demais componentes da fórmula;
- Mulheres grávidas ou que estão amamentando;
- Pessoas que apresentam redução significativa da função renal;
- Portadores de insuficiência renal aguda;
- Pessoas que apresentam anúria (redução ou ausência de urina);
- Portadores de doença de Addison (um distúrbio hormonal);
- Pessoas que apresentam hipercalcemia (aumento do cálcio no sangue).
O uso de espironolactona pode provocar:
- Náusea;
- Mal-estar;
- Cefaleia (dor de cabeça);
- Tonturas;
- Prurido (coceira);
- Urticária (alergia na pele);
- Confusão mental;
- Sonolência;
- Febre;
- Alteração da libido;
- Impotência;
- Distúrbios menstruais;
- Câimbras;
- Alopecia (queda de cabelos);
- Hipertricose (crescimento anormal de pelos);
- Dor ou nódulos nos seios;
- Leucopenia (redução da quantidade de glóbulos brancos no sangue);
- Trombocitopenia (diminuição na contagem de plaquetas no sangue);
- Anormalidades na função hepática (função do fígado);
- Insuficiência renal aguda.
Qualquer uma destas reações deve ser comunicada ao/à médico/a.
Ao iniciar o uso de qualquer medicamento, siga as orientações de maneira rigorosa, para alcançar os resultados esperados, e evitar efeitos colaterais
No caso dúvidas, entre em contato com seu médico assistente.
As dores de cabeça constantes podem ser provocadas por diversos problemas. Os mais comuns são a pressão alta, enxaqueca, problemas de visão, sono não reparador, estresse e dietas.
No entanto, muitas outras situações podem provocar dores de cabeça, como por exemplo os primeiros meses da gravidez, uso crônico de medicamentos, um quadro de alergia, sinusite, rinite ou doenças vasculares.
Cabe ao médico, com a coleta de informações e exame físico, identificar as possíveis causas e solicitar exames, quando for necessário, para definir o diagnóstico e tratamento.
Causas de dor de cabeça constante 1. Pressão altaNa pressão alta, a dor de cabeça pode ser o único sintoma. Neste caso, a dor geralmente é descrita em aperto, constante, por toda a cabeça ou localizada na nuca. Não é incomum a queixa de náuseas, vômitos e visão borrada junto com a dor.
Sabendo que a principal causa de AVC (derrame cerebral) na nossa população é o pico hipertensivo, é fundamental aferir a pressão nos casos de dores de cabeça, sobretudo quando for hipertenso ou tiver história na família de hipertensão arterial.
O que fazer?
Medir a pressão se tiver aparelho de pressão em casa, ou procurar uma farmácia / atendimento médico para essa avaliação. Pode fazer uso de um analgésico simples como o paracetamol, para aliviar o sintoma.
No caso de pressão alta (acima de 140x90 mmhg) - procure uma emergência médica para o devido tratamento. Depois, procure um cardiologista para ajustar o seu tratamento e manter o acompanhamento regularmente.
2. EnxaquecaA enxaqueca é um tipo de dor de cabeça com sinais e sintomas bem característicos. Geralmente a dor é intensa, tipo latejante ou pulsátil, de um lado só, que piora com a luz e com o barulho, associada a náuseas e vômitos. É comum ter familiares com a mesma doença.
O que fazer?
O tratamento para a enxaqueca varia de acordo com a frequência e intensidade da dor. Os medicamentos mais usados são os antidepressivos ou anticonvulsivantes, como a amitriptilina e a oxcarbazepina. Existem ainda outras opções, como a toxina botulínica do tipo A, para casos crônicos ou que não respondem aos remédios.
O médico neurologista é o responsável pelo diagnóstico, tratamento e acompanhamento nesses casos.
3. Problemas de vistaOs problemas de vista, como os distúrbios de visão (miopia, astigmatismo, hipermetropia), podem provocar dores de cabeça constantes, pelo esforço exigido o dia todo.
A dor é pior no final do dia e pode vir associada à coceira ou vermelhidão nos olhos, dor no globo ocular e/ou vista embaçada.
Nas crianças, além da dor de cabeça, é comum o relato de dificuldade de aprendizagem, devido à dificuldade de visão e com isso de atenção. Porém, nem sempre as crianças percebem sozinhas o seu problema.
O que fazer?
Nestes casos, se recomenda buscar uma avaliação com o oftalmologista. De acordo com a causa do problema, ele poderá indicar o uso de óculos, fisioterapia ocular ou medicamentos tópicos (colírios).
4. Sono não reparadorO bruxismo, a insônia e a síndrome das pernas inquietas são exemplos de distúrbios do sono que causam uma contração muscular constante durante a noite, impedindo o sono reparador.
Com isso, a pessoa refere dores de cabeça e pescoço desde o despertar, que piora durante o dia. Pode queixar também de "peso na cabeça", dificuldade de memória e distúrbio de humor, devido ao cansaço físico.
O que fazer?
A higiene do sono oferece dicas e orientações para melhor qualidade do sono, como: Fazer refeições leves a noite e evitar atividades estimulantes; tentar manter uma rotina de horários, deitar apenas quando está com sono, em um ambiente calmo e escuro.
Ainda, evitar estímulos luminosos próximo ao horário de dormir, como tablets, celular ou televisão.
Se mesmo assim, não for possível ajustar o ciclo do sono, procure um médico especialista, neurologista ou otorrinolaringologista, para avaliação e tratamento medicamentoso.
5. Estresse ou ansiedadeCondições de estresse, ansiedade e preocupações constantes podem provocar dor de cabeça, especialmente, a cefaleia de tensão. A dor vem, normalmente, acompanhada de: tensão muscular (mais intensa na região do pescoço), sensação de cansaço, dificuldade de concentração, insônia, irritabilidade e falta de memória.
O que fazer?
Nestes casos, é importante buscar formas de relaxar e promover descanso para o seu corpo e mente. A psicoterapia é a melhor opção de tratamento na ansiedade. O médico neurologista ou psiquiatra, podem contribuir com uma medicação para a oscilação de humor, sobretudo no início do tratamento.
6. DietaPeríodos prolongados de jejum ou dietas muito restritivas, podem causar queda do açúcar no sangue (hipoglicemia). A menor oferta de glicose para o cérebro origina uma dor de cabeça forte e constante. Do mesmo modo, alimentos muito pesados e de difícil digestão, ou bebidas estimulantes, como café, refrigerante mate ou chocolates, em excesso, podem provocar cefaleia.
O que fazer?
O nutricionista é o profissional indicado para ajudar no planejamento da dieta a cada pessoa. Com base na sua condição de saúde e preferências alimentares, pode orientar uma dieta saudável e que não cause efeitos colaterais.
7. GravidezAs mudanças hormonais, o aumento da progesterona e as preocupações habituais de uma gestante, podem provocar dores de cabeça constante, na região frontal da cabeça (testa) ou na cabeça toda.
Vale lembrar que, principalmente, as mulheres grávidas não devem fazer uso de medicamentos analgésicos sem prescrição médica. O uso indiscriminado de medicamento durante a gravidez pode trazer sérios riscos à mãe e ao bebê.
O que fazer?
Na suspeita de uma gravidez, seja pelo atraso menstrual ou se estiver tentando engravidar, entre em contato com o seu médico obstetra antes de tomar qualquer medicação.
O que posso fazer para aliviar as dores de cabeça?As dores de cabeça constantes e que ocorrem diariamente podem ser aliviadas com algumas medidas simples:
- Ingerir bastante água para manter o corpo hidratado;
- Adotar uma alimentação saudável e leve, especialmente nos dias de calor;
- Colocar compressa fresca na testa ou na nuca;
- Evitar a exposição direta ao sol por longos períodos para evitar a elevação da temperatura corporal;
- Promover o descanso do corpo em ambiente tranquilo e, de preferência, com pouca iluminação;
- Utilizar analgésicos conforme orientação médica.
Situações que sempre devem preocupar e indicam a necessidade de procurar uma emergência são:
- Dor de cabeça forte após os 50 anos de idade, pela primeira vez na vida;
- Dor de cabeça associada a vômitos, rigidez de pescoço e nuca;
- Dor de cabeça acompanhada de febre e/ou perda de peso sem motivo aparente;
- Visão dupla ou perda da visão;
- Confusão mental, desorientação;
- Dificuldade de falar, fraqueza nos braços ou pernas;
- História de câncer ou HIV.
Sim. O derrame cerebral, ou AVC, pode ter como um dos primeiros sintomas, a dor de cabeça. Em seguida os sintomas são de dificuldade de fala, "boca torta" ou fraqueza nos braços ou nas pernas. Na suspeita de AVC, procure imediatamente uma emergência médica.
Saiba mais sobre o que fazer nesta situação no artigo: Suspeita de AVC: o que fazer?
Entenda melhor sobre o tratamento da enxaqueca no artigo: Qual é o tratamento da enxaqueca?
Referências:
- Sociedade Brasileira de Cefaléia
- UpToDate - Ivan Garza, et al.; Overview of chronic daily headache. Oct 01, 2018.
O sangramento na gravidez é comum, sobretudo no início da gestação e não costuma ser um problema grave. No entanto, não deve ser considerado normal, até que seja avaliado pelo obstetra.
Isso porque o sangramento pode representar desde uma situação normal, como o sangramento de fixação do embrião na parede do útero, chamado sangramento de nidação, até uma situação de risco como o início do abortamento ou uma gravidez ectópica (fora do útero).
Sendo assim, qualquer sangramento durante a gravidez deve ser informar imediatamente ao seu obstetra ou ginecologista.
O que causa sangramento no início da gravidez?Nos três primeiros meses de gestação o sangramento é bastante frequente e nem sempre é sinal de complicação. Neste período o sangramento pode ser causado por:
1. Implantação do embrião (sangramento de nidação)O sangramento acontece quando ocorre a implantação do óvulo fecundado (embrião) no útero, chamado de sangramento de nidação. É um pequeno sangramento vaginal de cor rosada, sem cheiro e que dura até 3 dias. Para muitas mulheres pode ser imperceptível.
Este sangramento é considerado um dos primeiros sinais de gravidez e pode vir acompanhado de cólicas.
2. Relação sexual, alterações hormonaisO sangramento que ocorre após as relações sexuais e devido às alterações hormonais também podem ser considerados normais. Geralmente são pequenos sangramentos que a mulher nota após urinar, ao secar-se com papel higiênico ou na calcinha.
Esse tipo de sangramento nem sequer é suficiente para cobrir um absorvente, cessa espontaneamente e é chamado de sangramento de escape. Não é uma situação preocupante.
3. Infecção urináriaSe junto ao sangramento você perceber sinais de infecção como coceira, ardência, febre, mau cheiro e/ou presença de corrimento vaginal, é necessário buscar um médico de família, ginecologista ou obstetra para descobrir a causa e tratar a infecção.
As infecções não representam risco a você e/ou ao bebê, se forem adequadamente tratadas.
4. Gravidez ectópicaA gravidez ectópica ocorre quando o óvulo fecundado se implanta fora da cavidade uterina e o feto se desenvolve fora do útero como, por exemplo, nas tubas uterinas (gravidez tubária).
Nestes casos ocorrem sangramentos vaginais irregulares (sangramento que vai e volta) e dor abdominal em cólicas.
O risco de hemorragia nestes casos é elevado e por este motivo é necessário ir o mais rápido possível para uma emergência, pois o tratamento é cirúrgico de urgência.
5. Aborto espontâneoO aborto espontâneo é a situação mais temida pelas mulheres que estão no primeiro trimestre de gestação. No aborto espontâneo, a mulher apresenta um sangramento mais volumoso, com presença de coágulos e acompanhado de fortes cólicas.
É uma situação que traz risco à vida da mulher pelo volume do sangramento. Por esta razão, é importante dirigir-se o mais rapidamente possível a um serviço de emergência.
Sangramentos no segundo trimestre de gestaçãoDurante o quarto, quinto e sexto meses de gestação os sangramentos são mais raros do que nos três primeiros meses. As situações mais comuns que provocam sangramento neste período são:
- Após as relações sexuais,
- Depois da realização de algum esforço físico como levantar pesos,
- Presença de tosse ou espirros frequentes,
- Até algumas horas após a realização de um exame de toque vaginal e
- Placenta prévia (implantação mais baixa da placenta).
Nas primeiras situações, o sangramento é pequeno, não representa risco à mãe nem ao bebê, mas a placenta prévia pode oferecer risco para ambos.
A placenta na grande maioria das vezes, se fixa na parede lateral do útero e é responsável pela nutrição do bebê. Quando a sua implantação ocorre na parte inferior do útero, próximo ao canal da vagina, é chamada de placenta prévia, ou "placenta baixa".
O problema acontece próximo ao final da gestação, na fase em que o bebê mais cresce e começa a comprimir a placenta com a cabeça. Essa compressão pode oferecer menos oxigênio e nutrientes para o bebê, além de romper alguns vasos da placenta, levando ao sangramento vermelho vivo e indolor.
O tratamento consiste em repouso rigoroso da mãe, medicamentos e no caso de sangramento intenso ou sinais de sofrimento para o bebê, a cesariana de urgência.
O que causa sangramento no final da gravidez?Nos três últimos meses de gestação (sétimo, oitavo e nono mês) os sangramentos causam maior preocupação pelo risco de descolamento de placenta. Além disso, é aguardado que a mulher entre em qualquer momento, especialmente no nono mês, em trabalho de parto.
Descolamento de placentaOcorre quando a placenta se separa da parede interna do útero antes do nascimento do bebê. O descolamento de placenta é mais comum após o sétimo mês em mulheres que tem pressão alta.
Os sintomas incluem sangramento vermelho vivo ou escuro, cólicas fortes e contrações persistentes.
É uma situação grave, pois, além de provocar forte hemorragia, interrompe o fluxo de nutrientes e oxigênio para o bebê. Nestes casos pode ser necessário realizar cesariana de emergência, por este motivo deve-se rapidamente ir para o hospital.
Aborto tardioO abortamento nessa fase da gestação costuma acontecer por complicações de doenças crônicas, como diabetes mellitus e pressão alta. Os sintomas de aborto são sempre o sangramento, associado a cólicas abdominais intensas, podendo apresentar ainda, febre, náuseas ou vômitos, no caso de aborto infectado.
O tratamento será definido de acordo com o quadro e tipo de aborto. Para o aborto incompleto, retido ou infectado, pode ser preciso internação para hidratação, antibioticoterapia e curetagem.
Trabalho de partoO sangramento que ocorre durante o trabalho de parto é normal e esperado. Este sangramento é causado pela perda do tampão mucoso. Este tampão fica na entrada do útero e funciona como uma proteção contra a entrada de bactérias.
Quando ocorre a perda do tampão, sai pela vagina uma secreção transparente e espessa que pode ou não conter sangue. Junto com a perda do tampão e a presença de secreção a mulher sente também as contrações do útero.
Não é necessário correr para o hospital, pois o nascimento do bebê ainda pode demorar. Você deve entrar em contato com o médico obstetra e cumprir as suas orientações.
O que fazer em caso de sangramento na gravidez?Se ocorrer qualquer sangramento na gestação, o médico responsável pelo pré-natal deve sempre ser informado. Você pode observar a quantidade de sangue perdida e a duração do sangramento, da seguinte forma:
- Coloque um absorvente limpo e verifique a cada 30 a 60 minutos, durante algumas horas;
- Se o sangramento for intenso, o abdômen estiver rígido e com dor, ou se houver contrações fortes e frequentes, chame uma ambulância através do número 193 ou dirija-se para um serviço de urgência.
- Quando o sangramento é constante (não pára);
- Sangramento abundante: molha a sua roupa ou ultrapasse a roupa íntima;
- Cor do sangue: sangramento vermelho vivo ou escuro;
- Presença de coágulos no sangue;
- Se já sangrou outras vezes durante a gravidez;
- Sangramento com cólicas, dor ou contrações fortes;
- Desmaios, tonturas, náuseas, vômitos, diarreia, febre;
- História de queda ou trauma recente.
Na maioria das vezes, o tratamento do sangramento durante a gestação consiste em repouso. Entretanto, é necessária uma avaliação ginecológica e talvez, a realização de ultrassom para avaliação do bebê. Isto a deixará mais tranquila em relação à sua saúde e a do seu bebê.
Referências:
UpToDate - Errol R Norwitz, e cols. Overview of the etiology and evaluation of vaginal bleeding in pregnant women. Dec 17, 2019.
Febrasgo - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
Os sintomas mais comuns de pressão baixa (hipotensão) incluem:
- visão turva,
- fraqueza,
- vertigem,
- tonturas,
- náuseas ou vômitos,
- sudorese fria,
- sonolência e
- confusão mental.
Isso acontece porque quando a pressão fica muito abaixo da habitual para o organismo, a circulação sanguínea e devida oxigenação para os órgãos passa a ser insuficiente, resultando nos sintomas citados acima.
A pressão arterial normal geralmente se encontra entre 90/60 mmHg ("9 por 6") e 120/80 mmHg ("12 por 8"). Considera-se hipotensão quando a pressão arterial sistólica está abaixo de 120 mmHg e a diastólica abaixo de 80 mmHg, com presença de sintomas. Embora para muitas pessoas, uma pressão bem abaixo desses valores é suficiente para uma boa vascularização, portanto não apresenta sintomas e será considerada normal.
Quais as causas de pressão baixa?A hipotensão grave pode ser causada por perda súbita de sangue (choque), infecção grave, infarto ou reação alérgica intensa (anafilaxia).
A hipotensão ortostática é causada por uma mudança repentina na posição do corpo. Na maioria dos casos, isso acontece quando a pessoa está deitada e fica rapidamente de pé. A hipotensão nesses casos dura apenas alguns segundos ou minutos. Quando ocorre após as refeições, é chamado de hipotensão ortostática pós-prandial. Geralmente afeta idosos, hipertensos e portadores de doenças neurodegenerativas como a doença de Parkinson.
Um outro tipo de hipotensão é a hipotensão neural mediada, que afeta mais frequentemente adultos jovens e crianças. Nesse caso, a pressão cai, quando a pessoa se mantém de pé por períodos muito prolongados.
A hipotensão também pode ter como causa, o consumo de bebidas alcoólicas e o uso de certos medicamentos, como ansiolíticos, alguns antidepressivos, diuréticos, medicações para doenças cardíacas (incluindo as usadas para tratar pressão alta), medicamentos para cirurgia e analgésicos potentes.
Outras causas de pressão baixa são as alterações do sistema nervoso autônomo, decorrentes de doenças crônicas, como o diabetes, alterações no ritmo cardíaco (arritmias), insuficiência cardíaca e doenças neurodegenerativas.
O que fazer em caso de pressão baixa?Em caso de sintomas de pressão baixa, sente-se ou deite-se imediatamente. Se for possível se deitar, em seguida estique as pernas e levante os pés acima do nível do coração.
Procure não ficar sozinho. Em geral os sintomas desaparecem rapidamente quando o fluxo sanguíneo cerebral é restabelecido.
No caso de alguma doença mais grave ocasionando os sintomas, será preciso procurar um serviço de emergência para avaliação. Vale lembrar que os sintomas de hipotensão podem ser os primeiros sintomas de um acidente vascular cerebral, ou infarto agudo do miocárdio.
O que fazer em caso de hipotensão grave?A hipotensão grave causada por choque é uma emergência médica. Nesses casos, pode ser necessário realizar transfusão de sangue e usar medicamentos para aumentar a pressão sanguínea e melhorar a força do coração.
O que fazer em caso de hipotensão ortostática?O tratamento da hipotensão ortostática pode incluir:
- Alteração na dose ou suspensão do medicamento que pode estar influenciando na queda da pressão;
- Aumentar a ingesta de líquidos;
- Usar meias de média compressão ou cinta abdominal para ajudar na circulação sanguínea;
- Procurar se levantar mais devagar, inclinar o corpo para frente também pode ajudar.
Pessoas com hipotensão neural mediada devem evitar ficar em pé por períodos prolongados, aumentar a ingestão de líquidos e a quantidade de sal na dieta, conforme orientação médica. Em casos graves, podem ser necessários medicamentos.
Quais remédios são indicados para pressão baixa?Os remédios usados para tratar a pressão baixa aumentam ligeiramente a pressão arterial, aliviando os sintomas e prevenindo complicações, como quedas.
Dentre os medicamentos usados em casos de pressão baixa estão a epinefrina®, o metilsulfato de amezínio®, a midodrina®, a norfenefrina®, a foledrina® e a oxilofrina®. Essas medicações servem para aumentar o retorno de sangue para o coração, estimulando os batimentos cardíacos.
Outros remédios utilizados no tratamento da pressão baixa, sobretudo em casos de hipotensão ortostática, incluem:
- Fludrocortisona: esse remédio age sobre os rins e evita a perda de água e sal, aumentando o volume de sangue que, pode sua vez, eleva a pressão arterial;
- Di-hidroergotamina: é um remédio que provoca contração dos vasos sanguíneos, contribuindo com o retorno do sangue para o coração quando a pessoa se levanta;
- Eritropoietina: trata-se de um medicamento que estimula a maturação das hemácias (glóbulos vermelhos) na medula óssea. Essas células transportam o oxigênio no sangue, reduzindo os sintomas em casos de hipotensão ortostática grave.
Contudo, vale lembrar que qualquer remédio para pressão baixa pode causar efeitos colaterais, como pressão alta. Por isso, recomenda-se que o tratamento inicial da hipotensão seja realizado com medidas não medicamentosas, deixando a medicação para casos específicos, em que os sintomas não podem ser amenizados com outras formas de terapia.
Pressão baixa pode matar?Sim, a pressão baixa pode matar. Quando a pressão arterial cai de forma repentina e intensa pode haver falta de oxigênio em órgãos vitais, como coração e cérebro. Esse tipo de hipotensão pode ser fatal se a pessoa não receber tratamento imediatamente.
A pressão arterial baixa também pode ser perigosa em algumas situações. A vertigem, a tontura e a fraqueza podem causar quedas, com risco de traumatismos e fraturas.
Se a pressão baixa provocar desmaio ou vier acompanhada de outros sinais e sintomas, como fezes escuras ou marrom, dor no peito, vertigem, tontura, febre, batimento cardíaco irregular e dificuldade respiratória, pode sinalizar um episódio de sangramento. Nesse caso procure imediatamente atendimento médico de urgência.
Para aliviar a dor de cabeça da enxaqueca, recomenda-se:
- Tomar medicamentos analgésicos ou anti-inflamatórios logo que surjam os primeiros sintomas de uma crise,
- Beber água para evitar a desidratação (sobretudo se houver vômitos),
- Repouso em ambiente calmo e escuro,
- Medicamentos para náuseas e vômitos, se for o caso, também ajudam na melhora mais rápida dos sintomas.
Os remédios indicados para aliviar a dor de cabeça incluem paracetamol®, ibuprofeno®, naproxeno® ou ácido acetilsalicílico®, sobretudo quando a enxaqueca é leve.
No entanto, é importante lembrar que tomar medicamentos para dor por mais de 3 dias por semana pode causar dor de cabeça por uso abusivo de medicamentos. Esse tipo de dor, causada pelo consumo excessivo de analgésicos, deve ser tratada por um especialista, neurologista ou cefaliatra (médico que trata cefaleias).
Além disso, tomar muito paracetamol, ibuprofeno ou ácido acetilsalicílico, podem causar danos no fígado, estômago ou nos rins.
Para casos mais graves ou refratários aos analgésicos comuns, existem outras opções, como os triptanos sob a forma de comprimidos, sprays nasais, supositórios ou injeções e mais recentemente, a inclusão da aplicação de toxina botulínica tipo A (Botox®), nos casos de cefaleia tensional refratária.
Como curar enxaqueca?A enxaqueca não tem cura. O objetivo do tratamento é aliviar os sintomas e prevenir as crises, evitando ou alterando os fatores que desencadeiam as enxaquecas.
Mudanças no estilo de vida ajudam bastante a reduzir as crises, tais como:
- Melhorar a qualidade do sono, dormir o suficiente e sempre que possível mantendo uma rotina de horários;
- Melhorar os hábitos alimentares, incluindo não pular refeições e evitar alimentos que desencadeiam as crises;
- Evitar ou aprender a controlar o estresse;
- Perder peso, quando necessário.
Enxaqueca é um tipo de dor de cabeça com sinais e sintomas bem característicos. São eles:
- Dor intensa, tipo latejante ou pulsátil,
- Unilateral (podendo se espalhar após algum tempo),
- Piora com a luz ou barulhos,
- Associada a náuseas e vômitos,
- História familiar presente (mãe, pai ou irmãos com enxaqueca).
Outros sintomas neurológicos da enxaqueca incluem bocejos, dificuldade de concentração, dificuldade para encontrar palavras, tontura, fraqueza, dormência e formigamento.
Os sintomas duram em média 6 a 8 horas, podendo chegar a 3 dias de dor contínua, o que chamamos de "crise enxaquecosa". Situação que acaba por levar o paciente a um serviço de emergência, para tratamento mais efetivo.
Quais as causas da enxaqueca?A enxaqueca é causada por uma atividade anormal do cérebro, que pode ser desencadeada por muitos fatores. No entanto, o conjunto exato dos fatores que provocam enxaqueca é desconhecido e variam de pessoa para pessoa.
Acredita-se que a crise começa no cérebro e envolve vias nervosas e químicas, causando dilatação dos vasos sanguíneos. Essas alterações afetam o fluxo sanguíneo no cérebro e nos tecidos ao redor.
Em geral, a enxaqueca se inicia na infância ou adolescência. A primeira crise após os 30 anos de idade fala contra o diagnóstico de enxaqueca. A doença é mais frequência em mulheres e está relacionada com história familiar de dores de cabeça.
Uma crise de enxaqueca pode ser desencadeada por:
- Jejum ou Pular refeições;
- Abstinência de cafeína;
- Alterações hormonais durante o ciclo menstrual ou devido ao uso de pílula anticoncepcional;
- Alterações nos padrões de sono, como não dormir o suficiente;
- Consumo de bebidas alcoólicas;
- Exercício extenuante ou outro estresse físico;
- Barulhos intensos ou luzes brilhantes;
- Cheiros e perfumes;
- Tabagismo ou exposição à fumaça do cigarro;
- Estresse e ansiedade.
Certos alimentos também podem causar enxaqueca. Os mais comuns são:
- Chocolate;
- Laticínios, especialmente queijos amarelos;
- Produtos com glutamato monossódico;
- Alimentos que contêm tiramina, como vinho tinto, queijo curado, peixe defumado, fígado de galinha, figo e algumas leguminosas;
- Carnes que contenham nitratos (bacon, salsicha, salame, carnes curadas);
- Amendoim, nozes, amêndoas, avelãs;
- Alimentos processados, fermentados ou marinados.
Existe um sinal que antecede a dor de cabeça, conhecido por aura, porém nem todos os portadores de enxaqueca percebem esse sinal. Os casos em que a aura é evidentes, representam as enxaquecas "com aura". Quando a enxaqueca já se inicia com a dor, é definida por enxaqueca "sem aura".
Portanto, a aura é um grupo de sintomas neurológicos que são considerados um sinal de alerta de que uma enxaqueca está se aproximando.
A aura mais comum é a aura visual, com alterações na visão como:
- Pontos de cegueira temporária ou manchas coloridas;
- Visão turva;
- Dor nos olhos;
- Ver estrelas, linhas em zigue zague ou luzes piscando;
- Visão em túnel (ver apenas objetos mais próximos do centro do campo de visão).
Porém, pode haver outros tipos de aura, como dor de estômago, tontura, mal-estar. O paciente com o tempo passa a reconhecer a sua aura, o que auxilia muito no seu tratamento.
O tratamento nesse momento de aura, possibilita a interrupção da irritação neuronal e muitas vezes o impedimento da crise de dor.
O médico neurologista é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da enxaqueca.
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Qual é o tratamento da enxaqueca?
Referência
ABN. Academia Brasileira de Neurologia.
A pré-diabetes é o aumento das taxas de glicose no sangue, sem atingir os níveis que definem a doença diabetes.
Os valores normais da glicemia em jejum são de 60 a 99 mg/dl. Para a confirmação de diabetes, entre outras análises, a glicemia deve estar acima de 125 mg/dl. Sendo assim, quando a glicemia está entre 100 e 125 mg/dl, é considerada uma fase "pré-diabética".
Embora não caracterize a doença diabetes, a pré-diabetes também é bastante perigosa para a saúde, pois aumenta os riscos de doenças cardíacas, vasculares e neurológicas, como o infarto agudo do miocárdio e o acidente vascular cerebral (AVC). Além do risco de mais de 30% dos casos evoluírem para a diabetes, dentro de 5 anos.
Por esses motivos, na suspeita da pré-diabetes, ou assim que for feito o seu diagnóstico, é fundamental que procure um médico especialista, nesse caso o endocrinologista, para avaliação e início do tratamento para seu controle.
Como confirmar a pré-diabetes?Existem critérios bem definidos para cada uma das condições, através dos exames de sangue: glicemia de jejum de 8h, o teste de tolerância oral a glicose 75 (TTOG 75) e o exame de hemoglobina glicosilada (HbA1c).
A glicemia de jejum deve ser realizada com pelo menos 8h de jejum, e com uma dieta habitual. Não deve ser feito qualquer dieta ou mudança de hábitos alimentares dias antes, para não prejudicar ou mascarar um resultado.
O teste de tolerância oral a glicose, é um dos principais exames para o diagnóstico da pré-diabetes. Nesse teste o paciente recebe uma dose de glicose (75 g) por via oral, e após duas horas é colhido novo exame de sangue para avaliação da glicemia.
E a hemoglobina glicosilada é uma medida de avaliação da glicose nos últimos 2 a 3 meses, a partir da amostra de sangue. Por isso é o teste mais fidedigno para o acompanhamento e ajuste de tratamento nos pacientes diabéticos.
Os valores que definem cada uma das condições estão descritos na tabela abaixo:
Exames de sangue | Normal | Pré-diabetes | Diabetes |
Glicemia de jejum | 60 a 99 mg/dl | 100 a 125 mg/dl | > 125 mg/dl |
TTOG 75 | < 140 mg/dl | 140 a 199 mg/dl | > 200 mg/dl |
HbA1c | > ou = 5,6% | 5,7 a 6,4% | > ou = 6,5 % |
Existem grupos que já consideram a glicose de jejum a partir de 99 mg/dl um sinal de pré-diabetes, por isso qualquer valor acima de 100 mg/dl já configura um quadro de pré-diabetes e deve ser iniciado um tratamento específico, caso a caso.
Sintomas da pré-diabetesA pré-diabetes pode não apresentar qualquer sintoma por anos. Por isso, todos os casos de alto risco para diabetes, devem realizar exames de sangue periodicamente, possibilitando a identificação precoce da doença.
Os sintomas que podem estar presentes são semelhantes aos sintomas de diabetes, de forma mais branda. São eles:
- Emagrecimento (sem causa aparente),
- Fome a todo momento,
- Muita sede,
- Aumento da frequência de urina,
- Cansaço, fadiga,
- Alterações na visão (visão "borrada").
É importante conhecer os fatores que aumentam o risco de desenvolver diabetes e pré-diabetes, para que sempre que possível, se previna da doença.
Os principais são: história familiar de diabetes, obesidade, hipertensão arterial, falta de atividade física, distúrbios de sono, principalmente a privação de sono, tabagismo, doenças do pâncreas, peso superior a 4 kg ao nascimento, ser mulher e ter mais de 45 anos.
Tratamento da pré-diabetesO tratamento correto reduz as chances de complicações cardiovasculares e cerebrovasculares, as doenças mais comuns da nossa população.
1. Orientação nutricionalA dieta é a parte mais importante do tratamento, especialmente na diabetes tipo 2, situação em que o pâncreas produz a insulina, mas não é suficiente para aquele organismo.
2. Atividade física regularA atividade física por pelo menos 30 minutos por dia, por 5 dias na semana, ajuda o organismo a eliminar a gordura e o açúcar em excesso no sangue. Ainda, promove uma melhor circulação sanguínea e hábitos alimentares.
3. Mudança de hábitos de vidaReduzir o consumo de bebidas alcoólicas e eliminar vícios como o uso de cigarro, são medidas fundamentais para evitar a evolução da doença.
4. MedicamentosOs casos com risco mais elevado de evoluir com diabetes ou múltiplos fatores de risco para doença cardiovascular, devem iniciar a medicação em conjunto. O remédio mais usado é a metformina®.
Como saber se já tenho Diabetes?Para confirmar a diabetes os valores do exame de sangue devem ser:
- Glicemia de jejum (8 horas) - acima de 125 mg/dl
- Teste de tolerância oral a glicose a 75 mg - acima de 199 mg/dl
- Hemoglobina glicosilada - acima de 6,4%
Além disso, é preciso que o exame seja feito com o jejum indicado, de no mínimo 8 horas e mantendo a alimentação normal. Evitar dietas ou mudanças de hábitos na véspera do exame, para não alterar o exame e retardar um diagnóstico correto.
O exame clínico faz parte da avaliação e confirmação da doença. E toda essa avaliação pode ser feita pelo médico assistente, ou pelo médico especialista, no caso, o endocrinologista.
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