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Quais os níveis ideais de colesterol no sangue?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os níveis ideais de colesterol no sangue são diferentes para homens e mulheres e variam conforme a idade. Para pessoas (homem ou mulher) com até 19 anos, os valores ideais de colesterol são os seguintes:

  • Colesterol total: Menos de 170 mg/dL;
  • Colesterol não HDL: Menos de 120 mg/dL;
  • Colesterol LDL (colesterol “ruim”): Menos de 100 mg/dL;
  • Colesterol HDL (colesterol “bom”): Mais de 45 mg/dL.

Homens com 20 anos ou mais devem apresentar os seguintes valores de colesterol no sangue:

  • Colesterol total: 125 a 200 mg/dL;
  • Colesterol não HDL: Menos de 130 mg/dL;
  • Colesterol LDL (colesterol “ruim”): Menos de 100 mg/dL;
  • Colesterol HDL (colesterol “bom”): 40 mg/dL ou mais.

Para mulheres com 20 anos ou mais, os níveis ideais de colesterol são:

  • Colesterol total: 125 a 200 mg/dL;
  • Colesterol não HDL: Menos de 130 mg/dL;
  • Colesterol LDL (colesterol “ruim”): Menos de 100 mg/dL;
  • Colesterol HDL (colesterol “bom”): 50 mg/dL ou mais.

Os triglicerídeos são gorduras ingeridas através da alimentação e também produzidas pelo organismo, que servem de reserva energética para seu metabolismo. Os níveis séricos não devem ultrapassar 150 mg/dL.

O que é o colesterol?

O colesterol é um tipo de gordura encontrada em todas as células do corpo. O colesterol é produzido pelo fígado e encontrado em alguns alimentos, como carnes e laticínios.

O corpo humano precisa de colesterol para funcionar adequadamente. Porém, se os níveis de colesterol no sangue estiverem altos, aumentam os riscos de doenças cardiovasculares, como infarto e derrame cerebral.

Colesterol HDL

HDL é a significa em inglês para lipoproteína de alta densidade. Isso significa que esse colesterol é relativamente “pesado”, por isso não flutua na superfície do sangue e não se acumula na parede das artérias. Daí ser conhecido como “bom” colesterol, pois além de não formar placas de gordura nas artérias, remove o colesterol ruim (LDL) do sangue.

Colesterol LDL

LDL é a sigla em inglês para lipoproteína de baixa densidade. Ao contrário do bom colesterol, o LDL é mais leve e por isso tende a se acumular na parede das artérias, formando placas de gordura que podem obstruir o fluxo de sangue e causar infarto e derrame cerebral (AVC). Por isso é conhecido como colesterol "ruim".

Colesterol VLDL

VLDL é a sigla em inglês para lipoproteína de muito baixa densidade. Também é considerado como colesterol "ruim", pois também contribui para o acúmulo de placas de gordura nas artérias.

O que pode aumentar os níveis de colesterol?
Fumar

Fumar aumenta os níveis de LDL e diminui os níveis do bom colesterol (HDL). o que contribui para o maior risco de acúmulo de gordura nos vasos.

Idade e sexo

À medida que mulheres e homens envelhecem, seus níveis de colesterol aumentam. Antes da menopausa, as mulheres apresentam níveis mais baixos de colesterol total do que os homens da mesma idade. Após a menopausa, os níveis de colesterol LDL nas mulheres tendem a aumentar.

História familiar

A genética pode determinar a quantidade de colesterol que o corpo produz. Por isso, é comum haver vários casos de colesterol alto na mesma família.

O que pode diminuir os níveis de colesterol?Dieta

Alimentos ricos em gordura de origem animal (gordura saturada), aumentam os níveis de colesterol LDL no sangue. A gordura saturada está presente em alimentos como carnes, laticínios, chocolate, alimentos processados e fritos. Reduzir o consumo desses alimentos ajuda na redução do colesterol ruim e elevar o bom.

Atividade física

A atividade física regular pode ajudar a diminuir o colesterol ruim (LDL) e aumentar o bom (HDL), além de contribuir para a perda de peso. Para isso, recomenda-se praticar exercícios físicos durante 30 minutos, pelo menos 4 vezes por semana ou diariamente.

Pessoas com mais de 20 anos de idade devem verificar os níveis de colesterol pelo menos uma vez a cada 5 anos. Homens com 45 a 65 anos e mulheres dos 55 aos 65 anos devem realizar o exame de colesterol uma vez a cada 1 ou 2 anos.

Para maiores esclarecimentos, consulte um médico clínico geral ou médico de família.

Quais os benefícios da couve para a saúde?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A couve é um alimento muito nutritivo e, por este motivo, traz diversos benefícios à saúde. É rica em proteínas, cálcio, ferro, vitamina C, betacaroteno e fibras. Por ser um vegetal crucífero, possui altas concentrações de vitaminas e minerais que são essenciais para o bom funcionamento do nosso organismo.

1. Promove uma melhor digestão e funcionamento intestinal

O consumo de couve auxilia na manutenção da saúde do estômago. O fitoterápico chamado sulforafano, presente nos vegetais crucíferos, protege o estômago e impede a proliferação e a infecção por bactérias Helicobacter pylori, responsáveis pelo desenvolvimento de gastrite, úlcera péptica e câncer de estômago.

As fibras presentes nas folhas de couve ajudam a manter o volume de água nos intestinos e a formar o bolo fecal. Deste modo, favorecem a motilidade, promovem a regularidade e o bom funcionamento intestinal.

2. Auxilia na redução do colesterol

As fibras, presentes em alta concentração nas folhas de couve, auxiliam no controle e redução do colesterol. Na medida em que estas fibras passam pelo intestino, a gordura ingerida com a alimentação é absorvida e, posteriormente, eliminada nas fezes.

A redução do colesterol ocorre também pela alta capacidade de ligação aos ácidos biliares no trato digestivo. Vale destacar que os ácidos biliares são constituídos a partir do colesterol e que a ligação adicional de colesterol aos ácidos biliares e a sua excreção provocam, portanto, uma redução efetiva dos níveis de colesterol no sangue.

Estudos demonstraram que as folhas de couve cozidas no vapor têm maior capacidade de se ligar aos ácidos biliares do que outros vegetais crucíferos como brócolis, repolho, couve de Bruxelas, mostarda e couve-flor.

3. Ajuda no controle da diabetes

Por ser rica em fibras, a ingestão regular de couve em um plano alimentar saudável pode auxiliar no controle dos níveis de insulina e, por consequência, no controle da diabetes. Estudos verificaram que pessoas portadoras de diabetes tipo 1 que consomem uma alimentação rica em fibras possuem reduzidos níveis de glicose.

Para quem tem diabetes tipo 2, a alimentação com alto teor de fibras tem a capacidade de reduzir os níveis de lipídios e de melhorar a concentração de insulina no sangue.

4. Atua na prevenção de câncer

Os glucosinolatos, compostos encontrados nos vegetais crucíferos (couve, couve de Bruxelas, brócolis, mostarda e couve-flor), têm sido estudados quanto ao seu poder de impedir a proliferação de câncer de pulmão, mama, próstata e colorretal em diferentes estágios.

Estas substâncias também estão sendo estudadas para o combate ao câncer de pele, esôfago e pâncreas. Entretanto, os resultados das pesquisas para estes tipos de câncer ainda são preliminares e necessitam ser mais bem estudadas.

5. Fortalece os ossos e protege as células nervosas

Por ser rica em vitamina K, a couve tem atuação importante para o aumento da massa óssea a para contenção de lesões dos neurônios.

A vitamina k atua como um importante modificador de proteínas da matriz óssea. Esta ação faz com que a absorção de cálcio aumente e a sua eliminação por meio da urina seja reduzida, o que propicia o aumento da massa óssea.

Além disso, a vitamina K é importante para pessoas com doença de Alzheimer uma vez que ela limita as lesões dos neurônios.

6. Benéfico para mulheres grávidas

A couve é rica em ácido fólico que tem como principal função a produção de novas células. Além de auxiliar na manutenção da saúde do sistema nervoso, o ácido fólico ajuda a fechar o tubo neural dos bebês durante a gestação. Alguns estudos demonstraram também que a vitamina K pode reduzir o risco de lábio leporino e distúrbios cardíacos em bebês.

Uma alimentação saudável é chave para a sua saúde. Priorize alimentos naturais como frutas, legumes, verduras e carnes magras e não faça dietas radicais sem orientação nutricional.

Coentro: para que serve e quais os benefícios?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O coentro (Coriandrum sativum) é uma hortaliça que serve como tempero, mas que também é usada para fazer chá. O consumo de coentro pode trazer diversos benefícios à saúde, auxiliando no controle de cólicas abdominais, eructação (arrotos), flatulência (gases intestinais), distúrbios estomacais, má digestão, prisão de ventre, insônia, diabetes, colesterol, triglicerídeos, ansiedade e estresse. Trata-se de uma erva aromática, mas com diversos benefícios e propriedades.

Fonte de vitaminas e minerais

O coentro contém vitaminas A, B1, B2, B3 e C, minerais como cálcio, ferro, magnésio, fósforo, potássio, sódio e zinco, além de óleos essenciais, taninos, flavonoides, ácidos graxos, entre outros compostos benéficos à saúde.

Dentre os minerais, destacam-se o fósforo e o cálcio, fundamentais para a manutenção dos ossos e dentes, o potássio, que ajuda a baixar e controlar a pressão arterial, e ainda o zinco, importante para o sistema imunológico, para o funcionamento da tireoide, além de ter ação antioxidante e exercer outras funções importantes no corpo.

Além das vitaminas e dos minerais essenciais para o bom funcionamento do organismo, vale ressaltar a importância dos ácidos graxos e dos antioxidantes encontrados no coentro.

Ajuda a baixar o colesterol

Os ácidos graxos presentes no coentro (ácido oleico, ácido palmítico, ácido esteárico) são gorduras “boas” que ajudam a diminuir os níveis de colesterol no sangue. Isso diminui o risco de haver formação de placas de gordura nas paredes das artérias, diminuindo o risco de doenças cardiovasculares como infarto e AVC.

Combate os radicais livres

O coentro possui ainda flavonoides, saponinas, taninos, compostos fenólicos, entre outras substâncias com propriedades antioxidantes. Dessa forma, o coentro neutraliza os radicais livres, que danificam as células saudáveis do corpo e aumentam o risco de envelhecimento precoce, doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer.

Melhora a digestão

O efeito combinado do coentro com outras especiarias pode aumentar a atividade digestiva do pâncreas e a eliminação da bile. O pâncreas produz suco pancreático, que participa no processo de digestão, enquanto que a bile é eliminada pela vesícula biliar e atua na digestão das gorduras.

Quais são os benefícios do coentro?

Os benefícios do coentro são devidos às suas propriedades:

  • Diurética: aumenta a eliminação de urina, combatendo o inchaço causado pela retenção de líquidos;
  • Antiespasmódica: inibe os espasmos musculares dos músculos lisos presentes em órgãos internos como útero, bexiga, esôfago e estômago, combatendo cólicas;
  • Anti-inflamatória: contém substâncias que ajudam a prevenir processos inflamatórios;
  • Hipoglicemiante: ajuda a baixar ou controlar os níveis de açúcar no sangue, favorecendo o funcionamento do fígado e do pâncreas;
  • Digestiva: além de ser antiespasmódico, o coentro estimula a liberação de sucos digestivos como o suco pancreático e a bile;
  • Sedativa: favorece o sono, auxiliando em casos de insônia;
  • Ansiolítica: com ação calmante, ajuda a controlar o nervosismo e a ansiedade;
  • Antioxidante: combate os efeitos nocivos dos radicais livres;
  • Hipolipemiante: ajuda a baixar os níveis de colesterol e triglicerídeos no sangue;
  • Antimicrobiana: ajuda a prevenir infecções, sobretudo gastrointestinais;
  • Carminativa: diminui a formação de gases no estômago e no intestino.
Como fazer o chá de coentro?

Ingredientes:

  • 500 ml de água;
  • 1 colher de sopa de coentro.

Como fazer:

1. Leve a água ao fogo até levantar fervura;

2. Quando começar a ferver, desligue o fogo e adicione o coentro;

3. Deixe o recipiente tapado por 15 minutos;

4. Coe e beba o chá de coentro após as refeições.

Para maiores informações sobre o uso do coentro e os seus benefícios, consulte um nutricionista.

Como saber se tenho diabetes tipo 1?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os sintomas que caracterizam o diabetes tipo 1 incluem sede excessiva, aumento do volume de urina, aumento da frequência urinária, aumento do apetite, emagrecimento acentuado, cansaço e fraqueza.

O início dos sintomas do diabetes tipo 1 é relativamente rápido, podendo surgir em alguns dias ou em poucos meses. A doença pode afetar pessoas de qualquer idade, mas é mais comum em crianças e adultos jovens.

Sem tratamento, os sintomas do diabetes tipo 1 podem evoluir e causar desidratação grave, sonolência, vômitos, dificuldade para respirar, crises convulsivas até o estado de coma.

A pior complicação do diabetes tipo 1 é a cetoacidose diabética, cujo tratamento necessita de internação hospitalar para medicação venosa e controle adequado.

Quais são as causas do diabetes tipo 1?

O diabetes tipo 1 é uma doença auto-imune, aonde o organismo produz anticorpos contra ele mesmo, nesse caso, causando uma destruição das células beta do pâncreas, que deixam de produzir a insulina.

A insulina é um hormônio produzido pelas células beta do pâncreas e tem a função de transportar a glicose (açúcar) do sangue para dentro das células do corpo para ser usada como fonte de energia. Na falta de insulina, os níveis de glicose no sangue ficam elevados, uma condição conhecida como hiperglicemia crônica.

Quando a hiperglicemia se torna crônica, causa danos na micro e macrocirculação, prejudicando e danificando órgãos como os rins, olhos e coração, além de lesionar os nervos, vasos e aumentar risco de doenças cardiovasculares.

Porém, se o diabetes tipo 1 estiver controlado, os riscos de complicações diminuem significativamente.

Como saber se tenho diabetes tipo 1?

O diagnóstico do diabetes tipo 1 é baseado nos exames de sangue e exame médico.

Os principais exames para confirmação diagnóstica são:

  1. Glicemia de jejum superior a 126 mg/dl, após um jejum de 8 horas;
  2. Glicemia aleatória (realizada sem jejum ou qualquer controle), acima de 200 mg/dl, associado a sinais e sintomas sugestivos de diabetes;
  3. Teste de tolerância oral a glicose (TTOG75), com verificação da glicemia após administrar uma dose oral de 75 g de glicose, com valor de glicemia superior a 200 mg/dl;
  4. Hemoglobina glicosilada (A1C), no sangue, que não deve ultrapassar 6,5%.

Sendo que se houver dois dos exames alterados já é suficiente para o diagnóstico, ou quando apenas um dos exames estiver alterado, será necessário repetir ou realizar um segundo exame.

Diabetes tipo 1 tem cura? Como é o tratamento?

O diabetes tipo 1 não tem cura. Trata-se de uma doença crônica que necessita de tratamento até o fim da vida. O tratamento do diabetes tipo 1 é feito através de injeções subcutâneas de insulina, dieta adequada e prática regular de exercícios físicos.

Diagnosticar e tratar precocemente o diabetes tipo 1 é muito importante para prevenir complicações. Em caso de sintomas de diabetes, consulte um médico clínico geral, médico de família ou endocrinologista.

Leia também: Diabetes mellitus: o que é, quais os sintomas e como tratar?

Quem não pode doar sangue?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Existem situações que impedem a doação de sangue temporariamente, e aquelas que tem mesmo contraindicação absoluta. Os critérios foram determinados pelo Ministério da saúde, e são devidamente revisados quando necessário.

Restrições temporárias para doar sangue 1. Sinais de infecção

Pessoas com sinais de infecção, febre, gripe, resfriado, diarreia ou conjuntivite não podem doar sangue, durante pelo menos uma semana após terminar os sintomas.

Após sete dias sem sintomas, poderá ser um doador.

2. Anemia

Pessoas com problemas de anemia, seja qual for a causa, devem aguardar a melhora do seu exame de sangue para reavaliar a doação.

3. Gestante, Pós-parto e Amamentação

Gestantes e mulheres no pós-parto não podem doar sangue. Para parto normal está determinado aguardar pelo menos 3 meses. Para cesarianas, 6 meses.

Mulheres amamentando, a recomendação é de 1 ano para avaliar possibilidade de doação.

4. Tatuagem e/ou Piercing

Nos casos de Tatuagem e/ou piercing, poderá doar sangue após 12 meses do procedimento.

5. Procedimentos dentários

Para procedimentos dentários mais simples, como extração dentária sem complicações, basta aguardar 72h (3 dias). Para cirurgias mais extensas com necessidade de anestesia, a recomendação são de 30 (trinta) dias.

6. Cirurgias e Procedimentos cirúrgicos

Outras cirurgias, variam de acordo com o tipo de cirurgia, em média de 3 a 6 meses. Cabe ao cirurgião ou equipe do banco de sangue, definir essa orientação.

Procedimentos cirúrgicos mais invasivos, com Endoscopia digestiva (EDA), colonoscopia, procedimentos urológicos, devem aguardar pelo menos 6 meses.

7. Pessoas que já receberam transfusão de sangue

Pessoas que receberam transfusão de sangue em algum momento, devem aguardar por 1 ano.

8. Bebidas alcoólicas

Se consumiu bebida alcoólica, deverá aguardar 12 horas para a doação.

9. Vacinas

Após vacinas, o tempo de espera varia conforme a vacina aplicada.

10. Pessoas que já trataram doenças contagiosas

Após tratamento de tuberculose pulmonar, é necessário aguardar 5 anos.

Doenças sexualmente transmissíveis (DST), deve ser avaliado caso a caso. Algumas doenças contraindicam a doação definitivamente.

11. Medicamentos

Medicamentos também são avaliados caso a caso, os antibióticos, por exemplo, precisam aguardar 15 dias. Os anti-hipertensivos, anti-inflamatórios, analgésicos e antidepressivos, não são impedimentos para a doação. Mas devem ser sempre informados.

Restrições permanentes para doar sangue

Situações que impedem definitivamente a doação de sangue, seja para proteger a saúde do doador, ou para evitar uma contaminação de quem recebe a bolsa de sangue, são:

  1. Portadores de Hepatite B, Hepatite C, HIV ou HTLV;
  2. Já teve ou tem doença de Chagas;
  3. Já teve ou tem câncer;
  4. Problemas de coagulação no sangue;
  5. Diabete mellitus,
  6. Quando já fez uso de insulina;
  7. Pós operatório de neurocirurgia;
  8. Já teve ou tem hanseníase, elefantíase, brucelose ou esquistossomose;
  9. Tuberculose extrapulmonar,
  10. Transplante de órgãos ou de medula;
  11. Se é usuário de drogas ilícitas injetáveis;
  12. Se já teve Malária (confirmada).

Pessoas que estiveram em locais com alta prevalência de Malária, como Acre, Amapá, Amazonas, Rondônia, Roraima, Maranhão, Mato Grosso, Pará e Tocantins, precisam aguardar 12 meses para a doação.

Menstruação impede a doação de sangue?

Não. A menstruação não contraindica a doação, porque o volume perdido nessa fase do ciclo, mesmo para mulheres que tenham um fluxo intenso, mais o volume de sangue doado, não são suficientes para causar riscos à doadora.

De qualquer forma, antes da doação existe uma triagem bem criteriosa, onde são feitas perguntas pertinentes ao procedimento à fase do ciclo da mulher, e quando preciso, pode ser realizado rapidamente um teste de sangue, para descartar possível anemia.

Requisitos para doação de sangue

Pessoas com idade entre 16 e 69 anos, pesando mais de 50 kg, saudáveis e com documento oficial com foto. Menores de 18 anos precisam levar o consentimento formal dos responsáveis.

A pessoa deve estar alimentada, nunca em jejum, e evitar alimentos gordurosos 3 horas antes da coleta de sangue.

Importante que tenha passado uma boa noite de sono e se alimentado bem no dia anterior.

O cigarro deve ser evitado pelo menos 2 horas antes da coleta, e bebidas alcoólicas, 12 horas antes.

Pessoas com idade entre 60 e 69 anos só poderão doar sangue se já o tiverem feito antes dos 60 anos.

Quanto tempo leva para o corpo recuperar o sangue doado?

O corpo saudável é capaz de repor o sangue doado em 24 horas.

O nosso organismo tem em média 5 a 6 litros de sangue, e a retirada para doação não ultrapassa 450 ml, menos de 10% do volume total. Portanto, um valor que não costuma causar efeitos indesejados ao doador.

Mesmo assim, após a coleta é oferecido um pequeno lanche, e aconselhado a se alimentar bem durante as próximas 2 horas, aumentar o consumo de água, manter repouso por um tempo e evitar grandes esforços ou atividade física nesse dia.

Lembrando que, por lei, a pessoa que doa sangue, tem o direito de 1 dia de licença médica, o dia da coleta e doação do sangue, uma vez por ano. O atestado deve ser solicitado no momento da doação.

Quantas vezes é permitido doar sangue por ano?

Para os homens, é recomendado um máximo de 4 doações ao ano, e para as mulheres, que já tem uma perda sanguínea mensal, são três.

O intervalo mínimo entre uma doação e outra é de 2 meses para os homens e de 3 meses para as mulheres.

Para maiores esclarecimentos, fale com o seu médico de família, ou procure um banco de sangue, que poderá tirar qualquer dúvida sem compromisso.

Leia também:

Fonte:

HEMORIO. http://www.hemorio.rj.gov.br/

Ter glicose 150 é normal?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Ter 150 de glicose é normal quando o teste é feito pouco tempo após comer. Mas quando 150 é o valor da glicemia em jejum, isso pode indicar diabetes. Isso porque a glicose, que é nossa principal fonte de energia, tem que ser mais baixa quando estamos em jejum e aumentar quando comemos.

A pessoa é considerada diabética quando:

  • A glicemia de jejum for maior ou igual a 126 mg/dL (em pelo menos 2 testes). Os valores menores que 100 são normais e os que ficam entre 100 e 125 são considerados pré-diabetes. O exame de glicemia de jejum é o mais usado para saber se a pessoa está com diabetes;

  • A glicemia for maior ou igual a 200 mg/dL 2 horas após um exame com sobrecarga de glicose (a pessoa toma um líquido muito doce 2 horas antes de colher o sangue para medir a glicemia). Os valores menores que 140 são normais. Valores entre 140 e 199 são considerados pré-diabetes.

O ideal quando há alguma dúvida ou suspeita de diabetes é ir ao médico. Somente ele pode pedir exames de laboratório e avaliar se a glicose e outros parâmetros importantes para a sua saúde estão normais. Além disso, somente o médico pode indicar um tratamento, quando for necessário.

Se quiser saber mais sobre os níveis de glicose no sangue, leia também:

Referências:

Cobas R, Rodacki M, Giacaglia L, Calliari L, Noronha R, Valerio C, Custódio J, Santos R, Zajdenverg L, Gabbay G, Bertoluci M. Diagnóstico do diabetes e rastreamento do diabetes tipo 2. Diretriz Oficial da Sociedade Brasileira de Diabetes (2022).

Brutsaert EF. Diabetes mellitus. Manual MSD.

Espinafre cura anemia?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Depende. O espinafre é um alimento rico em ferro, e o ferro é um mineral essencial para a formação das hemácias. As hemácias são células do sangue responsáveis por transportar o oxigênio pelo corpo.

Por isso, o consumo de espinafre regularmente na dieta, aumenta a concentração de ferro no organismo e pode curar uma anemia, se foi ocasionada pela falta do ferro, a anemia ferropriva.

A anemia ferropriva é atualmente a principal causa de anemia no mundo atualmente. No entanto, dependendo da causa e gravidade da anemia, apenas o espinafre pode não ser suficiente para alcançar a cura. Pode ser preciso outro tratamento.

A causa da anemia deve ser sempre investigada pelo médico!

Espinafre e anemia Espinafre

O espinafre, como os demais alimentos vegetais de cor verde-escura, são fontes de um tipo de ferro chamado ferro não-heme. Para que o ferro do espinafre seja melhor absorvido pelo organismo e ajude na prevenção e tratamento da anemia, é necessário que ele seja consumido junto com alimentos ricos em vitamina C (ácido ascórbico).

Além disso, outras medidas devem ser tomada para tratar uma anemia, como a busca pela causa desse problemas e evitar hábitos que reduzem a absorção do ferro pelo corpo. Por exemplo, o conusmo exagerado de cafeína, bebidas alcoólicas e cigarro.

Alimentos vegetais ricos em ferro
  • Espinafre
  • Brócolis
  • Couve
  • Acelga
  • Ervilha
  • Feijões (preto, branco, verde)
  • Lentilha
  • Grão-de-bico
  • Abóbora
  • Beterraba
  • Amendoim
  • Sementes de abóbora
  • Sementes de girassol
  • Noz
  • Uva passa
  • Abacate
  • Pistache
  • Cacau em pó
  • Tofu
  • Aveia em flocos

O consumo destes vegetais deve ser acompanhado de outros alimentos ricos em vitamina C, como: morangos, laranja, limão, abacaxi, pimentão.

Quais são os sintomas de anemia?

Os sintomas de anemia se iniciam de forma leve e vão se acentuando. São eles:

  • Cansaço
  • Palidez
  • Dores de cabeça
  • Dificuldade de concentração
  • Unhas frágeis
  • Tontura
  • Falta de apetite
  • Desmaio
  • Falta de ar

O diagnóstico é feito com base nos sintomas clínicos e em exames laboratoriais de sangue.

O tratamento consiste em uma alimentação rica em ferro, vitaminas, bons hábitos de vida, e nos casos mais graves, pode ser preciso incluir suplementos, ferro injetável e transfusão de sangue.

Se você suspeita que pode estar com anemia, adote uma alimentação saudável e procure um/a médico/a. Não utilize suplementos sem prescrição.

Veja mais

Referências:

ABRAN – Associação Brasileira de Nutrologia.

ABHH – Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular.

Quais são os principais sintomas do diabetes tipo 2?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O diabetes tipo 2 pode causar poucos ou mesmo nenhum sintoma, principalmente durante os primeiro meses ou anos da doença.

A doença pode ser pouco sintomática por anos, fazendo com que as suas manifestações só sejam visíveis no futuro devido a complicações.

Quando ocorrem, os sintomas mais frequentes dos diabetes tipo 2 são:

1. Aumento da frequência urinária e sede intensa constante

A poliúria, que é o aumento da frequência urinária, e a polidipsia, que é o aumento da sede, são dois sintomas muito característicos e típicos do diabetes. Acontece quando há uma grave descompensação dos níveis de açúcar no sangue.

No diabetes o organismo tenta liberar grande parte da glicose que está em excesso através da urina, sendo que para isso também elimina bastante água, por isso, o diabetes aumenta a frequência e volume urinários.

Em contrapartida, o organismo passa a precisar do volume de água que foi perdido pela urina. A pessoa com diabetes passa, então, a sentir mais sede e ingerir muito mais água.

2. Perda de peso apesar de ingesta normal de alimentos

O emagrecimento também é um sintoma frequente no diabetes avançado.

A dificuldade de reconhecimento e uso da glicose circulante no sangue, faz com que a pessoa não consiga aproveitar as calorias presentes na glicose, levando ao emagrecimento e perda de peso mesmo que a pessoa esteja se alimentando normalmente.

3. Fadiga e cansaço

O conjunto de desidratação, desnutrição e todo o desbalanço metabólico que ocorre no diabetes, pode desencadear um quadro de fadiga constante, aparentemente sem explicação.

A fadiga e sensação de cansaço pode inclusive ser um dos únicos sintomas relatados pelas pessoas com diabetes.

4. Aumento da fome

O aumento da fome também pode ocorrer em pessoas que apresentam diabetes descompensado, embora seja um sintoma menos comum.

No diabetes tipo 2 avançado, o organismo passa a apresentar uma dificuldade de identificar a glicose circulante no sangue, associado a isso há também uma grande perda de glicose pela urina.

Esses dois fatores fazem com que o corpo entenda que falta glicose, desencadeando o aumento do apetite e da fome, fazendo com que a pessoa com diabetes sinta mais fome e coma excessivamente.

5. Infecções recorrentes

A diabetes causa também alterações e deficiências no sistema imunológico. Com o sistema imune enfraquecido, ocorre um aumento da predisposição a infecções.

Nos diabéticos ocorrem um aumento do risco de infecção urinária, pulmonar e principalmente da pele.

6. Coceira vaginal

Os altos índices de glicose alteram o pH e microflora bacteriana da vagina, o que predispõe a proliferação de fungos e o aparecimento de sintomas da candidíase vaginal, como coceira e ardência vulvar.

A candidíase de repetição inclusive pode ser o único sintoma de mulheres com diabetes, portanto, é preciso estar atento quando este sintoma surge.

7. Dificuldade de cicatrização

A dificuldade de cicatrização é frequentemente associada com o diabetes. Ela ocorre devido principalmente a alterações na microcirculação dos tecidos.

Os vasos sanguíneos reduzem a sua capacidade de irrigar a região da ferida, dificultando a chegada de moléculas que são essenciais para a recuperação do tecido lesionado.

Essas alterações na vascularização associados a distúrbios no sistema imune e neurológico dificultam ainda mais o complexo sistema de recuperação de uma ferida. É por isso, que pessoas com diabetes descompensado apresentam um tempo de cicatrização maior.

8. Distúrbios visuais

Os distúrbios da visão, que podem se manifestar através de visão embaçada e dificuldade de enxergar, ocorrem em casos de diabetes avançado e descompensado em que os altos níveis de glicose afetam os pequenos vasos sanguíneos presentes na retina.

A retinopatia diabética é um distúrbio visual frequente na população diabética. Em casos severos pode levar a perda total da visão.

O adequado controle dos valores de glicose no sangue previne o aparecimento da retinopatia diabética, de outras alterações nos vasos sanguíneos e de muitos dos sintomas aqui descritos. Por isso, é essencial que as pessoas diabéticas mantenham um rigoroso controle dos níveis de açúcar no sangue.

Qual o tratamento do diabetes?

O tratamento do diabetes tipo 2 é feito através de medidas farmacológicas, que incluem medicamentos, e medidas não-farmacológicas, que se referem a mudanças nos hábitos e estilo de vida.

Tratamento farmacológico

O tratamento do diabetes do tipo 2 pode incluir no início remédios, como a metformina, glicazida, glibenclamida, entre outros.

Já quando se encontra em um estado mais avançado pode ser necessário também incluir a insulina como opção terapêutica.

Tratamento não-farmacológico

O tratamento não farmacológico inclui as seguintes medidas:

  • Mudanças na alimentação: redução da ingesta de carboidratos, evitar alimentos com açúcar comum e refinado, como doces e bolos. Ingesta de alimentos com fibras, como frutas, legumes e verduras.
  • Prática de atividade física: deve-se praticar atividade física regular pelo menos 30 minutos, 5 vezes por semana.
  • Perda de peso: para todas as pessoas com diabetes que apresentam sobrepeso ou obesidade está recomendada a perda de peso, que pode reduzir significativamente os índices de açúcar no sangue.

Se você apresenta sintomas sugestivos de diabetes não deixe de consultar um médico para uma avaliação.

Também pode ser do seu interesse: Mancha escura no pescoço é diabetes?

Referências bibliográficas

1. SILVIO E I., BEATRICE L..Clinical presentation, diagnosis, and initial evaluation of diabetes mellitus in adults. Uptodate. 2020. Acesso em 19 set 2020.

2. Diretrizes sociedade brasileira de diabetes. 2019-2020.

Insuficiência mitral
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A insuficiência mitral é uma doença que atinge uma das válvulas do coração, a válvula mitral, impedindo que ela se feche totalmente.

Neste caso, o defeito da válvula permite que uma pequena quantidade de sangue retorne para o átrio esquerdo e depois para os pulmões, ao invés de irrigar o corpo, como deveria acontecer em condições normais.

1 - Válvula mitral. (A seta vermelha indica que o sangue está retornando para o átrio, provavelmente por um defeito na válvula), 2- Ventrículo esquerdo, 3- Átrio esquerdo.

A válvula mitral é uma estrutura do coração que separa o átrio esquerdo (3) do ventrículo esquerdo (2). Esta válvula permite que o sangue oxigenado, vindo dos pulmões, passe do átrio para o ventrículo esquerdos e depois, ao sair do ventrículo esquerdo, leve oxigênio para todo o corpo, através da circulação sanguínea.

Quando existe um defeito nessa válvula, o sangue pode retornar, causando acúmulo de líquido nos pulmões além de dificuldade na oxigenação do corpo. O acúmulo de líquido nos pulmões dá origem a tosse, falta de ar e cansaço aos pequenos esforços.

Quais são os tipos de insuficiência mitral?

A insuficiência mitral pode ser classificada como leve, moderada ou grave, de acordo com a gravidade da doença. Pode ser classificada ainda em aguda e crônica.

A aguda é a forma mais agressiva e que se instala rapidamente, enquanto a forma crônica, aquela que se desenvolve aos poucos, causando sintomas mais leves.

1. Insuficiência mitral leve ou discreta

A pessoa com insuficiência mitral leve ou discreta, geralmente, não apresenta nenhum sintoma. Neste tipo de insuficiência, o coração se adapta ao defeito da válvula e à alteração da circulação sanguínea e somente é identificada em exames de rotina quando o médico ausculta o coração do paciente.

Normalmente não necessita de tratamento, mas precisa ser acompanhada pelo cardiologista.

2. Insuficiência mitral moderada

Na insuficiência mitral moderada a pessoa começa com alguns sintomas que não são específicos da doença como, por exemplo, cansaço sem uma causa aparente.

Podem ser necessários exames como Raio-X de tórax ou ultrassonografia para avaliar o funcionamento do coração e da válvula mitral.

3. Insuficiência mitral grave

Quando a insuficiência mitral se torna mais grave, o paciente começa apresentar cansaço e sintomas mais característicos da doença como tosse, falta de ar e inchaço nas pernas, especialmente nos pés e tornozelos.

Os exames que detectam esse quadro será o raio-X e ultrassom, ou ecocardiograma.

O tratamento depende da gravidade do quadro e pode ser feito com medicamentos ou procedimento cirúrgico, para correção do defeito da válvula ou para a sua substituição.

4. Insuficiência mitral aguda

A insuficiência mitral aguda é uma condição grave que acontece devido à ruptura da musculatura cardíaca. Geralmente ocorre devido ao infarto agudo do miocárdio e uma infecção no coração (endocardite infecciosa).

O tratamento definitivo é cirúrgico e é feito para reparar a válvula ou mesmo, substituí-la.

5. Insuficiência mitral crônica

A insuficiência mitral crônica inicialmente pode ser silenciosa, não apresenta nenhum sintoma. Os sintomas vão se instalando lentamente na medida em que a doença evolui e incluem: falta de ar, cansaço e palpitações.

Ocorre devido a doenças como febre reumática, calcificação, prolapso de válvula ou problemas genéticos de malformação da válvula mitral. O tratamento pode ser efetuado com medicamentos ou através de procedimento cirúrgico.

Quais os sintomas da insuficiência mitral?

Os sintomas surgem na medida que a doença avança e incluem:

  • Tosse
  • Cansaço sem motivo aparente
  • Falta de ar
  • Palpitações
  • Inchaço nas pernas, especialmente nos tornozelos e pés
Como é feito o tratamento da insuficiência mitral?

Quando a insuficiência mitral é leve ou discreta pode ser que não seja necessário nenhum tratamento específico, ou que precise somente de uso de medicações. Entretanto, é preciso acompanhamento médico para monitorar o desenvolvimento da doença.

Os medicamentos usados para o tratamento da insuficiência cardíaca são os diuréticos e os antiarrítmicos (medicamentos para corrigir arritmias).

Se houver piora da doença, pode ser indicado tratamento cirúrgico, para reparar o problema da válvula ou mesmo para substituir a válvula com defeito por uma válvula artificial.

Para saber mais sobre o tratamento, você pode ler: Insuficiência mitral pode matar? Existe tratamento?

Causas de insuficiência mitral

A insuficiência mitral pode ser provocada por:

  • Infarto Agudo do miocárdio (IAM),
  • Insuficiência cardíaca ("coração grande"),
  • Febre reumática,
  • Infecções como endocardite, e
  • Problemas da própria válvula (ruptura de tendões que a sustentam, degeneração).
Quando devo procurar um médico?

É importante procurar um médico se você sentir:

  • Tontura com frequência
  • Apresentar episódio de desmaio (síncope)
  • Cansaço sem motivo aparente
  • Falta de ar em situações simples, como caminhadas (antes não percebida)
  • Palpitações (coração disparado)

O acompanhamento médico com um cardiologista é fundamental para definir o tratamento e principalmente, monitorar o desenvolvimento da insuficiência mitral.

Referências:

American Heart Association

American College of Cardiology

6 formas de tratar da anemia com alimentos e vitaminas
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O tratamento definitivo das anemias depende da sua causa. Aumentar o consumo de alimentos ricos em ferro é a base desse tratamento, visto que o ferro é um mineral essencial para a produção das células do sangue.

No entanto, existem outras substâncias e vitaminas necessárias para a formação das hemácias, além de dicas para melhor absorção dos alimentos pelo organismo, para ajudar no tratamento desta doença.

1. Aumentar o consumo de alimentos ricos em ferro

Os alimentos que contém grande quantidade de ferro e com isso auxiliam na produção de novas hemácias, as células principais do sangue, são:

  • Carne vermelha
  • Peixe
  • Mariscos, ostras
  • Feijão, Lentilha, Grão de bico
  • Legumes e verduras verde-escuro (agrião, pimentão, brócolis, espinafre, couve)
  • Miúdos (moela, fígado e rins)
  • Gema de ovo
  • Soja
  • Tofu

O ferro proveniente dos alimentos de origem animal são melhor absorvidos que os de origem vegetal. No entanto, um bom planejamento alimentar, de preferência com um profissional da área de nutrição, consegue ofertar a quantidade necessária de ferro em qualquer opção de dieta.

2. Consumir vitamina C junto com as refeições

Para estimular a absorção do ferro no organismo, seja qual for a origem do alimento, uma das medidas recomendadas é o consumo de vitamina C junto com a refeição.

A vitamina deve ser consumida na sua forma natural ou em sucos, para que não perca as propriedades. Excelentes fontes de vitamina C são: a acerola, mamão, tangerina, laranja, morango, kiwi e limão.

3. Consumir vitamina B12 e ácido fólico (B9)

Além do ferro, as vitaminas B12 e ácido fólico também são substâncias fundamentais para a produção de hemoglobina.

Na dieta vegetariana estrita, pode não haver alimentos com a vitamina B12, por isso, nesse caso precisa ser suplementada. A carência dessa vitamina causa anemia megaloblástica com comprometimento inclusive neurológico. Converse com o seu nutricionista.

Fontes de vitaminas B12: carnes, ovos, leite, queijos, alimentos enriquecidos e suplementos. Fontes de ácido fólico (B9): vegetais de folhas verdes, frutas (laranja, morango e mamão papaia), frutos secos e grãos integrais.

4. Evitar cafeína e leite

Existem alimentos que diminuem a capacidade de absorção do ferro no organismo, por diferentes mecanismos, por isso devem ser evitados nos casos de anemia. São eles: bebidas com cafeína, bebidas alcoólicas, chocolate, leite e derivados.

A quantidade diária adequada deve ser avaliada caso a caso. Lembrando que nenhum alimento deve ser excluído completamente da dieta, porque com exceção das bebidas alcoólicas, todos participam de alguma forma, do equilíbrio do corpo.

O leite e derivados são fontes de cálcio e outros minerais. Sendo assim, indicamos que procure um profissional da nutrição para essa avaliação.

5. Cozinhar em panela de ferro

O preparo dos alimentos em panelas de ferro, aumenta ainda mais a absorção desse mineral, por isso é uma técnica recomendada, que vem apresentando bons resultados.

6. Medicamentos e suplementos

Os medicamentos e/ou suplementos de ferro são indicados, nos casos de gravidez e crianças em fase de crescimento, porque o organismo pode não ser capaz de suprir todas as necessidades naquele momento.

Pessoas que optam por não consumir carne somente devem utilizar suplementos após avaliação médica ou nutricional, se detectada a carência de ferro.

Além disso, pessoas que tenham passado por cirurgias de estômago e intestino, com a retirada de regiões importantes para a absorção, também precisam de suplementos de ferro para manter uma taxa adequada do mineral no sangue.

Transfusão de sangue

Nos casos mais graves, como acidentes, tumores ou cirurgias, a perda de sangue em grande quantidade ou rapidamente, não permite que o organismo consiga repor as células a tempo. Para evitar problemas de saúde e até risco de morte, pode ser preciso transfundir bolsas de sangue.

Existem remédios para tratar a anemia?

Sim. Nos casos de anemia por carência de elementos essenciais para a formação de hemácias, podem ser prescritos complexos de minerais e vitaminas. Um exemplo comum é a recomendação de ácido fólico em comprimido, de forma preventiva, para as mulheres que pretendem engravidar.

O uso do ácido fólico no pré-natal, reduz o risco de malformação ou problemas no desenvolvimento neurológico do bebê.

O sulfato ferroso ou combiron fólico®, também é uma medicação amplamente utilizada para tratamento de anemias, com objetivo de repor o estoque do mineral (ferro) e facilitar a sua absorção, na fórmula associada ao ácido fólico.

Nos casos mais graves, de perda de sangue volumosa ou anemia severa, pode ser preciso prescrever medicação injetável, que tem um resultado mais rápido e eficaz.

De qualquer forma, é importante lembrar que essas formulações e suplementos, devem ser prescritos e acompanhados por profissionais desta área, pois o excesso de ferro também pode ser prejudicial à saúde.

Nenhuma medicação é livre de efeitos colaterais, nem mesmo os complexos de minerais e vitaminas.

Por esse motivo, não é recomendado o uso indiscriminado, ou por conta própria, de qualquer medicação, mesmo que seja natural ou complexos vitamínicos.

O que é a anemia?

A anemia significa uma redução na concentração de hemácias, as células do sangue responsáveis por transportar o oxigênio para todo o corpo. O baixo consumo de ferro, mineral essencial para a formação das hemácias, ainda é a principal causa de anemia no mundo.

Por isso, aumentar o consumo de ferro pode ser suficiente para resolver o problema. Entretanto, existem outras causas de anemia como uma hemorragia interna ou presença de um tumor, o que representa risco de vida e por isso devem ser investigados.

A causa da anemia deve ser sempre investigada.

Independente das mudanças na alimentação e hábitos de vida, procure um médico para investigar a causa desse problema.

Como saber se tenho anemia?

O quadro de anemia só pode ser confirmado após realizar um exame de sangue onde conste o hemograma, concentração de ferro e, se possível, de ferritina, no sangue.

Nem sempre é fácil perceber uma anemia. Os sintomas costumam ser muito inespecíficos, especialmente no início do problema. A não ser que tenha uma hemorragia e possa visualizar uma perda de sangue.

Podemos citar como sintomas mais comuns: fraqueza, tonturas, dores de cabeça, irritabilidade e dificuldade de concentração. Nas crianças, é uma importante causa de dificuldade no aprendizado.

As pessoas com anemia podem ter também vontade de comer coisas estranhas como terra, gelo, macarrão cru, limão e giz. Pode ser um sinal de que algo não está bem, especialmente em crianças.

Para maiores esclarecimentos, solicitação do exame de sangue e orientações gerais, converse com o seu médico da família ou clínico geral.

Saiba também quais são os tipos de anemia e como suspeitar da doença no artigo: Quais são os tipos de anemia e seus sintomas?

Referências:

  • ABHH - Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia celular.
  • Sociedade Vegetariana Brasileira - Guia alimentar de dietas vegetarianas para adultos.
  • Michael Auerbach, et al.; Treatment of iron deficiency anemia in adults. UpToDate. Jul 06, 2020.
Menstruação escura é normal? O que pode causar o sangramento marrom?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, a menstruação escura, tipo borra de café, pode ser normal quando ocorre ao final da menstruação ou em mulheres que fazem uso regular de anticoncepcionais hormonais.

O sangramento marrom pode ainda representar um sinal precoce de gravidez, uma doença sexualmente transmissível, distúrbios hormonais, e mais raramente, uma doença mais grave como o câncer.

Conheça um pouco mais sobre essas situações, o que fazer em cada uma delas, e quando procurar um médico, na sequência desse artigo.

1. Menstruação borra de café do final da menstruação

O término da menstruação se caracteriza por pequena quantidade de sangue, de coloração amarronzada, muitas vezes descrita como borra de café, que não acompanha outros sintomas. Não apresenta cheiro, ardência ou coceira local.

Pode acontecer também ao início da menstruação ou na fase pós parto. Nesse caso, não é preciso tomar nenhuma medida. O sangramento termina espontaneamente, ao início da nova fase do ciclo menstrual.

2. Uso de anticoncepcional hormonal

O uso de anticoncepcionais induz diversas mudanças nas características da menstruação. Em geral, o volume de sangue é menor, e a coloração mais escura, amarronzada.

Essas alterações são normais e esperadas, quando associada ao uso da medicação. O efeito é temporário e desaparece após a interrupção da medicação, o que não indica nenhum tratamento em específico.

3. Gravidez

O sangramento marrom ou rosado, discreto, associado ao atraso menstrual, pode significar um dos primeiros sinais de gravidez, é o chamado sangramento de nidação. Esse sangramento ocorre devido à penetração do embrião na parede do útero.

Porém, é tão discreto, que pode apenas sujar a roupa íntima, ou nem ser percebido. O sangramento de nidação não causa dor, não tem cheiro e dura no máximo 3 dias.

Na suspeita de gravidez, procure o quanto antes um posto de saúde para dar início ao pré-natal e promover uma gestação saudável.

4. Infecção sexualmente transmissível (IST)

As ISTs, como a clamídia e a gonorreia, podem ter como sintoma inicial, um sangramento amarronzado, associado a cólica, cheiro desagradável e vermelhidão na vagina. Algumas mulheres apresentam ainda febre, dor ao urinar, ardência e desconforto nas relações sexuais.

Na suspeita de infecção, procure imediatamente um atendimento médico, para dar início ao tratamento correto, com antibióticos, e para evitar complicações graves, como a sepse e a infertilidade. As infecções pélvicas, estão diretamente relacionadas com casos de infertilidade.

5. Endometriose

Endometriose é uma doença causada pela presença do endométrio (tecido que reveste a parte interna do útero) fora do útero, ou seja, são encontradas "ilhas" de tecido endometrial em outros órgãos que não o útero, causando inflamação.

Essa inflamação desencadeia diferentes sintomas, como menstruação marrom, cólica menstrual, dores contínuas no baixo ventre, desconforto nas relações, mesma fora do período menstrual, e dificuldade para engravidar (30 a 40% dos casos).

6. Mioma

Miomas são tumores benignos, que se formam na parede do útero, únicos ou múltiplos. São bastante vascularizados, por isso podem causar sangramento abundante, período menstrual prolongado, menstruação escura, cólicas menstruais, dor e desconforto nas relações, além de anemia e maior dificuldade de engravidar.

Dependendo do tamanho, volume de sangramento e condições de saúde da mulher, pode ser indicado tratamento cirúrgico para a retirada do tumor. Raramente essa lesão evolui para câncer.

7. Câncer

O câncer de vagina, colo de útero ou de cavidade uterina, podem apresentar como primeiro sintoma, um sangramento escuro, fora do período menstrual, associado a perda de apetite e perda de peso. A dor não é um sintoma comum nos tumores malignos, em estágios iniciais.

O médico responsável pela avaliação, tratamento e acompanhamento para essas situações de sangramento na mulher, é o ginecologista. Para maiores esclarecimentos, converse com o seu médico.

Quando se preocupar?
  • Sangramento por mais de 7 dias
  • Sangramento vivo ou volumoso
  • Febre (temperatura acima de 38º)
  • Perda de peso, sem motivo aparente

Na presença de menstruação escura, associada a um desses sintomas, procure imediatamente atendimento médico.

Saiba mais sobre esse assunto nos artigos:

Dor de cabeça pode ser sintoma de AVC?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, dor de cabeça pode ser sintoma de AVC. A dor de cabeça no caso de AVC isquêmico, costuma acontecer por causa de aumento da pressão arterial, uma dor com caráter de "aperto" na cabeça, constante. No caso de hemorragia cerebral ou AVC hemorrágico, a dor de cabeça já tem um caráter mais intenso, de início súbito, associado a náuseas, vômitos, rigidez de nuca, confusão mental e perda da consciência ou coma. Se a pessoa estiver dormindo, a dor é forte o bastante para acordá-la.

Além da dor de cabeça, os sinais e sintomas de um AVC podem incluir:

  • Dormência, formigamento ou fraqueza muscular no rosto, braço ou perna, geralmente em apenas um lado do corpo;
  • Dificuldade para falar ou compreender o que as pessoas dizem;
  • Diminuição da visão, visão dupla ou cegueira total;
  • Dificuldade para caminhar, engolir, ler ou escrever;
  • Confusão mental;
  • Tontura, vertigem, perda de equilíbrio ou coordenação motora;
  • Rigidez de nuca (no AVC hemorrágico);
  • Sonolência, perda de consciência e coma.

Na dúvida se a dor de cabeça é ou não um AVC, siga esses 3 passos:

1) Peça à pessoa para sorrir e verifique se um lado do rosto está paralisado;

2) Peça à pessoa para levantar os dois braços e verifique se um dos braços cai ou está mais fraco;

3) Peça à pessoa para repetir uma frase simples e verifique se ela arrasta as palavras e se a frase foi repetida corretamente.

Veja também: Suspeita de AVC: o que fazer?

Os sintomas do derrame cerebral geralmente têm início súbito e variam conforme a parte do cérebro que foi afetada, o tipo de AVC (isquêmico ou hemorrágico) e a gravidade do derrame.

O AVC pode causar graves danos ao cérebro, incapacidade permanente e morte. Por isso na dúvida, sempre procure imediatamente um atendimento de urgência, "tempo é cérebro".

O que é AVC e quais são as causas?

AVC é a sigla para acidente vascular cerebral. Um AVC ocorre quando o fluxo sanguíneo para uma determinada parte do cérebro é interrompido (AVC isquêmico) ou quando um vaso sanguíneo cerebral se rompe, causando uma hemorragia (AVC hemorrágico).

Portanto, apesar do acidente vascular cerebral ser popularmente chamado de “derrame”, o extravasamento de sangue só ocorre no AVC hemorrágico. A dor de cabeça costuma estar presente principalmente nesse tipo de AVC, devido a irritação causada pelo extravasamento do sangue no tecido cerebral.

Veja também: O que pode causar um AVC?

Outra condição semelhante a um acidente vascular cerebral é o ataque isquêmico transitório (AIT). Ocorre quando o suprimento de sangue para o cérebro é interrompido por um período curto de tempo. O AIT não causa danos permanentes às células cerebrais, porque o fluxo é restabelecido antes que as células sofram, mas é um fator de risco importante para o AVC. Sabemos que quem apresenta um episódio de AIT tem uma doença obstrutiva crônica, por isso a qualquer momento pode sofrer um derrame.

Quais são os tipos de AVC? AVC isquêmico

O AVC isquêmico é causado por um coágulo de sangue ou placa de gordura que bloqueia uma artéria no cérebro. É o tipo de AVC mais comum, representando cerca de 80% dos casos. Um AVC isquêmico também pode causar sangramento e se tornar um derrame hemorrágico.

Saiba mais em: O que é AVC isquêmico e quais são os sintomas?

AVC hemorrágico

O AVC hemorrágico ocorre devido à ruptura de um vaso sanguíneo cerebral, gerando sangramento no cérebro.

Leia também: O que é AVC hemorrágico e quais são os sintomas?

Quem corre o risco de sofrer um AVC?

Alguns fatores aumentam os riscos da pessoa sofrer um AVC, tais como:

  • Hipertensão arterial (pressão alta);
  • Diabetes;
  • Doenças cardíacas;
  • Colesterol alto;
  • Tabagismo (fumar danifica os vasos sanguíneos e aumenta a pressão arterial);
  • História familiar ou pessoal de AVC ou ataque isquêmico transitório;
  • Idade (o risco de derrame aumenta à medida que a pessoa envelhece, principalmente a partir dos 55 anos);
  • Obesidade;
  • Sedentarismo (falta de atividade física regular);
  • Consumo de bebidas alcoólicas ou drogas ilícitas;
  • Uso de pílula anticoncepcional (sobretudo mulheres que fumam e têm mais de 35 anos);
  • Má circulação nas pernas;
  • Gravidez;
  • Terapia de reposição hormonal (mulheres).
Como é a recuperação após um AVC?

A recuperação depende do tipo de acidente vascular cerebral, extensão e localização da lesão, além do tempo que levou para iniciar o tratamento.

Os pacientes que sofreram um AVC isquêmico têm melhor evolução, quando tratado rapidamente, do que casos de AVC hemorrágico. Ainda assim, nos dois casos, quanto antes for iniciado o tratamento medicamentoso e de reabilitação, com fisioterapia e fonoaudiologia, nos casos de sequelas de fala, mais breve será sua recuperação e maiores as chances de recuperação completa.

Um AVC é uma emergência médica! Em caso de sintomas de AVC, procure atendimento médico imediatamente. O tratamento precoce, mais do que reduzir as chances de sequelas, salva muitas vidas.

Também podem lhe interessar: AVC tem cura? Qual o tratamento e possíveis sequelas?