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Estou grávida de 33 semanas e sinto dor no pé da barriga. Posso estar entrando em trabalho de parto prematuro?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Dores como as que você citou são muito comuns durante a gravidez. Para algumas mulheres estar grávida é só felicidade e para outras que tem muitos sintomas, principalmente dor, a felicidade de estar grávida e de certa forma obscurecida pela dor. O melhor de tudo é que suas dores vão terminar quando o bebê nascer.

Dores durante a gestação que preocupam são dores na barriga (útero) tipo cólica que vem e some e depois de alguns minutos retornam, acompanhada sempre do endurecimento temporário da barriga (útero), estas dores vão ficando cada vez mais fortes até tornarem-se insuportáveis e você começa a perder secreção pala vagina parecida como um catarro; esses são os sinais de parto e indicam necessidade de procurar um hospital.

8 meses de gravidez e sentindo dores e contrações!
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Pode ser contrações sim e nestes casos o ideal é ir ao obstetra, somente ele após examinar sua filha poderá ajudar vocês, pode ser o início de um trabalho de parto.

Quais os sinais e fases do trabalho de parto?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

O trabalho de parto apresenta as seguintes fases, seguidas dos respectivos sinais e sintomas:

1. Pré-parto ou período premonitório:

Começa entre 30 e 36 semanas, estendendo-se até o início do parto. Ocorre a descida do fundo uterino (a barriga "cai"), iniciam-se contrações uterinas esparsas e irregulares, há saída de secreção mucóide com raias de sangue pela vagina.

Estas alterações culminam com o início do preparo do colo uterino para o parto, quando as contrações tornam-se progressivamente mais intensas e regulares, levando à dilatação, amolecimento e centralização do colo uterino (fase latente).

A fase latente do trabalho de parto dura em média de 14 horas em multíparas e 20 horas nas primíparas.

2. Período de dilatação:

É o período que se estende da fase latente ao momento em que o colo uterino está dilatado 10 cm. Nas primíparas, dura aproximadamente 10 a 12 horas. Nas multíparas, dura 6 a 8 horas.

Nesta fase, as contrações são regulares, usualmente com intervalo de 3 a 5 minutos e de intensidade moderada a forte. Nesta fase também pode ocorrer a rotura da bolsa das águas, natural ou provocada.

Durante o período de dilatação, pode ser necessária a administração de ocitocina, para melhorar a regularidade das contrações.

3. Período expulsivo:

Tem início no final do período de dilatação e termina com a expulsão do bebê. Dura 50 minutos, em média, nas primíparas e 20 minutos nas multíparas.

A gestante sente fortes contrações, com intervalos cada vez menores, apresenta esforços expulsivos e vontade de defecar. Quando a apresentação do bebê está baixa, a gestante faz um esforço expulsivo e o médico auxilia na expulsão do bebê.

4. Período de secundamento:

Corresponde ao descolamento e expulsão da placenta e das membranas ovulares. Ocorre cerca de 10 a 20 minutos após o período expulsivo.

5. Quarto período:

Tem início no fim do secundamento e estende-se até 1 hora após o parto. Deve ser um período de atenção do obstetra, pelo risco de sangramento uterino.

A atenção ao parto deve ser feita preferencialmente em hospital maternidade, sob a atenção da equipe de obstetras.

Estou com 30 semanas de gestação, tenho contração e dilatação do colo do útero (2cm), o que fazer?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

É importante manter a calma, tranquilidade, fazer repouso e ter um obstetra que a acompanhe, aparentemente não há motivo para alarme. É provável que essas contrações sejam contrações de treinamento, também chamadas de contrações de Braxton-Hicks, que são contrações irregulares que podem se iniciar no terceiro trimestre.

O trabalho de parto prematuro é caracterizado pela presença de contrações rítmicas e regulares, sendo que há a presença de 2 a 3 contrações em 10 minutos e dilatação maior ou igual a 2 cm, se essas duas condições não estiverem acontecendo concomitantemente, não se trata ainda do trabalho de parto.

Caso passe a apresentar contrações dolorosas, rítmicas e intensas, que duram 30 segundos ou mais, sendo cerca de 2 a 3 contrações por minutos deve procurar atendimento médico.

Contrações de treinamento e contrações do trabalho de parto

É importante diferenciar as contrações de treinamento de um possível trabalho de parto prematuro, portanto, avaliar a característica das contrações e outros sintomas que possam surgir é essencial.

As contrações de treinamento, geralmente são indolores, desordenadas e irregulares, não se tornam mais intensas com o decorrer do tempo e podem ser facilmente aliviadas as vezes com a simples mudança de posição da mulher.

Já as contrações do trabalho de parto são dolorosas, quanto mais contraída a parede uterina maior é a dor que a mulher sente, começam ou da região superior da barriga ou das costas e descem em direção a pelve.

São mais ordenadas e rítmicas, portanto possuem uma certa regularidade e tornam-se cada vez mais frequentes e intensas a cada vez que se aproxima do momento do parto. Podem durar de 30 a 60 segundo ou um pouco mais.

Rotura da bolsa amniótica

Um outro sinal importante do parto é a rotura da bolsa: a mulher pode perder involuntariamente uma grande quantidade de líquido claro, geralmente transparente, aos poucos ou de uma única vez. Nessa situação a mulher deve procurar imediatamente o atendimento obstétrico.

Outros sinais que merecem atendimento médico imediato são perda de sangue vaginal ou o bebê deixar de mexer por 12 horas seguidas.

Para mais informações sobre o trabalho de parto consulte o seu médico obstetra ou médico de família que acompanha o pré natal.

Como saber se estou em trabalho de parto? Quais os sinais?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os sinais típicos do trabalho de parto são as contrações uterinas, a ruptura da bolsa amniótica e a perda do tampão mucoso.

Todos os sinais são importantes, porém o único que está sempre presente é a contração uterina. A ruptura da bolsa amniótica pode ocorrer até horas antes do início do trabalho de parto, sendo nesses casos o primeiro sinal, porém nem todas as mulheres têm a bolsa rota.

Assim como a perda do tampão mucoso, uma espécie de secreção viscosa expelida quando as contrações se iniciam, pode ser um dos primeiros sinais, ou pode nem ser percebido, quando for um tampão discreto ou extremamente fino.

Portanto, na presença de qualquer sinal sugestivo de trabalho de parto, a gestante deve fazer contato imediato com o seu médico obstetra, para informar e esclarecer as suas dúvidas, sem colocar a gravidez em risco.

Sinais de trabalho de parto1. Contrações uterinas

Existem contrações que ocorrem naturalmente durante a gestação e as contrações uterinas relacionadas efetivamente, com o parto. As diferenças mais marcantes, são a dor e o ritmo nas contrações do parto.

Contrações de Braxton-Hicks

São contrações uterinas que acontecem durante a gravidez naturalmente, não tem relação com o trabalho de parto ou riscos para a gestação. São contrações que seguem o seguinte padrão:

  • Contrações indolores, ou causam leve sensação de cólica;
  • Duram pouco tempo;
  • Não tem regularidade, são aleatórias;
  • Raramente acontecem mais de duas por dia;
  • Melhoram com o repouso ou simples mudança de posição.

Contrações de trabalho de parto

As contrações típicas do trabalho de parto, ou contrações de parto "verdadeiras", tem como características:

  • Dor. São contrações dolorosas, desde o início, que pioram gradativamente;
  • Contrações ritmadas;
  • Frequência de 20 a 30 minutos, que se tornam mais curtas com a evolução do parto;
  • Localizadas na região pélvica, com irradiação para as costas, pernas e coxas.
2. Ruptura da bolsa amniótica

A bolsa amniótica, ou membrana amniótica, é o local aonde o bebê fica protegido, dentro da barriga da mãe. Quando essa bolsa se rompe, extravasa grande quantidade de líquido de coloração clara, pela vagina da mulher, de maneira indolor, indicando que o parto está próximo.

A ruptura pode acontecer naturalmente pelo início do trabalho de parto, ou devido a problemas na gravidez, como uma infecção vaginal ou traumatismos.

Sempre que a gestante apresentar "bolsa rota", deverá ser imediatamente internada e manter acompanhamento pela equipe médica, pelo risco de infecção e abortamento.

A bolsa pode também não romper, prejudicando a evolução do parto. Nessa situação, o médico obstetra poderá romper cirurgicamente essa bolsa, para ajudar na progressão do parto, evitando sofrimento do bebê.

Leia também: Como saber se a bolsa estourou e o que fazer?

3. Perda do tampão mucoso

O tampão mucoso, é a formação de uma "barreira de muco" no colo do útero, com o objetivo de impedir a entrada de bactérias e germes provenientes da vagina.

A perda do tampão mucoso costuma acontecer após a 37ª semana de gravidez, quando o colo do útero começa a reduzir, para aproximar o bebê do canal vaginal. A secreção é mucoide, espessa ou gelatinosa, de coloração clara com raias de sangue.

A saída dessa secreção deve ser explicada a mãe, para não causar sustos e alertar de que pode também não ser identificado. Por isso, não é obrigatório a sua presença para confirmar um trabalho de parto.

Como saber se estou em trabalho de parto?

Os sinais e sintomas que indicam o início do trabalho de parto são:

  • Presença de contrações uterinas dolorosas e ritmadas, em média 5 contrações dentro de 1 hora;
  • Dores que irradiam para as costas ou para as pernas;
  • Saída de líquido pela vagina ("bolsa rota");
  • Saída de secreção vaginal mucosa, espessa e com sangue (perda do tampão mucoso).

No caso de estar grávida e observar a barriga mais "endurecida", contrações dolorosas que vem de maneira cíclica ou repetida, ou perda de líquido pela vagina, entre em contato com o seu médico imediatamente, e siga as suas orientações.

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Quais os sinais e fases do trabalho de parto?

Quais os sinais de parto prematuro?

Quais os sinais de parto prematuro?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O parto prematuro ocorre quando o trabalho de parto começa antes da gestante completar 37 semanas de gravidez. O nascimento prematuro é uma das principais causas de incapacidade ou morte do bebê. Porém, um bom acompanhamento pré-natal aumenta as chances de um bebê prematuro se recuperar bem de um parto pré-termo.

Quais são os sinais e sintomas de parto prematuro?
  • Contrações uterinas acompanhadas de dor na coluna lombar ou sensação de pressão na virilha ou nas coxas;
  • Vazamento de líquido em gotas ou em um fluxo pela vagina;
  • Sangramento vaginal vermelho e brilhante;
  • Secreção vaginal mucosa, espessa e com sangue;
  • Ruptura da bolsa das águas;
  • Ter mais de 5 contrações uterinas por hora ou contrações regulares e dolorosas;
  • Contrações que se tornam mais longas, fortes e próximas umas das outras.
O que fazer em caso de sinais e sintomas de parto prematuro?

Procure atendimento médico imediatamente se notar algum desses sinais e sintomas antes da 37ª semana de gravidez:

  • Cólica, dor ou pressão no abdômen;
  • Escapes, sangramento, muco ou líquido saindo pela vagina;
  • Aumento repentino de corrimento vaginal.

Na suspeita de parto prematuro, é feito um exame para verificar se há dilatação do colo do útero ou ruptura da bolsa.

Muitas vezes, é feito um ultrassom transvaginal para avaliar o comprimento do colo do útero. O parto prematuro geralmente pode ser diagnosticado quando o colo do útero está mais curto. Geralmente, o encurtamento do colo do útero ocorre antes da dilatação.

Se houver saída de líquido ou fluidos, estes serão analisados. O teste pode avaliar se a gestante dará à luz em breve ou não.

Se a gestante entrar em trabalho de parto prematuro, precisa ir a um hospital. Podem ser usados medicamentos para interromper as contrações e amadurecer os pulmões do bebê.

Quais as causas de parto prematuro?

Na maioria das gestações, as causas de parto prematuro não são totalmente conhecidas. No entanto, sabe-se que certas condições podem aumentar o risco de um parto pré-termo, tais como:

  • Parto prematuro anterior;
  • História de cirurgia do colo do útero, como excisão electrocirúrgica por alça (LEEP) ou conização;
  • Gravidez de gêmeos;
  • Infecção da mãe ou das membranas ao redor do bebê;
  • Defeitos congênitos do bebê;
  • Hipertensão arterial (pressão alta) da gestante;
  • Rompimento precoce da bolsa das águas;
  • Excesso de líquido amniótico;
  • Sangramento no primeiro trimestre de gravidez;
  • Fumar durante a gravidez;
  • Uso de drogas;
  • Estresse físico ou psicológico grave;
  • Pouco ganho de peso durante a gravidez;
  • Obesidade.

O parto prematuro também pode ser causado por problemas na placenta, no útero ou no colo do útero.

Quando o colo do útero não permanece fechado por si próprio (insuficiência cervical) ou a forma do útero não é normal, existe risco de haver um trabalho de parto prematuro.

Mau funcionamento da placenta, descolamento prematuro da placenta e placenta prévia também podem levar a uma ameaça de parto prematuro.

Como reduzir o risco de parto prematuro?

Para reduzir o risco de parto pré-termo, a gestante deve seguir as orientações do médico obstetra que está acompanhando a gravidez. Na presença de sinais e sintomas de trabalho de parto prematuro, deve-se procurar atendimento médico imediatamente. O tratamento precoce é a melhor maneira de prevenir o nascimento de um bebê prematuro.

O pré-natal reduz o risco de parto prematuro. A gestante deve fazer os exames de rotina durante a gravidez, ter uma alimentação saudável, não fumar, não consumir bebidas alcoólicas e não usar drogas.

Mulheres com histórico de parto prematuro podem precisar receber o hormônio progesterona para retardar a evolução do parto.

Para maiores esclarecimentos sobre os sinais e sintomas de parto prematuro, consulte o médico obstetra responsável pelo acompanhamento pré-natal.

Uso da ocitocina sintética durante o trabalho de parto (vantagens e riscos)
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A ocitocina sintética é bastante utilizada em obstetrícia para induzir o trabalho de parto. Pode ser benéfico para as mulheres que possuem doenças graves e por isso necessitem do fim da gravidez, para casos em que o parto excedeu o tempo previsto ou mesmo quando está ocorrendo de forma muito demorada.

Nestes casos, as mulheres que fazem uso da ocitocina sintética podem passar pelo trabalho de parto de forma muito semelhante às mulheres que entram em trabalho de parto espontaneamente.

Entretanto, o uso indiscriminado da ocitocina sintética para este fim pode ser arriscado. Ao mesmo tempo em que pode auxiliar em partos mais complicados, pode provocar distúrbios em partos que ocorreriam normalmente apenas pela ação da ocitocina produzida pelo corpo da mulher. O uso indiscriminado da ocitocina sintética para acelerar o trabalho de parto pode causar:

  • Aumento das complicações pós-cirúrgicas;
  • Aumento das complicações durante o parto: aumento do risco de alterações na frequência cardíaca e oxigenação do bebê;
  • Redução da sensação de prazer que as mulheres sentem após o parto uma vez que elas não produziram endorfina, adrenalina e outros hormônios que são produzidos juntos com a ocitocina para causar esta sensação;
  • Lentidão na capacidade da mulher de vencer o cansaço e o sono nos momentos iniciais de cuidados com o recém-nascido, pois esta habilidade sofre influência da ocitocina que ela mesma produziria para o seu trabalho de parto;
  • Dificuldades no processo de amamentação;
  • Aumento dos índices de depressão pós-parto.

A ocitocina é um hormônio importante tanto para a reprodução humana como para mediar as relações sociais no que se refere à criação e formação das ligações afetivas e produção das sensações de bem-estar e de felicidade. Nós todos somo capazes de produzi-la sem recorrer ao hormônio sintético.

Não utilize ocitocina artificial sem orientação médica.