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Existe risco de vermes serem expelidos vivos do organismo?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

É algo pouco provável de acontecer (raro), porém eventualmente pode acontecer.

O tratamento para verminoses é relativamente simples e inclui o uso de medicamentos orais. É muito importante consultar o médico clínico geral ou médico de família para uma avaliação e indicação do tratamento específico para o tipo de verminose identificada.

Veja também:

Bruxismo tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

Atualmente, não é conhecido um tratamento capaz de curar o bruxismo com eficácia.

Frequentemente, para o tratamento são recomendadas placas maleáveis de silicone (interoclusais), ou placas rígidas (de acrílico), que são feitas de acordo com os dentes de cada paciente. Essas placas tornam mais suaves os movimentos dos músculos responsáveis pela mastigação e reduzem o atrito que desgasta os dentes. Para melhores resultados, o molde das placas devem ser feitos por um odontologista.

Também podem ser prescritos pelo médico medicamentos (ansiolíticos) que controlam os níveis de estresse e ansiedade.

Algumas recomendações deverão ser seguidas por todos:

  • tente não ranger os dentes, mesmo quando estiver em uma situação causadora de estresse;
  • consultar o dentista de forma regular;
  • evite mascar chicletes ou outras objetos duros que podem danificar os dentes;
  • pratique exercício físico, que ajudam a combater o estresse e a ansiedade;
  • lembre sempre de colocar a placa na hora de ir dormir.

Leia também: Ranger os dentes pode ser causado por algum verme?

O odontologista deverá ser procurado para orientá-lo.

Dor na barriga do lado direito. O que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dor na barriga do lado direito é uma queixa bastante frequente e na maioria das vezes está relacionada a situações simples, como o excesso de gases ou prisão de ventre.

No entanto, algumas vezes pode representar um problema mais grave como uma hepatite, apendicite ou um tumor.

Sendo assim, é importante ter atenção aos sintomas, e se a dor piorar ou vir associada a outros sintomas como febre alta, vômitos ou perda de peso, o ideal é que procure um clínico geral ou gastroenterologista para avaliação médica.

O que causa dor do lado direito da barriga?

As causas mais relacionadas à dor na barriga no lado direito são:

  • Gases: Dor de intensidade variada, do tipo cólicas (dor que vai e vem), ou do tipo pontadas, associada a "barulhos" na barriga e história de má alimentação;
  • Prisão de ventre: Dor tipo cólica, mais localizada, inchaço na barriga, dificuldade de evacuar, com ou sem massa palpável na barriga (fezes endurecidas);
  • Hepatite aguda: Dor forte do lado direito do abdome, próximo das costelas, associado a náuseas, vômitos, febre e icterícia (coloração amarelada da pele e olhos);
  • Pedras na vesícula (Colecistite ou colelitíase): Dor tipo cólica, de forte intensidade, do lado direito da barriga, associada a náuseas e vômitos, que piora após uma alimentação gordurosa;
  • Apendicite aguda: Dor na barriga, que pode ter início no umbigo e mais leve, que depois se mantém fixa na região mais baixa da barriga, à direita, associada a febre, náuseas e vômitos;
  • Endometriose: Dor na barriga, que pode se localizar em diversas regiões, não só a direita, associada ao ciclo menstrual, quando os hormônios agem para a realização da ovulação;
  • Gravidez ectópica à direita - Mulher em idade reprodutiva como dor intensa no baixo ventre, apenas de um lado (direito ou esquerdo), suor frio, mal-estar, náuseas e vômitos, com história de atraso menstrual, sugere a gravidez nas trompas;
  • Tumor - Dor localizada, febre baixa e perda de peso. Os tumores em geral, são doenças silenciosas, que quando desenvolvem sintomas já estão em estágios avançados, dificultando um tratamento adequado.

Além destas, situações como cólicas menstruais, infecção urinária, pedra nos rins, gastroenterite, obstrução intestinal (fecaloma), vermes ou ansiedade podem causar uma dor localizada à direita.

O mais importante, deve ser compreender os sinais de perigo que indicam a necessidade de procurar um atendimento de urgência. Para outros casos, procure o seu médico de família ou gastroenterologista, que deverá iniciar uma avaliação mais criteriosa.

Quando devo procurar uma emergência?

Os sinais de risco, que indicam a necessidade de procurar uma emergência imediatamente, são:

  • Febre alta (maior que 38,5º),
  • Náuseas e vômitos que não melhoram com a medicação habitual,
  • Piora da diarreia,
  • Sinais de desidratação (muita sede, boca seca, urina pouco),
  • Presença de sangue na urina ou nas fezes,
  • Coloração amarelada na pele ou nos olhos (parte branca) ou
  • Confusão mental ou desorientação.

Referência:

FBG - Federação Brasileira de gastroenterologia.

Criança com dor na barriga todos os dias, que não passa e nada foi encontrado. O que devo fazer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Precisa retornar ao pediatra e também procurar um nutricionista pediátrico para avaliação da criança, visto que as principais causas de dor na barriga constante, nesta faixa de idade, estão relacionadas a alimentação.

A dor abdominal é um sintoma muito inespecífico, pode acontecer em diversas situações, desde físicas até psicológicas. Por isso, não é incomum, levar um tempo para ser identificada.

Causas de dor na barriga que não passa. O que fazer?

Especialmente nessa faixa etária, as causas mais comuns de dor na barriga são:

1. Constipação (ou prisão de ventre)

Importante avaliar a alimentação da criança. A constipação causa dores intensas na barriga, formação de "bolo fecal", que nas crianças mais magrinhas pode ser facilmente palpado, e o tratamento será basicamente melhorar a sua hidratação e escolher alimentos para amolecem as fezes, facilitando a evacuação.

2. Gases

A Mais uma vez a alimentação pobre em fibras ou vitaminas, promove a formação de gases que causam dores constantes, tanto em adultos quanto em crianças. O consumo de bebidas gaseificadas e alimentos muito condimentados também provocam excesso de gases. Uma avaliação com nutricionista infantil pode identificar e resolver esse problema.

3. Intolerância a lactose

As alergias ou intolerância a certos alimentos, como intolerância à lactose é uma causa bastante comum de dor todos os dias em crianças, especialmente após se alimentar com produtos ricos em lactose, porém nem sempre é fácil de diagnosticar. Existe um exame de sangue que identifica a doença, e sendo diagnosticada pode iniciar uma dieta, com orientações, sem essa substância.

4. Verminoses

A infecção por vermes é comum na infância e uma infestação, por exemplo, por Ascaris lumbricoides (lombriga), pode formar uma "bola" do verme no intestino, causando dor, inchaço na barriga e dificuldade para evacuar. O tratamento é feito com remédios contra vermes, como o albendazol.

5. Gastrite

Gastrite, refluxo e outras doenças gastrointestinais podem causar dor na barriga e estômago de crianças, devido a imaturidade desse sistema. Embora seja mais comum em adultos, faz parte da investigação dessa queixa. A dor piora após se alimentar, pode ser referida como uma "queimação", dependendo da idade e maturidade da criança, e o tratamento se faz com alimentação orientada e remédios antiácidos.

6. Síndrome do intestino irritável

A síndrome do intestino irritável é caracterizada pela dor e desconforto na barriga, junto a diarreia e prisão de ventre que se intercalam, o difícil é manter-se com as fezes normais. Pouco comum na infância e sem causa definida, está relacionada a uma maior sensibilidade do intestino a certos alimentos, além de forte relação com a ansiedade e estresse. O tratamento se baseia na mudança alimentar, evitando alimentos de difícil digestão ou produtos com gás, além de medicamentos para alívio da dor e controle do humor, se observar essa relação.

A psicoterapia é outro pilar do tratamento, e mesmo que não haja sintomas de ansiedade ou estresse, deve ser adotada para melhor resultado.

Conheça mais sobre essa síndrome no artigo: O que é a síndrome do intestino irritável?

Portanto, existem diversas causas para uma dor abdominal, a maioria relacionada a alimentação, sendo assim, procure oferecer bastante água para a criança durante o dia e observe a alimentação habitual, para informar ao médico e ou nutricionista durante a consulta.

Após a identificação da causa do problema, será possível planejar o tratamento mais adequado.

Saiba mais sobre as causas de dor na barriga em crianças nos artigos abaixo:

O que são eosinófilos? O que pode alterar os seus valores?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os eosinófilos são células de defesa do organismo, também conhecidos por glóbulos brancos, ou leucócitos. O seu valor é encontrado dentro do hemograma, na contagem de série branca (leucograma).

Os leucócitos são divididos em 5 tipos de células: os neutrófilos, linfócitos, monócitos, eosinófilos e basófilos. Cada uma delas exerce uma função no sistema imunológico. Os eosinófilos têm como principal função, combater germes e parasitas, auxiliar e mediar as reações inflamatórias.

A contagem normal de eosinófilos no sangue, varia de 50 – 500 células/microlitro. No entanto, esse valor deve ser analisado em conjunto com os sintomas e exame clínico. Isoladamente, não tem um significado exato.

Eosinófilos altos - o que pode ser?

O aumento dos eosinófilos chama-se eosinofilia e ocorre, principalmente, nos casos de alergia, asma e verminoses. Com menor frequência, outras situações também podem cursar com esse aumento. Sendo assim, as principais causas de eosinofilia são:

  • Alergias (rinite alérgica, dermatite, urticária)
  • Verminoses (ascaridíase, ancilostomíase, oxiuríase)
  • Asma
  • Doenças auto-imunes (lúpus, artrite reumatoide)
  • Linfoma, Leucemias
  • Doença de Crohn, retocolite ulcerativa
  • Uso de certos medicamentos (anfotericina B, alopurinol, anticonvulsivantes)
Eosinófilos baixos - o que pode ser?

A redução dos eosinófilos é menos comum, chamada de eosinopenia. As causas mais frequentes incluem:

  • Estresse,
  • Uso crônico de corticoides (oral ou venoso),
  • Gravidez,
  • Infecção bacteriana ou viral,
  • Síndrome de Cushing,
  • Febre alta.
Como tratar?

O tratamento varia de acordo com a causa dessa alteração, e nem sempre será preciso um tratamento específico.

Por exemplo, na rinite alérgica e pessoas asmáticas, a eosinofilia leve é um achado comum devido às constantes ativações alérgicas, mas não representa um sinal de risco ou gravidade. Na febre alta, a redução dos eosinófilos é passageira, quando a doença que causa a febre for tratada, o valor se normaliza.

Em contrapartida, nos casos de linfoma ou leucemia, a alteração será importante com um valor muito elevado, podendo ultrapassar o valor de 2.000 células / microlitro. Nesse caso, é preciso procurar um atendimento médico com urgência.

Ainda, se perceber uma alteração dos leucócitos com ou sem aumento de eosinófilos, associado a febre alta (acima de 38,5o), manchas no corpo ou perda de peso sem motivo aparente, procure imediatamente uma avaliação médica.

Saiba mais sobre esse assunto, nos seguintes artigos:

Referências:

Peter F Weller, et al.; Eosinophil biology and causes of eosinophilia. UpToDate: Aug 13, 2020.

Thomas D Coates, et al.; Approach to the patient with neutrophilia. UpToDate: Jan 20, 2020.

Quando a diarreia é sinal de infecção?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A diarreia é sinal de infecção quando apresenta febre, calafrios e presença de sangue, muco ou pus nas fezes. Nesse caso, a diarreia passa a ser considerada uma disenteria.

A disenteria é uma situação bastante perigosa, especialmente para as crianças e pessoas com a imunidade baixa, pelo risco de complicações como a desidratação e sepse (infecção generalizada).

Portanto, na presença de sinais de infecção, procure um atendimento médico imediatamente.

Quando procurar atendimento médico?

Os sinais de maior gravidade que indicam a necessidade de atendimento médico, são:

  • Presença de sangue, pus ou muco nas fezes;
  • Febre alta (acima de 38,5ºC);
  • Mais de 6 evacuações líquidas por dia;
  • Mais de 7 dias de diarreia com febre;
  • Episódios de vômitos (mais de 5 vezes por dia), junto com a diarreia;
  • Sinais de desidratação (boca seca, muita sede e redução do volume de xixi);
  • Pacientes com imunidade baixa (em tratamento com quimioterapia, corticoides ou imunossupressores);
  • Crianças pequenas, menores de um ano, ou que não aceitam bem a hidratação;
  • Sinais de desidratação (boca seca, menor quantidade de xixi, sede constante).
O que fazer no caso de diarreia?

A principal orientação nos casos de diarreia é manter uma boa hidratação, repor os eletrólitos perdidos junto com as fezes, como o sódio, potássio e zinco; manter a alimentação habitual e quando preciso, acrescentar o antibiótico.

A restrição de alimentos durante a diarreia, foi por muitos anos usada como tratamento ideal. Contudo, os estudos mostraram que essa medida prejudica a nutrição e a recuperação da mucosa intestinal, por isso, é muito importante que a alimentação normal, de costume, seja mantida.

Quais remédios podem ser usados na diarreia?

As diretrizes de saúde, tanto no Brasil como em outros países, só indica uso de medicamentos, quando realmente é necessário, para evitar a piora da diarreia.

1. Antitérmicos

O paracetamol é a antitérmico mais indicado, porém apenas nos casos de febre alta (acima de 38,5º), ou quando causa grande incômodo na criança, interferindo na sua alimentação e aceitação de líquidos.

2. Antibióticos

Os antibióticos podem ser indicados nos casos de infecção, com a febre alta persistente, presença de sangue, muco ou pus nas fezes e quando a doença dura mais de 7 dias consecutivos.

3. Antidiarreicos

As medicações com objetivo de interromper rapidamente a diarreia não são indicadas! Sobretudo nos casos infecciosos, quando a medicação reduz a motilidade do intestino, mantendo a infecção por mais tempo e aumentando o risco de uma sepse (infecção generalizada).

4. Probióticos

Os medicamentos probióticos podem ser utilizados, embora tenham poucos estudos comprovando a sua eficácia.

5. Antieméticos

As medicações para náuseas e vômitos podem ser utilizadas, inclusive em crianças, para reduzir a perda de água nos episódios de vômitos. As opções mais prescritas são a metoclopramida, prometazina e a ondansetrona.

Quais são os tipos de diarreia?

A diarreia pode ser dividida pelo tempo de duração, pela causa ou ainda pelos sintomas e as suas caraterísticas.

Diarreia aguda

Tipo de diarreia que dura apenas alguns dias, geralmente entre 5 e 7 dias, podendo chegar a 14 dias no máximo. As causas mais comum são as viroses e a melhora é espontânea.

Diarreia crônica

Tipo de diarreia que dura mais de 3 a 4 semanas, mesmo que não seja constante durante esse período. As causas mais comuns são a presença de vermes, inflamações intestinais, como a doença de Crohn, tumores, ou situações de estresse, como a síndrome do intestino irritável.

Nesses casos é preciso procurar um gastroenterologista para investigação e tratamento.

Gastroenterite (infecciosa)

A diarreia infecciosa, disenteria ou gastroenterite, é um tipo de diarreia mais grave, causada por bactérias, onde é comum a presença de cólicas abdominais, febre, mal-estar e sangue ou pus nas fezes.

O tratamento deve ser feito com hidratação e antibióticos, por isso é procurar um atendimento médico para confirmação da doença e início rápido dos medicamentos.

Causas de diarreia

Diversas situações e doenças crônicas podem causar diarreia, como, por exemplo:

  • Consumir alimentos contaminados;
  • Viroses;
  • Alimentação rica em gordura;
  • Dietas restritivas (fórmulas para emagrecimento);
  • Doença celíaca (doença causada caracterizada pela intolerância ao glúten);
  • Doença inflamatória intestinal, como doença de Crohn e colite ulcerativa;
  • Síndrome do intestino irritável;
  • Intolerância à lactose;
  • Falta de higiene pessoal;
  • Cirurgias de estômago ou de intestino;
  • Radioterapia.
O que é diarreia?

A diarreia é uma condição em que ocorre eliminação de fezes aquosas (diarreia líquida) ou moles, pelo menos 3 vezes por dia. A diarreia pode ser leve e desaparecer em alguns dias ou durar mais tempo, podendo deixar a pessoa fraca ou desidratada.

Para maiores esclarecimentos sobre os distúrbios gastrointestinais, como a diarreia, procure um médico gastroenterologista.

Leia também: O que é bom para parar a diarreia rapidamente?

Referências:
  • Ministério da Saúde - saude.gov.br
  • Brandt KG, de Castro Antunes MM, da Silva GA. Acute diarrhea: evidence-based management. J Pediatr (Rio J). 2015;91:S36-43.
Sintomas de apendicite: como reconhecer rápido a doença
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A apendicite aguda se inicia com sintomas muito inespecíficos, sendo os primeiros sinais: dor na barriga, ao redor do umbigo, náuseas e falta de apetite.

Portanto, é preciso estar atento a pequenos sinais como: a dor piorar com o movimento, tosse ou respiração profunda, uma dor que aos poucos se localiza do lado direito da barriga e a perda de apetite, sem outra causa aparente.

Após algumas horas, a apendicite já começa a apresentar sintomas mais específicos, o que facilita o seu diagnóstico, como:

1. Dor do lado direito da barriga

A dor passa a se localizar na região inferior à direita da barriga. Onde o apêndice se localiza. A dor se torna mais intensa, com dificuldade para se movimentar ou tocar na barriga. Pode haver ainda um sinal bem característico, chamado sinal de Blumberg, quando o médico comprime essa região e solta rapidamente, causando uma dor excruciante.

2. Febre

A febre tem início em média, de 12 a 24h após o início dos sintomas.

3. Diarreia ou constipação

A alteração no hábito intestinal é mais um sintoma comum da apendicite. Primeiro é comum haver episódios de diarreia, mas depois, devido ao edema e reação ao redor do apêndice, pode haver uma dificuldade na passagem das fezes, resultando em constipação.

4. "Barriga dura"

O abdomen da pessoa com apendicite, com o passar das horas se torna mais rígido, a barriga fica "dura", por vezes comparada a uma "tábua", e tão dolorida que não é possível tocar sem causar dor intensa. Nesse momento, já é considerado um estágio mais avançado da apendicite e risco do apêndice estar rompido.

O exame de imagem, seja Raio-X ou tomografia, já consegue evidenciar a presença de ar nessa região, que só é encontrado se houve ruptura do intestino.

Sintomas de apendicite na criança

Os sintomas são semelhantes àqueles encontrados nos adultos, além da distensão da barriga.

Dependendo da idade e formas de se comunicar, nem sempre a criança consegue explicar aquilo que sente, por isso esteja atento aos seguintes sinais e sintomas:

  • Dor na barriga, ao redor do umbigo,
  • Recusa alimentar,
  • Vômitos e
  • Distensão abdominal (barriga inchada).

As crianças menores de 1 ano, raramente apresentam apendicite devido à forma do órgão que ainda se apresenta como um "funil", dificultando uma obstrução. No entanto, se acontecer, os bebês apresentam maior risco de infecção generalizada, pela dificuldade em fazer um diagnóstico rápido. Os sintomas nesse caso são de: Inquietude, recusa alimentar, febre alta, distensão abdominal e sonolência.

A idade com maior incidência da doença é o início da adolescência, quando o apêndice já terminou o seu crescimento, e adota a forma de "saco", podendo sofrer as obstruções.

Tratamento da apendicite

O tratamento é cirúrgico de urgência! Mesmo em estágios iniciais ou com sintomas leves, se existe a suspeita de apendicite, é preciso procurar imediatamente uma emergência médica.

Todo caso de apendicite é cirúrgico e deve ser feito tão logo seja diagnosticado, para evitar a apendicite supurada e riscos de infecção grave.

Na suspeita de apendicite, procure imediatamente um serviço de emergência médica.

O que é apendicite aguda?

Apendicite aguda é a inflamação do apêndice. O apêndice é um pequeno órgão, localizado no começo do intestino grosso, como se fosse um prolongamento do intestino, que se assemelha a um "saco" ou um "dedo de luva", responsável por produzir anticorpos para o organismo, embora em pequena quantidade.

O apêndice fica localizado na porção inicial do intestino grosso, do lado direito da barriga, na região mais próxima da virilha direita, na região inferior direita do abdomen.

Apêndice - localizado na região inferior direita do abdomen. Causas de apendicite aguda

As causas mais frequentes para a inflamação deste pequeno órgão são:

1. Acúmulo de fecalitos, que contribuem para a maior proliferação de bactérias locais, que causam edema e inflamação na parede do apêndice, com consequente obstrução do órgão,

2. Proliferação exagerada de bactérias intestinais, devido à infecção, como nos casos de gastroenterites (virais ou bacterianas),

3. Presença de parasitas intestinais, que podem se acumular formando "bolas de vermes", e assim, obstrução desse "saco",

4. Presença de corpo estranho, mais comum em crianças pequenas que colocam pequenos objetos na boca,

5. Tumor. Os tumores carcinóides, por exemplo, não são raros de serem encontrados nessa localização e dependendo da região e crescimento, levam a obstrução e apendicite. O que acaba por favorecer, devido ao diagnóstico precoce de um tumor, acidentalmente.

Pode interessar ainda, os artigos:

Referências:

  • Sociedade Brasileira de Pediatria
  • Ronald F Martin, et al.; Acute appendicitis in adults: Clinical manifestations and differential diagnosis. UpToDate: Feb 26, 2020.
  • David E Wesson, et al.; Acute appendicitis in children: Clinical manifestations and diagnosis. UpToDate: Oct 23, 2019.
Mancha branca no rosto: o que pode ser?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

A exposição exagerada ao sol sem proteção pode ser uma das causas de manchas brancas no rosto. A aplicação errada do protetor solar antes de se expor ao sol, assim como o uso de óculos escuros ou outros adereços durante a exposição, podem deixar regiões da pele mais claras.

No entanto, também existem algumas doenças que podem causar manchas brancas no rosto, como:

  • Vitiligo: as manchas são bem características e bem delimitadas. Pelos e cabelos também podem perder a coloração. Geralmente há sintomas como dor ou sensibilidade na área afetada;
  • Pitiríase: as manchas são descamativas e podem estar agrupadas ou isoladas;
  • Hanseníase: as manchas são geralmente pouco visíveis, apresentando limites imprecisos. É comum surgirem outros sintomas como alteração da sensibilidade, perda de pelos e ausência de transpiração.

Qualquer uma destas doenças também pode provocar o aparecimento de manchas brancas em outros locais do corpo.

Se existir suspeita que a mancha está sendo causada por alguma doença, é importante procurar um dermatologista para identificar a causa. Iniciar o tratamento adequado, especialmente nos casos de vitiligo e hanseníase, é fundamental para impedir o avanço dessas doenças.

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Referência:

Site da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Sou Paciente. Pele. Doenças.