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Puran T4 engorda?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não. O puran T4 não engorda, e também não causa redução de peso em pessoas com os níveis hormonais normais. Inclusive pode causar complicações cardíacas graves se administradas para pessoas sem distúrbios na tireoide.

Sempre que a dose da medicação está acima do necessário, pode causar efeitos deletérios para o organismo como irritabilidade, tremores, alterações cardíacas ou insônia, pelo aumento excessivo do metabolismo. Está associado ainda com elevado risco de perda de massa óssea, aumentando as possibilidades de desenvolver osteopenia/ osteoporose e fraturas, principalmente nas mulheres pós menopausa. Porém esses efeitos desaparecem quando a dose da medicação é ajustada.

O puran T4, ou levotiroxina sódica, é uma substância prescrita como reposição e suplementação em pacientes com níveis insuficientes de hormônio T4, produzido pela tireoide, causando quadro de hipotireoidismo - doença que se caracteriza por redução do metabolismo, aonde observamos sonolência excessiva, lentidão, inchaço, pele seca, unhas quebradiças e depressão.

O medicamento é fundamental para o tratamento da doença e deve ser iniciado tão logo seja confirmado o diagnóstico, evitando a piora ou complicações comuns da doença.

Contudo, tão importante quanto o tratamento correto com a medicação, fazendo uso diariamente, pela manhã, em jejum, para que os alimentos não diminuam sua eficácia, é também fundamental o acompanhamento, avaliação rotineira de doses, efeitos colaterais e esclarecimento de dúvidas.  

O médico responsável nesses casos é o endocrinologista, agende uma consulta e mantenha acompanhamento regular.

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Como é feito o diagnóstico do diabetes?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O diagnóstico do pré-diabetes e do diabetes pode ser feito através dos seguintes exames:

  • Exame de glicemia em jejum (pré-diabetes ou diabetes): É o mais utilizado para diagnosticar o diabetes. Nele, a glicose no sangue é medida após um período de jejum de pelo menos 8 horas;
  • Teste oral de tolerância à glicose (pré-diabetes ou diabetes): Mede-se a glicose sanguínea após 8 horas de jejum e também 2 horas após a ingestão de um líquido com glicose;
  • Teste aleatório de glicose plasmática (diabetes): Este teste analisa a glicose sem considerar a última refeição e o seu resultado é avaliado juntamente com os sintomas do paciente;
  • Hemoglobina Glicada (HbA1c): Reflete o histórico da glicemia nos últimos 120 dias e os valores mantêm-se estáveis depois da coleta.
Valores de Referência para Diagnosticar o DiabetesExame de Glicemia em Jejum
  • Glicemia entre 100 mg/dl e 125 mg/dl: Pré-diabetes (propensão para desenvolver diabetes tipo 2);
  • Glicemia igual ou superior a 126 mg/dl: Diabetes. O diagnóstico é confirmado após repetição do exame em um outro dia.

Veja também: Quais são os sintomas do pré-diabetes?

Teste Oral de Tolerância à Glicose:
  • Glicemia entre 140 mg/dl e 199 mg/dl: Pré-diabetes;
  • Glicemia igual ou superior a 200 mg/dl: Diabetes. O diagnóstico é confirmado após repetição do exame num outro dia.
Teste Aleatório de Glicose Plasmática (Exame de Glicose Random)

Pode haver diagnóstico de diabetes se a glicemia for igual ou superior a 200 mg/dl e estiver associada a algum dos seguintes sintomas:

  • Aumento do volume de urina;
  • Sede excessiva;
  • Fome excessiva;
  • Emagrecimento sem motivo aparente;
  • Cansaço;
  • Visão turva;
  • Feridas que demoram para cicatrizar.

O diagnóstico é confirmado após a realização de um exame de glicemia em jejum ou exame oral de tolerância à glicose, em outro dia.

Hemoglobina Glicada
  • HbA1c superior a 6,5% (com confirmação posterior) = Diabetes, sendo que a confirmação se torna desnecessária se houver sintomas ou o paciente apresentar glicemia superior a 200 mg/dl;
  • HbA1c entre 5,7 e 6,4 %: Risco elevado de desenvolver diabetes.

O diagnóstico do diabetes deve ser feito pelo/a médico/a endocrinologista.

Quais as possíveis consequências da hiperglicemia? Qual o tratamento?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

A hiperglicemia raramente leva a sintomas agudamente, embora algumas vezes possa causar turvação visual, aumento da sede, aumento do volume de urina e emagrecimento, porém mais a longo prazo. Um estado hiperglicêmico crônico pode levar a diversas consequências:

  • cegueira (sequela da retinopatia diabética);
  • infarto do miocárdio e derrame cerebral;
  • pé diabético, às vezes com necessidade de amputação do membro;
  • impotência sexual;
  • insuficiência renal, podendo ser necessária hemodiálise;
  • neuropatia.

Quem tem um diagnóstico de diabetes (principal causa de hiperglicemia) deve mudar radicalmente certos hábitos, e por toda a vida, pois a doença não tem cura. Apenas um equilíbrio perfeito entre dieta, exercícios e medicamentos é capaz de manter a glicemia no nível adequado e evitar as temidas complicações.

A hiperglicemia, na fase aguda e naqueles pacientes portadores de diabetes mellitus tipo 1, deverá ser tratada com o uso de insulina. Atualmente, há diversos tipos de insulina, sendo que, é habitualmente utilizada uma insulina "basal", aplicada de uma a três vezes ao dia, associada a bôlus de outro tipo de insulina, de ação mais rápida, antes das refeições.

Os doentes com diabetes do tipo 2 normalmente produzem insulina e a grande maioria continua a produzir pelo resto da vida. Estima-se que apenas 25% desses indivíduos precisam de doses extras.

Por isso, o início do tratamento normalmente consiste em dieta e exercícios. Se necessário, o médico pode prescrever antidiabéticos orais, comprimidos que aumentam a secreção de insulina ou reduzem a resistência à sua ação.

Atualmente há diversos antidiabéticos orais disponíveis, que podem ser associados para um melhor controle da glicemia.

Na gestação, a hiperglicemia é muito perigosa, pois pode causar alterações no feto, tais como: excesso de peso, levando a um parto de risco, problemas respiratórios, hipoglicemia, icterícia e deficiência de cálcio. Na gestação, o controle da hiperglicemia é feito com dieta e atividade física e algumas vezes será necessário o uso de insulina.

Na presença de hiperglicemia, consulte um médico clínico geral ou endocrinologista para seguimento.

Quais são os valores de referência do exame T3?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

Os valores de referência do exame T3 podem variar em função do método e reagente utilizado, portanto, esses valores devem estar claramente citados nos laudos de resultados de exames laboratoriais.

  • Até 3 dias de idade: 100 a 740 ng/dL
  • 1 a 11 meses de idade: 105 a 245 ng/dL
  • 1 a 5 anos: 105 a 269 ng/dL
  • 6 a 10 anos: 94 a 241 ng/dL
  • 11 a 15 anos: 82 a 213 ng/dL
  • 16 a 20 anos: 80 a 210 ng/dL
  • 20 a 50 anos: 70 a 204 ng/dL
  • 50 a 90 anos: 40 a 181 ng/dL

​O exame T3 é a dosagem de um hormônio produzido pela glândula tireóide, conhecido como tri-iodotironina.

A interpretação dos resultados do exame deve ser realizada pelo médico que o solicitou, em conjunto com a história e o exame clínico. Para maiores informações, procure um médico clínico geral ou endocrinologista.

Nanismo: o que é e quais são as causas?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O nanismo é o nome usado para os casos de baixa estatura grave. A condição é melhor observada sobretudo a partir dos 2 anos de idade, quando a criança interrompe o crescimento e desenvolvimento da estatura, esperado para a idade, embora alguns casos possam ser diagnosticados ainda no pré-natal, através de ultrassonografias.

O diagnóstico de nanismo se baseia em gráficos com medidas estipuladas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), de acordo com a idade e peso. Podem ser necessários também exames de imagem, como RX, para analisar os ossos longos e exames de sangue, para dosagem de hormônios específicos para o crescimento.

Em média, os homens com nanismo alcançam no máximo a altura de 1,45 m, enquanto as mulheres medem menos de 1,40 m.

Quais são as causas do nanismo:

Existem várias causas para o nanismo, sendo a mais comum, a Acondroplasia, o tipo de nanismo originado por mutação genética, que pode ser hereditário, porém a grande maioria dos casos é esporádico, ou seja, é o primeiro caso na família. Apenas 10% dos casos são transmitidos pelos pais.

As demais causas podem ser divididas em:

  1. Doença genética (hereditária ou aleatória)

    1. Nanismo hipofisário (proporcional);
    2. Acondroplasia (Nanismo desproporcional);
  2. Distúrbio nutricional, fase pré-natal;
    1. Má alimentação materna, levando a carência nutricional durante a gestação,
    2. Complicações durante a gestação, como a insuficiência placentária, doenças infecciosas, uso de drogas ilícitas ou bebidas alcoólicas, que prejudicam a nutrição do bebê;
  3. Complicações no pós-parto;
    1. Problemas sociais, culturais ou socioeconômicos;
    2. Doenças crônicas, como doenças da tireoide ou renal.

O nanismo hipofisário, também chamado de nanismo proporcional, tem como causa a deficiência na produção do hormônio do crescimento (GH) pela hipófise, também chamada de glândula pituitária. Essa deficiência pode ou não ter origem genética ou hereditária. Nesses casos, o tratamento precoce costuma evoluir com resposta satisfatória, pela reposição do hormônio GH.

O nanismo causado por deficiência nutricional ou causas secundárias, como doenças específicas, variam de tratamento e resultados, de acordo com a causa e tempo de exposição.

Portanto, para todos os casos existe uma opção de tratamento, que necessita de uma equipe multidisciplinar, com objetivo de melhor desenvolvimento e resposta.

Os especialistas responsáveis pelo diagnóstico e acompanhamento dos casos de nanismo são médicos/as endocrinologista e ortopedista.

Pré-diabetes sempre evolui para diabetes? Em quanto tempo isso pode acontecer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não, pré-diabetes nem sempre evolui para diabetes. O paciente pode inclusive permanecer nessa situação a vida toda e não chegar a desenvolver diabetes.

O pré-diabetes é um estado intermediário entre a normalidade e o diabetes tipo 2 e indica que a pessoa tem um risco elevado de desenvolver diabetes, o que pode acontecer a qualquer momento.

Não existe um tempo determinado para o pré-diabetes evoluir para diabetes. A evolução vai depender de um tratamento adequado e também de fatores como a genética e a idade. Há casos em que, mesmo tomando todos os cuidados, o paciente acaba desenvolvendo diabetes.

O importante é detectar e tratar o pré-diabetes o mais cedo possível. O tratamento inclui:

  • Mudanças no estilo de vida - reduzem em até 40% o risco do pré-diabetes evoluir para diabetes:

    • Dieta adequada;
    • Perda de peso;
    • Exercício físico regular;
  • Medicamento (metformina) - reduz em 20% o risco do pré-diabetes evoluir para diabetes.

Embora nem sempre a medicação esteja indicada, para pacientes com índice de massa corporal (IMC) acima de 35, a metformina tem se mostrado bastante eficaz no tratamento.

O pré-diabetes é uma condição séria que deve ser tratada, não só para prevenir a evolução para o diabetes mas também para evitar o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.

Cabe ao médico endocrinologista avaliar a condição do paciente e prescrever o tratamento mais adequado.

Saiba mais em: Quais são os sintomas do pré-diabetes?

Diabético pode beber bebida alcoólica?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, pessoas com diabetes podem beber bebida alcoólica, desde que seja com moderação e com muito atenção para que não se aumente o risco de hipoglicemia (diminuição do açúcar no sangue).

A Sociedade Americana de Diabetes recomenda que o consumo diário não ultrapasse 1 dose (1 copo de vinho ou 1 cerveja, por exemplo) para as mulheres e 2 doses para os homens.

O álcool afeta os níveis de glicose no sangue, porque dificulta a regulação pelo fígado da quantidade de açúcar no sangue. Isso ocorre porque quando se ingere álcool o fígado fica mais ocupado com a metabolização do álcool e não consegue regular a glicose paralelamente. Esse processo aumenta o risco de hipoglicemia.

Por isso, se for beber, o paciente diabético deve seguir as seguintes orientações:

  • Não beber álcool com o estômago vazio;
  • Não beber se o nível de glicose no sangue estiver baixo (o consumo de álcool é permitido se a glicemia estiver entre 100 e 140 mg/dL);
  • Beber lentamente e não ultrapassar a quantidade máxima diária;
  • Beber sempre água quando estiver bebendo álcool, para manter a hidratação;
  • Como os sintomas de hipoglicemia e embriagues são muito parecidos, é importante nunca ultrapassar o limite máximo de bebida.

Essas recomendações servem tanto para aqueles pacientes diabéticos com Diabetes tipo 1 ou Diabetes tipo 2 que façam uso de insulina ou não.

Se é diabético e pretende consumir bebida alcoólica, fale com o seu médico de família, clínico geral ou endocrinologista para maiores esclarecimentos.

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O que é o exame T3?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

O exame T3 é a dosagem de um hormônio produzido pela glândula tireoide, conhecido como tri-iodotironina.

É um exame útil na avaliação da função tireoidiana. Em condições normais, o T3 representa cerca de 5% dos hormônios da tireoide que estão no plasma sanguíneo. Apesar de estar em baixas concentrações, o T3 tem uma atividade metabólica intrínseca mais elevada, assim como uma taxa de síntese e degradação mais rápidas e maior volume de distribuição que o T4.

Existem algumas indicações para a solicitação deste exame: pessoas com TSH (o hormônio que estimula a produção de T3 e T4) diminuído e T4 total ou livre nos valores de referência. O teste é muito importante para identificar o hipertireoidismo, particularmente a tireotoxicose.

Os níveis séricos de T3 estão reduzidos no caso de doenças crônicas não tireoidianas e são influenciados pela condição nutricional de cada indivíduo.

A interpretação dos resultados do exame deve ser realizada pelo médico que o solicitou, em conjunto com a história e o exame clínico. Para maiores informações, procure um médico clínico geral ou endocrinologista.