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Picolinato de cromo emagrece? Saiba como tomar e quais os seus efeitos colaterais
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O picolinato de cromo é um produto registrado pela ANVISA, na categoria de suplemento vitamínico e mineral, popularmente usado para fins de emagrecimento, porém ainda sem registro ou eficácia comprovada para esse fim.

Picolinato de Cromo x Emagrecimento

Embora ainda não esteja cientificamente comprovado que o produto promove o emagrecimento, alguns estudos evidenciaram esse resultado. Pesquisadores entendem que o produto seja capaz de estimular a redução do apetite e o desejo por comida, além de acelerar o metabolismo e impulsionar a queima de gordura. O que levaria a perda de peso.

O cromo é um mineral essencial que participa no metabolismo dos carboidratos, aumenta a tolerância do organismo à glicose e potencializa a ação da insulina. Além disso, auxilia na redução da formação de colesterol. Este mineral pode ser ingerido em sua forma natural por meio da alimentação.

Como tomar picolinato de cromo

A dose recomendada deve ser de 50 a 300 microgramas (mcg) por dia.

Entretanto, a suplementação com picolinato de cromo deve ser prescrita e orientada por médico/a ou nutrólogo. Seu uso deve ser associado a uma alimentação saudável e à prática de atividade física.

Contraindicações do picolinato de cromo
  • Insônia
  • Alterações de humor
  • Cefaleia (dor de cabeça)
  • Perda de minerais (ferro)
  • Vômitos
  • Diarreia
  • Surgimento de úlceras
  • Anemia
  • Problemas de fígado
Fontes naturais de cromo

O cromo pode ser encontrado em grãos integrais, frutas, vegetais, leguminosas alimentos de origem animal e alimentos integrais.

Grão integrais
  • Aveia
  • Linhaça
  • Chia
Frutas
  • Uva
  • Maçã
  • Laranja
  • Açaí
  • Banana
Vegetais
  • Espinafre
  • Brócolis
  • Tomate
  • Alho
  • Cenoura
  • Batata
Leguminosas
  • Soja
  • Milho
  • Feijão
Alimentos de origem animal
  • Frango
  • Carnes
  • Frutos do mar
  • Ovos
  • Leite e derivados
Alimentos integrais
  • Pão integral
  • Arroz integral
  • Massas integrais
  • Açúcar mascavo
  • Farinha de trigo integral
  • Levedura de cerveja

Não utilize suplementos alimentares sem orientação de um/a nutricionista ou nutrólogo/a e adote um estilo de vida que inclua uma alimentação saudável e a prática de exercícios físicos.

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O açúcar "alimenta" o câncer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. O açúcar "alimenta" o câncer, uma vez que as células cancerígenas utilizam açúcar (glicose) como fonte de energia. Embora todas as células façam uso da glicose como fonte de energia, as células cancerígenas necessitam de uma demanda ainda maior, por seu alto índice de multiplicação, portanto o açúcar em excesso pode estimular seu crescimento sim.

Contudo, não é só o açúcar branco, dos doces e refrigerantes, que alimentam as células tumorais e auxiliam nesse crescimento, em termos nutricionais, todos os carboidratos são considerados açúcares, o que inclui também arroz, pães, massas, batata, mandioca, frutas, entre tantas outras fontes de carboidrato. Todos esses alimentos são transformados em glicose após a digestão, resultando em "alimento" para todas as células do corpo, inclusive para as células cancerígenas.

A ideia de que tirar os carboidratos da alimentação poderia interromper o crescimento do câncer é baseada no fato de que as células tumorais são mais sensíveis à insulina, o hormônio responsável pelo transporte da glicose para dentro das células. Dessa forma, elas conseguem captar a glicose com mais facilidade e em maior quantidade do que as células normais do corpo, justificando inclusive o processo de emagrecimento comum nos pacientes com a doença.

No entanto, é preciso lembrar que os carboidratos também são uma fonte de energia essencial para o bom funcionamento do organismo. Retirar completamente da alimentação aumentaria a perda de peso, a fraqueza e poderia prejudicar uma resposta possivelmente positiva ao tratamento.

Portanto, os carboidratos não devem ser excluídos da dieta do paciente com câncer. A quantidade e os tipos de carboidratos que devem ser incluídos na alimentação devem ser prescritos e orientados por um/a nutricionista.

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O que pode comer quem tem problemas de rins (alimentos bons para os rins)?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os alimentos recomendados para pessoas com problemas nos rins, são aqueles com baixo teor de potássio, fosforo e sal, como a clara do ovo, peixes, verduras, legumes, morango, melancia, acerola, entre outras frutas.

Portanto, o mais adequado é que mantenha um acompanhamento e avaliação periódica da sua dieta e formas de preparo das refeições, com um profissional da área, nutrólogo ou nutricionista.

Alimentos bons para os rins (baixo teor de potássio, fosforo e sal)

A alimentação deve ser equilibrada e bem preparada, evitando alimentos ricos em minerais, frituras ou proteínas, porém sem excluí-los por completo, porque são substâncias essenciais para diversas funções do organismo.

1. Proteínas

Clara de ovo e peixe.

2. Verduras

Alface, repolho, agrião, pimentão vermelho, cenoura e pepino.

3. Legumes

Abobrinha, acelga, batata, berinjela, brócolis, chuchu, couve-flor, espinafre, mandioca, mandioquinha, quiabo e vagem.

4. Frutas

Morango, melancia, abacaxi, acerola, ameixa, caju, banana-maçã, laranja-lima, limão, manga, pera, pêssego, mirtilo (blueberry), framboesa, cereja, uva vermelha e pitanga.

5. Oleaginosa

Azeite.

Inclua alimentos de todas as famílias da pirâmide alimentar

A principal dica é de manter a alimentação equilibrada, incluindo alimentos de todas as famílias da pirâmide alimentar (verduras, legumes, carboidratos, proteínas e frutas), em quantidades menores ou indicadas pelo nutricionista. Essa dica é valiosa para todas as pessoas, portadoras ou não problemas renais.

Beba bastante água caso urine normalmente

Pessoas que urinam normalmente, devem beber bastante água, para manter o corpo hidratado, facilitando a filtração dos rins.

Restrinja líquidos caso não urine normalmente

Àqueles que já não urinam, ou muito pouco, em tratamento de diálise ou não, devem seguir a orientação médica, que geralmente é de restringir o líquido.

Cozinhe os alimentos em muita água

Para o preparo dos alimentos, evite cozinhar verduras e legumes em panela de pressão, a vapor ou micro-ondas, esse processo aumenta a concentração do potássio nesses alimentos.

O cozimento dos alimentos deve ser com muita água, descascados, e a água deve ser desprezada ao fim do cozimento. Esse processo reduz em até 60% a quantidade de potássio das frutas e legumes.

Leia os rótulos e evite os que tiverem muito sal, fosforo ou potássio

Leia os rótulos dos alimentos industrializados para saber o valor nutritivo do que será consumido, evitando altas quantidades de sal, fosforo e potássio.

Não elimine nenhum alimento a não ser que seja uma recomendação médica

Faça as suas refeições todos os dias regularmente, em horários adequados e em quantidades que saciem a sua fome. Não elimine nenhum alimento a não ser que seja uma recomendação médica.

Os minerais, como potássio, fósforo e o sódio, por exemplo, participam de funções vitais no corpo humano, como a condução dos impulsos nervosos, contração muscular, formação e manutenção dos ossos, entre tantas outras.

Adote bons hábitos alimentares

Não existe uma dieta única para todas as pessoas com problemas de rins. Cada pessoa tem as suas preferências e particularidades. Por isso deve ser avaliado de forma individual pelo médico nefrologista e ter a sua dieta elaborada por uma nutricionista.

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Como eliminar gordura no fígado?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O excesso de gordura no fígado é denominado Esteatose Hepática, ou doença hepática gordurosa (DHG). Para eliminar essa gordura é preciso identificar o que está causando esse acúmulo no fígado.

As causas mais comuns são a obesidade, diabetes, colesterol aumentado e hipertensão arterial. O consumo excessivo de álcool e outra doenças crônicas como o hipotireoidismo e a síndrome dos ovários policísticos, também são causas frequentes.

Portanto, o tratamento para esteatose hepática consiste em:

  • Iniciar dieta adequada (orientada por nutricionista ou nutrólogo);
  • Prática de exercícios físicos regularmente;
  • Mudança de hábitos e vida e
  • Tratamento das doenças responsáveis por esse acúmulo de gordura.

Vale lembrar que o uso de bebida alcoólica é totalmente contraindicado para portadores de esteatose hepática. Seja qual for a causa, o álcool prejudica ainda mais a função do fígado, aumentando o risco de complicações da doença, que pode evoluir para cirrose e/ou câncer hepático.

O médico hepatologista é o responsável pela avaliação, tratamento e acompanhamento das doenças no fígado.

4 passos que você pode começar imediatamente

A dieta deve ser orientada por um nutricionista, atendendo às necessidades específicas para cada pessoa.

Contudo, antes mesmo da avaliação nutricional, para obter um bom resultado, você deve iniciar o tratamento seguindo os 3 passos descritos abaixo:

1. Dieta para reduzir a gordura no fígado

Prefira como fonte de carboidratos: Alimentos integrais, como farelos, pães, biscoitos, leguminosas, devido a maior quantidade de fibras solúveis. As fibras solúveis são fundamentais no tratamento da esteatose hepática, porque tem a capacidade de se unir à glicose e aos lipídeos presentes no bolo alimentar, dificultando a sua absorção;

Inclua legumes e verduras: Em todas as refeições inclua ao menos uma porção de legumes e verduras (principalmente os folhosos como alface, rúcula, agrião, espinafre, brócolis e couve flor);

Consuma mais leguminosas: Como feijão, ervilhas, grão de bico, lentilhas e soja;

Aumente o consumo de frutas diariamente: Optando por frutas com menor quantidade de açúcar, como abacaxi, maçã e frutas vermelhas;

Leite e derivados devem ser desnatados e ou com o menor teor de gordura possível. Os queijos ricota e cottage são os mais aconselhados;

Evite doces e alimentos ricos em açúcar, reduzindo assim os níveis de triglicerídeos no sangue, o que pode agravar ainda mais a esteatose hepática;

Evite gordura e frituras. Procure preparar os alimentos no forno ou grelhados.

2. Prática de atividades físicas

A recomendação de atividades físicas, com bons resultados, devem ser de no mínimo 30 minutos por dia, pelo menos 5 vezes na semana. A escolha do exercício é uma escolha pessoal, mas que deve levar em conta uma avaliação profissional, para adequar a melhor opção caso a caso.

O mais importante é que seja um atividade prazerosa, aumentando as chances de uma boa adesão e boa resposta.

A perda de 3 a 5% do peso corporal em 6 meses, melhora consideravelmente os casos de esteatose leve a moderada. Para um caso mais grave, esse valor deve ser de 10% ou mais.

3. Mudança de hábitos de vida

Os principais motivos de acúmulo de gordura, estão intimamente relacionados aos hábitos de vida. Por isso é fundamental uma reavaliação e mudanças no que considera ruim, ou no que for solicitado pela equipe médica.

O tabagismo, sedentarismo e consumo de bebidas alcoólicas são extremamente desaconselháveis, assim como a alimentação gordurosa.

As doenças crônicas devem ser devidamente acompanhadas pelo médico da família, ou clínico geral, para que não chegue a uma complicação grave como a esteatose, por uso inadequado das medicações do dia a dia.

4. Tratamento das doenças responsáveis por esse acúmulo de gordura

Enquanto a doença de base não for tratada, o acúmulo de gordura poderá retornar, ou até não se modificar embora todas as outras medidas estejam sendo praticadas. Por isso passo deve ser procurar um médico clínico geral ou hepatologista para dar início ao tratamento da causa desse problema.

Tratamento de gordura no fígado

O tratamento definitivo da gordura no fígado, inclui além das medidas alimentares e de estilo de vida saudável, o tratamento da doença de base, ou seja, o que causou esse acúmulo de gordura nas células do fígado.

As causas mais comuns são: Obesidade, colesterol aumentado, diabetes e hipertensão arterial. Existem ainda as doenças e síndromes onde a esteatose hepática faz parte dos sinais e sintomas encontrados (hepatite C, hipotireoidismo, síndrome dos ovários policísticos e síndrome da apneia do sono) e o uso crônico de medicamentos (amiodarona®, tamoxifeno®, corticosteroide®, estrogênio® e esteroides anabolizantes).

Para cada caso existe um tratamento específico que será determinado pelo médico hepatologista ou médico da família que o acompanha.

Obesidade

Essa é a causa mais comum para o acúmulo de gordura no fígado, é preciso iniciar as medidas gerais, com dieta orientada e prática de exercícios, além da avaliação de medicamentos e cirurgia bariátrica. Opções que cabe ao médico endocrinologista junto com o cirurgião avaliar.

A medida de IMC (índices de massa corpórea), fatores de risco e condições de saúde do paciente, são os elementos que direcionam esse tratamento.

Colesterol aumentado

Para o controle do colesterol, além das medidas dietéticas e mudanças de hábitos, podem ser prescritos medicamentos que auxiliam nessa redução. A estatina® é a medicação mais utilizada para esse fim.

Diabetes mellitus

A diabetes é uma doença que apesar de não ter cura, tem tratamentos cada vez mais avançados, com a vantagem de bons resultados e menos efeitos colaterais. Pode ser tratada inicialmente apenas com dieta e atividades físicas, e nos casos mais avançados ou mais resistentes, com medicamentos hipoglicemiantes (metformina®, forxiga®, galvus®, entre outros) ou Insulina®.

Sendo assim, o principal é manter o acompanhamento regular com médico endocrinologista e usar a medicação de forma correta.

Hipertensão arterial

A hipertensão arterial também é uma doença crônica, que exige que o tratamento seja seguido rigorosamente, com uso do medicamento todos os dias, sem esquecimento, e acompanhamento médico, para evitar oscilação da pressão e complicações por esse motivo.

Saiba mais no link: Qual o tratamento e prevenção para hipertensão arterial?

Hepatites virais

As hepatites são infecções virais que acometem as células do fígado, causando danos e substituindo por gordura. O tratamento depende do tipo de vírus e gravidade, devendo ser avaliado pelo médico hepatologista, caso a caso.

A hepatite B e C são as mais associadas à esteatose hepática.

Hipotireoidismo

O hipotireoidismo é uma doença autoimune, onde a produção dos hormônios da tireoide é deficiente. O tratamento consiste em repor esses hormônios através de medicamentos orais. O controle das taxas hormonais resolve por completo o acúmulo da gordura, quando for esse o motivo da doença. O médico endocrinologista é o responsável por esse tratamento.

Síndrome dos ovários policísticos (SOP)

A SOP é um distúrbio hormonal, aonde uma dos principais sintomas é a obesidade, por isso, a presença da esteatose hepática não é incomum. O tratamento é baseado em controle e equilíbrio hormonal com anticoncepcionais, e tratamento dos sintomas que aparecem.

O médico ginecologista é o responsável pelo diagnóstico, tratamento e acompanhamento da síndrome.

Síndrome da apneia do sono

Os transtornos do sono, como a apneia do sono (pausas na respiração durante o sono), é mais uma situação que cursa com o acúmulo de gordura no corpo, e pode ser curado com o tratamento adequado. Nos casos mais leves, a dieta, prática de atividades físicas e alguns ajustes de posicionamento e higiene do sono resolvem o problema. Outros casos podem precisar de um aparelho para auxiliar na respiração enquanto dormem, o CPAP (pressão positiva contínua das vias aéreas).

O médico especialista no sono (neurologista, otorrinolaringologista ou pneumologista) saberão definir a melhor orientação para cada caso.

Saiba mais no link: Apneia do sono tem cura? Qual o tratamento?

Uso de medicamentos (amiodarona®, tamoxifeno®, corticosteroide®, estrogênio® e esteroides anabolizantes)

Se for observado o uso de medicamentos como possíveis causadores da esteatose, deverá ser discutido com o médico que o prescreve, a possibilidade de troca da medicação ou ajuste de doses. Claro que dependerá do que vem tratando, dos riscos e benefícios dessa mudança.

Cabe aos médicos decidirem a opção mais acertada.

Existe algum remédio para gordura no fígado?

Sim, existem alguns remédios indicados, principalmente em casos mais avançados de gordura no fígado, porém sem um consenso bem definido pelos médicos especialistas.

Vitamina E

A vitamina E, é um dos medicamentos propostos por grupos de médicos especialistas, mas apenas para pacientes com a doença confirmada por biópsia ( exame que nem sempre é necessário). No entanto, existem efeitos colaterais indesejados, além disso, não há evidências para essa recomendação em pacientes diabéticos ou cirróticos.

Pioglitazona®

A pioglitazona®, outra medicação que pode ser usada para tratar esteatose associada a hepatite, com comprovação por biópsia. O seu uso está associado a melhora da inflamação e queda das taxas das enzimas produzidas no fígado. Entretanto, também não foi testada para pacientes com diabetes, portanto, a segurança e eficácia a longo prazo para o uso nesses pacientes não está estabelecida, não sendo indicada.

Outros hipoglicemiantes como a Metformina® tem resultados controversos, por isso seu uso é discutível.

Estatinas®

Já as estatinas® podem ser consideradas como uma boa opção de tratamento, principalmente para aqueles com níveis de colesterol aumentado, com objetivo de reduzir os riscos de doenças cardiovasculares.

Ômega 3

Alguns trabalhos mostraram benefícios do ômega 3 nos casos de esteatose, mas não de suas complicações, como a esteato-hepatite.

O uso de medicamentos prebióticos, probióticos e suplementos ainda não apresentam dados científicos que suportem a sua recomendação no tratamento da esteatose.

Cuidado com os remédios caseiros

O melhor tratamento caseiro é mesmo o aumento da ingesta de água e seguir as orientações alimentares de um profissional dessa área, o nutricionista.

Especialistas comprovam que o uso de produtos "naturais" vem crescendo em larga escala, devido a crença de que sendo naturais não teriam efeitos colaterais, entretanto, já foram comprovados diversos casos de hepatite medicamentosa pelo uso de chás e ervas medicinais.

Portanto, recomendamos que não faça uso de nenhum produto, mesmo que pareça inofensivo, antes de informar e ser esclarecido pelo médico de família ou hepatologista.

Como eliminar a gordura no fígado de maneira rápida?

Para acelerar o tratamento, uma forma é informar ao profissional do esporte que o acompanha, de que teve esse diagnóstico. Sabendo da esteatose hepática, o profissional poderá planejar um treino mais direcionado para aumento de perda calórica, de forma segura e adequada para cada pessoa.

Outra maneira é consultar um médico nutrologista, que poderá acrescentar um tratamento específico, medicamentoso, para o seu caso.

Vale ressaltar, que a esteatose hepática se não tratada de maneira correta, pode evoluir para cirrose ou câncer de fígado. Doenças graves, potencialmente fatais.

Por isso, se recebeu esse diagnóstico, comece o quanto antes o seu tratamento, siga rigorosamente as orientações do seu médico e nutricionista, para evitar prejuízos irreparáveis na sua saúde.

Para que serve Kombucha? Quais são seus benefícios e contraindicações?
Dra. Juliana Guimarães
Dra. Juliana Guimarães
Enfermeira doutorada em Saúde Pública

São muito populares os benefícios do Kombucha à saúde e, especialmente por se tratar de um probiótico, é comumente associado ao equilíbrio da flora intestinal, ao efeito desintoxicante e protetor hepático e ao fortalecimento do sistema imunológico.

Entretanto, os estudos que indicam seus benefícios foram realizados apenas em animais. Deste modo, ainda não há pesquisas que confirmem os benefícios reais do Kombucha em seres humanos.

Kombucha é uma bebida probiótica fermentada produzida a partir de uma colônia de leveduras e bactérias. A esta colônia adiciona-se algum chá que contenha cafeína (chá verde, chá preto, chá mate) e açúcar para que a fermentação aconteça.

6 Propriedades do Kombucha em teste

Os benefícios descritos ainda não têm estudos em seres humanos, sendo necessário pesquisas para comprovação científica.

1. Equilibra o funcionamento intestinal

O Kombucha, por ser um probiótico, ajuda a equilibrar a flora intestinal melhorando a absorção de nutrientes e a motilidade dos intestinos.

2. Promove desintoxicação e proteção hepática

A bebida tem uma alta capacidade de desintoxicar o fígado reduzindo a toxicidade para as células hepáticas. Estudo realizado sobre esta ação do Kombucha, mostrou que as células do fígado expostas a um agente causador de lesão celular hepática mantiveram a sua integridade e funcionamento normais quando em contato o Kombucha. Portanto, o Kombucha pode ser utilizado como um protetor hepático que ajuda na saúde do fígado.

3. Impulsiona o ganho de energia e disposição

O Kombucha é um aliado para o ganho de energia, pois produz ferro. Este ferro produzido ajuda na produção das hemácias, responsáveis por distribuir o oxigênio pelo organismo. Uma melhor oxigenação do corpo promove mais energia e disposição para as tarefas diárias.

4. Ajuda a proteger as articulações

O consumo do Kombucha promove um aumento da produção de líquido sinovial. Este líquido se situa entre as articulações agindo como um lubrificante que reduz o atrito entre os ossos que formam a articulação. O aumento de líquido sinovial melhora a mobilidade articular, protege e fortalece a saúde das articulações.

5. Fortalece o sistema imunológico

Os diversos antioxidantes e a vitamina C presentes no Kombucha reforçam o sistema imunológico ao combater os radicais livres e reduzindo o risco de doenças degenerativas e envelhecimento precoce. Deste modo, também ajuda a manter um bom estado de saúde geral.

6. Auxilia na perda de peso

Alguns estudos mostraram uma certa correlação entre o consumo de Kombucha e a perda de peso. Entretanto, os mecanismos pelos quais isto ocorre ainda não estão esclarecidos. Um número maior de estudo nesta área precisam ser feitas para esclarecer a relação entre o uso de Kombucha e o emagrecimento.

Cuidados e Riscos

O processo para fazer o Kombucha em casa deve ser efetuado de forma muito cuidadosa. É necessário frasco e utensílios apropriados. O frasco deve ser de vidro para minimizar a contaminação, inclusive por metais se o Kombucha for cultivado em frascos de alumínio. Todo o material precisa ser esterilizado. O manuseio também deve manter estes cuidados de modo a evitar a contaminação.

A Food and Drug Adminstration, agência americana reguladora de alimentos e medicamentos, alerta para o perigo de contaminação no manuseio do Kombucha que pode provocar infeções. As mais comuns registadas são as infecções por Candida sp., que causa a candidíase) e por Aspergillus fumigattos (fungos que provocam uma grave infecção pulmonar).

É também importante observar o tempo de fermentação. Quando fermentado por um tempo superior ao recomendado pode trazer graves complicações à saúde.

Para quem pretende adquirir o Kombucha industrializado, é preciso observar se foi produzido de forma natural. Alguns destes produtos, quando industrializados, são pasteurizados. Este processo acaba por matar as bactérias que trariam os benefícios para a saúde.

Quais as contraindicações do Kombucha

O consumo de Kombucha é contraindicado em casos de:

  • Mulheres grávidas ou que estão amamentando (para o bebê pode ter efeito laxante)
  • Hemofílicos (pessoas com distúrbios de coagulação sanguínea)
  • Diabéticos
  • Hipertensos
  • Pessoas que tenham sensibilidade ao álcool
  • Pessoas alérgicas aos chás usados no preparo do Kombucha (chá verde, chá preto, chá mate).

A introdução do Kombucha na rotina alimentar deve ser realizada com cuidado e apenas iniciada após orientação médico/a.

Referência:

1. Pakravan N, Kermanian F, Mahmoudi E. Filtered Kombucha tea ameliorates the leaky gut syndrome in young and old mice model of colitis. Iran J Basic Med Sci 2019; 22:1158-1165.

2. Kapp JM, Summer W. Kombucha: a systematic review of the empirical evidence of human health benefit. Annals of Epidemiology 2019; 30:66-70.

3. Vázquez-Cabral BD, Larrosa-Pérez M, Gallegos-Infante JÁ,Moreno-Jiménez MR, González-Laredo RF, Rutiaga-Quiñones JG, Gamboa-Gómez CI, Rocha-Guzmán NE. Oak kombucha protects against oxidative stress and inflammatory processes. Chemico-Biological Interactions 2017; (272):1-9.

Falta de apetite: o que pode ser e o que fazer?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A falta de apetite pode ter muitas causas. Pode ser sintoma de problemas gastrointestinais, distúrbios hormonais, transtornos psiquiátricos, efeito colateral de algum medicamento, anemias, infecções, entre outras.

Pessoas com gastrite, enjoo, úlcera ou que sentem dor ao mastigar ou engolir podem ter falta de apetite. A ansiedade e a depressão também podem fazer a pessoa perder o apetite, assim como doenças endócrinas como hipotireoidismo ou insuficiência adrenal e até hábitos alimentares inadequados.

Porém, a falta de apetite nem sempre é sinal de algum problema de saúde. O calor, por exemplo, geralmente tira a fome de muita gente. Há quem faça apenas uma refeição por dia devido à falta de apetite. Essa alteração faz parte da adaptação do organismo à temperatura ambiente.

Vale lembrar que nos dias mais quentes o metabolismo fica mais lento, já que o corpo precisa de menos energia para manter a temperatura corporal constante.

Nesses casos, recomenda-se fazer várias refeições pequenas ao longo do dia, com alimentos leves e de fácil digestão, como saladas, frutas e legumes frescos ou cozidos.

É importante observar se a falta de apetite vem acompanhada de outros sinais e sintomas. Se a perda de apetite persistir, consulte o/a médico/a clínico/a geral ou  médico/a de família para investigar melhor o seu caso.

Spirulina emagrece mesmo? Para que serve e como tomar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Por promover saciedade, a spirulina pode sim ser uma aliada para quem deseja perder peso. É uma cianobactéria que, como as plantas, faz fotossíntese e é indicada para quem faz dietas de baixa caloria. Deste modo, ela é usada como suplemento alimentar com o objetivo de complementar o consumo de nutrientes.

Spirulina em pó Spirulina e emagrecimento

Devido à alta concentração de nutrientes e proteínas a spirulina ajuda a promover sacidade e, desta forma, auxilia no processo de emagrecimento. Há também uma redução na vontade de comer doce.

Além disso, a spirulina estimula o bom funcionamento dos intestinos possibilitando a desintoxicação do organismo, acelerando o metabolismo e reduzindo a retenção de líquidos.

Entretanto, este suplemento sozinho não faz milagres. É preciso que seu uso, indicado por nutricionista ou nutrólogo, seja associado à um plano alimentar saudável e à prática de atividade física.

Como tomar spirulina para emagrecer?

A dose de spirulina recomendada para fins de emagrecimento é de 2 a 3 g por dia. O suplemento pode ser ingerido em uma única dose ou antes das principais refeições (café da manhã, almoço e jantar). Neste caso, deve-se consumir meia hora antes destas refeições. Você pode encontrar suplemento na forma de pó e comprimidos.

Propriedades da Spirulina

A spirulina, além de ajudar a emagrecer, possui outras propriedades:

Efeito antioxidante

Por ter potente ação antioxidante e ser rica em vitamina A, zinco e selênio, a spirulina melhora os índices de triglicerídeos e colesterol, auxilia na prevenção do câncer e previne o envelhecimento precoce.

Fortalece a imunidade

A spirulina ajuda a fortalecer o sistema imunológico e, deste modo, promove a melhora da congestão nasal e de episódios de rinite alérgica.

Reduz a sensação de cansaço

A spirulina impede a formação de ácido lático nos músculos após a prática de atividade física. Esta ação possibilita a redução da sensação de cansaço e previne dores musculares em decorrência de exercícios físicos. Por ser um suplemento rico em ferro, magnésio e ômega-3, também ajuda na recuperação muscular.

Spirulina é comumente utilizado na prevenção e como coadjuvante no tratamento de gordura localizada e obesidade.

Antes de iniciar o uso de spirulina busque orientação de um nutricionista ou nutrólogo e adote um estilo de vida que inclua uma alimentação saudável e a prática de atividade física.

Ômega 3, 6 e 9: Para que servem e quais são os seus benefícios?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os ômegas 3, 6 e 9 são gorduras saudáveis que servem principalmente para prevenir derrames, infartos e tromboses, atuando sobretudo na redução das taxas de colesterol ruim e triglicerídeos sanguíneos.

Além disso, os ômegas 3, 6 e 9 são essenciais para a construção da membrana celular, trazem benefícios para a pele, sistema imunológico, cognição, emagrecimento, contribuindo de diversas formas para o bom funcionamento do organismo.

Ômega 3

O ômega 3 (ácido alfa-linolênico) "afina" o sangue, ajudando a impedir a formação de placas de gordura e coágulos (trombose) que podem provocar infarto do miocárdio e derrames. Por diminuir a viscosidade do sangue, ele também melhora a circulação sanguínea, aumentando a nutrição e oxigenação dos tecidos.

Outra capacidade do ômega 3 é a de diminuir o colesterol ruim (LDL) e os triglicerídeos e aumentar o bom colesterol (HDL). Assim, o ômega 3 previne o depósito dessas gorduras nas paredes das artérias (aterosclerose), uma das principais causas de ataque cardíaco.

O ômega 3 também tem ação vasodilatadora, ou seja, relaxa as artérias, ajudando a baixar a pressão arterial.

Na gravidez, auxilia o crescimento e o desenvolvimento do feto e de todo o seu sistema nervoso, estimulando o cérebro e potencializando as transmissões entre as células nervosas. Após o nascimento, principalmente entre os 6 e os 12 meses de idade, o ômega 3 aumenta o campo de visão e o desenvolvimento neuropsicomotor da criança.

O uso de ômega 3 também é benéfico para a saúde mental e cognição, melhorando o humor, a motivação, a memória, a concentração e o aprendizado.

Por ajudar a controlar o apetite e potencializar a ação da insulina, o ômega 3 pode contribuir para o processo de emagrecimento.

Saiba mais em: Tomar ômega 3 emagrece?

O ômega 3 está presente principalmente em peixes como salmão, atum, sardinha, truta, cavala e arenque. Médicos sugerem o consumo de peixes na alimentação, pelo menos duas vezes por semana.

Ômega 6

O ômega 6 (ácido linoleico) age principalmente no controle do colesterol, reduzindo o colesterol ruim e os triglicerídeos. Assim, o ômega 6 ajuda a prevenir doenças cardiovasculares.

Os benefícios do ômega 6 estão relacionados com o seu efeito sobre os vasos sanguíneos. Ele previne a formação de coágulos que podem se desprender da parede da artéria e obstruir o fluxo sanguíneo (trombose) mais adiante, causando infarto do miocárdio (ataque cardíaco) e acidente vascular cerebral ("derrame").

O ômega 6 também evita o depósito de gordura (colesterol) nas paredes das artérias, uma condição chamada aterosclerose, considerada uma das principais causas de infarto do miocárdio.

Além disso, atua positivamente no sistema imunológico, na regulação da temperatura corporal e no equilíbrio de água pelo corpo.

Assim como o ômega 3, o ômega 6 é considerado essencial, já que não é produzido pelo organismo e, portanto, precisa ser ingerido através da alimentação. As principais fontes de ômega 6 são os óleos de girassol, milho e soja, as castanhas e as nozes.

Ômega 9

Diferentemente dos ômegas 3 e 6, que não são produzidos pelo organismo e por isso precisam ser obtidos através da alimentação, o ômega 9 pode ser sintetizado pelo corpo, desde que haja ômega 3 e 9 disponíveis.

O ômega 9 (ácido oleico) desempenha um importante papel na produção de hormônios, além de contribuir para níveis mais saudáveis de triglicerídeos e ajudar a baixar os níveis de colesterol ruim (LDL) e aumentar o bom (HDL).

Esses benefícios do ômega 9 são devidos à boa quantidade de fitosteróis que ele possui, e que também podem auxiliar na diminuição da circunferência abdominal.

O ácido oleico oferece uma poderosa ação anti-inflamatória e antioxidante, combatendo a ação nociva dos radicais livres, ajudando a prevenir doenças cardiovasculares, câncer e envelhecimento precoce.

O ômega 9 está muito presente no azeite, mas também pode ser encontrado em grandes quantidades nos óleos de sementes de uva, canola, gergelim, girassol, soja, palma. Outras fontes de ômega 9 são as castanhas, amêndoas, nozes e o abacate.

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