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Distensão muscular: o que é, quais os sintomas e como tratar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Distensão muscular é uma lesão provocada pelo alongamento excessivo das fibras musculares. Ocorre principalmente na coxa e na panturrilha e o seu principal sintoma é a dor no músculo afetado, com consequente comprometimento da função muscular. O tratamento inclui repouso, imobilização, fisioterapia e, nos casos mais graves, cirurgia.

As distensões (estiramentos) musculares ocorrem sobretudo nos músculos anteriores, posteriores e internos da coxa, além da panturrilha, conhecida popularmente como batata da perna. São frequentes em corredores e jogadores de futebol por causa da grande exigência dessa musculatura nesses esportes.

A distensão muscular geralmente acontece na junção entre o músculo e o tendão, uma vez que essa é a parte menos resistente do músculo.

A lesão pode ser classificada em grau 1, 2 ou 3, de acordo com a gravidade da distensão, quantidade de fibras musculares envolvidas e perda da funcionalidade da musculatura afetada.

Sinais e Sintomas

Nas distensões musculares de grau 1, ocorre um estiramento de uma pequena quantidade de fibras musculares, sem danos significativos ao músculo. O principal sintoma é a dor localizada durante a contração muscular. Esse tipo de lesão tem um bom prognóstico, com rápida resolução e pouca limitação.

A distensão muscular de grau 2 é mais grave, com lesão em até metade das fibras musculares. Os sinais e sintomas incluem dor, hemorragia interna moderada, inchaço e diminuição da função muscular. O tratamento desse tipo de lesão é mais demorado, uma vez que apresenta uma resolução mais lenta.

Já nas distensões musculares de grau 3 há uma ruptura total ou quase completa do músculo, que praticamente perde toda a sua função. A lesão pode ser palpável e até visível, dependendo da localização. A dor pode ser muito intensa, mesmo quando o membro afetado é mobilizado por uma outra pessoa. O inchaço e a hemorragia são bastante acentuados. O hematoma pode inclusive ser visto se o músculo não for profundo.

Tratamento

O tratamento inicial da distensão muscular inclui aplicação de gelo, imobilização e elevação do membro afetado, além de medicamentos analgésicos para alívio da dor. Os anti-inflamatórios podem interferir no processo de reparação dos tecidos, e devem ser usados com cautela.

Essas medidas têm como objetivo diminuir a dor e controlar o inchaço nas primeiras 48 horas após a distensão muscular. Após esse período, o tratamento é feito através da fisioterapia. A partir da 3ª semana, já podem ter início os exercícios para recuperar a força muscular e a amplitude de movimento.

O tratamento cirúrgico é necessário nas distensões musculares de grau 3 ou em lesões parciais em que mais da metade do músculo se rompeu. A cirurgia também pode ser indicada em casos de hematomas intramusculares intensos e dor persistente durante mais de 4 meses, principalmente se houver limitação do movimento.

O médico ortopedista é o especialista indicado para diagnosticar a distensão muscular e indicar o tratamento mais adequado, de acordo com o caso.

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O que é osteopenia e quais os sintomas?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Osteopenia é uma diminuição de massa óssea. Situação natural de envelhecimento do organismo, que se inicia em média, na terceira década de vida.

A osteopenia não tem "cura", porém existem formas de retardar o seu início e sua evolução. Se não for tratada, a osteopenia evolui mais rapidamente para a osteoporose, que caracteriza-se pela perda de massa óssea acentuada, aumentando os risco de fraturas.

Esta condição não causa sintomas, por isso, a única forma de detectar o problema é através do exame de densitometria óssea, que mede a densidade do osso. 

Pode acometer tanto homens quanto mulheres, embora as mulheres sejam acometidas com mais frequência, especialmente após os 50 anos de idade, devido a queda de estrogênio no período de menopausa, já que este hormônio é responsável também pela absorção de cálcio no tecido ósseo. A baixa produção do estrógeno favorece a perda de massa óssea e dificulta a formação de células novas, ocasionando a osteopenia e osteoporose.

Nos homens, a osteopenia se apresenta com maior frequência após os 60 ou 70 anos de idade, quando se inicia a redução da testosterona.

A densitometria óssea é indicada de acordo com base em alguns critérios, como, menopausa, história de fraturas prévias, história familiar, tabagismo, alcoolismo, sedentarismo, entre outros. 

Uma vez detectada, a osteopenia pode ser tratada e estabilizada através de hábitos de vida saudáveis, como atividade física regular, principalmente musculação, alimentação saudável e exposição solar, para manter as concentrações de vitaminas e minerais adequados no sangue.

O diagnóstico da osteopenia é da responsabilidade do/a médico/a ortopedista.

Saiba mais em: 

Osteopenia tem cura? Qual o tratamento?

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Como é possível saber se quebrei um osso?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Para saber com certeza se quebrou um osso é preciso fazer um exame de raio-x, pois é a única forma de diagnosticar uma fratura. No entanto, existem alguns sinais e sintomas de fratura que ajudam a identificar um osso quebrado, tais como:

  • Dor imediata causada pelo trauma, que piora ao movimentar ou comprimir a área afetada;
  • Inchaço;
  • Podem surgir hematomas (manchas roxas) na pele;
  • Dificuldade de movimentar o membro ou a parte afetada (mesmo que a pessoa consiga mexer o local, a possibilidade de fratura não deve ser afastada);
  • Sensação de que os ossos estão raspando uns nos outros, que pode vir acompanhada de um barulho característico (crepitação);
  • Deformidade da região acometida, que perde a sua aparência normal ou parece estar fora da sua posição habitual.

Veja também: Quais os primeiros socorros em caso de fratura exposta?

Em caso de suspeita de um osso quebrado, deve-se evitar mexer no local e procurar um/a médico/a ortopedista ou dirigir-se a um serviço de urgência.

Dor na sola do pé: o que pode ser e como tratar?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Dor na sola do pé pode ter diversas causas. A causa mais comum de dor na planta do pé, próxima ao calcanhar, é a fascite plantar. Trata-se de uma inflamação na fáscia plantar, um tecido fibroso plano localizado na sola do pé. O processo inflamatório pode ser decorrente do estiramento dos tendões ou ligamentos da região, uso de sapato de salto alto, prática esportiva, entre outras.

A fascite plantar acomete principalmente pessoas de meia-idade e esportistas, sobretudo os corredores. A inflamação e, consequentemente, a dor, pode ocorrer apenas em um pé ou em ambos ao mesmo tempo.

O tratamento da fascite plantar é feito através de fisioterapia, medicamentos, aplicação de gelo, alongamentos, uso de órteses noturnas e palmilhas especiais. Além disso, é essencial dar descanso para os pés. Em alguns casos, pode ser necessário fazer uma correção cirúrgica.

Se não for devidamente tratada, a fascite plantar pode provocar uma calcificação no osso do calcanhar, conhecida como esporão calcâneo.

Saiba mais em: O que é fascite plantar?Qual o tratamento para fascite plantar?

A dor na sola do pé também pode ser causada pela compressão do nervo tibial. É a chamada síndrome do túnel do tarso. Nesse caso, além de dor, a pessoa sente também formigamento ou queimação na planta do pé, que normalmente pioram com o movimento.

A compressão nervosa ocorre devido a inflamações, fraturas, presença de cistos, tumores e até pela dilatação dos vasos sanguíneos que acompanham o nervo no seu trajeto.

O tratamento da síndrome do túnel do tarso consiste em repouso e uso de anti-inflamatórios. Também podem ser indicadas palmilhas ortopédicas para ajudar a aliviar o desconforto.

O uso constante de calçados inadequados, que não favorecem uma pisada correta, também pode causar dor na sola do pé ou no calcanhar. Isso acontece devido ao esforço que o pé tem que fazer para controlar a postura, a distribuição do peso corporal e o equilíbrio, ao mesmo tempo que absorve impactos e impulsiona o corpo.

Se a dor na planta do pé permanecer por mais de 3 dias, o/a ortopedista deve ser consultado/a para avaliar o caso e prescrever o tratamento adequado.

O que é tuberculose óssea e quais são os sintomas?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Tuberculose óssea é um tipo de tuberculose extrapulmonar que afeta ossos e articulações, principalmente as vértebras da coluna (Mal de Pott), os ossos longos e as articulações do quadril, joelho e tornozelo. Os seus principais sintomas são a dor óssea e o inchaço da articulação afetada.

A tuberculose óssea é mais comum em crianças e idosos. A infecção dos ossos e das articulações pela bactéria causadora da tuberculose ocorre frequentemente através do sangue. A coluna também pode ser atingida pela via linfática, em casos de tuberculose pleural (membrana que recobre os pulmões).

Os sintomas mais frequentes da tuberculose óssea são a dor e o aumento do volume da articulação. A dor instala-se lentamente e a sua intensidade evolui de forma progressiva. Também pode haver limitação dos movimentos, atrofia muscular e fístulas na pele, além de sintomas gerais como febre, emagrecimento e fraqueza muscular.

A coluna torácica é a parte da coluna mais afetada pela tuberculose óssea, sobretudo entre as vértebras T8 e T12. Se a infecção se espalhar pela vértebra, o disco intervertebral também é envolvido, com disseminação para a vértebra adjacente. 

As grandes articulações são as mais acometidas pela tuberculose óssea, principalmente quadril e joelho. Raramento a infecção ocorre em mais de uma articulação ao mesmo tempo. À medida que a infecção evolui e a cartilagem articular é destruída, o espaço da articulação fica mais estreito. Por isso, se não for devidamente tratada, a tuberculose pode causar deformidades na coluna.

O diagnóstico da tuberculose óssea é feito por meio de exames de imagem como raio-X, tomografia computadorizada ou ressonância magnética. O tratamento é realizado com a combinação de medicamentos antibióticos tomados por via oral e tem uma duração superior a 6 meses.

Leia também: 

Tuberculose óssea tem cura? Como é o tratamento?

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O médico infectologista é o responsável pelo diagnóstico e tratamento da tuberculose óssea.

Joelho valgo tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Também conhecido por geno valgo, ou genu valgo, o joelho valgo na grande maioria das vezes tem cura.

É fundamental a avaliação médica, pois existem casos de geno valgo fisiológico, ou seja, que não representa doença, não sendo necessário um tratamento; e existem casos associados a doenças específicas, como síndromes genéticas, o que conduz a um tratamento multidisciplinar.

Qual é o tratamento para geno valgo?

Na maioria dos casos não é preciso utilizar nenhum tratamento para corrigir o geno valgo, pois a deformidade começa a regredir gradualmente e espontaneamente a partir dos 4 anos de idade. Por volta dos 7 ou 8 anos, o joelho costuma estar mais alinhado ou com leve desvio para dentro (valgo), o que é esperado, especialmente em meninas.

Quando a deformidade permanece além do período considerado normal para a idade, e sem histórico familiar que responda à deformidade encontrada, após os 8 anos de idade, o tratamento deve ser considerado, caso a caso, junto a um médico ortopedista.

O tratamento considerado com melhor resultado é o tratamento cirúrgico. Existem algumas técnicas para correção do geno valgo.

Uma das técnicas indicada, é a colocação de um grampo ou parafuso em um dos lados da placa de crescimento do osso do joelho. Assim, o procedimento inibe o crescimento de um lado, enquanto o outro cresce normalmente, corrigindo a deformidade. Outra, mais comum na idade adulta, é a osteotomia corretiva, um tipo de dissecção cirúrgica do osso.

O tratamento de casos acentuados de joelho valgo ou varo é necessário, pois a deformidade pode aumentar o impacto na coluna, quadril ou tornozelo, resultando em artroses precoces, dor crônica e incapacidade funcional.

O uso de órteses (aparelhos ortopédicos) para corrigir a deformidade, é discutido. Grupos demonstram melhora importante e por vezes prevenção de cirurgia, outros acreditam não haver resultado eficaz além de causar problemas no desenvolvimento psicológico na criança.

O uso da órtese é indicado durante a noite porque é nesse período do dia que o crescimento é maior. Em casos mais graves de geno valgo, o aparelho ortopédico precisa ser usado durante todo o dia.

Contudo, é importante lembrar que é normal e esperado ter alguns graus de geno varo ou valgo, sem que isso signifique necessariamente uma doença ou problema ortopédico.

O médico ortopedista é o responsável pelo acompanhamento e tratamento desses desvios.

Dor no braço o que pode ser? Causas e o que fazer
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dor em um dos braços costuma ser causada por um problema muscular, tendinite, lesão por esforço repetitivo (LER) ou problemas crônicos, como a artrose.

No entanto, pode ser também um dos sintomas do infarto agudo do coração, uma doença bastante grave, por isso é importante entender os sinais de alerta para essa doença.

No infarto, a dor é em aperto no peito, e pode vir associada a náuseas, vômitos, suor frio e mal-estar. A dor pode ainda ser irradiada para o braço esquerdo, queixo, costas ou mais raramente para o braço direito. Na suspeita de infarto, ligue para o SAMU 192.

Causas mais comuns de dor no braço. O que fazer em cada uma das situações? 1. Problemas musculares

A distensão muscular é um problema comum, que pode ocorrer nos braços após um esforço físico excessivo, como em treinos de alto rendimento ou musculação. Pode ser decorrente de uma queda ou pequenos traumas.

Os sintomas da distensão são geralmente:

  • Dor localizada no músculo que sofreu a distensão
  • Edema (inchaço)
  • Vermelhidão
  • Escoriação (quando acontecer por um trauma ou queda)

O tratamento é o repouso e imobilização do membro afetado (braço esquerdo ou direito). O uso de pomadas com anti-inflamatórios podem ajudar a tratar a distensão muscular.

A aplicação de compressas de gelo no local da dor é indicada nas primeiras 48 horas. Após este período, devem ser aplicadas apenas compressas mornas, por 20 minutos, duas vezes ao dia. Estas medidas ajudarão a aliviar a dor e tratar a distensão nos músculos.

Se mesmo com o repouso e compressas a dor não melhorar nas primeiras 48 horas, ou piorar, deve procurar um atendimento médico para avaliação e tratamento adequados.

2. Tendinites e lesões por esforço repetitivo (LER)

A tendinite se caracteriza por inflamação nos tendões, estrutura final dos músculos e pode ocorrer nos braços, antebraços ou nos ombros. É uma causa comum de dor crônica nos ombros.

A lesão por esforço repetitivo (LER) é mais comum no antebraço (direito ou esquerdo), bastante associada à prática de digitação e movimentos de mão repetidos, por longos períodos.

Os sintomas são:

  • Dor localizada contínua
  • Piora quando movimenta o membro
  • Edema, inchaço no local
  • Formigamento e sensação de fraqueza

O tratamento também é baseado no repouso e imobilização do membro acometido.

Aplicar compressas de gelo por 20 minutos pode ajudar a aliviar a dor. Lembre-se de não colocar o gelo diretamente em contato com a pele, para evitar queimaduras. Utilize um tecido fino entre a pele e o gelo.

Em alguns casos, pode ser necessário tratamento com fisioterapia ou anti-inflamatórios. Uma consulta com ortopedista assegura a efetividade do tratamento.

3. Artrose

A artrose ou osteoartrose pode afetar diferentes articulações, mais frequentemente ombros, quadris e joelhos.

Os sintomas são de:

  • Dor na articulação
  • Rigidez articular, especialmente pela manhã
  • Dificuldade nos movimentos desse membro
  • Perda do movimento (nos casos mais graves)

Algumas pessoas queixam-se de sensação de areia e estalos na articulação afetada ou ao realizar movimentos de maior amplitude como, por exemplo, levantar o braço e completar uma volta inteira, devido a artrose no ombro.

O tratamento é feito com o fortalecimento do membro acometido. Em alguns casos, basta tratamento fisioterápico, para iniciar com cautela, o fortalecimento muscular além das orientações para realização correta das atividades de vida diárias, sem prejudicar a articulação.

Para situações mais avançadas, pode ser preciso uso de medicamentos, imobilização e cirurgia. Procure um ortopedista ou reumatologista para definir o melhor tratamento.

Enquanto aguarda a consulta e o início do tratamento, evite movimentar em excesso a articulação comprometida. Você pode aplicar compressas quentes ou frias, 3 vezes ao dia durante 20 minutos, para alívio da dor. Algumas pessoas sentem alívio com compressas quentes, outras com gelo, por este motivo, utilize o que for mais confortável no seu caso. O objetivo da compressa é apenas a redução da dor.

4. Síndrome de túnel do carpo

A síndrome do túnel do carpo é outra situação comum de dor no braço, especialmente em pessoas que trabalham com as mãos, causada pela compressão do nervo mediano, um nervo que se estende pelo braço e chega até a mão.

Os sintomas se iniciam na mão e punho, mas com a evolução da doença, leva a dor por todo o braço. Os sintomas são:

  • Dor contínua, latejante
  • Fraqueza na mão, é normal o relato de deixar coisas cair da mão
  • Formigamento, dormência
  • Sensação de agulhadas na palma da mão, especialmente no dedo polegar, indicador e parte do dedo médio.

Algumas pessoas acordam durante a madrugada com dor latejante ou sensação de queimação, que melhora com o "abanar" da mão acometida.

O tratamento definitivo, para curar a doença, é a cirurgia, onde a fibrose que comprime o nervo é cortada, liberando novamente o nervo mediano. O neurocirurgião e ortopedista, especialistas em mão, são os médicos mais indicados para realizar essa cirurgia.

A imobilização, repouso, fisioterapia e uso de medicamentos para dor, aliviam, mas não curam a doença. A demora no tratamento pode levar à morte do nervo e atrofia dos músculos da mão.

5. Problemas de coluna

Os problemas de coluna, como a hérnia de disco cervical ou artroses ("bico de papagaio"), podem comprimir um nervo próximo, causando os sintomas neurológicos nesse braço.

Os sintomas comuns de uma hérnia, são:

  • Dormência no braço (direito ou esquerdo)
  • Fraqueza no braço (direito ou esquerdo)
  • "Choques", pelo braço, exatamente pelo trajeto de um nervo comprimido.

O tratamento deve ser definido pelo neurologista ou neurocirurgião após avaliação. O uso de colar cervical e relaxantes musculares, ajudam a reduzir o movimento do pescoço, aliviar a dor e principalmente, evitar piora da hérnia, porém o tratamento definitivo pode ser através de fisioterapia ou cirurgia.

6. Crise de ansiedade

Durante uma crise de ansiedade a pessoa pode sentir uma sensação estranha de dormência ou formigamento em um dos braços, ou nos dois, acompanhada de agitação, palpitação, falta de ar, sensação de calor, suor e/ou dor no peito.

Para aliviar os sintomas, enquanto a crise de ansiedade estiver acontecendo, volte a sua atenção para a respiração. Faça inspirações longas e profundas e expire soltando o ar pela boca. Este tipo de respiração costuma aliviar os sintomas e ajudam a pessoa a voltar à calma.

Se as crises de ansiedade forem constantes, é importante que procure um médico de família, psicológico ou psiquiatra. O acompanhamento psicológico pode ser importante para aprender a lidar com situações que provocam ansiedade.

Dor no braço esquerdo é sempre sinal de infarto do coração?

Não. A dor no peito é o sintoma mais característico do infarto, seguido da irradiação da dor para o braço esquerdo, por isso, o sintoma causa preocupação. Porém, a dor do infarto pode ser irradiada para o pescoço, costas, braço direito ou não haver irradiação.

É importante conhecer os sinais e sintomas que sugerem um infarto do coração, além da dor no braço esquerdo, possibilitando a procura de um atendimento de urgência médica, o quanto antes. São eles:

  • Dor de início súbito (repentino)
  • Irradiação (braço esquerdo, pescoço, costas ou mais raramente braço direito)
  • Suor frio, palidez
  • Mal-estar
  • Palpitação
  • Náuseas e vômitos

Na suspeita de um infarto, ligue para o SAMU 192 e peça ajuda. Não fique sozinho.

Saiba mais sobre o que fazer se suspeitar de um infarto: Suspeita de infarto: o que fazer?

O que pode ser dor na veia do braço?

A dor na veia do braço pode ser uma trombose! A trombose é uma obstrução de um vaso sanguíneo (artéria ou veia), que interrompe abruptamente o fluxo de sangue naquela região.

Trata-se de uma situação muito menos comum, porém pode ocorrer em qualquer veia ou artéria do corpo, incluindo o braço. Os sintomas são de dor intensa no braço afetado pela falta de sangue, inchaço (edema), sensação de peso, formigamento, cãibras e surgimento de feridas no braço afetado.

Neste mesmo membro, os dedos das mãos podem se tornar pálidos, arroxeados e fracos, devido a má circulação sanguínea.

O que posso fazer?

Toda trombose é uma situação de urgência. Procure o mais rápido possível o seu médico de família, clínico geral, angiologista ou uma emergência médica.

Estes profissionais farão uma avaliação detalhada dos sintomas, vão solicitar exames para identificar essa obstrução (ultrassonografia com doppler do braço), e assim definir o melhor tratamento.

O tratamento depende da causa da obstrução. Pode ser indicado medicamentos (anticoagulantes) ou precisar de cirurgia de urgência, para restabelecer a circulação no local.

Quais os sinais de alerta para dor no braço?

Alguns sintomas são considerados sinais de alerta para as pessoas que sentem dor intensa em algum dos braços ou pernas. São eles:

  • Dor súbita e intensa no membro
  • Palidez e temperatura fria ao toque
  • Dor torácica, palpitações, suor frio ou falta de ar
  • Inchaço súbito do membro
  • Fraqueza ou dormência do membro afetado
  • Febre
  • Presença de bolhas ou manchas escuras

Na presença de um desses sintomas, procure uma emergência médica.

Leia mais:

Referências:

Sociedade Brasileira de Cardiologia

O que é derrame articular e sinovite?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Derrame articular é o aumento do líquido presente dentro da articulação e sinovite é a inflamação de uma membrana presente em alguma articulações.