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Tenho osteoporose, que cuidados devo ter?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os cuidados que uma pessoa com osteoporose deve ter devem estar relacionados principalmente com a prevenção de quedas para evitar fraturas. Os ossos ficam mais fracos, aumentando risco de fraturas mais facilmente, com uma queda simples, pancadas leves e até mesmo com uma crise de tosse.

Para evitar quedas e prevenir fraturas, recomenda-se:

  • Não deixar objetos espalhados pelo chão da casa;
  • Não deixar fios soltos ou expostos no chão;
  • Usar calçados antiderrapantes e baixos;
  • Não encerar o chão da casa;
  • Não andar em lugares escuros com o chão molhado;
  • Não deixar tapetes nas escadas;
  • Colocar os objetos em lugares baixos para evitar subir em bancos, cadeiras ou escadas a fim de alcançá-los;
  • Sentar-se em um banco de plástico para lavar os pés na hora do banho;
  • Instalar barras de apoio no banheiro, especialmente dentro do box para auxílio;
  • Sempre que possível, utilizar piso antiderrapante no banheiro e na cozinha;
  • Aguardar uns minutos para se levantar no meio da noite para ir urinar.

Qual é o tratamento para osteoporose?

O tratamento da osteoporose inclui mudanças no estilo de vida, prática de atividade física, uso de suplementos de cálcio e vitamina D, medicamentos, banhos de sol, entre outros cuidados que deverão ser orientados pelo/a médico/a assistente.

Os medicamentos indicados pelo médico são fundamentais para o tratamento da osteoporose e não devem ser substituídos por outras medidas.

Veja também: Osteoporose tem cura? Qual o tratamento?

Cálcio

Para aumentar a ingestão diária de cálcio, recomenda-se alimentos ricos no mineral, tais como gergelim, sardinha, leite, queijos, iogurte, linhaça, amêndoas, vegetais verde-escuros (espinafre, brócolis, couve...).

Vitamina D

A vitamina D é fundamental para o aproveitamento do cálcio pelo organismo, pois ela atua na absorção e fixação de cálcio nos ossos. O nutriente é encontrado em peixes de água salgada e fria, como salmão, sardinha e atum, camarão, gema de ovo, cereais e fígado.

Para garantir que as quantidades diárias de cálcio e vitamina D estão sendo ingeridas, os suplementos quase sempre são indicados.

Exposição solar

Para que a vitamina D seja ativada ela precisa ser exposta aos raios solares. É através da exposição da pele à luz solar que ela se transforma em vitamina D3 e participa na absorção de cálcio e fixação do mineral no esqueleto. Daí ser muito importante tomar sol todos os dias durante 30 minutos, nas horas menos quentes do dia (entre 6hs e 10hs e após as 16hs).

Atividade física

As atividades físicas estão entre os cuidados mais importantes que uma pessoa com osteoporose deve ter. O impacto moderado do osso no chão e a tração exercida pelos tendões deixa os ossos mais fortes. Caminhadas, musculação ou outros exercícios de fortalecimento muscular estão entre as atividades mais indicadas.

Outros cuidados recomendados para pacientes com osteoporose incluem a redução do consumo de café, sal e bebidas alcoólicas, além de não fumar.

O tratamento da osteoporose, bem como as orientações quanto aos cuidados diários, são da responsabilidade dos médicos reumatologista, ortopedista e, no caso das mulheres, ginecologista.

Dor nas costas do lado direito, o que pode ser e como tratar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os problemas musculares são a causa mais comum de dor de um lá só das costas, seja do lado direito ou do lado esquerdo. A má postura, falta de atividade física e peso excessivo nas bolsas e mochilas, aumentam os problemas de coluna e dores nas costas.

Entretanto, outras situações como problemas de coluna, pedra nos rins e doenças pulmonares também podem desencadear esse tipo de dor.

O tratamento inicial deve ser feito com repouso e compressa morna no local da dor. Se a dor permanecer ou apresentar outros sintomas, é preciso procurar um médico de família ou clínico geral para identificar a causa e orientar o tratamento mais adequado.

1. Dor nas costas por problemas musculares

Os problemas musculares são a principal causa de dores nas costas, que pode se apresentar a direita ou a esquerda, de acordo com a situação.

O envelhecimento natural, a postura ruim durante o dia e a falta de exercícios, contribuem para o enfraquecimento da musculatura das costas, dando origem a dor e tensão muscular.

Pegar um peso de mau jeito ou além da sua capacidade física também pode desencadear estiramento dessa musculatura e com isso, apresentar dor e edema nas costas.

Como tratar?

O tratamento inicialmente deve ser feito com:

  • Repouso,
  • Compressa morna e
  • Remédios para aliviar a dor: de preferência relaxante muscular como a ciclobenzaprina e/ou anti inflamatórios como o ibuprofeno.

Após passar a crise de dor, é preciso iniciar tratamento para fortalecimento muscular e reeducação postural, evitando assim novas crises. Para isso é recomendado:

  • Fisioterapia,
  • Osteopatia ou
  • RPG (reeducação postural global).

O médico clínico geral ou ortopedista são capacitados para essa avaliação, planejamento do tratamento caso a caso, e manter o acompanhamento até quando for necessário.

2. Dor nas costas por problemas na coluna

Os problemas de coluna vem logo a seguir aos problemas musculares, sendo os mais comuns, os desvios de coluna (lordose, cifose, escoliose) e a hérnia de disco.

Por vezes são doenças de origem hereditária, já nascemos com essas alterações, e outras vezes, situações que ocorrem no decorrer da vida como hábitos ruins, posturas inadequadas, aumento de peso ou mesmo durante a gravidez, pelas modificações naturais desse período.

Como tratar?

O tratamento vai depender da causa e da gravidade da situação. Inicialmente é sempre recomendado tentar métodos pouco invasivos, como:

  • Repouso,
  • FIsioterapia, RPG,
  • Relaxante muscular e Antiinflamatórios.

Em especial, as mulheres grávidas não devem usar medicamentos sem recomendação médica para resguardar a sua saúde e a do bebê.

A cirurgia pode ser indicada nos casos mais graves, de hérnia de disco extrusa ou dor intratável.

O médico ortopedista ou neurocirurgião são os responsáveis por essa avaliação.

3. Dor nas costas por pedra nos rins

A dor nas costas, à direita ou à esquerda, por pedra nos rins, tem como características principais, ser uma dor de início súbito, de forte intensidade, descrita como a "pior dor da vida", associada a suor frio, mal-estar, náuseas e vômitos.

É comum ainda a queixa de ardência na urina, urina mais amarelada, com ou sem a presença de sangue.

Como tratar?

O tratamento varia de acordo com a sua gravidade. Em geral, inclui:

  • Analgésicos potentes por via venosa, para o alívio mais rápido da dor,
  • Coleta de exames de sangue e de urina, para investigar infecção e
  • Exame de imagem para identificar a presença e localização de cálculos, que podem ser ultrassonografia, raio-X ou tomografia. O exame possibilita avaliar se o cálculo está obstruindo ou não o fluxo de urina, o que interfere no tratamento.

Após essas avaliações, é possível planejar o tratamento definitivo, que pode incluir:

  • Antibióticos (via venosa), no caso de infecção urinária
  • Cirurgia para retirada de cálculos, de maneira urgente no caso de inflamação dessa via, ou ambulatorial, quando possível.

O médico urologista é o responsável pela avaliação, conduta e acompanhamento nestes casos.

4. Dor nas costas por problemas pulmonares

Os problemas pulmonares como a asma, crise de bronquite e tumores pulmonares não costumam causar dor nas costas, a não ser que haja tosse frequente ou um processo infecciosos, como a pneumonia.

Como tratar?

Nas crises de asma, a esforço repetitivo de tosse, leva a uma contratura muscular e dores nas costas por esse esforço. Neste caso o tratamento deve ser:

  • Resolver a crise de asma, com os medicamentos apropriados, nebulização, aerolin, corticoide, entre outros,
  • Repouso,
  • Hidratação e
  • Fisioterapia ou Terapias alternativas para evitar novas crises.

No caso de pneumonia, ou doenças da pleura (película que recobre os pulmões), a dor virá associada a piora quando respira fundo, tosse com catarro e/ou febre alta. Neste caso, o tratamento deve ser iniciado rapidamente, com:

  • Antibióticos e
  • Fisioterapia respiratória.

Mais raramente, um tumor no pulmão pode causar dor nas costas, e quando ocorre é comum a associação com queixas de falta de apetite, emagrecimento e tosse seca esporádica.

Dicas para aliviar a dor nas costas
  1. Praticar atividade física regularmente - a prática de exercício favorece o fortalecimento muscular, com isso diminui a tensão e dores localizadas;
  2. Adaptar o ambiente de trabalho - Procure usar uma cadeira que mantenha a sua postura adequada durante o trabalho, assim como o apoio de braços e pés. Movimentar-se várias vezes durante o dia e se alongar também ajuda a reduzir consideravelmente as dores nas costas;
  3. Escolher um bom colchão e travesseiro - como passamos muitas horas dormindo, é importante que seja confortável, para um relaxamento muscular suficiente;
  4. Manter um estilo de vida saudável - a alimentação adequada possibilita manter um peso e metabolismo adequado, com isso evita a sobrecarga na coluna, uma outra causa frequente de dor nas costas e
  5. Evitar o estresse - situações de estresse levam a contratura muscular involuntária, principalmente na região do pescoço e costas, por isso deve ser evitado sempre que possível. Quando os sintomas de tensão e ansiedade forem frequentes, é importante procurar um psiquiatra para avaliação e tratamento.

Leia também o artigo sobre a dor nas costas do lado esquerdo: Dor nas costas do lado esquerdo, o que pode ser?

Referências:

  • Stephanie G Wheeler,, et al.; Evaluation of low back pain in adults. UpToDate: Jun 25, 2019.
  • Peter A Nigrovic, et al.; Back pain in children and adolescents: Causes. UpToDate: May 13, 2020.
  • Sociedade Brasileira de Urologia - Portal da Urologia.
Abaulamento discal: o que é, quais os sintomas e como tratar
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Abaulamento discal difuso ou protrusão discal é o desgaste associado à perda de elasticidade do disco intervertebral, disco gelatinoso que fica localizado entre uma vértebra e tem como função amortecer impactos na coluna vertebral e facilitar os movimentos.

Seus principais sintomas incluem dor, dormência e sensação de formigamento.

O tratamento da protusão discal consiste no de analgésicos, anti-inflamatórios, relaxantes musculares e fisioterapia. A cirurgia somente é indicada quando a dor e a limitação de movimentos compromete a realização das atividades da rotina diária e não melhoram com outros tratamentos.

Sintomas de abaulamento (protusão) discal difusa

Os sintomas de abaulamento (protusão) discal variam de acordo com o local em que ela ocorre e se manifestam no trajeto do nervo que está sendo comprimido, por exemplo, se a protusão atingir a região lombar do lado direito, o comum é que os sintomas ocorram na perna direita.

De forma geral os sintomas incluem:

  • Dor,
  • Dormência,
  • Sensação de formigamento,
  • Redução da força muscular.

É comum que o abaulamento aconteça na região lombar ou região cervical.

Abaulamento na coluna lombar

Ao ocorrer abaulamento na coluna lombar, a dor pode irradiar desta região para a perna do mesmo lado da protusão. Além da dor, a pessoa sentirá formigamento, dormência e perda de força muscular no membro afetado. São comuns a dificuldade de manter-se em pé ou sentado por longo período e de praticar atividades que requeiram força nas pernas.

O abaulamento discal L4-L5 ocorre especificamente entre a 4ª vértebra lombar e 5ª lombar 5 (L4 – L5) e entre a quinta lombar e primeira sacral 1 (L5 - S1).

O abaulamento discal L5-S1 se dá entre as vértebras da região lombar e sacra da coluna vertebral, particularmente entre a quinta vértebra lombar e a primeira sacral 1 (L5 - S1). Neste tipo de protusão, pode ocorrer compressão do nervo ciático e a pessoa pode apresentar dor lombar e dor ciática.

Abaulamento na coluna cervical

No abaulamento na coluna cervical (pescoço), a dor irradia para o braço do mesmo lado da protusão e pode ocorrer perda de força muscular, dificuldade de movimentar o braço, além de formigamento.

Neste caso, a coluna cervical também pode ser acometida, e os sintomas são de dor no pescoço, conhecida como dor cervical ou cervicalgia.

Tratamento do abaulamento discal

O tratamento do abaulamento ou protusão discal, depende do grau de desconforto e limitação que ele provoca, da sua localização e da sua gravidade. Pode ser efetuado com medicamentos, exercícios de alongamento, fisioterapia e cirurgia.

  • Medicamentos: os analgésicos, anti-inflamatórios e relaxantes musculares podem ser indicados pelo médico para reduzir a dor, inchaço e reduzir a tensão muscular. É possível também o uso de medicamentos tópicos como sprays de gelo e adesivos anestésicos para alívio da dor e inflamação.
  • Aplicação de calor: o uso de bolsas de água quente serve para reduzir o espasmo muscular e produzir o efeito anestésico para redução da dor.
  • Fisioterapia: indicada para corrigir a postura e estrutura da coluna, fortalecer a musculatura e alongamento da região posterior do corpo para que a dor não se torne crônica.
  • Cirurgia: é efetuada em casos mais severos, especialmente quando a hérnia de disco está presente. Pode ser indicada também quando há muitas limitações de movimentos e quando as outras formas de tratamento não tiveram efeito.

A protusão discal corresponde à fase inicial das hérnias de disco. Isto indica que, quando não tratado, o abaulamento discal difuso pode evoluir para a hérnia de disco.

Ao sentir os sintomas de abaulamento ou protusão discal, procure o médico de família, ortopedista ou reumatologista para avaliação e tratamento adequados.

Para saber mais sobre abaulamento discal e hérnia de disco, você pode ler:

O que é abaulamento discal e que sintomas pode causar?

Abaulamento discal tem cura? Como é o tratamento?

Hérnia de disco tem cura? Qual o tratamento?

Quando a cirurgia de hérnia de disco é indicada?

Referências

Peng B, DePalma MJ. Cervical disc degeneration and neck pain. Journal of pain research. 2018;11:2853.

Will JS, Bury DC, Miller JA. Mechanical low back pain. American family physician. 2018 Oct 1;98(7):421-8.

SBR. Sociedade Brasileira de Reumatologia.

SBOT. Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia.

Causas de dores nas pernas
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dor nas pernas pode ter muitas causas, sendo as mais comuns:

  • Cansaço muscular,
  • Cãibras;
  • Problemas de circulação;
  • Problemas de articulação e
  • Compressão do nervo ciático, por doenças de coluna.

Para identificar a causa e planejar o melhor tratamento, é preciso procurar um médico especialista, neste caso, o angiologista.

Causas de dores nas pernas 1. Cansaço muscular

O mais comum é que o cansaço nas pernas ao fim do dia seja desencadeado pelo esforço ou por longos períodos em uma mesma posição (em pé ou sentada). As dores costumam atingir as duas pernas, na região das coxas e nas panturrilhas.

Para aliviar as dores pode ser feito uso de compressas mornas ou bolsa de água quente (bolsas térmicas) na região dolorida e exercícios de alongamento.

Os exercícios de alongamento promovem o alívio das dores musculares, favorecem a circulação do sangue e ajudam na postura, flexibilidade e amplitude dos movimentos. O ideal é que o alongamento seja orientado por um profissional de educação física ou fisioterapeuta.

2. Cãibras

As cãibras são as causas mais comuns de dor na panturrilha, também chamada de batata da perna. São contraturas musculares involuntárias que acontecem, normalmente, após atividade física intensa ou mesmo durante o sono.

Durante o episódio de cãibra ocorre uma dor aguda e progressiva que aumenta na medida em que a musculatura da panturrilha vai se contraindo.

Para aliviar esta dor e relaxar a musculatura, é recomendado realizar alongamento e massagem do músculo durante a contratura. A massagem com movimentos circulares deve ser feita no local da cãibra, lentamente.

Outra forma de relaxar ou alterar a movimentação do músculo, é tentar ficar de pé e colocar o peso do seu corpo sobre a perna acometida pela cãibra. Se você não consegue ficar em pé, sente-se em uma cadeira, estique a perna e puxe os pés para trás com as mãos.

3. Problemas circulatórios 3.1. Varizes

A sensação de queimação nas pernas é o sinal típico das varizes. Varizes são veias dilatadas, tortuosas e de calibre aumentado, que dificultam a circulação sanguínea.

O comprometimento da circulação causa outros sintomas, que são: dor nas pernas, formigamento, coceira, inchaço e mudanças na cor da pele, que se tornam mais esbranquiçadas ou escurecidas.

Para aliviar os sintomas de dor por varizes, o mais indicado é evitar manter-se muito tempo de pé movimentar as pernas para ativar a circulação sanguínea, várias vezes durante o dia.

Elevar as pernas acima do nível do coração por alguns minutos 2 a 3 vezes ao dia e usar meias de média compressão também são medidas que ajudam no retorno venoso, melhorando a circulação das pernas.

A meia deve ser vestida assim que acorda, para adaptar melhor a perna e retirar ao deitar. Não é recomendado dormir com as meias, a não ser que seja uma recomendação médica.

A avaliação pelo cirurgião vascular ou angiologista é fundamental para definir o tratamento definitivo nos casos de varizes.

3.2. Trombose

A trombose é o entupimento de um vaso sanguíneo. Quando atinge uma veia é chamado trombose venosa profunda e quando acomete uma artéria, trombose arterial.

O local mais frequente de ocorrer uma trombose é a perna, mas pode haver trombose no coração (infarto), no pulmão (tromboembolismo pulmonar), no cérebro (AVC isquêmico) e carótidas. Os sintomas dependem da localização e condições de saúde da pessoa.

A trombose venosa profunda na perna apresenta como principais sintomas: dor súbita e intensa na panturrilha, edema e calor local. A dor se torna mais intensa quando fazemos grandes esforços físicos, ao subir ladeiras, escadas ou quando as temperaturas estão muito frias.

Na suspeita de um trombose, procure imediatamente um atendimento médico com angiologista ou emergência, devido aos riscos de complicação.

4. Artrose

A artrose do joelho acontece por um desgaste das suas cartilagens. É uma causa comum de dor nas pernas, sendo bastante frequente em pessoas com mais de 50 anos e em pessoas com excesso de peso.

As características dessa dor incluem: dor no joelho após esforços físicos que melhoram com o repouso, rigidez ao se levantar pela manhã ou após longos períodos de repouso, presença de estalos (crepitações) quando movimenta o joelho, inchaço (edema) e dificuldade de caminhar.

Exercícios de alongamento aliviam a dor no joelho, no entanto é preciso que sejam acompanhados por um fisioterapeuta.

Para o tratamento definitivo pode ser preciso acrescentar medicamentos analgésicos, anti-inflamatórios e suplementos alimentares que ajudam na restauração dessa articulação. Nos casos de artrose mais avançada pode ser indicado infiltração (injeção) de corticóide dentro da articulação do joelho ou cirurgia.

Para definir o melhor tratamento consulte um ortopedista.

5. Cisto de Baker

O cisto de Baker é um cisto cheio de líquido que se forma na região posterior do joelho. Pode estar associado ao desgaste da cartilagem do joelho, artrite ou lesão da cartilagem.

Quando essas causas são resolvidas, o cisto costuma desaparecer. Os sintomas são: dor atrás do joelho, dificuldade de dobrar a articulação e inchaço. Além disso, o cisto pode facilmente encontrado na palpação.

Se o cisto provocar dor ou limitar os movimentos do joelho, impedindo esticar ou flexionar a perna, o tratamento com fisioterapia pode ser necessário. O ortopedista pode também indicar a retirada de líquido através de uma aspiração feita com uso de uma seringa.

6. Dor ciática

A dor provocada pela compressão do nervo ciático costuma ocorrer após um esforço ou pegar um peso além do habitual.

Os sintomas são de dor em formigamento, choque ou dormência que se inicia na coluna e segue para o glúteo, região posterior da coxa, lateral da perna, tornozelo ou até o pé, do lado comprometido.

Para aliviar a dor, deve permanecer em repouso, aplicar compressas mornas na região da coluna e fazer uso de um relaxante muscular ou analgésicos.

Adotar uma boa posição para dormir também é importante para aliviar a dor e/ou evitar o seu agravamento. Durma de lado, o mais curvado possível, ampliando o espaço entre as vértebras. Pode usar um travesseiro embaixo do pescoço e outro travesseiro entre as pernas.

O médico neurologista ou ortopedista são os responsáveis por avaliar e definir o melhor tratamento, para cada caso.

O que posso fazer para aliviar a dor nas pernas?
  • Repouso: o repouso é, na maior parte dos casos de dor nas pernas, o modo mais rápido de promover o alívio da dor. Especialmente nos casos em que a dor tem relação com o esforço físico;
  • Elevar as pernas: Deitar-se com as pernas elevadas favorece a circulação sanguínea;
  • Banho morno: Tomar um banho morno para relaxar a musculatura e estimular a circulação sanguínea;
  • Alongamentos: Se você trabalha por muito tempo sentado ou em pé, movimente-se e alongue as pernas a cada duas horas de trabalho. Os exercícios de alongamento promovem o relaxamento da musculatura em torno dos ossos, o que leva ao alívio da dor;
  • Compressas de gelo podem ajudar a aliviar dores provocadas por pancadas nas pernas e quedas, sempre por cima de um pano, para evitar queimaduras;
  • Meias elásticas de média compressão: Em casos de varizes a dor pode ser amenizada com uso de meias de média compressão e alongamentos.

Em algumas situações, o tratamento pode envolver o uso de medicamentos anti-inflamatórios que controlam a dor, sessões de fisioterapia ou mesmo cirurgias. Estes tratamentos devem ser indicados por um ortopedista, médico de família ou clínico geral.

Dor na perna esquerda pode ser infarto?

Na verdade a dor na perna, devido ao entupimento da artéria, não é um dos sinais da doença, mas é considerado um sinal de maior risco para o infarto. Isso porque, a aterosclerose, doença caracterizada pela formação de placas de gordura dentro do vaso sanguíneo, pode acometer qualquer artéria do corpo.

A doença arterial na perna, compromete a circulação sanguínea e tem como sintomas: dor e sensação de cãibra ao caminhar, fisgada e sensação de cansaço nas pernas. Outros sintomas menos comuns são, a perda de pelos nas pernas, unhas dos pés enfraquecidas, coloração esbranquiçada das pernas e infecções constantes nos pés.

Placas de gordura na parede das artérias que provocam a obstrução arterial e reduze a passagem de sangue.

Essas placas de gordura podem soltar pequenos pedaços, que chamamos de êmbolo, que seguem pela circulação até encontrar um vaso mais estreito e causar um entupimento. Essa é a principal causa, por exemplo, de tromboembolismo pulmonar. Uma doença grave que pode levar à morte.

É importante que você observe e descreva para o médico a sua dor, intensidade, quando surgiu e o que você fez para aliviar. Na suspeita de trombose na perna ou má circulação, procure o quanto antes uma avaliação médica.

Não utilize nenhum medicamento sem orientação médica.

Leia mais sobre esse assunto no artigo: Sinto muita dor nas pernas. O que pode ser?

Referências:

  • Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. Consensos Brasileiros de Ortopedia e Traumatologia.São Paulo: Agência NaJaca, 2019.
  • Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular
Veja como é o tratamento para Espondilite Anquilosante
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento da espondilite anquilosante é feito com medicamentos para controlar a dor, a inflamação e a progressão da doença, além de fisioterapia e exercícios para melhorar a postura e a mobilidade das articulações afetadas. Em alguns casos, a cirurgia pode ser necessária.

A espondilite anquilosante não tem cura. Porém, se o tratamento tiver início na fase inicial da doença, é possível mantê-la sob controle.

Para tratar a espondilite anquilosante são usados medicamentos analgésicos para aliviar a dor, relaxantes musculares e remédios capazes de alterar a evolução da doença, como os anti-inflamatórios não-hormonais.

A medicação normalmente só é necessária na fase aguda da espondilite. Após esse período, o tratamento consiste principalmente em fisioterapia e exercícios. Todavia, alguns pacientes podem precisar de um tratamento medicamentoso contínuo, com doses reduzidas.

Quando o tratamento convencional não traz resultados, pode ser indicada a terapia biológica, que consiste na injeção de medicamentos que atuam contra a dor, a inflamação e as alterações imunológicas verificadas nos pacientes com espondilite anquilosante.

A cirurgia é mais usada quando a espondilite afeta o quadril, sendo raros os casos de espondilite anquilosante na colune em que o tratamento cirúrgico é indicado.

Apesar da espondilite anquilosante ficar menos ativa com o passar do tempo, o tratamento deve ser mantido até ao fim da vida. O principal objetivo é aliviar os sintomas, conter a evolução da doença e manter ou melhorar a mobilidade das articulações.

O tratamento da espondilite anquilosante é da responsabilidade dos médicos reumatologista e ortopedista.

O que é o reumatismo? Quais os sintomas?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Reumatismo é o nome dado a um grande grupo de doenças reumáticas, conhecidas também como problemas nas "juntas" (articulações).

No entanto, além das articulações, as doenças reumáticas podem causar danos a muitos outros sistemas, como os músculos, ossos, tendões, pele, pulmões, rim, sistema gastrointestinal, coração e até o sistema nervoso.

Quais são sintomas do reumatismo?

Como quase todas as doenças têm algum acometimento inflamatório das articulações, podemos dizer que os sintomas mais comuns são:

  • Dor nas articulações;
  • Inchaço, calor e vermelhidão nas articulações;
  • Piora da dor pela manhã ou com repouso prolongado
  • Rigidez e/ou limitação dos movimentos;
  • Cansaço freqeunte, mal-estar;
  • Febre (baixa);
  • Perda de peso;
  • Fenômeno de Raynaud.

O fenômeno de Raynaud é um sinal comum nas doenças reumáticas, caracterizado pela mudança de cor nas extremidades dos dedos, quando exposto a temperaturas frias. Geralmente se inicia com palidez, depois a pele se torna azulada e por fim, com o retorno da circulação, apresenta uma vermelhidão, edema (inchaço), dor e calor local.

Fenômeno de Raynaud - palidez, com posterior vermelhidão nas extremidades dos dedos. Principais tipos de reumatismo 1. Artrite reumatoide

A artrite reumatoide (AR) é uma doença autoimune, inflamatória crônica, que acomete ambos os sexos e idade, embora seja mais encontrada em mulheres acima dos 40 anos. A doença causa dor, calor, edema, rigidez matinal e deformidades, principalmente as articulações das mãos, punhos e joelhos.

Deformidades ósseas na Artrite Reumatóide avançada. 2. Lúpus

O lúpus é uma doença inflamatória crônica, autoimune, sem causa definida, que também é mais comum nas mulheres do que os homens, com sintomas variados, porque pode atingir qualquer sistema do corpo. Os sintomas principais incluem as manchas na pele, febre, mal-estar, dores articulares, distúrbios respiratórios, feridas na boca e presença de nódulos ou caroços pelo corpo.

Cerca de metade das pessoas com lúpus apresenta um tipo de mancha no rosto, em forma de "borboleta", localizada nas bochechas e no nariz, que piora com a exposição ao sol.

Mancha na pele em formato de "borboleta", típica do Lupus Eritematoso sistêmico.

Outros sintomas encontrados na doença lúpica, são o cansaço frequente, indisposição, queda de cabelo, perda de peso, sensibilidade à luz solar e insuficiência renal.

3. Fibromialgia

A fibromialgia é uma condição clínica caracterizada por dor muscular generalizada, que dura mais de 3 meses, associada a alteração de humor, distúrbios de sono, concentração e memória.

Apesar de todos os sintomas descritos, não existem evidências de inflamação local, o que atrasa o correto diagnóstico e início do tratamento.

4. Esclerodermia

A esclerodermia é caracterizada por uma inflamação crônica do tecido conjuntivo, com aumento de fibrose em todo o corpo, tornando a pele mais endurecida, escura e brilhosa. A doença pode ser localizada, atingindo apenas os membros e rosto, ou sistêmica, acometendo todo o corpo, além dos órgãos internos.

Os sintomas típicos são, portanto, o enrijecimento da pele, fenômeno de Raynaud (coloração azulada nas extremidades), além de dor nas juntas, rigidez e deformidades, com limitação dos movimentos. Pode haver também comprometimento pulmonar, gástrico, intestinal, renal ou do sistema neurológico.

5. Síndrome de Sjogren

A síndrome de Sjogren é uma doença autoimune onde o sistema imunológico ataca as glândulas responsáveis por produzir saliva e lágrimas. Portanto, tem como principais sintomas a boca seca e os olhos secos. A síndrome de Sjogren também pode afetar outras partes do corpo, incluindo articulações, pele e nervos. Quando isso acontece, pode haver dor nas articulações ou nos músculos, pele seca, manchas na pele, feridas crônicas e doenças nos nervos periféricos.

Sintomas mais comuns da Sindrome de Sjogren: Pele ressecada, Lingua seca e olhos vermelhos e irritados pelo ressecamento. 6. Gota

Gota é um tipo de reumatismo, causado pelo acúmulo de cristais de ácido úrico nas articulações, especialmente no hálux (dedo maior do pé). Esse tipo de reumatismo é mais comum em homens e pessoas que consomem muita carne vermelha. O quadro é caracterizado pelo inchaço agudo do dedão, com dor intensa, vermelhidão e calor local.

7. Espondilite anquilosante

Espondilite anquilosante é uma doença inflamatória crônica, de origem genética, que afeta as articulações da coluna vertebral e as grandes articulações do corpo, como quadril e ombro, sobretudo homens com menos de 40 anos.

Trata-se de um tipo de reumatismo que causa importante dor e rigidez na coluna, especialmente pela manhã, levando a imobilidade com o passar dos anos. O repouso piora os sintomas e a prática de exercícios ajuda no alívio da dor e retarda a evolução da doença.

Qual o tratamento para o reumatismo?

O tratamento das doenças reumáticas varia de acordo com a causa e o estágio da doença. No entanto, as opções mais utilizadas são:

  • Anti-inflamatórios
  • Corticoides
  • Imunossupressores
  • Fisioterapia
  • Terapia ocupacional
  • Psicologia e
  • Cirurgia (mais raramente).

As artrites, espondiloartrites, febre reumática, tendinites, osteoporose, artroses, LER (lesão por esforço repetitivo), entre outras, também são consideradas tipos de reumatismo, cada um com as suas próprias características.

Sendo assim, na suspeita de um problema reumático, e para maiores esclarecimentos sobre as doenças reumatológicas, procure o seu médico de família ou reumatologista.

Referência:

Sociedade Brasileira de Reumatologia.

O que pode causar dor nas mãos? Como tratar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dor nas mãos pode ser causada por diversos motivos, desde doenças crônicas, como as doenças reumáticas, um processo inflamatório como a tendinite, síndrome do túnel do carpo, um trauma ou até devido à má circulação.

A mão é uma parte do nosso corpo rica em diferentes estruturas. Nas mãos encontramos músculos, nervos, tendões e vasos sanguíneos, além disso, trata-se de uma parte do corpo que utilizamos com muita frequência. Por isso estão expostos a traumas, inflamação e problemas de circulação.

O tratamento para alívio dos sintomas pode ser baseado em analgésicos, anti-inflamatórios, gelo ou compressa morna e repouso. No entanto, para tratar definitivamente e evitar a recorrência da dor, é preciso identificar a causa.

Quais são as principais causas de dor nas mãos? 1. Artrite reumatoide

A artrite reumatoide é uma doença reumática bastante frequente na população, caracterizada por um processo inflamatório crônico das articulações, principalmente nas mãos e punhos.

Os sintomas são de "dor nas juntas", vermelhidão, calor local e rigidez matinal. Com a evolução da doença, as articulações ficam desgastadas e podem surgir ainda as deformidades ósseas e nódulos, chamados nódulos reumatóides.

A doença deve ser diagnosticada e tratada o quanto antes, para evitar a sua evolução, complicações e incapacidade funcional.

O tratamento para a fase aguda, com sintomas de inflamação e dor, são o uso de anti-inflamatórios e corticoides. Após a melhora da inflamação, a artrite reumatoide deve ser tratada continuamente, com medicamentos que reduzem o número de crises de agressão articular, como os imunossupressores.

O médico reumatologista é o responsável pela avaliação, conduta e acompanhamento.

Deformidade ósseas nas mãos, em paciente com artrite reumatoide avançada. 2. Tendinite

As tendinites são inflamações nos tendões, estruturas que ligam o músculo ao osso, permitindo o deslizamento entre eles e realização dos movimentos. Por isso as regiões que estão sempre em movimentação, como os ombros, punhos, joelhos pés e mãos, são as mais propensas em desenvolver tendinites.

A doença é comum em atividades laborais que exigem movimentos repetitivos, como pessoas que trabalham em computadores, digitadores e esportistas.

O tratamento da tendinite é imobilizar a região inflamada, manter repouso, gelo local várias vezes por dia e o uso de anti-inflamatórios.

Além disso, é importante identificar a causa e corrigir sempre que possível, para evitar recorrência da doença. Por exemplo, em situações de trabalho, pode ser preciso uma reeducação postural, ajustes de material do trabalho, como cadeira adequada e descanso para os pés.

O médico de família, ortopedista ou reumatologista podem orientar caso a caso.

3. Síndrome do túnel do carpo

A síndrome do túnel do carpo, é a compressão do nervo mediano, na altura no punho, que causa os sintomas de dor e formigamento das mãos. Geralmente a doença acomete os dois lados.

A repetição de movimentos das mãos, como digitar e escrever, é a principal causa desse problema. Gestantes também podem desenvolver a síndrome pelo edema gestacional. Após o parto, os sintomas tendem a desaparecer espontaneamnete.

No entanto, se a doença não for diagnosticada e tratada a tempo, o nervo pode sofrer um dano irreparável, causando a dor crônica, atrofia dos músculos das mãos e com isso, fraqueza e incapacidade de funções simples, como segurar um copo por períodos prolongados.

O diagnóstico e tratamento devem ser conduzidos pelo neurologista, neurocirurgião ou ortopedista cirurgião de mão, e o tratamento definitivo é a cirurgia com ressecção da fibrose e liberação do nervo.

Síndrome do túnel do carpo - Área do punho sinalizada em vermelho, representa a compressão do nervo mediano. 4. Lúpus

Lúpus é uma doença inflamatória de origem autoimune, dentro do espectro de doenças reumáticas, que agride diversos sistemas do organismo, sendo um deles as articulações.

Os sintomas mais comuns são de cansaço, desânimo, emagrecimento, manchas na pele e as inflamações articulares, que levam as dores nas juntas das mãos, punhos, joelhos e pés. O diagnóstico deve ser feito pelo médico reumatologista, que dependendo da forma e gravidade da doença, irá definir o tratamento.

O tratamento é feito com uso de corticoides e imunossupressores, além de acompanhamento regular para evitar complicações da doença.

5. Lesão por esforço repetitivo (LER)

A lesão por esforço repetitivo é uma doença do sistema musculoesquelético, causado pela repetição de movimentos, geralmente relacionada, mais uma vez, às atividades de trabalho.

Pode acometer os punhos, ombros e cotovelos, além da coluna. Os sintomas são de dor nas mãos, inchaço, sensação de pontadas ou agulhadas, formigamento e diminuição da força.

O diagnóstico deve ser feito pelo reumatologista ou ortopedista e o tratamento preconizado é com uso de anti-inflamatórios, para alívio dos sintomas, e controle dos fatores que causam o problema.

6. Traumas

Os traumas também podem comprometer as articulações e músculos, causando dor, inchaço e vermelhidão no local do trauma. A dor é localizada e a duração dos sintomas é limitada, não é uma situação recorrente.

Neste caso, existe uma causa bem definida relacionada ao impacto provocado pelo trauma sofrido em quedas ou acidentes, por exemplo. O tratamento é direcionado especificamente para a lesão e dura o tempo suficiente para a sua recuperação.

7. Doenças vasculares

O fenômeno de Raynaud é caracterizado por episódios de vasoespasmo, ou seja, os vasos sanguíneos reduzem de calibre, levando menos sangue até as extremidades das mãos e dos pés, especialmente em situações de frio e de estresse. Causando dor, palidez, coceira, e em seguida, vermelhidão e calor local, pelo retorno do sangue.

Esse processo pode ocorrer repetidamente e causar grande incomodo às pessoas. Porém, na maioria das vezes trata-se de uma situação benigna que não oferece risco e melhora espontaneamente.

Por outro lado, o fenômeno de Raynaud, pode representar uma manifestação inicial de doenças reumáticas, como a esclerodermia (doença caracterizada endurecimento da pele e dos órgãos internos) e problemas vasculares mais graves. O tratamento passa a ser medicamentoso ou mesmo com indicação de procedimentos cirúrgicos.

Portanto, para definir a causa do problema e o tratamento mais adequado, é preciso ser avaliado por um médico reumatologista ou angiologista / cirurgião vascular.

As recomendações para reduzir os eventos de Raynaud são: evitar o frio, evitar o estresse, mesmo que seja preciso terapias e uso de medicamentos e evitar substâncias energéticas, como café em excesso e o cigarro.

Outras doenças vasculares, como as tromboses nos braços, são mais raras e causam além da dor, alterações na coloração e temperatura da pele.

Neste caso, procure imediatamente um serviço de emergência médica.

Doença de Raynaud Quando devo procurar uma emergência?

Algumas situações são consideradas perigosas, e precisam ser avaliadas imediatamente, como as doenças vasculares agudas e lesão muscular grave, após um trauma. Sendo assim, se apresentar uma das características abaixo, indicamos procurar um atendimento de urgência.

  • Dor associada a fraqueza no braço,
  • Mudança de cor ou de temperatura (uma mão mais fria que a outra ou mais roxa/pálida do que a outra),
  • Dor que dificulta a movimentação,
  • Dor e inchaço importante, após a um trauma.

A dor nas mãos costuma vir associada ainda a outros sintomas como coceira e inchaço. Para compreender o que pode ser e como tratar, leia também os artigos:

Coceira nas mãos: o que pode ser e o que fazer?

Mãos inchadas: o que pode ser e o que fazer?

Referências:

  • Sociedade Brasileira de Reumatologia.
  • Fredrick M Wigley et al.; Clinical manifestations and diagnosis of Raynaud phenomenon. UpToDate Oct 08, 2019.
  • Cristiane Kayser et al.; Fenomeno de Raynaud. Rev Bras Reumatol, 2009;49(1):48-63.
Dor nas costas acima das nádegas, o que pode ser?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A dor nas costas acima das nádegas (dor lombar ou lombalgia) geralmente não tem uma causa específica, mas está frequentemente associada a alterações nos ossos, articulações ou músculos.

A inflamação do nervo ciático é uma das alterações mais comuns, que tende a causar dor na região das costas, nádegas e quadril, que pode irradiar para a parte de trás da coxa.

Outras doenças que também podem causar dor na lombar, mas que são menos frequentes, são:

  • Hérnia de disco;
  • Distúrbios inflamatórios;
  • Fraturas;
  • Osteoporose.

Características individuais como obesidade, sedentarismo ou posturas inadequadas também são fatores de risco para o desenvolvimento de dor na lombar.

O que fazer para dor nas costas acima das nádegas

Para aliviar imediatamente a dor lombar pode-se aplicar calor ou realizar massagens sobre a região.

Uma das principais formas de tratar a dor nas costas acima das nádegas é através de alongamentos e exercícios de fortalecimento dos músculos dessa região. Quando há uma inflamação intensa da lombar, medicamentos como analgésicos, anti-inflamatórios ou relaxantes musculares também podem ser indicados.

Quando a dor é forte ou persistente deve-se consultar um médico de família ou clínico geral para uma avaliação inicial. Nestes casos, podem ser indicados medicamentos para aliviar a dor como analgésicos, anti-inflamatórios ou relaxantes musculares.

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