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Anticoncepcional durante a amamentação: o que e quando usar em segurança?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Existem diferentes métodos contraceptivos eficazes e seguros, que podem ser usados por mulheres que amamentam. Destacam-se as pílulas e injeções contraceptivas contendo progesterona, o dispositivo intrauterino (DIU) e o método da amenorreia lactacional. Este último é um método que consiste em usar o aleitamento materno exclusivo como forma de impedir a ovulação nos primeiros seis meses após o parto.

Outras possibilidades são: o uso de métodos de barreira, como os preservativos e diafragma ou a cirurgia de esterilização, caso haja indicação.

Além desses métodos, caso durante a amamentação se tenha relação sexual desprotegida e não se esteja usando nenhum anticoncepcional, é possível tomar a pílula do dia seguinte, desde que já se tenha passado 6 semanas do parto.

Vejamos as diferentes possibilidades de métodos anticoncepcionais que podem ser utilizados pelas puérperas e são considerados seguros para a mãe e o bebê.

Contraceptivos hormonais permitidos durante a amamentação

Há duas composições de anticoncepcionais: uma que inclui dois hormônios, o estrogênio e a progesterona e outra que inclui apenas a progesterona.

Durante os primeiros seis meses de amamentação está recomendado usar pílulas que contém apenas progesterona, caso o leite materno seja a principal fonte nutricional do bebê. Isto porque, a progesterona isoladamente não interfere na amamentação e não aumenta o risco de trombose significativamente.

Durante o período de aleitamento materno, é possível a utilização dos anticoncepcionais a base de progesterona através de pílula com progestágeno isolado em baixa dose (minipílula), pílula com progestágeno isolado em alta dose, injeção ou implante subcutâneo.

Pílulas com progestágenos isolados (Minipílula)

Nomes comerciais: Norestin, Micronor

Essas pílulas são compostas por progestógenos em baixas doses. São usadas continuamente, sem pausa, e também são conhecidas como minipílulas.

As minipílulas apenas são eficazes para mulheres que estão amamentando exclusivamente até 6 meses após o parto. Quando se cessa a amamentação a sua eficácia diminui e deixam de ser um método contraceptivo seguro.

  • Quando usar? Podem ser usadas entre a 6º semana e 6 meses após o parto.
Pílula com progestágeno em doses maiores

Nomes comerciais: Cerazzete, Nactali, Juliet

São pílulas que contém uma maior quantidade de progesterona (75 mcg de desogestrel), por isso são mais eficaz que as minipílulas. Também são de uso contínuo, como as minipílulas. Podem ser usadas mesmo com o término do aleitamento materno exclusivo e após 6 meses do parto.

  • Quando usar? Podem ser iniciadas a partir da 6º semana após o parto e permanecer o uso por tempo indeterminado.
Injeção trimestral de medroxiprogesterona

Nomes comerciais: Contracep, Depo-provera

A medroxiprogesterona é um progestágeno que atua no organismo durante três meses, por isso, a aplicação da injeção é trimestral. É um método muito eficaz.

  • Quando usar? Pode-se iniciar a aplicação das injeções trimestrais a partir de 6 semanas após o parto e manter o uso por tempo indeterminado.
Implante subdérmico

Nome comercial: Implanon

Os implantes subdérmicos são métodos seguros, compostos por progestágeno. Não interferem durante a amamentação e permitem contracepção de longa duração (3 anos).

  • Quando usar? Pode ser aplicado a partir da sexta semana após o parto e pode ser mantido por até 3 anos. Pode ser retirado antes, caso se deseje.
Pílulas combinadas com estrogênio e progesterona

Nomes comerciais: Diane 35, Ciclo 21, Yasmin, entre outras

Durante a amamentação evita-se o uso de contraceptivos contendo estrógenos, devido ao aumento do risco de trombose e formação de coágulos e pelo risco de interferência na amamentação, visto que o estrogênio pode interferir na qualidade e quantidade de leite materno.

Por isso, os anticoncepcionais combinados estão indicados apenas após 6 meses de vida do bebê. Após esse período, as mulheres, se desejarem, podem voltar a usar a pílula que usavam antes da gravidez.

  • Quando usar? Os anticoncepcionais hormonais combinados podem ser usados a partir do sexto mês de vida do bebê ou quando o leite materno já não for o alimento principal do bebê.
Dispositivo intrauterino

O dispositivo intrauterino é um método prático, altamente eficaz, duradouro e reversível, sendo seguro durante o período de amamentação. Consiste na introdução dentro do útero de uma haste em T, contendo ou cobre, ou hormônio, que são capazes de impedir por diferentes mecanismos a fecundação.

Existem dois modelos mais utilizados, o DIU de cobre, com eficácia de 10 anos, e o hormonal (Mirena), com eficácia de 5 anos.

Quando se pode começar a usar o dispositivo intrauterino?

Há dois períodos em que se pode fazer a inserção do DIU dentro do útero: em até 48 horas após o parto ou depois de 4 semanas após o parto. Em algumas maternidades ou casas de parto é possível inserir o DIU logo após o nascimento do bebê.

Se passar mais de dois dias do parto, deve-se aguardar então pelo menos um mês para colocá-lo.

Método da amenorreia lactacional

O processo de sucção do bebê durante a amamentação causa o aumento de um hormônio chamado prolactina. Quando a prolactina está alta interfere no eixo hormonal que leva a ovulação, impedindo que a mulher ovule e torne-se fértil enquanto amamenta.

Portanto, o aleitamento materno exclusivo pode ser considerado uma forma de contracepção. Porém, para que a amamentação de fato seja considerada um método seguro, a ponto de impedir eficazmente uma gravidez, duas condições devem ser cumpridas:

  1. O aleitamento deve ser exclusivo, ou seja, a mãe deve ofertar apenas leite materno para o bebê a livre demanda durante os seis primeiros meses. Se a criança consumir fórmulas infantis ou outros alimentos, a frequência das amamentações diminui e o efeito contraceptivo do aleitamento perde eficácia.
  2. A puérpera não pode ter menstruado ainda. Caso ocorra a primeira menstruação após o parto, o método da amenorreia lactacional deixa de ser considerado eficaz para a proteção contra a gravidez.
Quando se pode usar o método da amenorreia lactacional?

O método da amenorreia lactacional está indicado desde o retorno a atividade sexual até 6 meses após o parto, depois desse período perde-se a eficácia.

Métodos de barreira (camisinha e diafragma)

Os métodos de barreira são métodos seguros durante o puerpério, não interferem com a amamentação e podem ser eficazes se usados corretamente. Entre os métodos de barreira mais conhecidos estão a camisinha feminina, a camisinha masculina e o diafragma.

Além disso, os preservativos, tanto o masculino quanto o feminino, são capazes de proteger durante doenças sexualmente transmissíveis.

Os métodos de barreira são eficazes se forem usados em todas as relações sexuais durante todo o ato sexual, caso contrário pode-se atingir um grande índice de falha.

Quando se pode usar os métodos de barreira?

Os preservativos masculino e feminino podem ser usados a partir do retorno as atividades sexuais por tempo indefinido.

O diafragma só pode ser utilizado após 6 semanas do parto, que é o tempo para o útero e canal de parto voltarem à conformação antes da gravidez.

Quem amamenta pode tomar pílula do dia seguinte?

Sim, quem amamenta pode tomar pílula do dia seguinte desde que já tenham passadas 6 semanas do parto.

A pílula do dia seguinte apresenta em sua composição um progestágeno em alta dose, que não interfere na amamentação, por isso pode ser usada em segurança durante o período de aleitamento.

Caso apresente mais dúvidas sobre a escolha do melhor método contraceptivo durante a amamentação, consulte o seu médico de família ou ginecologista.

Também pode ser do seu interesse:

Norestin é eficaz contra gravidez?

Dúvidas sobre anticoncepção e amamentação: Posso engravidar amamentando?

Referências bibliográficas

1 Departamento de Saúde Reprodutiva e Pesquisa (SRP) da Organização Mundial da Saúde (OMS) e Escola Bloomberg de Saúde Pública/Centro de Programas de Comunicação (CPC) da Universidade Johns Hopkins, Projeto INFO. Planejamento Familiar: Um Manual Global para Prestadores de Serviços de Saúde. Baltimore e Genebra: CPC e OMS, 2007.

2 Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Amamentação. Série Orientações e Recomendações. São Paulo 2018.

Sintomas da menstruação: quais os sinais físicos e psicológicos e como aliviar
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os sintomas mais comuns da menstruação são as cólicas, seios doloridos e inchados, dores de cabeça e alterações de humor. Estes sinais costumam aparecer de 7 a 10 dias antes da menstruação e, geralmente, passam algumas horas depois que a menstruação desce.

A prática de atividade física, a redução de cafeína, açúcar, sal e o uso de medicamentos analgésicos são alguns dos cuidados que ajudam a aliviar os sintomas, tanto na fase pré-menstrual quanto durante o período de sangramento.

Sintomas físicos da menstruação
  • Cólicas
  • Seios doloridos e inchados
  • Dor de cabeça
  • Dor lombar
  • Náuseas
  • Sensação de inchaço abdominal
  • Ganho de peso
  • Dor muscular ou nas articulações
  • Problemas de pele como, por exemplo, a presença de espinhas (acne)
Sintomas psicológicos da menstruação
  • Oscilações de humor: irritabilidade, raiva, tristeza, crise de choro
  • Ansiedade / Depressão
  • Necessidade de isolamento social
  • Dificuldade de concentração
  • Esquecimento ou perda de memória
  • Distúrbios do sono
  • Mudanças no apetite (desejo por determinados alimentos, especialmente doces).
Como aliviar os sintomas da menstruação?
  • Busque descansar e dormir, pelo menos, 7 horas por noite,
  • Pratique atividade física regularmente: pode ajudar a reduzir o inchaço, a irritabilidade, a ansiedade e a insônia. Fazer ioga também pode ajudar,
  • Tente reduzir o estresse do dia a dia: meditação e exercícios de relaxamento podem ser ferramentas importantes para que consiga relaxar,
  • Alimente-se de forma saudável: consuma carnes magras, frutas, verduras e leite (alimentos ricos em cálcio e vitamina D),
  • Diminua o consumo de açúcar e cafeína, evite doces,
  • Reduza o consumo de sal: ajuda a reduzir a retenção de líquidos e a sensação de inchaço,
  • Aplique bolsa de água morna 2 a 3x por dia, se tiver dor (lombar ou cólicas).
Medicamentos para sintomas de menstruação

Os medicamentos mais usados são os analgésicos, anti-inflamatórios ou anticoncepcionais.

  • Ponstan®
  • Buscopan®
  • Atroveran®
  • Anticoncepcionais orais
  • Anel vaginal
  • Injeção trimestral
  • DIU

A dose e tempo de uso deve ser definida pelo médico, de acordo com a intensidade dos sintomas, e com as condições de saúde de cada uma.

É importante uma consulta com o seu ginecologista para escolher o melhor tratamento.

Os sintomas da menstruação ou a tensão pré-menstrual ocorrem devido às variações hormonais de estrogênio e progesterona durante o ciclo menstrual. Em algumas mulheres, a origem dos sintomas pode ser também genética.

Estes sintomas variam de mulher para mulher porque algumas mulheres são mais sensíveis a essas variações hormonais. Se você sofre com os sintomas da menstruação a ponto de alterar ou atrapalhar a sua rotina diária, converse com um ginecologista ou médico de família para efetuar cuidados e/ou tratamento mais adequados.

Saiba mais sobre esse assunto nos artigos abaixo:

Sintomas de TPM após a menstruação é normal? O que pode ser?

Fases do ciclo menstrual: o que você precisa saber

Referência:

FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Métodos contraceptivos: principais vantagens e desvantagens
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Existem diferentes métodos contraceptivos que protegem de uma gravidez indesejada. A pílula é um dos métodos mais populares, mas existem outras opções como injeções, implantes ou o DIU.

Conhecer diferentes métodos é essencial para que cada mulher consiga escolher a melhor forma de anticoncepção para o seu organismo e estilo de vida.

Vejamos um pouco sobre cada um dos métodos contraceptivos mais populares e reversíveis, ou seja, que após o término do uso a mulher pode voltar a engravidar normalmente.

Pílula oral combinada

Nomes comerciais: Ciclo 21®, Diane 35®, Yas®, Yasmin®, Qlaira®, entre outras.

São pílulas que possuem na sua composição dois hormônios, um estrógeno e um progestógeno. Atuam inibindo a ovulação, a mulher deixa de ovular, portanto não tem risco de engravidar se usar a pílula corretamente.

A pílula contraceptiva é um dos métodos contraceptivos mais populares. Apresentam alta eficácia se tomada de forma correta e sem esquecimentos.

Além disso, possuem algumas vantagens não relacionadas a contracepção, como:

  • Reduzem cólicas menstruais e excesso de sangramento menstrual;
  • Controlam sintomas da Síndrome dos Ovários Policísticos (acne, pelos faciais e corporais, oleosidade da pele);
  • Diminuem o risco de câncer do endométrio, do ovário e da Doença Inflamatória Pélvica

No entanto, como a pílula requer que se tome comprimidos diariamente pode não ser o método mais indicado para mulheres que se esquecem facilmente de tomá-la.

Além disso, diarreia, vômitos e uso de medicamentos podem diminuir a eficácia da pílula, por isso nessas situações pode ser necessário usar outro método como a camisinha.

Outra desvantagem das pílulas hormonais é que causam efeitos colaterais que podem ser impeditivos ao seu uso, como alteração do sangramento menstrual, dor de cabeça, tonturas, inchaços ou náuseas.

Também é importante lembrar do risco de eventos tromboembólicos (tromboses) com o uso de pílulas e outros métodos hormonais, que embora raro podem atingir mulheres que fazem uso desse contraceptivo.

Pílula apenas de progestógeno

Nomes comerciais: Cerazzete®, Norestin®.

Estas pílulas contêm apenas um tipo de hormônio, o progestógeno, não contém o estrógeno presente nas pílulas combinadas. Também atuam inibindo a ovulação, mas também deixam o muco do colo do útero mais espesso, impedindo que o espermatozoide alcance o óvulo.

O principal diferencial é que podem ser usadas por mulheres que estão amamentando.

O esquecimento da pílula afeta substancialmente a sua eficácia, principalmente em pílulas com baixa quantidade de hormônios como o Norestin®.

Uma possível desvantagem é que a pílula de progestógeno pode causar irregularidade menstrual ou cessar a menstruação. Além disso, pode causar efeitos adversos para algumas mulheres como dores de cabeça, náuseas, inchaço, entre outros.

Anel Vaginal

Nome comercial: Nuvaring®

Também é um método contraceptivo hormonal, consiste na colocação de uma estrutura em forma de anel na vagina, que contém hormônios (estrógeno e progestógeno).

O anel vaginal é um método contraceptivo eficaz e prático de ser usado, já que não requer a toma de comprimido diariamente. Basta colocar o anel na vagina que fica durante três semanas, ele é retirado por uma semana para vir a menstruação e depois coloca-se outro por mais três semanas.

É um método hormonal, portanto, apresenta os mesmo efeitos adversos que as pílulas hormonais. E ainda apresenta como desvantagem o custo, que é maior que algumas pílulas contraceptivas.

Adesivo anticoncepcional

Nome comercial: Evra®

O adesivo é um método externo, é colado sobre a pele e libera hormônios continuamente, estrógeno e progesterona, durante uma semana. A cada semana troca-se o adesivo por outro. Na quarta semana interrompe-se o uso para que venha a menstruação. É assim, um método muito prático e eficaz.

Como os hormônios não passam pelo tubo digestivo a sua eficácia não é afetada por vômitos ou diarreia.

Um dos problemas dos adesivos é que são colocados em áreas muitas vezes visíveis, como nos braços, costas e barriga, o que pode ser indesejável para muitas mulheres.

Também pode desgrudar e ter a eficácia reduzida. Além disso, pode apresentar os mesmos efeitos colaterais que as pílulas hormonais.

Injeção hormonal combinada (mensal)

Nomes comerciais: Mesigyna®, Noregyna®

A injeções contraceptivas mensais possuem estrógeno e progesterona. São aplicadas a cada 30 dias e da mesma forma que as pílulas orais inibem a ovulação, evitando a gravidez.

A principal vantagem da injeção hormonal mensal é a facilidade de uso, já que não requer a toma de comprimido diariamente.

No entanto, os efeitos adversos e contra-indicações são os mesmos da pílula hormonal combinada, já que as injeções mensais também são feitas dos mesmos dois hormônios.

Injeção apenas de progestógeno (trimestral)

Nomes comerciais: Depo provera®, Contracep®

A injeção apenas de progestógeno é aplicada a cada três meses, contém apenas um hormônio que geralmente é a medroxiprogesterona.

A injeção trimestral é ainda mais prática de usar, visto que as injeções são aplicadas apenas a cada três meses.

Além disso, também podem ser usadas por mulheres que estão a amamentar.

Uma possível vantagem da injeção de progestógeno é a redução importante do fluxo menstrual ou mesmo ausência de menstruação em alguns casos.

Entretanto, uma das principais queixas em relação à pílula trimestral é o ganho de peso, que pode ocorrer em algumas mulheres, levando ao aumento de até cerca de 3 kg.

Implante hormonal

Nome comercial: Implanon®

O implante hormonal consiste na aplicação de um pequeno bastão contendo hormônios por baixo da pele. O estrógeno e a progesterona são liberados continuamente no decorrer de três anos.

Apresentam alta eficácia contraceptiva, e são muito práticos, já que durante 3 anos a mulher está protegida contra gravidez, por isso costuma ser um método muito indicado para adolescentes.

Embora tenha muitas vantagens, o implante hormonal pode causar irregularidade menstrual e sangramento de escape, sendo um impeditivo para muitas mulheres. Também podem apresentar efeitos adversos do uso de hormônios.

Dispositivo intrauterino de cobre (DIU de cobre)

Este método consiste na inserção de um pequeno dispositivo em volta de T e coberto por cobre no útero.

O DIU de cobre é o método contraceptivo reversível de maior duração. Tem validade de 10 anos. Portanto, para mulheres que não planejam filhos a longo prazo é uma boa opção.

Também é importante destacar que é um método totalmente sem hormônios, indicado para mulheres que apresentam efeitos adversos a qualquer outro método hormonal como as pílulas ou injeções.

No entanto, o uso do DIU de cobre pode em algumas mulheres levar ao aumento do sangramento menstrual e cólicas menstruais.

Além disso, requer ser colocado por um médico ou enfermeiro capacitado

Dispositivo intrauterino de levonorgestrel (DIU hormonal)

Nome comercial: Mirena®

O DIU de levonorgestrel é um dispositivo implantado também na cavidade uterina, atua liberando gradativamente pequenas quantidades do hormônio levonorgestrel, inibindo a fecundação. Também é um método de longa duração com validade de 5 anos.

Tem ação hormonal predominantemente local, o que diminui o risco de efeitos adversos decorrentes do uso de hormônios.

Pode causar redução importante de sangramento e cólicas menstruais, em alguns casos provocando a interrupção da menstruação o que pode ser vantajoso para algumas mulheres.

Uma desvantagem do DIU de levonorgestrel é que pode causar irregularidade menstrual ou sangramento de escape frequente.

Também é importante ressaltar que embora a quantidade de hormônios liberada no organismo seja pequena, algumas mulheres mais sensíveis podem sentir alguns sintomas relacionados ao levonorgestrel como dor de cabeça, náuseas, irritabilidade e alterações de humor.

Caso precise de ajuda para escolher o método contraceptivo para adequado consulte um médico de família ou ginecologista para melhor orientação.

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É possível engravidar tendo implante contraceptivo?

Não quero engordar, qual pílula anticoncepcional tomar?

Parar o anticoncepcional no meio da cartela, tem problema?

Referências bibliográficas:

Planejamento Familiar UM MANUAL GLOBAL PARA PROFISSIONAIS E SERVIÇOS DE SAÚDE. OMS.

Qual é o genérico do Ponstan?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

O genérico do Ponstan é o ácido mefenâmico. Há várias opções de marcas de genéricos nas farmácias.

O Ponstan é geralmente usado para aliviar cólicas menstruais, mas também pode ser indicado para:

  • Dores leves a moderadas;
  • Sintomas de artrite reumatoide;
  • Sintomas de osteoartrite;
  • Em alguns casos de fluxo menstrual muito abundante, como o causado pelo uso do DIU;
  • Síndrome pré-menstrual;
  • Febre.

O ácido mefenâmico não pode ser usado por menores de 14 anos e pode agravar problemas renais, cardíacos e hepáticos. Só deve ser usado quando indicado por um médico ou dentista.

Você também pode querer ler:

Referência:

Ponstan. Bula do medicamento.

Resultado de ultrassonografia transvaginal...
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O exame de ultrassonografia transvaginal descreve as características dos órgãos visualizados (vagina, colo do útero, útero, trompas e ovários) e a presença de saco embrionário, no caso de uma gravidez.

No resultado são descritos a posição e forma do útero, as suas medidas, visualização e medidas dos ovários, além de achados anormais quando evidenciados, por exemplo, cistos no ovário, pólipos ou mioma uterino. Na gestação, é descrito ainda o tamanho do embrião e os batimentos cardíacos fetais.

Com o resultado do exame, cabe ao médico interpretar esse resultado junto com o exame clínico e sintomas da paciente.

Posição do útero:
  • Anteversão ou anteroversoflexão (AVF), quando está voltado para a frente, em direção à vagina;
  • Medioversão (MVF), quando o útero está localizado em posição central, dentro da cavidade abdominal, nem inclinado para a frente e nem para as costas e
  • Retroversão, ou útero retrovertido (RVF), quando o útero está voltado para trás, em direção ao cóccix.

A anteroversão é a apresentação mais comum na população feminina e considerada normal, porém essa posição pode variar naturalmente sem interferir na fertilidade ou na evolução da gravidez. A não ser, nos casos de malformação, com retroversão fixa. Neste caso, a mulher pode ter dificuldade em engravidar.

Espessura e ecotextura uterina:
  • Homogênea,
  • Heterogênea.

O miométrio é a camada do meio do útero, considerada a mais grossa e mais elástica, localizada entre o endométrio (camada interna) e perimétrio (camada externa). O seu aspecto normal é uma forma regular e uniforme, descrita como homogênea.

Nos casos de presença de nódulos, cistos ou tumores, ela apresentará uma irregularidade, formando uma imagem heterogênea. Neste caso é preciso solicitar novos exames para definir a imagem e planejar o tratamento, quando necessário.

Volume uterino

No exame de ultrassom do útero existem medidas padrão, consideradas normais para a idade e peso, que variam entre 50 e 90 cm², podendo até chegar a 160 cm² para mulheres multíparas (que tiveram mais de 2 filhos), sem que configure um problema de saúde.

Um voluma acima desse valor pode indicar um problema, como a presença de um mioma ou tumor maligno. Por isso ginecologista deverá pedir novos exames para ampliar essa investigação e definir o melhor tratamento.

Anexos ou Ovários

Os ovários são avaliados na sua forma, tamanho, volume e se existem cistos no seu interior, o que não é incomum. Os volumes ovarianos considerados normais, são em média de 3 a 12 cm³ e as medidas de tamanhos bastante variadas.

A avaliação dos ovários auxilia na identificação de doença policística, presença de tumores e no tratamento para dificuldade em engravidar, pois a presença do corpo lúteo ou formação ovular, permite indicar a fase do ciclo menstrual e com isso fornece a provável data da ovulação.

Como é feito o exame de ultrassonografia transvaginal?

Para realização do exame, a paciente deve ficar deitada de costas em uma maca, na posição ginecológica, ou seja, com as pernas afastadas e joelhos dobrados com um apoio, para a penetração do aparelho de ultrassom através da vagina, devidamente revestido com um preservativo e gel lubrificante.

O aparelho emite ondas sonoras que transmitem as informações para um computador, onde é possível visualizar as imagens dos órgãos e estruturas pélvicas como o útero, trompas e ovários. Os aparelhos permitem também fazer marcações e medidas das estruturas encontradas.

Quando fazer o exame de ultrassom transvaginal?

As principais indicações para esse exame são:

  • Irregularidade menstrual
  • Investigação de infertilidade
  • Acompanhamento gestacional (pré-natal)
  • Suspeita de gravidez ectópica (gravidez fora do útero)
  • Casos de dor pélvica ou dor durante a relação sexual
  • Investigação e acompanhamento de mioma ou pólipos uterinos
  • Avaliação do posicionamento de DIU (dispositivo intrauterino)
Qual é o preparo para o exame de ultrassom transvaginal?

Não tem necessidade de preparo para o exame. No entanto, é recomendado uso de roupas largas ou de fácil abertura, para ajudar no exame.

Não é preciso uma depilação específica ou evitar relação sexual no dia anterior.

Pode fazer ultrassom transvaginal menstruada?

Sim, o exame de ultrassonografia transvaginal pode ser feito durante a menstruação. Será preciso retirar o absorvente interno, caso faça uso, e comunicar a equipe, para o preparo da cadeira ginecológica. O sangramento não interfere nem prejudica a avaliação dos órgãos analisados, através do ultrassom.

O exame de transvaginal dói? Quanto tempo dura o exame?

Não. Trata-se de um exame indolor e rápido, embora possa causar certo incômodo durante a penetração e manuseio do aparelho de ultrassonografia, durante a identificação das estruturas.

Tem uma duração média de 20 a 30 minutos, podendo ser mais prolongado dependendo da indicação do exame e dos achados durante o procedimento.

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Referência:

FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia