Os primeiros socorros em caso de desmaio vão depender do nível de consciência da vítima. Ou seja, se já está desacordado ou não. Se a pessoa ainda não desmaiou, responde e consegue obedecer aos seus comandos, você deve sentá-la numa cadeira e colocar a sua cabeça para baixo entre os joelhos, pedir que respire fundo e aguardar sua melhora junto a ele, observando. Esse procedimento aumenta o fluxo sanguíneo na cabeça e, consequentemente, melhora a oxigenação do cérebro, podendo evitar o desmaio. Se for possível ingerir líquido, ofereça imediatamente alguma coisa doce, como um copo de suco ou copo de água com duas colheres de açúcar.
Contudo, se o desmaio já ocorreu, os primeiros socorros consistem em:
1) Afastar a vítima de algum local que lhe possa causar perigo, como escadas e janelas;
2) Arejar o ambiente ou transportar a vítima para um lugar mais ventilado. Locais quentes ou com aglomeração de pessoas devem ser evitados;
3) Deitar a vítima de barriga para cima e elevar as suas pernas acima do tórax, com a cabeça mais baixa que o resto do corpo, para melhorar a oxigenação do cérebro e outros órgãos vitais;
4) Afrouxar a roupa para favorecer a circulação sanguínea;
5) Virar a cabeça da pessoa para o lado para facilitar a respiração e evitar asfixia em caso de vômito;
6) Não dar água para a vítima logo depois de acordar para evitar que ela se engasgue, uma vez que ainda não recuperou totalmente os reflexos;
7) Ajudar a vítima a se sentar e dizer-lhe para respirar fundo por algum tempo. A pessoa deve permanecer pelo menos 10 minutos sentada antes de se levantar para evitar um novo desmaio;
8) Caminhe um pouco com a pessoa, que deve respirar fundo e devagar;
9) Leve a vítima para um serviço de urgência.
Vale lembrar também o que não fazer em caso de desmaio: nunca jogue água fria no rosto da vítima para acordá-la; não ofereça álcool ou amoníaco para ela cheirar; não sacuda a vítima para tentar acordá-la.
Uma pessoa pode desmaiar pode diversas razões. Dentre as principais causas estão a hipotensão arterial (pressão baixa), jejum prolongado com queda da taxa de açúcar no sangue (hipoglicemia), dor muito forte, longos períodos de atividade física, vômitos, alterações emocionais, frio ou calor extremo, uso de drogas ou medicamentos, permanecer em pé por tempo prolongado, problemas cardiovasculares e neurológicos.
Os sinais e sintomas que antecedem um desmaio incluem mal-estar, escurecimento da visão, suor frio e excessivo, relaxamento da musculatura, palidez e respiração superficial.
O desmaio (ou síncope) é a perda dos sentidos causada por diminuição do fluxo sanguíneo cerebral. Caracteriza-se por uma fraqueza muscular generalizada que impede a pessoa de se manter em pé, levando à perda da consciência.
Saiba mais em:
Síndrome vasovagal: como identificar e tratar?
A pessoa que desmaiou deve ser vista por um médico clínico geral ou médico de família para que as causas do desmaio sejam esclarecidas e recebam o tratamento adequado e orientações para evitar novo episódio.
Não há um tempo fixo, desmaios geralmente são passageiros e efêmeros, mas tudo depende da causa e do estado da pessoa, no caso que você citou o desmaio tende a ser algo de poucos segundos, mas se a taxa de glicose for muito baixa e o estado da pessoa já muito debilitado por muito tempo sem se alimentar ela pode desmaiar e entrar em coma e morrer se não for socorrida.
Uma das causas de vista escura após se levantar é a hipotensão ortostática ou postural, mas existem diversas outras causas para esse sintoma.
O mais adequado é que procure um médico clínico geral ou médico da família para uma avaliação criteriosa e dar início a investigação diagnóstica, com posterior tratamento.
Hipotensão ortostática ou posturalA hipotensão ortostática ou postural se caracteriza pela queda na pressão arterial:
Sistólica ("máxima") - de pelo menos 20 mmHg, ou 30 mmHg em pacientes hipertensos; e/ou
Diastólica ("mínima") - de pelo menos 10 mmHg.
Portanto, uma pessoa com a pressão habitualmente de 120 x 80 mmhg, apresentar queda da pressão para 100 x 70 mmhg, já é suficiente para definir a hipotensão ortostática e com isso, desenvolver os sintomas de tontura, mal-estar ou visão escura.
As causas comuns dessa hipotensão são uso crônico de medicamentos anti-hipertensivos ou ansiolíticos; doenças neurodegenerativas, como a doença de Parkinson; ou situações que interfiram na circulação sanguínea cerebral, por exemplo placas de gordura na artéria carótida.
O colesterol aumentado com consequente "entupimento" das carótidas, representa uma parcela considerável dessa patologia, especialmente se a queda da pressão acontece quando a pessoa passa um tempo deitado ou abaixado e se levanta rapidamente, pela dificuldade do sangue retornar ao cérebro em pouco tempo e com a placa de gordura no caminho.
Os sintomas mais prevalentes estão relacionados a hipoperfusão cerebral, sendo eles, a tontura, síncope, náuseas, visão escura e quedas.
O médico cardiologista é o responsável pelo diagnóstico e tratamento da hipotensão postural.
Outras causas de "vista escura"Além da hipotensão postural, outras situações podem causar a sensação de vista escura, ou mesmo alteração visual permanente, como:
- Pressão arterial alta;
- Hipoglicemia;
- Crise de enxaqueca;
- Degeneração macular;
- Lesão no olho, por trauma por exemplo;
- Infecção ou lesão da córnea;
- Glaucoma, aumento da pressão no olho;
- Descolamento de retina: Descolamento súbito da camada do olho sensível à luz;
- Neurite óptica: Inflamação do nervo óptico.
Leia também: Visão turva ou embaçada: o que pode ser e o que fazer?
O médico clínico geral ou médico da família deve ser procurado para dar início a avaliação e investigação diagnóstica, seguido do tratamento ou encaminhamento ao especialista quando achar necessário.
Síncope é uma perda temporária da consciência provocada por uma diminuição do fluxo sanguíneo cerebral. Também conhecida como desmaio, a síncope normalmente tem início súbito, dura pouco tempo e a recuperação é total e espontânea.
Os sinais e sintomas da síncope incluem:
- Fraqueza muscular generalizada
- Incapacidade de se manter em pé
- Palidez
- Tontura, vertigem
- Náuseas
- Suor frio
- Visão borrada
- Diminuição da audição (sensação de ouvido tapado)
- Formigamentos no corpo
- Pulsação fraca e
- Perda da consciência.
Os desmaios podem ocorrer devido à falta de ventilação adequada em ambientes com muita gente, emoções fortes, medo, jejum prolongado, permanecer em pé por muito tempo, insolação, má irrigação sanguínea do cérebro, dor intensa, entre outras.
As causas da síncope são muito variadas e podem estar relacionadas com fatores cardiovasculares e não cardiovasculares. A maioria dos casos de síncope cardíaca é causada por arritmias. Este tipo de desmaio geralmente ocorre durante a prática de atividade física ou esforço físico exagerado.
Há ainda as síncopes causadas por medicamentos e distúrbios psiquiátricos, metabólicos ou endócrinos.
Contudo, a causa da síncope pode não ser descoberta em até metade dos casos de desmaio. O teste de inclinação, é indicado para diagnosticar a síncope vasovagal e outras formas de síncope como as disautonômicas e da hipersensibilidade do seio carotídeo.
No teste, a pessoa é colocada numa maca capaz de inclinar e deixá-la em pé, sem que ela tenha que fazer nenhum esforço. Enquanto ocorrem as mudanças posturais, o médico monitora a pressão arterial e os batimentos cardíacos. O teste é positivo se o paciente apresentar os sintomas que caracterizam a síncope vasovagal durante as oscilações de posição.
A síncope vasovagal é a principal forma de desmaio que ocorre em adultos. O episódio vasovagal ocorre devido a um reflexo neurocardiogênico que provoca hipotensão arterial (pressão baixa) e bradicardia (diminuição dos batimentos cardíacos).
O nervo vago faz parte do sistema nervoso autônomo e controla funções vitais do organismo, como respiração, batimentos cardíacos, pressão sanguínea e digestão. Quando ocorre alguma disfunção na ativação do nervo, há uma diminuição da pressão arterial e da frequência cardíaca. Como resultado, menos sangue chega ao cérebro, podendo gerar uma síncope.
O reflexo é desencadeado pela diminuição do retorno de sangue para o coração que acontece quando a pessoa fica em pé (posição ortostática) por períodos prolongados. Com menos sangue chegando ao coração, o sistema nervoso autônomo estimula o coração a bater mais depressa para compensar o menor volume sanguíneo.
Porém, esse estímulo provoca um reflexo conhecido como reflexo de Bezold-Jarish. Essa reação faz o coração abrandar e dilata os vasos sanguíneos, causando diminuição dos batimentos cardíacos e queda acentuada da pressão arterial. Como resultado, menos oxigênio chega ao cérebro e a pessoa desmaia.
Quais os sintomas da síncope vasovagal?Durante um ataque vasovagal a pessoa pode apresentar náuseas, transpiração intensa, salivação abundante, palidez, respiração acelerada, mal-estar, extremidades frias e visão escurecida.
Normalmente, a pessoa recupera-se rapidamente, sem confusão mental. Alguns sintomas podem persistir, como dor de cabeça, náuseas, transpiração fria e tonturas.
A gravidade e tratamento dos quadros de síncope dependem da causa.
Casos de desmaios recorrentes devem ser avaliados preferencialmente por um médico cardiologista ou neurologista.
A síndrome vasovagal é a causa mais comum de síncope (desmaios) em adultos. Trata-se de um desequilíbrio no sistema nervoso autônomo que provoca queda abrupta da pressão arterial e diminuição dos batimentos cardíacos quando a pessoa está em pé.
A síncope vasovagal pode ser desencadeada por uma emoção muito forte, medo, cansaço, dor, perda de sangue, ambientes mal ventilados com aglomeração de pessoas, permanecer em pé por tempo prolongado, entre outros fatores.
Os sinais e sintomas podem incluir náuseas, transpiração intensa, salivação abundante, palidez, visão escurecida, fraqueza muscular generalizada, incapacidade de se manter em pé e perda da consciência, acompanhados de queda abrupta da pressão arterial e diminuição dos batimentos cardíacos.
Algumas pessoas podem apresentar também movimentos semelhantes aos de um ataque epiléptico durante uma síncope vasovagal. Contudo, vale lembrar que em alguns casos o indivíduo não manifesta nenhum sintoma.
O sistema nervoso autônomo é dividido em simpático e parassimpático. Ambos controlam o funcionamento automático do nosso organismo e têm funções opostas. Por exemplo, enquanto o sistema simpático aumenta os batimentos cardíacos e contrai os vasos sanguíneos, o parassimpático diminui os batimentos e dilata os vasos.
Em pessoas que não têm a síndrome vasovagal, os sistemas simpático e parassimpático trabalham em equilíbrio para compensar as variações da pressão arterial e dos batimentos cardíacos. Porém, quem tem a síndrome não possui essa capacidade.
Saiba mais em: O que é disautonomia?
A síncope vasovagal é causada por um reflexo neurocardiogênico que ocorre quando o indivíduo está na posição ortostática (em pé). Essa posição diminui a quantidade de sangue que chega ao coração, o que leva o sistema simpático a estimular o coração a bater mais depressa para compensar o menor volume sanguíneo.
Porém, esse estímulo provoca o reflexo de Bezold-Jarish, desencadeado pelo sistema parassimpático. Esse reflexo faz o coração abrandar e dilata os vasos sanguíneos, causando diminuição dos batimentos cardíacos e queda da pressão arterial. Como resultado, menos oxigênio chega ao cérebro e a pessoa desmaia.
Veja aqui o que fazer quando uma pessoa desmaia.
O diagnóstico da síndrome vasovagal é feito pelo teste de inclinação, no qual o paciente é colocado numa maca capaz de inclinar e deixá-lo em pé, sem que ele tenha que fazer nenhum esforço. Enquanto ocorrem as mudanças posturais, o médico monitora a pressão arterial e os batimentos cardíacos. O teste é positivo se o paciente apresentar os sintomas que caracterizam a síncope vasovagal.
O tratamento da síndrome vasovagal pode incluir medicamentos, além de uso de fluidos, sal e exercícios isométricos para prevenir novos episódios de desmaios nos casos em que são precedidos por sintomas.
Os exercícios isométricos, feitos contra uma pressão que impede o movimento, aumentam a pressão arterial e podem evitar a síncope decorrente da queda de pressão. Os mais utilizados são o hand grip, que consiste em unir as duas mãos e fazer força para separá-las, e o cruzamento de pernas, em que a pessoa sentada contrai os membros inferiores.
Há ainda o treino postural, que consiste em permanecer em pé encostado na parede durante um tempo que vai aumentando progressivamente. As primeiras sessões devem ter sempre a supervisão de alguém devido ao risco de queda.
A prática de exercícios físicos aeróbicos associados com exercícios resistidos, como musculação, também ajudam a prevenir novos episódios de síncope vasovagal.
Caso apresente sintomas de síndrome vasovagal procure um médico de família ou clínico geral para uma avaliação inicial.
Saiba mais em:
Isso pode significar um acidente vascular cerebral isquêmico (vulgo derrame), mas só o neurologista vendo o exame pode dar certeza do resultado.