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Ardência durante e após evacuar, o que fazer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O tratamento ou medidas indicadas para melhorar a ardência durante a evacuação, dependem da causa desse sintoma.

São muitas as possibilidades de ardência anal na evacuação e embora a maioria melhore com banhos de assento, pomadas locais e orientação alimentar, algumas situações precisam de tratamentos específicos.

O médico proctologista é o especialista nas doenças do reto e do ânus.

1. Diarreia

A diarreia pode ser causada principalmente por uma infecção intestinal, alimentação inadequada ou devido a um quadro de virose.

O que fazer:

  • Mudanças na dieta: Intensificar o consumo de líquidos, evitar alimentos gordurosos, condimentados ou apimentados; comer mais carboidratos como arroz integral, batata e massas; além de carnes magras, grelhada ou assada;
  • Na região do ânus, pode usar pomada cicatrizante de dexpantol, como o Bepantol®, para proteger a pele e acelerar a cicatrização;

  • Não é recomendado o banho de assento nos casos de infecção ou viroses, para evitar perpetuar a infecção.

Os alimentos com pimenta possuem uma substância chamada capsaicina, que causa irritabilidade e sensação de "queimação" na mucosa do trato intestinal.

Importante: Nos casos de febre alta, sangramento anal ou mais de 5 episódios de diarreia por dia, procure um serviço de urgência médica para avaliação. Pode ser preciso iniciar uma medicação.

2. Fissura anal

A fissura é uma ferida na parede do ânus, geralmente causada por excesso de contração do esfíncter anal. Comum em pessoas mais jovens, com história de constipação ou hemorroidas.

O que fazer:

  • Banho de assento em água morna durante cerca de 10 minutos, 2 ou 3 vezes ao dia ou se sentar sobre uma bolsa de água morna (o calor aumenta o fluxo sanguíneo e ajuda a cicatrizar a ferida);
  • Evitar esforço ao evacuar, pois, pode reabrir uma fissura que já está curada ou causar uma nova fissura;
  • Aplicação externa de trinitrato de glicerina para estimular a circulação sanguínea e relaxar o esfíncter anal;
  • Aplicação de creme com esteroides para diminuir o desconforto;
  • Injeção de Botox para paralisar temporariamente o esfíncter anal e melhorar os espasmos;
  • Cirurgia, quando o tratamento conservador não teve resultado.
3. Hemorroidas

As hemorroidas são dilatações vasculares naturais da parede do ânus, que com o aumento da pressão, como na gravidez, aumento de peso ou constipação crônica, causa sangramentos, dor e ardência durante a evacuação.

O que fazer:

  • Mudanças na alimentação, evitar bebidas alcoólicas, evitar alimentos condimentos e apimentados, incluir fibras e frutas na alimentação diariamente, e aumentar o consumo de água e sucos;

  • Evitar muito tempo sentado;

  • Fazer banhos de assento com água morna 2 vezes ao dia;

  • Evitar o uso de papel higiênico, prefira toalhas umedecidas;

  • Evitar fazer força para evacuar;

  • Aplicar cremes ou pomadas com ação analgésica local. Existem muitas formulações no mercado e cabe ao médico avaliar a opção mais indicada caso a caso;

  • Cirurgia, nos casos de hemorroida externa ou nos casos de dor e sangramentos com episódios repetidos de trombose.

4. Constipação crônica

A constipação crônica é uma causa comum de dor anal, com ardência durante a evacuação, devido a irritação na parede do reto, causada pela consistência endurecida das fezes.

O que fazer:

  • Modificação da alimentação, de preferência com um nutricionista ou nutrólogo. Este profissionais poderão planejar um tratamento específico para cada caso e evitar o retorno dos sintomas;
  • De modo geral, a dieta deve conter maior concentração de fibras, leguminosas e verduras. Ainda, aumentar o consumo de líquidos;
  • Praticar atividades físicas de maneira regular para aumentar o metabolismo e estimular a musculatura intestinal, o que auxilia na regulação do trânsito intestinal.
5. Candidíase

A infecção anal pelo fungo Candida albicans, pode ocorrer apesar de não ser frequente. Está associada a situações de baixa imunidade, como na gravidez, uso crônico de corticoides ou imunossupressores e diabetes. A infecção causa os sintomas de ardência e dor ao evacuar, além de coceira local e vermelhidão na região.

O que fazer:

  • Procurar um médico proctologista, porque será necessário a prescrição de antifúngico tópico e oral;
  • Manter a região seca e limpa;
  • Evitar uso de roupas apertadas e quentes;
  • Não praticar atividade sexual para evitar nova contaminação;
  • O parceiro também deve ser avaliado, pelo mesmo motivo, para evitar uma recidiva ou nova contaminação;
  • Pessoas diabéticas e gestantes não devem demorar a buscar atendimento, pelo maior risco de complicações nesses casos.
6. Parasitose (oxiuros)

As parasitoses, como as provocadas pelos oxiuros, parasitas que têm a característica de depositar seus ovos nas paredes do intestino, especialmente reto e ânus, leva a sintomas de ardência e coceira anal.

A doença é mais comum em crianças, mas pode acontecer em qualquer idade.

O que fazer:

  • Procurar um médico para prescrição da medicação contra o verme (vermífugo) e receber as orientações gerais necessárias. As medicações mais indicadas são o Pamoato de pirantel®, Albendazol® ou Mebendazol®.
7. Câncer de reto

O câncer de reto além da dor e ardência anal, principalmente durante e após a evacuação, causa com frequência um sangramento nas fezes. Outros sintomas são o emagrecimento, a fraqueza e as alterações de hábito intestinal. Entretanto, os primeiros sintomas podem ser apenas de ardência e sangramento.

Por isso, é fundamental que em qualquer caso de sangramento anal ou presença de sangue nas fezes, o médico seja procurado.

O que fazer: Procurar um médico proctologista para avaliação.

8. Abscesso anal

O abscesso anal consiste na formação organização de material purulento subcutâneo. É um quadro de dor intensa, "caroço" palpável, com sinais de inflamação, vermelhidão, calor local e ponto de pus em alguns casos.

O que fazer:

  • Procurar um atendimento de urgência médica, pois será preciso iniciar medicamento controlado - antibiótico, e dependendo do volume do abscesso, pode ser preciso drenagem cirúrgica.
9. Trauma

Um traumatismo no local, como queda sobre um objeto, acidentes em ciclista ou motociclistas, trauma por relação anal, entre outras, não são frequentes, mas podem ocorrer. Com isso, causa uma dor e ardência durante a evacuação.

O que fazer: Nesses casos é importante uma avaliação médica, para avaliar a dimensão dessa ferida ou lesão ocasionada e definir o melhor tratamento.

O médico proctologista é o mais indicado nesses casos.

Outras causas de ardência ou dor anal ao evacuar

Outras causas menos comuns são: Endometriose intestinal, condiloma por HPV (lesões verrucosas), doença de Crohn, retocolite ulcerativa, fístula anal, proctalgia fugaz e espasmos do músculo elevador do ânus.

Os problemas anais ou anorretais são simples e de fácil diagnóstico, na maioria das vezes. O que pode ser feito em consulta ambulatorial, com o médico especialista, o proctologista.

Entretanto, nos casos de sangramento, dor intensa, recomendamos procurar um serviço de emergência médica, para melhor avaliação.

Para saber mais sobre dor e ardência no ânus, você pode ler:

Sinto uma ardência anal, principalmente quando sento. O que pode ser?

Dor no ânus: o que pode ser?

Referência

SBCP. Sociedade Brasileira de Coloproctologia.

Pulso aberto: Como identificar e o que devo fazer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O "pulso aberto" é um sintoma geralmente decorrente de traumas e esforços (fraturas, entorses, tendinites ou artroses), que podem ter lesionado alguma das estruturas do punho, como ossos e ligamentos.

Os principaissintomas do pulso aberto são dor no punho ou na mão, perda de força da mão e instabilidade da articulação do punho, o que causa limitação dos movimentos. Em alguns casos pode haver ainda inflamação do punho e inchaço local.

Entretanto, devido a grande quantidade de estruturas encontradas nessa região, é importante a  avaliação por um especialista, para que seja feito o diagnóstico e tratamento adequados,  evitando futuras complicações, como artrose e tendinites crônicas, por exemplo.

A imobilização do punho pode ser um primeiro passo, para amenizar os sintomas, como dor e o inchaço, assim como a aplicação de gelo no local durante 20 minutos, com cuidado e proteção da pele durante todo o tempo.

A fisioterapia pode ser indicada em muitos casos, sobretudo quando a recuperação é mais lenta. 

Contudo, o tratamento para o pulso aberto depende da gravidade do caso. Nas lesões mais leves, pode ser necessário apenas fazer repouso, gelo local e tomar medicamentos analgésicos para aliviar a dor. Já os casos mais severos podem necessitar inclusive de intervenção cirúrgica.

Portanto sugerimos que agende uma consulte com um médico ortopedista, especialista em mãos, para avaliar o seu caso e indicar o tratamento mais adequado.

Saiba mais em: Dor no pulso, o que pode ser e o que fazer?

Tosse com catarro: o que fazer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Todos os casos de tosse devem ser avaliados por um médico visto que se trata de um sintoma comum, mas que pode estar sinalizando desde um simples resfriado, até casos mais graves, como uma infecção, pneumonia ou tuberculose. E apenas o profissional poderá diferenciar esses casos e tratar de forma adequada.

Geralmente, nos casos mais graves, a tosse vem acompanhada de outros sintomas como febre, mal estar, dor no peito ou falta de apetite, embora não seja obrigatório. Pessoas com baixa imunidade, por exemplo, diabéticos, idosos ou pessoas em uso de crônico de medicamentos, podem não apresentar esses sintomas no início, retardando seu diagnóstico e tratamento.

Além da avaliação médica, podemos sugerir como medidas benéficas em qualquer caso de tosse, o aumento da ingesta de água, praticar a inalação e usar chás caseiros, conforme orientação profissional.

Nunca tome medicações por conta própria!

Beber água

Nos casos de tosse com catarro sem mais sintomas, recomendamos que beba muita água, pelo menos 1,5 a 2 litros de água por dia. O aumento da ingestão de água é a principal medida que deve ser tomada, pois, a água fluidifica o catarro auxiliando na sua eliminação.

Inalação

Outra recomendação valiosa é a inalação, que pode ser feita com soro fisiológico ou inalação de vapor de água quente. A inalação age aliviando os sintomas da tosse, fluidificando as vias aéreas, favorecendo também a eliminação da secreção.

Xarope

Xaropes que inibem a tosse (antitussígenos) não são recomendados, pois, assim o catarro não será expelido. Vale lembrar que a tosse é um mecanismo de defesa do corpo para eliminar secreção (catarro), corpos estranhos e agentes infecciosos das vias aéreas.

Em algumas situações, os xaropes expectorantes podem ser indicados porque fluidificam a secreção (catarro), facilitando a sua expulsão e impedindo a obstrução das vias aéreas. Mas nos casos de tosse por infecção, pneumonia ou sinusite aguda, por exemplo, apenas auxiliam na ação dos antibióticos, medicamentos que devem ser prescritos nesses casos.

Efeitos colaterais dos xaropes para tosse

Os xaropes para tosse podem conter em suas fórmulas anti-histamínicos (antialérgicos), descongestionantes e anti-inflamatórios, que podem causar efeitos colaterais indesejados e até problemas mais graves, inclusive com risco de morte. Alguns desses efeitos indesejados incluem: sonolência, aumento da frequência cardíaca ("batedeiras"), agitação e arritmia cardíaca.

Também é importante salientar que nem os xaropes, nem as pastilhas para tosse tratam a causa do problema, apenas aliviam o desconforto e a frequência desse sintoma.

Existe algum xarope ou remédio caseiro para tosse com catarro?Mel para tosse com catarro

Sabe-se que o mel tem propriedades que dilatam os brônquios e diminuem a irritação da garganta, além da ação anti-inflamatória. Por isso, é considerado um bom remédio caseiro para tosse, seca ou com catarro.

A dose indicada é de 1 colher de sopa (adultos) ou 1 colher de sobremesa (crianças) de mel, antes de dormir.

Gengibre para tosse com catarro

Outro produto natural que pode auxiliar o tratamento da tosse é o gengibre, pois possui gingerol, uma substância com ação anti-inflamatória e antibacteriana.

Nos casos de tosse com catarro que durem mais de uma semana, ou que apresentem outros sintomas, como febre, mal-estar, dor no peito e/ou falta de apetite, procure imediatamente um serviço de atendimento de urgência.

Conheça mais sobre o assunto nos artigos a seguir:

Tossir muito e vomitar um líquido amarelo, o que pode ser?

Tosse persistente: o que fazer?

Como aliviar a tosse do bebê? Posso oferecer xaropes para tosse?

Referência

SBP - Sociedade Brasileira de Pediatria.

SBPT - Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia.

O que causa inflamação nas amígdalas e qual o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A inflamação na garganta é principalmente ocasionada por infecção causada por vírus ou bactérias ou por uma associação dos dois micro-organismos. As infecções virais ocorrem sobretudo em crianças de até 3 anos, enquanto as bacterianas são mais comuns em jovens e adultos. Essa infecção bacteriana da garganta é denominada amigdalite.

A inflamação nas amígdalas também pode ser causada por alérgenos, queda de pH que leva à irritação da mucosa das amígdalas (refluxo gastroesofágico), irritação causada por fumaça de cigarros ou álcool, frio e baixa umidade do ar.

O que é amigdalite?

A amigdalite é uma doença infecciosa que atinge as amígdalas (estruturas de defesa do nosso corpo).

Amigdalite Qual é o tratamento para amigdalite?

O tratamento da amigdalite bacteriana é feito com antibióticos específicos e deve ser seguido de maneira rigorosa nos horários determinados conforme prescrição médica até o final do tratamento.

Suspender a medicação assim que desaparecem os sintomas, geralmente após 48 horas do início do tratamento, pode provocar complicações graves, como febre reumática, escarlatina, glomerulonefrite pós-estreptocócica e psoríase gutata. Isso porque a bactéria ainda permanece ativa no organismo e pode se tornar resistente ao antibiótico.

O tratamento para a amigdalite de causa viral inclui analgésicos e anti-inflamatórios para alívio dos sintomas como dor e febre.

Se a amigdalite for crônica, outras causas devem ser pesquisadas para descobrir a razão da inflamação e buscar o tratamento adequado.

A cirurgia para remoção das amígdalas (amigdalectomia ou tonsilectomia) só é indicada em casos específicos que não respondem ao tratamento clínico, causam grande incômodo ao/à paciente (caso da amigdalite caseosa) ou se repetem várias vezes ao ano, as chamadas amigdalites de repetição.

Contudo, o tratamento da amigdalite depende ainda de fatores como a idade da pessoa, condições de saúde, tipo de amigdalite, gravidade e evolução da infecção, bem como da tolerância do indivíduo às medicações e aos procedimentos médicos.

Recomendações durante o tratamento da amigdalite
  • Prefira ingerir bebidas mornas, alimentação líquida ou pastosa, sopas ou alimentos macios, uma vez que são mais tolerados durante as crises;
  • Tome muito líquido para hidratar as mucosas;
  • Não deixe de tomar os remédios prescritos pelo/a médico/a, mesmo após os sintomas da amigdalite bacteriana desaparecerem, para evitar complicações da doença;
  • Nunca se automedique. Medicamentos usados sem indicação favorecem o aparecimento de bactérias resistentes.
Quais são os sintomas de amigdalite?

Os sintomas mais comuns da amigdalite incluem febre, dor de garganta, dores no corpo, falta de apetite, halitose (mau hálito), dor de cabeça, prostração, dificuldade para engolir e, às vezes, inchaço dos gânglios do pescoço e da mandíbula, que têm a função de evitar a propagação da doença pelo organismo.

Ao observar a garganta, observa-se aumento do volume das amígdalas, vermelhidão, presença, ou não, de pontos brancos de pus, comuns nas amigdalites bacterianas.

É importante observar os sintomas para não os confundir com os de outras doenças como gripe e mononucleose.

Como é feito o diagnóstico da amigdalite?

O diagnóstico é clínico e simples, feito através da história clínica e com exame físico da cavidade oral (oroscopia), através do qual é possível diferenciar a amigdalite viral da bacteriana.

Nas amigdalites bacterianas, existe uma inflamação importante nas amígdalas, com inchaço e vermelhidão bastante visíveis, associada ao aparecimento de placas de pus na garganta e amígdalas.

Nas amigdalites virais, a infecção costuma ser mais branda, atinge preferencialmente a região da orofaringe (amígdalas e faringe) e não há presença de pus (com exceção do vírus Epstein-Barr, que causa a mononucleose infecciosa).

Como prevenir a amigdalite?
  • Evite o tabagismo. Fumantes ativos e passivos estão mais propensos às infecções das amígdalas;
  • Evite ambientes com ar-condicionado, que resseca as mucosas e diminui a resistência das amígdalas;
  • Mantenha uma alimentação saudável para equilibrar a resistência do corpo;
  • Tome muito líquido para hidratar as mucosas sempre.

Em amigdalites de repetição, é importante afastar a hipótese de refluxo gastroesofágico, responsável pela mudança no pH da garganta e que pode facilitar o surgimento de inflamações.

Na suspeita de amigdalite, um/a médico/a de família, clínico/a geral, pediatra ou otorrinolaringologista deverão ser consultados para confirmação diagnóstica, orientação e tratamento adequados.

Leia também:

O que é amigdalite caseosa?

Ferritina alta ou baixa. Quais os sintomas, consequências e tratamentos?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

ferritina é uma proteína responsável pelo armazenamento do ferro dentro das células do nosso organismo. Quando seu valor está alterado, ela indica que há um desequilíbrio no estoque do ferro disponível.

Leia também:

O que é ferritina?

Um valor baixo de ferritina pode indicar uma deficiência de ferro. A pessoa pode sentir:

  • Fraqueza;
  • Dor de cabeça;
  • Irritabilidade;
  • Fadiga;
  • Cansaço;
  • Dificuldade em praticar exercícios;
  • Perversão do apetite (ter vontade de comer terra por exemplo);
  • Síndrome das pernas inquietas (saiba mais em: O que é a síndrome das pernas inquietas?).

Em alguns casos, a baixa da ferritina é recuperada com uma reorientação na dieta, em outros casos precisa do uso de medicamentos e, nos casos graves, há necessidade de transfusão de sangue.

Veja também: Como aumentar a ferritina?

Um valor alto de ferritina pode estar presente quando há sobrecarga de ferro no organismo em situações de estimulação de produção de ferritina pelo fígado e consequente liberação de ferro. Os sintomas podem ser:

  • Fraqueza;
  • Impotência nos homens;
  • Dor nas articulações;
  • Hiperpigmentação da pele;
  • Desordens no fígado;
  • Aumento do coração com ou sem insuficiência cardíaca;
  • Aumento da glicose no sangue.

O exame de Dosagem da Ferritina não é um exame de rotina. Ele pode ser solicitado na investigação das causas de anemia e da deficiência de ferro.

Leve o resultado dos exames na consulta de retorno para avaliação médica e continuação do seguimento clínico.

Qual é o melhor tratamento para amigdalite?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O melhor tratamento para a amigdalite bacteriana é feito com antibióticos, enquanto o tratamento da amigdalite viral é realizado com medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios, sempre conforme orientação médica.

As amigdalites de repetição também podem causar a formação de abcessos, que são acumulações de pus ao lado ou atrás da amígdala. O abcesso precisa ser drenado para retirar o pus. A pessoa necessita ficar internada para que a infecção e a dor sejam controladas e para realização de exames.

Amigdalite bacteriana com abcessos de pus

A cirurgia para retirar as amígdalas só é indicada quando as amigdalites são muito frequentes (5 a 7 vezes por ano) ou quando o inchaço na garganta dificulta a respiração.

As pastilhas para dor de garganta apenas aliviam a dor e não são capazes de tratar a inflamação.

O tratamento das amigdalites depende da idade e estado geral de saúde da pessoa, da gravidade, evolução e do tipo de infecção (viral ou bacteriana), bem como da tolerância do indivíduo às medicações e outros procedimentos médicos.

Como é o tratamento da amigdalite viral?

Nas amigdalites provocadas por vírus, o objetivo do tratamento é aliviar os sintomas, ou seja, controlar a inflamação, a dor e a febre. As amigdalites virais curam-se espontaneamente após cerca de 5 dias.

Alguns dos remédios usados para tratar a amigdalite viral são os anti-inflamatórios nimesulida, diclofenaco e ibuprofeno.

Como é o tratamento da amigdalite bacteriana?

As amigdalites bacterianas necessitam de maior atenção e precisam ser tratadas com antibióticos específicos, administrados por via oral ou injeção. Dentre os medicamentos mais usados estão a penicilina (benzetacil) e a amoxacilina.

O tratamento da amigdalite bacteriana também inclui medicamentos de suporte para controlar os sintomas, como a dor e a febre. Dentre as medicações utilizadas estão a dipirona e o paracetamol.

O tratamento por via oral tem a desvantagem do paciente suspender a medicação por conta própria assim que os sintomas melhoram, o que geralmente acontece após 48 horas.

A grande vantagem das injeções é que normalmente são aplicadas em doses únicas, tanto em adultos como em crianças.

Abandonar o tratamento da amigdalite bacteriana antes do tempo pode trazer complicações graves, pois a bactéria pode ficar resistente ao antibiótico e provocar recaídas, além de outras infecções, como infecção urinária.

Por isso, os antibióticos devem ser tomados nas horas certas e durante o tempo determinado pelo/a médico/a. Em geral, o tratamento é mantido durante 7 a 10 dias.

Quando a remoção das amígdalas é indicada?

A retirada das amígdalas através de cirurgia só é indicada em casos específicos, que não respondem bem aos medicamento e prejudicam a saúde, a respiração e a qualidade de vida da pessoa, como no caso da amigdalite caseosa e nas amigdalites de repetição, que ocorrem diversas vezes ao ano.

Retirar as amígdalas, quando necessário, não baixa a imunidade do paciente. Apesar de serem glândulas de defesa e fazerem parte do sistema imunológico do organismo, é possível viver perfeitamente sem elas, já que o corpo possui outros mecanismos de defesa que podem executar as suas funções.

A cirurgia para retirar as amígdalas também é indicada quando as amígdalas são muito grandes e atrapalham a respiração e a deglutição dos alimentos, podendo inclusive causar perda de peso em crianças.

Nos adultos, além de obstruir as vias aéreas e a deglutição, as amígdalas muito maiores que o normal podem provocar apneia do sono.

Durante o procedimento cirúrgico de remoção das amígdalas, muitas vezes também é retirada a adenoide, uma carne esponjosa do nariz que tem uma função semelhante a das glândulas.

Existe algum tratamento caseiro para amigdalite?

Os gargarejos com água morna e sal são bons remédios caseiros para aliviar a dor, pois limpam a garganta e ajudam a soltar o muco que se forma devido ao pus.

Como fazer o gargarejo:

  1. Misture uma colher (chá) rasa de sal em um copo de água morna;
  2. Faça o gargarejo durante 5 minutos;
  3. Repita o procedimento pelo menos 3 vezes ao dia ou sempre que for necessário.

Não coloque vinagre nem limão na solução, pois são ácidos e podem irritar ainda mais a garganta.

É importante lembrar que o gargarejo não trata a inflamação e, por isso, não substitui os medicamentos receitados pelo/a médico/a.

Quais as complicações do tratamento inadequado da amigdalite?

Suspender por conta própria o tratamento da amigdalite ou se automedicar com antibióticos aumenta os riscos de febre reumática e nefrite (inflamação do rim).

A febre reumática é uma doença inflamatória autoimune, ou seja, o sistema imunológico do indivíduo ataca o seu próprio corpo. Está entre as complicações mais comuns provocadas pelo tratamento incorreto das amigdalites bacterianas.

Todas essas complicações são decorrentes das bactérias que não são eliminadas completamente do organismo e se instalam em outros órgãos e tecidos do corpo.

Como ocorre a transmissão e como evitar a amigdalite?

As amigdalites são transmitidas pelo contato direto ou inalação de saliva ou secreções nasais de pessoas infectadas com os vírus e bactérias causadores da infecção.

Para evitar a amigdalite, além de evitar o contato direto com saliva e secreções infectadas, recomenda-se não fumar e evitar ambientes com ventilador ou ar-condicionado, pois deixam as mucosas secas e reduzem a resistência das amígdalas.

Também é importante tratar adequadamente as amigdalites para que as bactérias não fiquem resistentes aos antibióticos e provoquem recaídas.

Para tratar a amigdalite, consulte um/a médico/a clínico/a geral, médico/a de família ou um/a otorrinolaringologista.

Pode lhe interessar ainda:

Para que serve a Benzetacil e porque a injeção dói tanto?

O que é amigdalite caseosa?

Como aliviar dor causada por sinusite?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Para aliviar a dor causada pela sinusite é preciso desobstruir os seios paranasais, favorecendo a eliminação da secreção acumulada, de forma a impedir a congestão nasal. Isso pode ser feito com tratamentos caseiros ou remédios específicos para tratar a sinusite.

Seios paranasais Quais remédios posso usar para sinusite?

Os medicamentos que podem aliviar a dor da sinusite são os analgésicos, como paracetamol, dipirona ou ibuprofeno.

Descongestionantes nasais podem desentupir o nariz, mas o uso prolongado desses remédios pode piorar os sintomas e por isso cada vez mais se desestimula o seu uso. Quando necessário, devem ser utilizados apenas se recomendados pelo médico.

Em alguns casos, pode ser indicado o uso de antibióticos. Nesse tipo de situação, o médico precisa avaliar a gravidade dos sintomas para saber se é necessária a prescrição desse tipo de medicamento.

Existe algum remédio caseiro para sinusite?

Veja algumas coisas que você pode fazer em casa para amenizar a dor na testa e na face causada pela sinusite:

1. Utilize um spray nasal com soro fisiológico ou pingue o soro no nariz, várias vezes ao dia. É a forma mais eficiente de limpar e desobstruir o acúmulo de secreções nos seios paranasais. Pode ser utilizada uma seringa cheia de soro fisiológico e destilar o soro diretamente em grande quantidade dentro de ambas as narinas;

2. Faça inalação de vapor 2 a 4 vezes por dia. Você pode fazer isso usando um nebulizador ou inalando o vapor de uma bacia com água fervida;

3. Coloque uma toalha quente e úmida no rosto, várias vezes ao dia;

4. Beba bastante água para ajudar a fluidificar o muco dos seios paranasais;

5. Evite locais com ar condicionado;

6. Use umidificador para manter o ambiente úmido, desde que o aparelho tenha um filtro limpo;

7. Evite inalar substâncias que possam irritar o nariz, como fumaça de cigarro ou perfumes fortes;

8. Evite mudanças bruscas de temperatura e quando possível incline a cabeça para baixo.

Para maiores esclarecimento, consulte um médico clínico geral, médico de família ou otorrinolaringologista.

Mãos inchadas: o que pode ser e o que fazer?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Mãos inchadas podem ser sinal de doenças cardíacas e alterações hormonais, podendo também ser causadas por menstruação, gravidez, calor, exercício ou uso de medicamentos.

Veja as principais causas de inchaço nas mãos:

  • Uso de medicamentos (antidepressivos, anti-hipertensivos, corticoides, anticoncepcionais, anti-inflamatórios, diuréticos, laxantes);
  • Exercício físico: Atividades físicas intensas provocam retenção de líquido para compensar a desidratação sofrida durante o esforço. O resultado é um inchaço de todo o corpo, que pode facilmente ser observado nas mãos, principalmente ao acordar;
  • Menstruação: O aumento do nível do hormônio estrógeno favorece a retenção de líquidos, deixando as mãos e o corpo inchados;
  • Trombose: Os trombos são causados pela coagulação do sangue dentro de veias profundas do corpo. São mais comuns nas pernas, mas também podem ocorrer nos membros superiores devido à falta de movimentação por tempo prolongado (doentes acamados, uso de gesso), doenças do sangue que interferem na coagulação sanguínea ou alterações nas paredes das veias;
  • Alergias: Alimentos, cremes, perfumes e produtos de higiene podem provocar alergias que causam inchaço durante ou após à exposição ao agente agressor (Saiba mais em: causas e sintomas de alergia nas mãos);
  • Pancadas: Traumas nas mãos ou em qualquer parte do corpo provocam inchaço, que neste caso é um mecanismo inflamatório de autodefesa do corpo para proteger o local;
  • Calor: Nos dias mais quentes, depois da sauna ou de um banho muito quente, é comum que as mãos fiquem mais inchadas e o anel fique mais preso ao dedo. Isso ocorre porque os vasos sanguíneos dilatam para favorecer a perda de calor e esfriar o corpo;
  • Insuficiência cardíaca: Quando o coração não tem força suficiente para bombear o sangue, ele fica acumulado nas veias e as mãos ficam inchadas;
  • Problemas renais: Qualquer falha no mecanismo de filtragem dos rins pode afetar a eliminação de líquidos do corpo, causando inchaço;
  • Ingestão excessiva de sal: O consumo de sal em excesso provoca retenção de líquidos e pode deixar as mãos inchadas;
  • Gravidez: Mãos inchadas na gravidez são causadas pela maior retenção de líquidos do corpo, comum no final da gestação.
O que fazer em caso de mãos inchadas?

Se a causa do inchaço nas mãos for facilmente identificável, como gravidez, menstruação ou exercício físico, não há nada a fazer. Nesses casos, basta esperar que o corpo volte ao estado habitual.

No entanto, procure o médico clínico geral ou médico de família quando as mãos inchadas vierem acompanhadas dos seguintes sinais e sintomas:

  • Dor, calor ou vermelhidão;
  • Cansaço ou falta de ar durante a realização de tarefas cotidianas ou quando estiver em repouso;
  • Inchaço localizado nas articulações ou extremidades dos dedos, sobretudo se estiver associado à dor.