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Como saber se a injeção anticoncepcional faz efeito?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O método anticoncepcional injetável tem seu efeito comprovado desde que seja feita a sua aplicação de maneira correta.

As medicações para serem aprovadas e colocadas no mercado para uso, precisam passar por diversas etapas e exigências, por isso, se estão liberadas pelo órgão regulador, o risco de gravidez é muito baixo. Basta seguir rigorosamente o modo de uso.

Atualmente os anticoncepcionais injetáveis garantem uma eficácia em média de 99,6% contra a gravidez.

Como administrar corretamente o anticoncepcional injetável?
  1. A administração da medicação deve ser realizada apenas por profissionais capacitados, visto que a aplicação incorreta reduz consideravelmente a sua eficácia, aumentando o risco de gravidez;
  2. O anticoncepcional injetável deve ser aplicado apenas por via intramuscular profunda, preferencialmente no músculo glúteo, ou em caso de impossibilidade, no músculo do braço;
  3. NÃO MASSAGEAR o local após a aplicação;
  4. Permanecer em repouso por um tempo, com uma compressa limpa protegendo o local injetado, evitando assim a perda do produto.
Como funciona o anticoncepcional injetável?

O anticoncepcional é injetado em um músculo profundo, onde ficará armazenado, depois absorvido pela corrente sanguínea e liberados gradual e continuamente, mantendo assim os níveis hormonais estáveis. Dessa forma, não acontece o pico hormonal, responsável pela ovulação, impedindo a possibilidade de gravidez.

Vale ressaltar, que se houver a formação de calombo importante no local da aplicação, pode significar uma aplicação muito superficial, comprometendo o efeito do remédio, assim como em casos de extravasamento de grande parte do produto.

Por isso, caso aconteça uma das duas situações, recomendamos que faça uso de mais um contraceptivo durante esse mês, como a camisinha.

Leia também: Dúvidas sobre Anticoncepcional Injetável

Ficar sem Depo-Provera dois meses tem risco engravidar?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Os anticoncepcionais injetáveis são bem eficazes durante seu período de ação (que pode variar entre 30 e 90 dias dependendo do anticoncepcional. Após esse período existe sim o risco de gravidez.

Buclina corta o efeito da Noregyna?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A Buclina não corta o efeito da Noregyna, pois são medicamentos que têm ações completamente diferentes. Enquanto a Buclina é indicada para o tratamento de alergias (anti-histamínico), enjoos e tonturas, além de ser usada como estimulante do apetite, a Noregyna é um medicamento injetável utilizado para evitar a gravidez (anticoncepcional), não havendo interação entre eles.

Dentre os medicamentos que podem cortar o efeito do anticoncepcional estão os antibióticos rifampicina e rifabutina, os anticonvulsivantes ou antiepilépticos (topiramato, primidona, fenobarbital, fenitoína, carbamazepina, oxcarbazepina), os barbitúricos (fenobarbital, tiopental, pentobarbital, tiamilal, barbital), os antirretrovirais (efavirenz, nevirapina, nelfinavir, ritonavir) e os anabolizantes (hormônios masculinos, geralmente testosterona).

A Buclina tem com princípio ativo o dicloridrato de buclizina, uma substância que não está relacionada com a diminuição ou anulação do efeito da Noregyna ou de qualquer outro anticoncepcional injetável ou oral.

Saiba mais em:

Interação dos Anticoncepcionais com outros Remédios

5 Coisas que Podem Cortar o Efeito do Anticoncepcional

Contudo, é importante lembrar que os dois medicamentos devem ser utilizados de acordo com a prescrição médica. O ginecologista ou o médico de família são os profissionais indicados para orientar sobre a utilização de outros remédios durante o uso do anticoncepcional.

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Depois de quanto tempo tomando anticoncepcional estou protegida?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

No caso da pílula anticoncepcional, a proteção começa:

  • No 1º dia da menstruação: se você começar a tomar a primeira cartela da pílula no 1º dia do ciclo (no dia em que a menstruação começa);
  • No 8º dia após o início da menstruação: caso inicie a primeira cartela entre o 2º e o 7º dia a partir do início da menstruação. Neste caso, o recomendado é que use um método de barreira (como o preservativo) nos primeiros 7 dias.

Isso é o que está indicado na bula dos medicamentos. Entretanto, alguns médicos podem recomendar que use preservativo em todas as relações durante o uso da primeira cartela do anticoncepcional, como uma medida extra para evitar a gravidez.

Nas demais cartelas, você está protegida mesmo no período de pausa (desde que o anticoncepcional seja usado da forma correta). Deve-se tomar 1 comprimido por dia, na ordem indicada na embalagem e de preferência sempre à mesma hora para garantir o efeito da pílula.

A possibilidade de ocorrência de gravidez aumenta:

  • A cada comprimido esquecido;
  • Com o uso incorreto;
  • Se utilizar certos medicamentos ao mesmo tempo (alguns antibióticos, anticonvulsivantes e anti-retrovirais, por exemplo);
  • Se você vomitar ou tiver diarreia após tomar o anticoncepcional.

Nestas situações, é recomendado utilizar também um método contraceptivo não hormonal, como o preservativo, para garantir a proteção contra uma gravidez.

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Referência:

Ciclo 21. Bula do medicamento

Yasmin. Bula do medicamento

Pantogar tira o efeito do anticoncepcional?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Não. O Pantogar é um composto usado com fins de fortalecimento de cabelos, pelos e unhas, é composto por proteínas como a queratina e a cistina, além de cálcio e . Essas substâncias não interferem com nenhum método anticoncepcional, mesmo pílulas ou injeção contraceptivas, portanto não há motivos para se preocupar com o aumento do risco de gravidez.

Alguns exemplos de fármacos que interferem no efeito dos anticoncepcionais são: a rifampicina, um antibiótico, anticonvulsivantes como carbamazepina, fenitoína e fenobarbital, entre outros.

Leia mais em: 5 coisas que cortam o efeito do anticoncepcional

Para mais esclarecimentos consulte o seu médico de família, quando for iniciar algum tratamento com um fármaco ou composição novos.

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Quando vem a menstruação depois do parto?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A volta da menstruação depois do parto dependerá do processo de amamentação que a mulher estabelece com seu/sua bebê.

A mulher que amamenta exclusivamente e em livre demanda (não ultrapassando um intervalo de 3 horas entre cada mamada), geralmente fica sem menstruar durante todo esse período que pode variar de 6 meses a 1 ano após o parto. Quando a mulher que amamenta inicia a introdução dos alimentos sólidos e diminui a oferta da amamentação, ela pode já voltar a ter a menstruação.

A mulher que alimenta seu/sua bebê com fórmula infantil e amamenta pouco ou não amamenta geralmente volta a menstruar a partir do segundo mês pós parto.  

Essa variação ocorre pois os hormônios liberados com o aleitamento materno inibem a ovulação e, consequentemente, a menstruação.

Vale lembrar que a vinda da menstruação ocorre depois da ovulação e, portanto, a mulher pode engravidar no período do pós parto mesmo antes de voltar a primeira menstruação. Por isso, a mulher que desejar prevenir uma nova gravidez deve usar algum método anticoncepcional (pílula, DIU, preservativo, injetáveis) que pode ser indicado pelo/a obstetra ou médico/a de família que a acompanhou durante o pré natal.

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Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Pode ser normal em algumas situações, por exemplo, caso você faça uso de anticoncepcional oral, injetável ou DIU de levonorgestrel, esse sangramento pode ser um efeito esperado do uso desses medicamentos, já que esses métodos contraceptivos podem reduzir o fluxo menstrual ou mesmo cessar o sangramento menstrual.

Em alguns momentos da vida também pode ocorrer uma certa redução importante do fluxo menstrual ou ciclos menstruais muito longos e irregulares como na adolescência, durantes os primeiros ciclos menstruais ou no período peri-menopausa.

No seu caso é importante estar atentos a outros sinais ou sintomas que possam estar presentes e acompanham esse quadro de menstruação escassa, pois é possível tratar-se de outras condições que levam a esse quadro de menstruação em pequena quantidade, consulte um médico para uma avaliação.

Menstruação em pequena quantidade

O fato de não menstruar ou menstruar muito pouco apenas durante um dia pode também indicar um caso de oligomenorreia, situação em que os ciclos são demasiados longos e a a menstruação é miníma.

A oligomenorreia pode ser um indicador de ciclos anovulatórios, ou seja, ciclos nos quais a mulher não ovula, e pode ter diferentes causas.

Entre as principais causas destacam-se:

  • Síndrome dos Ovários Policístico;
  • Distúrbios relacionados ao peso como obesidade, magreza excessiva, anorexia, bulimia ou realização de exercício físico intenso;
  • Hipotireoidismo;
  • Hiperprolactinemia;
  • Disfunções hipofisárias;
  • Alguns medicamentos com composição hormonal, ou alguns antipsicóticos, anticonvulsivantes, tranquilizantes e anticoagulantes.

A idade também é um importante fator a ser considerado e avaliado nos quadros de hipomenorreia e oligomenorreia isto porque tanto adolescentes durante os primeiros ciclos menstruais, quanto mulheres no período peri-menstrual podem apresentar irregularidade menstrual com períodos anovulatórios e em consequência pequena quantidade de sangramento menstrual ou ciclos menstruais muito longos.

Nas adolescentes muitas vezes esses sintomas de anovulação ocorrem por imaturidade do eixo hipotálamo-hipofisário, um eixo que regula a produção de hormônios relacionados a ovulação e ciclo menstrual.

Já nas mulheres no período peri-menopausa, a irregularidade menstrual se deve a progressiva falência ovariana, que ocasiona também importantes mudanças hormonais.

Caso apresente ciclos menstruais muito curtos com duração menor de 2 dias ou muito longos com duração maior que 45 dias, consulte o seu médico de família ou ginecologista para uma avaliação inicial.

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Chá amarelo ou chá verde cortam efeito do anticoncepcional?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Não. Chá amarelo ou chá verde não cortam o efeito do anticoncepcional.

Não há contraindicações quanto ao uso desses chás por mulheres que tomam anticoncepcional, seja ele pílula, adesivo ou injetável.

O que pode cortar o efeito do anticoncepcional são alguns medicamentos antibióticos, anticonvulsivantes e anti retrovirais.

Veja aqui o que pode cortar o efeito do anticoncepcional.

Esses chás podem ser utilizados pelas mulheres em uso de anticoncepcional. Se você usa alguma dessas medicações citadas, converse com seu/sua médico/a para tirar as dúvidas sobre os possíveis efeitos de alimentos e remédios nos anticoncepcionais.

Tomei anticoncepcional Uno Ciclo faz 1 mês e tive relação...
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. O recomendado é que no primeiro mês de uso de qualquer anticoncepcional, seja utilizado mais um método contraceptivo, até que o organismo se adapte e passe pelas alterações hormonais induzidas pela medicação, que em média leva 30 dias.

Como no seu caso, já havia praticamente passado os 30 dias, o risco de engravidar é quase zero.

O Uno-Ciclo ® é um tipo de anticoncepcional injetável, combinado, que deve ser administrado uma vez por mês, em dose única, com indicações de contraceptivo, distúrbios hormonais, controle de irregularidades menstruais e como tratamento para falta de estrógeno ou progesterona.

A aplicação deve ser realizada por profissional capacitado, seguindo as orientações abaixo:

  • A aplicação da primeira dose deve ser feita preferencialmente no 8º dia do ciclo, ou entre o 7º e 10º dia (o primeiro dia do ciclo, é o primeiro dia da menstruação);
  • As próximas doses devem ser aplicadas a cada 30 dias, ou conforme estipulado pelo médico, não deve mais ser baseada na menstruação (porque é normal a alteração do fluxo menstrual com o uso de anticoncepcionais, o que poderia prejudicar a sua eficácia);
  • Deve haver adequada limpeza local, com antissépticos, antes da aplicação;
  • O local mais indicado é a região glútea, ou quando não for possível, no músculo do braço;
  • Não massagear o local após a aplicação e manter um tempo em repouso, com compressa limpa, para evitar perda da medicação.

Pode lhe interessar também: Vantagens e desvantagens do anticoncepcional injetável

Para maiores informações sobre anticoncepcional, converse com seu médico ginecologista.

Faz 3 meses que não tomo injeção, tem risco de engravidar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não existe risco de engravidar se não houver relações, entretanto se houver relações deverá fazer uso de algum contraceptivo, de preferência contraceptivo de barreira, como a camisinha, para além de evitar a gravidez, evitar também as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).

A medicação injetável após alguns dias de atraso já não protege mais a mulher contra uma gravidez não planejada. Mais de 3 meses sem o uso, indica que o organismo provavelmente já está preparado para adequada ovulação e concepção.

No caso de desejar retornar o uso da mesma medicação, não há problemas, basta lembrar de fazer o uso como se fosse a primeira vez novamente, conforme orientação médica. A primeira injeção deve feita no dia estipulado pelo fabricante e demais doses a cada 30 dias (para medicação mensal) e 90 dias (para trimestral).

Lembrar também, que o primeiro mês não confere total proteção, o organismo irá se readaptar ao mecanismo de ação do anticoncepcional. Por isso, durante todo o primeiro mês de uso, no caso de relações, deverá acrescentar outro método de contracepção. O qual mais uma vez indicamos a camisinha, devido aos riscos de DSTs, doenças geralmente não visíveis, mas que causam graves problemas à saúde de ambos, e muitas vezes não tem tratamento definitivo, como a Aids e herpes genital.

Leia também: DST tem cura? Qual é o tratamento?

No caso de preferir trocar a medicação, recomendamos retornar ao seu médico ginecologista, para uma avaliação de quais opções de contraceptivos são adequadas para o seu caso, de acordo com as suas características clínicas, riscos e benefícios e também avaliar as contraindicações.

Pode lhe interessar também: Posso trocar de anticoncepcional sem ir ao ginecologista?

Uso anticoncepcional Femina e estou com sangramento escape?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Quando acontece um "sangramento de escape", um sangramento fora do período esperado, significa um efeito colateral comum, entre as mulheres que fazem uso de anticoncepcionais.

Nesses casos, existem duas condutas a serem tomadas: Primeiro, aguardar por um tempo, até que o organismo se adapte à medicação e não aconteça mais esses pequenos sangramentos, o que geralmente ocorre dentro de poucos meses. E a outra opção, no caso de intolerância ao efeito, ou no caso de frequência alta de sangramentos, será avaliar a troca da medicação, visto que hoje dispomos de muitas formas de contracepção eficazes.

Procure seu médico ginecologista para uma reavaliação e de acordo com as opções, poderá decidir pela melhor contracepção no seu caso.

Leia também: Posso trocar de anticoncepcional sem ir ao ginecologista?

Qual a melhor opção para evitar a gravidez atualmente?

Não existe uma melhor opção, ou melhor método contraceptivo, mas o método mais adequado para cada tipo de paciente.

Atualmente, com as inúmeras opções de contraceptivos no mercado, é possível indicar uma opção terapêutica de forma mais individualizada, reduzindo assim as chances de efeitos adversos, ao mesmo tempo em que mantém a proteção contra a gravidez.

Deve ser realizada uma avaliação médica minuciosa prévia, para identificar possíveis fatores de risco e interação medicamentosa, antes de planejar o tratamento.

Após a avaliação, serão apresentadas as opções de tratamento para cada caso, as quais podemos citar aqui como as principais opções:

  • Contraceptivo orais combinados (anticoncepcionais orais - pílula)
  • Injeção anticoncepcional
  • Implante de anticoncepcional
  • Dispositivo intrauterino (DIU) e Sistema intrauterino (SIU)
  • Anel vaginal
  • Adesivo (patch)
  • Diafragma
  • Espermicida
  • Camisinha (masculina e feminina)

Vale ressaltar que a camisinha é o único método que comprovadamente protege ambas as partes, de contaminação por doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), portanto, mesmo fazendo uso de outro método contraceptivo, o uso da camisinha estará sempre indicado.

Existem ainda outros métodos de proteção contra gravidez, como o coito interrompido, a tabelinha, observação do muco vaginal, sabendo que não são métodos confiáveis; e ainda, a ligadura de trompas e vasectomia.

Para maiores esclarecimentos e avaliação quanto ao método mais indicado no seu caso, fale com o médico da família ou ginecologista.

Leia também: Todas as mulheres podem tomar anticoncepcional?

Coceira na vagina pode ser candidíase?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, coceira na vagina pode ser candidíase, uma infecção vaginal causada pelo fungo Candida albicans. A candidíase pode causar coceira na vulva, coceira na entrada da vagina e coceira dentro da vagina.

Além de coceira vaginal, a candidíase pode causar o aparecimento de corrimento vaginal branco espesso e abundante, semelhante a requeijão, ardência nos grandes lábios e na vagina, dor durante a relação sexual, dor ao urinar, vermelhidão e inflamação da vulva (parte externa da vagina).

Como aliviar a coceira na vagina em caso de candidíase?

O tratamento da candidíase é realizado com pomada ginecológica para coceira, creme, comprimidos vaginais ou supositórios e comprimidos orais. Para aliviar a coceira e a ardência na vagina são usados remédios antifúngicos, como miconazol, clotrimazol, tioconazol e butoconazol.

A pomada ginecológica ou o remédio antifúngico podem precisar ser usados por até 7 dias. Se a mulher não tiver infecções repetitivas, pode ser indicado um medicamento de 1 dia, tomado em dose única.

Quando a coceira nas partes íntimas femininas e os outros sintomas são mais graves ou quando a mulher tem candidíase vaginal com frequência, pode ser necessário usar medicação por até 14 dias, além de pomada ginecológica com azol ou tomar comprimidos de fluconazol todas as semanas para prevenir novas infecções.

Além da candidíase, o que mais pode causar coceira na vagina?

A coceira na vagina também pode ser causada por certos distúrbios da pele ou infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Em casos raros, o prurido vaginal pode ser sintoma de câncer de vulva.

Coceira na vulva ou na entrada da vagina em, geral, tem como causas alergia ou irritação. Já uma coceira dentro da vagina pode ser sintoma de alguma infecção causada por fungos ou bactérias. Nesse caso, além da coceira, é comum haver corrimento vaginal e inchaço local.

Abaixo seguem as principais causas de coceira na vagina, na vulva ou na região ao redor da vagina.

1. Alergia

A exposição da vagina a produtos químicos irritantes pode causar coceira. Esses irritantes podem desencadear uma reação alérgica que cria uma erupção cutânea com coceira em várias áreas do corpo, incluindo a vagina.

A alergia pode ser causada por calcinha de nylon, sabonete, absorvente, perfume, desodorante, amaciante de roupa, sprays femininos, duchas, cremes, pomadas, papel higiênico perfumado, entre outros.

O uso de calcinhas de material sintético e o uso frequente de calça jeans, sobretudo nos dias mais quentes, podem irritar a vulva (parte externa da vagina), provocando coceira e aumentando as chances de candidíase.

O que fazer: quando a coceira na vagina é causada por alergia, é necessário identificar o que está provocando a reação alérgica e afastar o agente irritante para acabar com a coceira. Além disso, é importante usar calcinhas de algodão e evitar o uso de calças jeans apertadas.

2. Doenças da pele

Algumas doenças de pele, como eczema e psoríase, podem causar vermelhidão e coceira na região da vagina.

No eczema, surge uma erupção avermelhada com textura escamosa e que coça. A psoríase provoca o aparecimento de manchas vermelhas escamosas, sobretudo no couro cabeludo e nas articulações. Porém, às vezes, esses sintomas também podem ocorrer na vagina.

O que fazer: na maioria das vezes, o tratamento das doenças de pele que causam coceira na vagina é feito com pomadas e remédios aplicados diretamente no local. Em alguns casos, pode ser necessário tomar medicamentos por via oral.

3. Vaginose

Além de coceira na vagina, leva ao aparecimento de corrimento vaginal cinzento e normalmente com mau cheiro, dor durante as relações sexuais e ardência ao urinar.

A vaginose surge quando ocorre um desequilíbrio nas bactérias que compõem a flora vaginal ou no pH da vagina. É parecida com uma infecção vaginal causada por fungos, como a candidíase.

O que fazer: o tratamento da vaginose pode ser feito com medicamentos antibióticos orais ou pomada vaginal com antibiótico. A vaginose pode ser transmitida para o parceiro, por isso ele também pode precisar receber tratamento.

4. Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs)

Além de coceira na vagina, as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), antes chamadas de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), podem causar dor, sensação de formigamento, queimação, aparecimento de corrimento com cheiro e feridas. Clamídia, herpes genital, tricomoníase e gonorreia estão entre as ISTs mais comuns.

O que fazer: o tratamento da infecção sexualmente transmissível depende da doença e da sua causa. Nas infecções causadas por vírus, são usados medicamentos antivirais específicos para a doença. Nas doenças causadas por bactérias e fungos são utilizados medicamentos antibióticos e antifúngicos, respectivamente.

5. Menopausa e alterações hormonais

A menopausa pode causar coceira na vagina devido à falta de lubrificação vaginal, provocada pela queda dos níveis do hormônio estrógeno.

Gravidez, pré-menopausa e uso de anticoncepcional hormonal também podem causar alterações hormonais que levam à secura vaginal, o pode causar coceira na vagina.

O que fazer: uma vez que a coceira na vagina nesse caso é causada pela falta de lubrificação, o uso de lubrificantes vaginais pode ajudar a aliviar a coceira. Se o prurido for muito intenso, pode ser indicada a aplicação de pomada vaginal de estriol.

6. Líquen escleroso

Causa coceira na vagina e o aparecimento de vários pontinhos brancos na pele. O líquen escleroso pode estar relacionado com alterações hormonais e imunidade baixa.

O que fazer: o objetivo do tratamento do líquen escleroso é aliviar os sintomas e acelerar a cicatrização. Se os sintomas forem leves, pode não ser necessário tratamento. O tratamento pode incluir:

  • Anti-histamínicos;
  • Medicamentos para acalmar o sistema imunológico (em casos graves);
  • Corticoides orais ou em pomadas para diminuir a inflamação e reduzir a resposta imune;
  • Injeções de corticoides na lesão;
  • Vitamina A em pomada ou comprimido;
  • Terapia com luz ultravioleta.
7. Líquens vulvares

Caracteriza-se pelo aparecimento de lesões na vagina e não tem uma causa conhecida. Provoca coceira intensa na vagina e pode evoluir para câncer de vulva.

O que fazer: o tratamento da coceira na vagina causada por líquens vulgares geralmente é feito com pomada vaginal de corticoide. A pomada pode eliminar completamente os sintomas em mais de 70% dos casos.

A aplicação da pomada vaginal, em geral, é realizada duas vezes ao dia, por três meses, além de doses de manutenção posteriormente. Em alguns casos, pode ser necessário manter as doses de manutenção por até 10 anos.

8. Câncer de vulva

Em casos raros, a coceira na vagina pode ser um sintoma de câncer de vulva, que é a parte externa do órgão genital feminino. Inclui os lábios interno e externo da vagina, o clitóris e a abertura da vagina.

O câncer de vulva nem sempre causa sintomas. No entanto, quando os sintomas ocorrem, eles podem incluir coceira, sangramento anormal ou dor na região vulvar.

O que fazer: o tratamento do câncer de vulva normalmente é feito através de cirurgia para retirar o tumor. A radioterapia também pode ser indicada. O tratamento é feito por meio da aplicação de radiação no local para destruir as células cancerosas.

Quando procurar um médico em caso de coceira na vagina?

É importante consultar um médico ginecologista ou médico de família quando a coceira na vagina for intensa. A mulher também deve procurar o médico se a coceira persistir por mais de uma semana ou vier acompanhada de algum dos seguintes sintomas:

  • Feridas ou bolhas na vulva;
  • Dor ou sensibilidade na região genital;
  • Vermelhidão ou inchaço na vagina;
  • Dificuldade para urinar;
  • Corrimento vaginal;
  • Dor ou desconforto durante a relação sexual.

Em caso de coceira na vagina, na vulva ou em qualquer local das partes íntimas femininas, consulte um médico ginecologista ou médico de família para fazer uma avaliação e receber o tratamento adequado.