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Herpes zoster é contagioso?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Herpes zoster pode ser contagioso, porém não tanto quanto a catapora, embora seja causado pelo mesmo vírus. O Herpes zoster só é transmitido quando existem lesões muito extensas e acontece o contato direto com o líquido eliminado das bolhas.

Quando as bolhas se secam, a doença já não é transmitida.

Se um adulto ou uma criança que não teve catapora ou não recebeu vacina contra a doença, entrar em contato direto com uma lesão de herpes zoster, poderá desenvolver a catapora (varicela) e não a herpes zoster, como primeira manifestação clínica.

O que é herpes zoster?

O herpes zoster, popularmente chamado de “cobreiro”, é uma manifestação clínica do mesmo vírus da catapora, o vírus varicela-zoster.

O herpes zoster pode ocorrer em qualquer idade, sendo mais frequente em idosos, pessoas que tiveram catapora antes de completar 1 ano de idade ou que têm o sistema imunológico enfraquecido por medicamentos ou doenças, como diabetes mellitus descompensado, e uso crônico de corticoides ou imunossupressores.

Quais são os sintomas do herpes zoster?

Os primeiros sintomas do herpes zoster são a dor, o formigamento ou a queimação em um local do corpo, que segue o trajeto de um nervo. O local mais frequente é o dorso, no entanto a vermelhidão segue da região dorsal até abaixo da axila ou até o tórax.

Toda a região se torna muito sensível, como dor e a queimação intensas, dificultando inclusive o uso de qualquer tipo de roupa, principalmente em contato direto com a pele, como o sutiã.

Após a alteração de sensibilidade aparecem as manchas vermelhas e pequenas bolhas cheias de líquido.Em seguida as bolhas estouram, formando feridas que depois secam e formam crostas. Com duas a três semanas, as crostas desaparecem.

A sua extensão varia de acordo com a localização e imunidade, sempre acometendo o trajeto de um nervo. Apesar do dorso ser o local mais frequente, a doença pode afetar ainda o rosto, os olhos, a boca e os ouvidos.

Outros sintomas do herpes zoster podem incluir:

  • Febre e calafrios;
  • Sensação de mal-estar;
  • Dor de cabeça;
  • Dor nas articulações;
  • Inflamação dos gânglios linfáticos.

O cobreiro desaparece depois de duas ou três semanas e raramente volta a aparecer. Se o vírus afetar os nervos que controlam os movimentos, pode ocorrer fraqueza ou paralisia temporária ou permanente.

Em alguns casos, a dor na área onde o herpes zoster surgiu pode durar meses ou anos. Essa dor é chamada de neuralgia pós-herpética. Isso ocorre quando os nervos foram danificados após um surto de herpes zoster. A dor pode variar de leve a muito intensa. A neuralgia pós-herpética é mais provável de ocorrer em pessoas com mais de 60 anos de idade.

As complicações do herpes zoster podem incluir:

  • Novo surto de cobreiro;
  • Infecções bacterianas da pele;
  • Cegueira (quando afeta os olhos);
  • Surdez;
  • Infecção no cérebro (encefalite) ou infecção generalizada em pessoas com imunidade baixa;
  • Síndrome de Ramsay Hunt, quando o herpes zoster afeta os nervos do rosto ou do ouvido.
Sintomas de herpes zoster no rosto

Se o cobreiro afetar um nervo facial, pode haver dor, fraqueza muscular e erupções cutâneas em diferentes partes da face. O herpes zoster no rosto pode causar os seguintes sinais e sintomas:

  • Dificuldade para movimentar alguns músculos do rosto;
  • Queda da pálpebra;
  • Perda auditiva;
  • Perda do movimento dos olhos;
  • Alterações no paladar;
  • Problemas de visão.
Qual é o tratamento para herpes zoster?

O tratamento do herpes zoster é feito com medicamento antiviral. O medicamento ajuda a reduzir a dor, prevenir complicações e encurtar o curso da doença.

Os antivirais são mais eficazes quando começam a ser tomados nas primeiras 72 horas após a primeira sensação de dor ou queimação.

A medicação usada para tratar o herpes zoster geralmente é administrada por via oral, sob a forma de comprimidos.

Medicamentos anti-inflamatórios potentes, como o corticoide, podem ser associados para reduzir a inflamação e a dor.

Outros medicamentos utilizados no tratamento do cobreiro incluem:

  • Anti-histamínicos orais ou aplicados na pele, para reduzir a coceira;
  • Analgésicos, para aliviar a dor;
  • Zostrix, um creme para diminuir a dor.

Algumas medidas e cuidados indicados durante o tratamento do herpes zoster:

  • Cuide da pele aplicando compressas úmidas e frias para reduzir a dor;
  • Mantenha-se em repouso caso apresente febre;
  • Evite contato com outras pessoas enquanto as lesões estiverem liberando líquido, para evitar a transmissão do vírus, principalmente com mulheres grávidas.
Herpes zoster tem cura?

O herpes zoster não tem cura. Uma vez infectada, a pessoa permanece com o vírus no corpo até o fim da vida. O objetivo do tratamento é aliviar os sintomas e diminuir o tempo de duração das manifestações. Contudo, depois de aparecer uma vez, o cobreiro raramente volta a se manifestar.

Existem duas vacinas disponíveis para herpes zoster, a vacina viva e a vacina recombinante. A vacina contra o cobreiro é diferente da vacina contra a catapora. Adultos mais velhos que recebem a vacina do herpes zoster têm menos chances de desenvolver complicações da doença.

O médico dermatologista é o especialista indicado para diagnosticar e tratar o herpes zoster.

Não estou podendo andar no sol, quando fico alguns minutos me dá fraqueza, o que pode ser?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Pode ser algo relacionado com sua pressão ou outra situação que cause essa fraqueza, precisa procurar o médico e provavelmente fazer alguns exames.

O que é Radiculopatia Lombar de Nível S1 á esquerda?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Alguma doença ou alteração na raiz nervosa da região lombar, ao nível de S1. S1 significa primeira vértebra sacral, e ainda segundo o laudo, do lado esquerdo.

Ou mais resumidamente:

Radiculopatia - doença da raiz nervosa

Lombar - na região lombar da coluna

Nível de S1 - primeira vértebra sacral (altura do sacro)

Esquerda - o lado acometido.

O que é radiculopatia?

A radiculopatia é uma doença ou comprometimento de uma raíz nervosa, feixe de fibras nervosas que saem da medula através de orifícios da coluna vertebral, por toda a extensão da medula, dando origem aos nervos periféricos que serão distribuídos pelo corpo.

Os nervos periféricos por sua vez, recebem os estímulos externos, levam para o cérebro através de suas fibras, e trazem uma resposta sensitiva, motora ou mesmo reflexa.

Portanto qualquer alteração nessa comunicação do sistema nervoso periférico com o sistema nervoso central, seja por compressão da raíz do nervo, isquemia ou infiltração tumoral, originam os seguinte sintomas neurológicos:

  • Alteração da sensibilidade, dormência, formigamento, "choques";
  • Dor, com ou sem irradiação para outros locais;
  • Diminuição de força, nos casos de compressão grave do nervo.

Vale lembrar que dificilmente, o comprometimento será bilateral. A queixa geralmente é localizada no lado da lesão. E os sintomas podem seguir o trajeto inervado por aquele segmento, por isso é comum queixas de irradiação da dor, por exemplo, um quadro de hérnia de disco, que leva a "dor ou sensação de choque no glúteo que segue até a sola do pé".

Qual a importância da localização da radiculopatia?

As raízes nervosas são divididas de acordo com a sua localização na coluna vertebral. A localização auxilia na abordagem do tratamento.

O médico, ou terapeuta que irá tratar o caso, deverá se basear na localização da lesão. Seja para fortalecimento da musculatura próxima ao problema, seja para o planejamento da abordagem cirúrgica, é preciso identificar primeiro aonde está a alteração.

A coluna vertebral é dividida em cervical, dorsal (ou torácica), lombar, sacra e coccígea. No total a coluna possui 31 pares de raízes de nervos espinhais, sendo 8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccígea.

Quais são as causas de radiculopatia?

As causas mais comuns são: Hérnia de disco, sobrepeso, sedentarismo e traumas. Mas também podem ser originadas por carência nutricional, doenças crônicas descompensadas, como o diabetes e câncer.

Leia também: Hérnia de disco tem cura? Qual o tratamento?

Qual é o melhor tratamento para radiculopatia?

O tratamento vai depender da gravidade e localização da radiculopatia.

No entanto podemos dizer que, para casos mais simples, sem grande comprometimento da raiz e sem alterações ao exame neurológico, o tratamento inicial deve ser conservador, com fisioterapia, técnicas de repostura (RPG), medicamentos, orientações gerais e fortalecimento da musculatura paravertebral.

Nos casos mais graves e com risco de sequelas neurológicas, ou ainda para casos de suspeita de tumor, o tratamento deve ser cirúrgico. O tipo de abordagem deverá ser avaliada entre a equipe médica, o paciente e seus familiares.

Portanto, a localização da lesão, o bom exame médico e um exame de imagem complementar, possibilitam o médico programar o tratamento o mais breve possível, evitando assim sequelas neurológicas.

Procure o médico que solicitou esse exame, para que junto com seu quadro clínico, seja definida a conduta mais adequada.

Pode lhe interessar também: O que é RPG e para que serve?

Formigamento nas mãos: o que pode ser e como tratar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O formigamento nas mãos tem como principal causa, a compressão do nervo mediano, na altura do punho, conhecida por síndrome do túnel do carpo.

No entanto, existem diversas outras causas que devem ser investigadas, como:

  • Problemas de circulação sanguínea;
  • Complicações do diabetes (Neuropatia diabética);
  • Problemas na coluna - hérnia de disco;
  • Ansiedade;
  • Doenças neurodegenerativas como a Esclerose múltipla;
  • Doenças reumáticas (fibromialgia, artrite reumatoide, osteoartrite).
1. Síndrome do túnel do carpo Nervo mediano comprimido (em vermelho), por uma capa de fibrose.

Essa síndrome é mais comum em pessoas que trabalham com as mãos, como os digitadores, professor escolar, manicures e massagistas, além de ser mais prevalente nas mulheres com meia-idade, provavelmente devido ao efeito dos hormônios femininos.

A doença acomete quase sempre as duas mãos e os sintomas são de fraqueza e "formigamento", que dificultam a realização de tarefas simples, como segurar um copo ou um prato por mais tempo. Com a evolução da doença, a dor aumenta, a fraqueza piora, as coisas começam a cair das mãos e a dor pode acordar a pessoa de noite, de tão intensa.

O tratamento com a fisioterapia e terapia ocupacional podem resolver o problema, nos estágios iniciais. No entanto, o tratamento definitivo é feito através de uma cirurgia, que libera esse nervo do que esteja a comprimir. O médico indicado para esse diagnóstico e tratamento, é o neurocirurgião.

2. Problemas de circulação sanguínea

Os problemas de circulação, seja uma obstrução ou doença vascular, diminui o fluxo de sangue, com isso de oxigênio e nutrientes, para a região comprometida.

Os sintomas são de formigamento em todos os dedos, de apenas uma das mãos, temperatura mais fria, quando comparada a mão que não está comprometida e coloração arroxeada ou azulada.

Na suspeita de doença vascular, procure imediatamente um angiologista ou cirurgião vascular para avaliação e tratamento. Nos casos mais leves, o tratamento é com uso de anticoagulantes, porém se for identificado um sinal de maior risco, sendo preciso indicar uma cirurgia de urgência.

3. Complicação da diabetes (neuropatia diabética)

A diabetes mal controlada, permite que os níveis de açúcar (glicose) se mantenham elevados durante muito tempo no sangue. Os altos níveis de glicose danificam os nervos mais distais, porque são menores e mais sensíveis, o que chamamos de neuropatia diabética.

Os sintomas são de formigamento ou dormência nas duas mãos e dedos. Pode acometer ainda os pés, dando um aspecto de dormência em "meias e luvas", ao mesmo tempo.

Neste caso é importante procurar um médico de família ou endocrinologista para ajustes e melhor controle da doença. As orientações de alimentação, exercícios físicos e hábitos de vida saudáveis, são fundamentais para a resposta ao tratamento.

4. Hérnia de disco

A hérnia de disco é uma doença, onde o disco gelatinoso que fica entre as vértebras, se desloca, comprimindo um nervo que sai da medula.

Os sintomas são de formigamento, dormência ou sensação de "choque", no trajeto de um nervo, apenas de um lado. A dor é intermitente, vai e volta.

Nestes casos, é importante consultar um neurologista ou ortopedista para que a causa da compressão seja identificada e o tratamento, seja efetuado. Os tratamentos podem incluir desde os medicamentos como os anti-inflamatórios ou analgésicos, fisioterapia ou cirurgia.

Hérnia de disco em azul - comprimindo o nervo (imagem ampliada) 5. Ansiedade

A crise de ansiedade é mais uma causa comum de formigamento, que podem vir associados a tremores, e sensação de dormência, nas extremidades, pés e mãos.

Atualmente com a quantidade de atividades exigidas na população, de trabalho e sobrecarga emocional, as crises de ansiedade têm sido ainda mais frequentes.

O tratamento pode ser feito com psicoterapia, atividade física regular e mudança de hábitos de vida, até o uso concomitante de medicamentos antidepressivos. Cabe ao médico clínico geral, neurologista ou psiquiatra, definir o melhor tratamento para cada caso.

6. Esclerose múltipla

A esclerose múltipla (EM) é uma doença neurológica, autoimune, na qual o organismo produz anticorpos contra o próprio organismo. Na EM, o sistema imunológico ataca a bainha de mielina, camada de revestimento dos neurônios, o que faz com que o fluxo normal dos impulsos elétricos ao longo dos nervos seja lentificado.

Os sintomas de formigamento ou dormência acontecem subitamente, em geral, apenas de um lado e desaparecem de forma espontânea também. A alteração de sensibilidade, com frequência é o primeiro sinal da doença, o que muitas vezes faz com que o paciente seja diagnosticado.

Atualmente dispomos de muitos tratamentos para essa doença e outras doenças desmielinizantes, que retardam a evolução da doença e melhoram a qualidade de vida de forma importante. O neurologista é o médico responsável por esses casos.

7. Doenças reumáticas

Nas doenças reumáticas como a fibromialgia, artrite reumatoide e osteoartrite, um sintoma comum é o formigamento nas mãos, o que pode confundir com a compressão do nervo algumas vezes. Associado ao formigamento, outros sintomas são a dor, deformidades ósseas e piora dos sintomas com o frio.

Neste caso, o médico responsável pela avaliação e cuidado, é o reumatologista.

Outras situações como hipotireoidismo, carência de vitaminas e problemas dermatológicos, também podem causar coceira, desconforto, por vezes difíceis de descrever.

Para esclarecer o motivo para o seu formigamento e definir a conduta, procure um/a médico/a clínico geral, médico da família ou neurologista.

Pode lhe interessar também:

Coração acelerado, tremores no corpo e formigamento nas mãos e braços, o que pode ser?

Referências:

  • ABN - Academia Brasileira de Neurologia
  • SBR - Sociedade Brasileira de Reumatologia
  • UpToDate. Devon I Rubin. Neurologic manifestations of hypothyroidism. Oct 25, 2018.
  • American Family Physician - JENNIFER WIPPERMANCarpal Tunnel Syndrome: Diagnosis and Management. Volume 94, Number 12 ◆ December 15, 2016.
Dor no peito: o que pode ser e o que fazer? Como saber se é Infarto?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dor no peito preocupa a todos, pelo medo de ser um sinal de infarto no coração (infarto agudo do miocárdio). E embora essa não seja a causa mais comum de dor torácica, é uma das causas que mais oferece risco de vida, por isso deve mesmo ser sempre investigada.

Hoje existem protocolos bem estruturados de atendimento nas emergências médicas, com excelentes resultados quando a doença é tratada a tempo.

Na suspeita de um infarto agudo do miocárdio, procure um serviço de emergência imediatamente.

Como saber se a dor no peito é infarto?

Os sintomas característicos de infarto agudo do miocárdio (IAM) são:

  • Dor ou desconforto no peito, de início súbito,
  • Localizada no lado esquerdo do peito (ou no meio do peito),
  • Tipo aperto, pressão ou desconforto, contínua,
  • A dor pode ser irradiada para o braço esquerdo, pescoço, mandíbula ou dorso (do mesmo lado),
  • Sintomas associados: Suor frio, tontura, náuseas, vômitos, fraqueza, mal-estar e falta de ar.

Vale ressaltar que portadores de diabetes podem não apresentar a dor no peito, mas apenas os sintomas de mal estar, suor frio, náuseas e vômitos. Por isso, em caso de diabetes, com esses sintomas, procure imediatamente um serviço de emergência para avaliação médica cardiológica.

Tipos de dores no peito

Na avaliação da dor no peito, a descrição da sua localização, pode auxiliar na pesquisa da causa desse problema. Entenda com a tabela abaixo, os principais diagnósticos, para cada tipo de dor torácica.

Tipos de dor O que pode ser?
Dor no peito à esquerda

Infarto agudo do coração, Dor muscular, Pneumonia, Asma, Pneumotórax, Derrame pericárdico, Gases.

Dor no meio do peito Refluxo gástrico, Espasmo esofagiano, Infarto agudo do miocárdio, Pericardite, Endocardite, Derrame pericárdico, Dissecção de Aorta, Hérnia de hiato, Asma, Ansiedade, Gases.
Dor no peito à direita Dor muscular, Pneumonia, Pneumotórax, Derrame pericárdico, Embolia, Pedras na vesícula, Gases.
Dor no peito que piora com a respiração profunda Pneumonia, Derrame pleural, Pneumotórax, Embolia pulmonar, Pericardite.
21 causas de dores no peito diferentes de infarto 1. Angina

A angina é considerada por alguns como o "princípio de infarto". De fato, a angina se caracteriza pela dor no meio do peito, tipo aperto, desconforto ou pressão, que pode ser irradiada para o braço esquerdo, pescoço, mandíbula ou dorso, e assim como no infarto, é causada pela falta de sangue em uma área do miocárdio (músculo do coração).

A grande diferença, é que a falta de sangue não é completa, a obstrução é parcial, portanto, o fluxo não é totalmente interrompido fazendo com que a dor dure menos de 15 a 20 minutos. A dor não é contínua, ela não dura mais de 20 minutos.

Quando a dor se mantém por mais de 20 minutos já caracteriza uma angina "instável" ou infarto.

No caso de angina, procure imediatamente um serviço de emergência médica. O tratamento é realizado com medicamentos sublinguais (para efeito mais rápido), com intuito de dilatar os vasos do coração, restituindo a circulação.

2. Endocardite

A endocardite é uma infecção no endocárdio (camada mais interna do coração). Os sintomas mais comuns são a febre, suor noturno, perda de peso, tosse e mal-estar.

Devido a tosse frequente, não é raro a presença de dor ou desconforto no peito. Entretanto não é um sintoma específico para essa doença. Contudo, por se tratar de uma doença grave com elevada taxa de mortalidade, deve entrar no grupo de causas possíveis a ser investigada.

O tratamento é feito com antibioticoterapia intravenoso, em ambiente hospitalar.

3. Pericardite

A pericardite é a infecção no pericárdio (uma espécie de "bolsa" que recobre o coração). A doença pode ser causada por uma infecção (bacteriana, fúngica ou viral), por trauma, uso crônico de medicamentos, doenças autoimunes ou pela presença de células neoplásicas (tumores).

Os sintomas característicos são a dor torácica no lado esquerdo do peito, que se irradia para o pescoço ou dorso, que melhora quando está sentado e piora quando se deita (decúbito dorsal).

O tratamento depende da gravidade do quadro e do agente causador dessa infecção. Sempre em ambiente hospitalar, pode ser tratado apenas com antibióticos venosos, ou associado a cirurgia.

4. Derrame pericárdico

O derrame pericárdico é o acúmulo de líquido no pericárdio. Os sintomas mais frequentes são a dor no peito do lado esquerdo, ou mais ao centro, tipo pressão ou aperto, associado a febre baixa, tosse e cansaço extremo.

O tratamento depende da causa do problema, do volume de líquido encontrado e do quadro clínico. Podendo ser conservador, com medicamentos, tratamento da causa e acompanhamento. Ou cirúrgico de urgência para os casos com falta de ar intensa e queda da pressão arterial.

5. Dissecção de aorta

A dissecção de aorta é uma emergência médica, uma das doenças que mais mata, se não tratada imediatamente. Chama-se dissecção, quando uma das camadas dos vasos se rompe, causando um extravasamento de sangue entre os folhetos do vaso.

Com o aumento da pressão entre essas paredes dos vasos, acontece uma ruptura do vaso, e sendo a aorta o maior vaso do corpo humano, o sangramento costuma ser fatal.

Os sintomas inicialmente são leves e inespecíficos, com dor entre os ombros, no meio do peito, sensação de peso no peito, dor no abdômen, fraqueza e ou mal-estar. O diagnóstico pode ser feito no exame clínico nos casos de aneurisma de grande volume na cavidade abdominal, ou por exames de imagem se for na região do tórax.

O tratamento é baseado no tamanho da dissecação, queixas e condições clínicas da pessoa.

6. Pneumonia

A pneumonia é a infecção do tecido pulmonar, geralmente decorrente de uma gripe mal curada. O principal sintoma é de dor no peito, em aperto ou pontadas, do lado acometido, que piora com a respiração profunda. Apresenta ainda, tosse produtiva, com secreção amarelada ou esverdeada, febre alta, falta de ar, fadiga e inapetência.

O tratamento é realizado com antibióticos. O médico da família, clínico geral ou pneumologista são os profissionais responsáveis pela confirmação desse diagnóstico e iniciar o devido tratamento.

7. Crise de asma (doenças crônicas do pulmão)

O processo de inflamação ou de fibrose encontrado nos problemas crônicos do pulmão, como a crise de asma, DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica), dificultam a passagem de ar devido ao edema, causando como sintomas: a dor no peito, ou desconforto tipo pressão, mais comum no meio do peito ou difusa, com dificuldade de respirar, sibilos ("chiado") e tosse seca.

A crise de asma pode evoluir para o óbito se não for devidamente tratada. O tratamento se baseia em medicamentos dilatadores para os brônquios, corticoides, nebulizações e oxigênio.

Na suspeita de crise de asma, procure imediatamente um serviço de emergência médica.

8. Pneumotórax

O pneumotórax é o acúmulo de ar entre as pleuras do pulmão (membranas que recobrem os pulmões). O afastamento das pleuras, que costumam ser "coladas", causa dor intensa tipo pontadas ou "agulhadas", que piora muito com a respiração profunda.

O tratamento depende do volume de ar encontrado e do quadro clínico. Nos casos mais leves, de pequena quantidade de ar, o tratamento é tratar a causa do problema e acompanhamento. Mas nos casos de grande quantidade de ar, impedindo uma boa ventilação, a drenagem torácica deverá ser indicada.

9. Derrame pleural

O derrame pleural é o acúmulo de líquido entre as pleuras dos pulmões (membranas que recobrem os pulmões). Pode ser originado de traumas, infecções ou doenças autoimunes.

A separação das pleuras pelo líquido acumulado, causa dor no peito, no lado acometido, que piora com a respiração profunda. Pode haver também, febre, falta de ar e cansaço associados.

O tratamento depende da causa e do volume de líquido acumulado. No caso de comprometimento da respiração, está indicado drenagem torácica, para restabelecer a expansão dos pulmões, e possibilita coleta do material para análise.

10. Trauma

No trauma torácico, pode haver contusão ou fratura de costela(s). As fraturas resultam em dor intensa no local do trauma, dificuldade de respirar e de falar devido à dor, pôr 5 a 7 dias em média. O tratamento é repouso absoluto, para consolidação da lesão, e analgésicos potentes.

No trauma grave, com mais de 8 costelas fraturadas ("tórax instável"), a dificuldade respiratória pode evoluir para parada respiratória, o que pode ser fatal. Nesses casos o tratamento exige internação hospitalar, com monitorização, vigilância respiratória e quando necessário, intubação orotraqueal para assegurar uma boa oxigenação ao organismo, até sua consolidação.

11. Tuberculose pulmonar

A tuberculose pulmonar é uma doença endêmica no nosso país, altamente contagiosa, causada pela bactéria M. tuberculosis. Os sintomas típicos são de tosse seca ou produtiva, sudorese noturna, febre vespertina, cansaço e fraqueza.

A tosse é contínua, com duração de mais de 3 semanas, fato que acaba por desencadear a dor no peito, do lado comprometido, do tipo pressão ou pontadas.

O tratamento é baseado em medicamentos antibióticos específicos e orientações gerais. Esses medicamentos são oferecidos gratuitamente pelo Ministério da saúde, nos postos de saúde da cidade, aonde deve realizar também o acompanhamento solicitado pela equipe.

12. Embolia pulmonar

A embolia pulmonar é uma obstrução súbita de artérias do pulmão, impedindo o fluxo de sangue nessa região, com consequente isquemia ou infarto pulmonar. A causa mais comum é a formação de um coágulo nas veias da perna, que caem na circulação e chegam aos pulmões, aonde o calibre de veia é menor, impedindo a sua passagem.

É mais uma emergência médica, com alta taxa de mortalidade se não tratada dentro das primeiras horas.

O tratamento é realizado com medicamentos anticoagulantes, para dissolver esse coágulo (ou êmbolo), restabelecendo o mais rápido possível, o fluxo de sangue naquela região. Quanto antes for recanalizado o vaso, menor a chance de sequelas.

13. Excesso de gases

Os sintomas de dores no peito devido a excesso de gases, são dores do tipo cólica ou em "pontadas", mais intensas na região abaixo das costelas. Tem como principal característica, a melhora da dor com a mudança de posição e ou com a eliminação de gases.

As dores por excesso de gases costumam estar associadas ao sedentarismo, alimentação gordurosa ou consumo excessivo de bebidas gaseificadas, como os refrigerantes e a água com gás.

Para evitar a formação excessiva de gases, é importante manter hábitos de vida saudáveis, como a prática regular de atividades físicas, alimentação saudável e preferir o consumo de água e sucos naturais. O uso de chás naturais e massagem auxiliam na melhora dos sintomas.

Nos casos de dor refratária, podem ser utilizados os medicamentos à base de simeticona (dimeticona), capazes de unir as bolhas de gás e acelerar a sua eliminação.

14. Refluxo gástrico / azia

A doença do refluxo se caracteriza pelo retorno de uma parte do conteúdo do estômago para o esôfago, que origina a queimação no meio do peito, com sensação de peso ou "aperto" na região.

Isso acontece porque o conteúdo gástrico já foi misturado e contém uma quantidade de suco gástrico, um líquido ácido produzido no estômago para auxiliar a digestão dos alimentos.

Porém a parede do esôfago não é preparada para receber um conteúdo ácido, sendo assim, esse refluxo gera uma irritação na mucosa esofagiana, desencadeando os sintomas.

O refluxo é popularmente conhecido por azia.

Para reduzir o refluxo, é necessário comer mais vezes em menor quantidade, evitar beber líquidos junto com a comida, e evitar se deitar logo após as refeições.

O tratamento específico para cada caso, deverá ser definido por um médico gastroenterologista, após a identificação da causa do refluxo.

15. Espasmo esofagiano

Os distúrbios esofagianos alteram a sua motilidade, gerando contrações fortes, que chamamos de espasmos. A causa mais comum é a doença do refluxo, mas os espasmos podem ser desencadeados também por tabagismo, situações de estresse, alimentos ácidos, entre outros.

O sintoma de espasmo esofagiano é uma dor no meio do peito, tipo aperto ou pressão, de moderada a forte intensidade, intermitente, que piora após as refeições ou em situações de estresse importante ou crise de pânico.

O tratamento dependerá da causa do problema e da gravidade dos sintomas.

16. Tumor de esôfago

Nos casos de tumores, os sintomas são causados principalmente pela compressão de estruturas próximas. As queixas mais comuns são de dor no meio do peito, dificuldade de engolir, rouquidão e ou tosse.

Com a evolução da doença podem apresentar ainda, emagrecimento sem causa aparente, mal-estar, inapetência, febre baixa e sudorese.

Nesses casos, deve procurar seu médico da família e ou clínico geral para iniciar uma investigação ampla e assim possibilitar o tratamento mais indicado.

17. Gastrite

A gastrite é uma inflamação na mucosa do estômago, causada por diversas situações, como o uso crônico de medicamentos anti-inflamatórios, alimentação inadequada, infecção pela H.Pylori ou estresse contínuo.

A inflamação origina os sintomas de dor no meio do peito, dor abdominal, náuseas, má digestão, falta de apetite e perda de peso nos casos mais avançados.

A dor típica da gastrite é uma dor em queimação, conhecida popularmente como azia, que piora após as refeições ou com jejum prolongado, no meio do peito.

O tratamento se baseia na orientação alimentar, redução de fatores de risco, como tabagismo e alcoolismo, e medicamentos que reduzem a acidez do estômago, para restabelecer a mucosa gástrica, os inibidores de bomba de prótons.

Nos casos de infecção pela bactéria H.Pylori, é necessário o uso de antibióticos

18. Hérnia de hiato

A hérnia de hiato é a passagem de parte do estômago para o tórax, através do diafragma, o que causa grande desconforto ou dor no meio do peito, do tipo aperto ou pressão.

O tratamento depende da gravidade, tamanho da hérnia e condições de saúde de cada pessoa. A doença é mais comum no idoso, e por isso as opções devem ser bem avaliadas. Uma opção é a orientação alimentar e acompanhamento. Nos casos que não melhoram ou com muitas queixas, pode ser indicada a cirurgia para a correção da hérnia.

19. Pedras na vesícula

A vesícula é o órgão responsável por armazenar a bile e liberar para o intestino na presença de alimentos, com o objetivo de auxiliar na digestão. A presença de pedras pequenas na vesícula não interfere nesse processo, pois são eliminadas junto com as fezes sem que a gente perceba.

No entanto, as pedras grande ficam impactadas no seu interior e causam dor tipo cólica, do lado direito do abdômen, que se irradia para a região torácica à direita, quando se contrai para enviar a bile para os intestinos.

Esse é o motivo da dor se agravar logo após as refeições, e principalmente nas refeições mais gordurosas, quando é necessário enviar maior quantidade de bile para a digestão.

O tratamento se inicia com orientações alimentares, mas pode evoluir para cirurgia nos casos de dor crônica, inflamação aguda ou complicações graves, como a pancreatite por cálculos biliares.

O mais adequado é que trate adequadamente com as orientações dietéticas, para evitar as complicações que podem ser fatais.

20. Crises de ansiedade

A dor no peito causada por ansiedade, costuma se localizar no meio do peito, do tipo aperto ou pressão, por vezes referida como "angústia no peito". Além disso, costuma estar associada a outros sintomas como: falta de ar, palpitação, formigamento no rosto ou nos braços, "bolo na garganta", pelo espasmo esofagiano, náuseas ou vômitos.

Isso acontece, porque durante uma crise de ansiedade ou pânico, o cérebro funciona da mesma maneira do que em uma situação de perigo real, preparando o organismo para a reação de fuga. Com isso aumenta os batimentos cardíacos, contrai a musculatura, aumenta a pressão arterial, reduz o calibre dos vasos, entre outras modificações, que originam todos esses sintomas.

No entanto, a única maneira de diferenciar com exatidão uma crise de ansiedade e o infarto do coração, é através do exame médico e exames complementares. Não existe um exame que confirme a ansiedade, trata-se de um diagnóstico de "exclusão".

No caso de dor no peito com os sintomas acima citados, o mais recomendado é que procure um atendimento médico de emergência, para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento necessário.

21. Dor muscular

A dor muscular ou contratura muscular é uma das causas mais comuns de dor no peito. Pode ser decorrente de uso excessivo da musculatura, como em frequentadores assíduos de academia, por trauma, posturas ou movimentos repetidos, entre outras situações.

A dor muscular se caracteriza por piorar com o movimento e ou palpação, e melhorar com repouso e uso de medicamentos relaxantes musculares.

O tratamento irá depender da intensidade da dor, basta manter-se em repouso de 1 a 2 dias, ou associar o uso de anti-inflamatórios e analgésicos comuns.

Quando deve procurar uma emergência / urgência?

Em caso de dor no peito, procure atendimento médico com urgência se:

  • A dor no peito tiver início súbito e vier acompanhada de sintomas como suor frio, mal-estar, dificuldade em respirar, batimentos cardíacos aumentados, náuseas e/ou vômitos;
  • A dor no peito se espalhar para mandíbula, braço esquerdo ou costas;
  • A dor no peito for forte e não melhorar após 20 minutos;
  • É portador de angina e o desconforto no peito se torna mais intenso subitamente ao praticar atividades leves ou dura mais tempo que o habitual;
  • Os sintomas de angina surgirem enquanto você estiver em repouso;
  • História prévia de ataque cardíaco ou embolia pulmonar;
  • Dor no peito associado a tosse com catarro verde e ou amarelado.
  • A dor no peito tiver início súbito e vier acompanhada de dificuldade para respirar, especialmente após viagem longa, permanecer muito tempo sentado (a), acamado(a) ou imobilizado(a) por cirurgia, por exemplo.

Em caso de dor no peito, verifique a ocorrência de outros sinais e sintomas procure um serviço de urgência, visto que as doenças cardiovasculares estão entre as principais causas de morte na população, e se iniciam com queixa de dor no peito.

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Falta de vitamina B12: o que causa, quais os sintomas e como repor?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A falta de vitamina B12 (cianacobalamina) pode ser causada pelo baixo consumo de alimentos de origem animal ou pela menor absorção dessa vitamina no corpo, como ocorre em doenças do trato gastrointestinal.

A anemia perniciosa (doença autoimune), dietas (vegetarianas e veganas), doença de Crohn, uso de alguns medicamentos e cirurgias que reduzem o tamanho do estômago, como as cirurgias bariátricas, são situações que provocam a deficiência dessa vitamina.

Sabendo que a vitamina B12 não é produzida pelo nosso organismo e tem um papel fundamental na formação de glóbulos vermelhos (sangue), proteínas e manutenção do sistema nervoso central, precisamos manter os níveis adequados, seja pela alimentação ou através de reposição com suplemento vitamínico.

O que causa falta de vitamina B12? 1. Anemia perniciosa

A anemia perniciosa é a principal causa de deficiência de vitamina B12. Trata-se de uma doença autoimune em que o organismo produz anticorpos contra células do estômago, produtoras de fator intrínseco. O fator intrínseco é uma proteína produzida no estômago que atua na absorção desta vitamina.

Diabetes do tipo 1, vitiligo, hipotiroidismo e outras doenças autoimunes, aumentam o risco de anemia perniciosa.

O tratamento para casos de anemia perniciosa inclui uma dieta orientada pelo nutrólogo ou nutricionista e reposição da vitamina. A vitamina B12 pode ser reposta por injeções ou por suplementos vitamínicos.

2. Alimentação pobre em alimentos de origem animal

A falta de vitamina B12 é bastante comum em pessoas que têm hábitos alimentares que não incluem ou ingerem de forma muito reduzida, alimentos de origem animal como os ovos e carnes vermelhas.

Os veganos e vegetarianos geralmente precisam inserir suplementos de vitamina B12 na sua alimentação.

3. Inflamações no intestino

A carência de vitamina B12 também pode ocorrer devido a certos problemas de saúde e condições que podem dificultar a absorção de vitamina B12 pelo organismo como:

  • Consumo excessivo de álcool;
  • Doença de Crohn - doença inflamatória do sistema gastrointestinal;
  • Doença celíaca - uma doença autoimune que causa inflamação provocada pelo glúten, trigo, cevada ou centeio que afeta a parede interna do intestino delgado e reduz a absorção de nutrientes como a vitamina B12.
4. Cirurgias do estômago ou intestinos

As cirurgias feitas para remover certas partes do estômago ou intestino delgado como, por exemplo, as cirurgias bariátricas, reduzem a capacidade de o organismo absorver a vitamina 12 ingerida e podem provocar a carência de vitamina B12.

Estas pessoas, normalmente, precisam utilizar suplementos de vitamina B12 junto com a alimentação.

5. Uso de alguns medicamentos

O uso prolongado de medicamentos que reduzem a concentração de ácido no suco gástrico como os antiácidos, omeprazol e ranitidina podem provocar a deficiência de vitamina B12.

A metformina, bastante utilizada por pessoas diabéticas, também pode provocar carência de vitamina B12.

Quais os sintomas da falta de vitamina B12?

Os sintomas da carência de vitamina B12 podem incluir:

  • Fraqueza
  • Fadiga (falta de energia, tontura ao ficar em pé ou realizar esforço)
  • Palidez
  • Irritabilidade
  • Dificuldade de concentração
  • Perda de apetite
  • Diarreia ou prisão de ventre
  • Falta de ar, especialmente durante o exercício
  • Inchaço e vermelhidão da língua ou sangramento nas gengivas

Se a quantidade de vitamina B12 permanecer baixa por um período prologado, poderá sofrer ainda danos neurológicos. Os sintomas neurológicos devido à falta de vitamina B12 incluem:

  • Confusão ou alteração do estado mental (demência) em casos graves
  • Dificuldade de concentração
  • Psicose (perda de contato com a realidade)
  • Perda de equilíbrio
  • Dormência e formigamento nas mãos e nos pés
  • Alucinações
Como posso repor a vitamina B12?

A reposição da vitamina se dá de maneira mais rápida e eficaz quando ingerida na forma de alimentos. No entanto, pode ser feito o uso da vitamina sintética, em forma de suplementos.

Alimentos ricos em vitamina B12
  • Carnes vermelhas (bovina, suína, fígado e outras vísceras)
  • Peixe (especialmente salmão e atum)
  • Frutos-do-mar
  • Aves
  • Ovos
  • Leite e derivados
Administração de vitamina B12 sintética

A reposição de vitamina B12 pode ser feita através de suplementos multivitamínicos, vitamina B12 injetável, gel nasal ou ainda vitamina B12 sublingual, que se dissolve sob a língua.

Vale lembrar que o corpo absorve melhor a vitamina B12 quando ela é tomada em conjunto com outras vitaminas do complexo B, como niacina (vitamina B3), riboflavina (vitamina B3) e piridoxina (vitamina B6), além de magnésio.

Como é feito o diagnóstico da falta de vitamina B12?

Para diagnosticar a deficiência da vitamina é preciso realizar um exame de sangue com a dosagem da vitamina B12.

Na maioria das vezes, o exame é realizado na presença de anemia, ou quando outros exames de sangue sugerem a presença de anemia perniciosa, uma forma de anemia causada por má absorção de vitamina B12.

A falta de vitamina B12 causa anemia?

Sim, pois a vitamina B12 é necessária para formação dos glóbulos vermelhos do nosso sangue. O tipo de anemia mais comum é causada pela deficiência de ferro, em seguida pela falta de vitamina B12.

Para maiores esclarecimentos sobre esse assunto, procure um médico da família, clínico geral ou nutrólogo.

Referência:

Associação Brasileira de Nutrologia

O que é anemia perniciosa e qual é o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Anemia perniciosa é uma condição que acontece quando a pessoa é incapaz de absorver a vitamina B12 a partir da comida. Na anemia perniciosa, há falta de uma proteína localizada no estômago chamada fator intrínseco, que é responsável pela absorção da vitamina B12 pelo intestino. Sem absorver essa vitamina, o organismo apresenta déficit na quantidade de células vermelhas, caracterizando uma anemia.

A anemia perniciosa também pode ocorrer devido à falta de vitamina B12 na alimentação, uso de certos medicamentos, além de doenças no estômago e no intestino que prejudicam a absorção da vitamina.

Glóbulos vermelhos do sangue

A anemia é uma condição que ocorre quando o número de glóbulos vermelhos está baixo ou existe uma baixa concentração de hemoglobina dentro dessas células. A hemoglobina é uma proteína que se liga ao oxigênio, permitindo assim que os glóbulos vermelhos possam transportá-lo e distribuí-lo para o resto do corpo através do sangue.

Por quê a falta de vitamina B12 provoca anemia perniciosa?

A vitamina B12 é essencial para a produção de glóbulos vermelhos do sangue, também conhecidos como hemácias ou eritrócitos. Por isso, a anemia perniciosa também é conhecida como anemia por deficiência de vitamina B12.

A vitamina B12 é proveniente da alimentação a partir de alimentos como ovos, carne vermelha, aves, peixes, leite e derivados. Porém, para que ela possa ser absorvida adequadamente pelo intestino, é necessário que as células localizadas na parede interna do estômago produzam uma proteína, que é o fator intrínseco. A ausência ou pouca quantidade de fator intrínseco causa anemia perniciosa.

Qual é o tratamento para anemia perniciosa?

O tratamento para anemia perniciosa é feito com a reposição de vitamina B12 de forma intensiva no momento do diagnóstico da doença e de forma mais espaçada após o controle dos sintomas.

A vitamina B12 normalmente é administrada através de injeções. No início do tratamento, a pessoa costuma receber injeções a cada 2 dias, durante duas semanas, ou todos os dias, durante uma semana. Depois desse período, a pessoa ainda recebe uma injeção por semana, durante 4 semanas.

Quando a anemia perniciosa tem como causa a falta de vitamina B12 na dieta, o tratamento também pode ser feito com comprimidos da vitamina.

Se a anemia perniciosa não for causada pela falta de vitamina B12 na alimentação, mas sim pela incapacidade do organismo em absorvê-la, pode ser necessário tomar injeções de vitamina B12 a cada 3 meses ou todos os meses, até o fim da vida.

Quais as causas da anemia perniciosa?

As principais causas de anemia perniciosa são a gastrite atrófica (enfraquecimento e inflamação da mucosa que reveste o estômago) e uma condição autoimune em que o sistema imunológico ataca e destrói o fator intrínseco ou as células do estômago que produzem a proteína.

A anemia perniciosa também pode ser causada pela falta de vitamina B12 na alimentação e uso de certos medicamentos, como metformina, omeprazol e ranitidina, que prejudicam a absorção do nutriente.

Em casos raros, a anemia perniciosa pode ser transmitida de pais para filhos (anemia perniciosa congênita). Nesses casos, o organismo do bebê não produz quantidades suficientes de fator intrínseco ou o seu intestino não é capaz de absorver adequadamente a vitamina B12.

Existem ainda alguns fatores de risco que favorecem o aparecimento da anemia perniciosa, tais como:

  • História anemia perniciosa na família;
  • Doença de Addison;
  • Doença de Graves;
  • Hipoparatireoidismo e hipotireoidismo;
  • Miastenia grave;
  • Mulheres com menos de 40 anos que perdem as funções dos ovários;
  • Diabetes tipo 1;
  • Disfunção testicular;
  • Vitiligo;
  • Síndrome de Sjögren;
  • Doença de Hashimoto;
  • Doença celíaca;
  • Pós-operatório da cirurgia de bypass gástrico.
Quais os sinais e sintomas da anemia perniciosa?

Os glóbulos vermelhos são responsáveis pelo transporte de oxigênio dos pulmões para os tecidos do corpo através do sangue. Com menos hemácias no sangue, menos oxigênio chega às células.

Os sintomas da anemia são consequência dessa diminuição da oxigenação dos órgãos e tecidos do corpo. No caso da anemia perniciosa, a pessoa poderá apresentar ainda sinais e sintomas da falta de vitamina B12.

Assim, uma pessoa com anemia perniciosa pode apresentar:

  • Dificuldades no pensamento, confusão mental;
  • Alterações de humor;
  • Dificuldade na memória;
  • Icterícia (pele e olhos amarelados);
  • Vermelhidão e dor na língua;
  • Feridas na boca;
  • Alteração ou diminuição da sensibilidade (dormência);
  • Perturbações visuais;
  • Irritabilidade;
  • Depressão;
  • Formigamento nas mãos e pés;
  • Alteração no equilíbrio;
  • Fraqueza;
  • Aceleração dos batimentos cardíacos;
  • Falta de ar;
  • Dor de cabeça;
  • Zumbido nos ouvidos;
  • Falta de apetite;
  • Dores musculares;
  • Desmaio;
  • Facilidade em adquirir infecções;
  • Aumento das chances de sangramento;
  • Palidez da pele e das mucosas.

Na presença desses sintomas, procure uma unidade de saúde para uma avaliação médica.

Saiba mais em:

Hemácias normocíticas e normocrômicas é anemia?

Abaulamento discal: o que é, quais os sintomas e como tratar
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Abaulamento discal difuso ou protrusão discal é o desgaste associado à perda de elasticidade do disco intervertebral, disco gelatinoso que fica localizado entre uma vértebra e tem como função amortecer impactos na coluna vertebral e facilitar os movimentos.

Seus principais sintomas incluem dor, dormência e sensação de formigamento.

O tratamento da protusão discal consiste no de analgésicos, anti-inflamatórios, relaxantes musculares e fisioterapia. A cirurgia somente é indicada quando a dor e a limitação de movimentos compromete a realização das atividades da rotina diária e não melhoram com outros tratamentos.

Abaulamento discal difuso: área de desgaste e perda de elasticidade do disco intervertebral. É também o início da formação da hérnia discal. Sintomas de abaulamento (protusão) discal difusa

Os sintomas de abaulamento (protusão) discal variam de acordo com o local em que ela ocorre e se manifestam no trajeto do nervo que está sendo comprimido, por exemplo, se a protusão atingir a região lombar do lado direito, o comum é que os sintomas ocorram na perna direita.

De forma geral os sintomas incluem:

  • Dor,
  • Dormência,
  • Sensação de formigamento,
  • Redução da força muscular.

É comum que o abaulamento aconteça na região lombar ou região cervical.

Abaulamento na coluna lombar

Ao ocorrer abaulamento na coluna lombar, a dor pode irradiar desta região para a perna do mesmo lado da protusão. Além da dor, a pessoa sentirá formigamento, dormência e perda de força muscular no membro afetado. São comuns a dificuldade de manter-se em pé ou sentado por longo período e de praticar atividades que requeiram força nas pernas.

O abaulamento discal L4-L5 ocorre especificamente entre a 4ª vértebra lombar e 5ª lombar 5 (L4 – L5) e entre a quinta lombar e primeira sacral 1 (L5 - S1).

O abaulamento discal L5-S1 se dá entre as vértebras da região lombar e sacra da coluna vertebral, particularmente entre a quinta vértebra lombar e a primeira sacral 1 (L5 - S1). Neste tipo de protusão, pode ocorrer compressão do nervo ciático e a pessoa pode apresentar dor lombar e dor ciática.

Abaulamento na coluna cervical

No abaulamento na coluna cervical (pescoço), a dor irradia para o braço do mesmo lado da protusão e pode ocorrer perda de força muscular, dificuldade de movimentar o braço, além de formigamento.

Neste caso, a coluna cervical também pode ser acometida, e os sintomas são de dor no pescoço, conhecida como dor cervical ou cervicalgia.

Tratamento do abaulamento discal

O tratamento do abaulamento ou protusão discal, depende do grau de desconforto e limitação que ele provoca, da sua localização e da sua gravidade. Pode ser efetuado com medicamentos, exercícios de alongamento, fisioterapia e cirurgia.

  • Medicamentos: os analgésicos, anti-inflamatórios e relaxantes musculares podem ser indicados pelo médico para reduzir a dor, inchaço e reduzir a tensão muscular. É possível também o uso de medicamentos tópicos como sprays de gelo e adesivos anestésicos para alívio da dor e inflamação.
  • Aplicação de calor: o uso de bolsas de água quente serve para reduzir o espasmo muscular e produzir o efeito anestésico para redução da dor.
  • Fisioterapia: indicada para corrigir a postura e estrutura da coluna, fortalecer a musculatura e alongamento da região posterior do corpo para que a dor não se torne crônica.
  • Cirurgia: é efetuada em casos mais severos, especialmente quando a hérnia de disco está presente. Pode ser indicada também quando há muitas limitações de movimentos e quando as outras formas de tratamento não tiveram efeito.

A protusão discal corresponde à fase inicial das hérnias de disco. Isto indica que, quando não tratado, o abaulamento discal difuso pode evoluir para a hérnia de disco.

Ao sentir os sintomas de abaulamento ou protusão discal, procure o médico de família, ortopedista ou reumatologista para avaliação e tratamento adequados.

Para saber mais sobre abaulamento discal e hérnia de disco, você pode ler:

O que é abaulamento discal e que sintomas pode causar?

Abaulamento discal tem cura? Como é o tratamento?

Hérnia de disco tem cura? Qual o tratamento?

Quando a cirurgia de hérnia de disco é indicada?

Referências

Peng B, DePalma MJ. Cervical disc degeneration and neck pain. Journal of pain research. 2018;11:2853.

Will JS, Bury DC, Miller JA. Mechanical low back pain. American family physician. 2018 Oct 1;98(7):421-8.

SBR. Sociedade Brasileira de Reumatologia.

SBOT. Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia.

Tremedeira no corpo: o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A tremedeira é uma espécie de movimento agitado e involuntário do corpo, que ocorre principalmente nas mãos e nos braços, contudo pode afetar qualquer parte do corpo, incluindo a cabeça, membros ou as cordas vocais.

Pode ser causada por problemas diversos, como estresse, ansiedade, falta de sono, uso de medicamentos e até as doenças neurológicas e neurodegenerativas.

Por isso deve ser feita uma investigação pormenorizada de acordo com a localização do tremor, a intensidade e outros sintomas associados.

O que causa tremedeira no corpo?

A tremedeira no corpo pode ser causada por:

  • Tremor essencial;
  • Doença de Parkinson;
  • Uso de medicamentos;
  • Crise de ansiedade;
  • Consumo ou abstinência de álcool;
  • Cansaço ou fraqueza muscular;
  • Distúrbios do sono;
  • Envelhecimento normal;
  • Derrame cerebral (AVC);
  • Hipertireoidismo;
  • Tumor cerebral;
  • Esclerose múltipla;
  • Consumo excessivo de café ou outras bebidas com cafeína.

O tremor essencial é o tipo de tremedeira mais comum. Geralmente ocorre quando a pessoa está realizando um movimento, como alcançar um objeto ou escrever. Este tipo de tremor tem origem familiar.

Qual é o tratamento para tremedeira no corpo?

O tratamento para tremedeira depende da causa. Muitas vezes, o tremor no corpo pode não precisar de tratamento, a menos que a tremedeira interfira nas atividades diárias ou cause constrangimentos.

Podem ser indicados medicamentos para ajudar a aliviar o tremor. Porém, os resultados dependerão do estado de saúde geral da pessoa e da causa efetiva dos tremores.

Para tremores no corpo provocados pelo estresse, são indicadas formas de aliviar e controlar o estresse, através de tratamentos alternativos, como técnicas de relaxamento, atividade física, exercícios respiratórios, psicoterapia, entre outras.

Em qualquer tipo de tremedeira no corpo, é recomendado evitar o consumo excessivo de cafeína e dormir bem.

Se o tremor for causado pelo uso de medicamentos, deve-se consultar o médico sobre a possibilidade de trocar ou suspender o uso da medicação. Não é recomendado interromper ou alterar o uso da medicação por conta própria.

Nos casos de tremores no corpo provocados pelo consumo de álcool, é importante uma avaliação médica e iniciar tratamento específico de interromper esse hábito.

Tremores decorrentes de doenças e condições tratáveis, como o hipertireoidismo, provavelmente diminuirão quando a causa for controlada ou resolvida.

Para pessoas com tremor nas mãos, recomenda-se comprar roupas com fechos de velcro e botões de ganchos. Na hora de cozinhar ou comer, deve-se usar talheres e utensílios de cabo longo. Para beber, é indicado o uso de copos finos. Os calçados não devem ter cadarços.

Leia também: Tenho tremor nas mãos, o que pode ser?

Quando procurar um médico em caso de tremedeira?

Em caso de tremor nas mãos, nas pernas ou em qualquer parte do corpo, procure um médico se:

  • A tremedeira piora em repouso e melhora com o movimento, como ao tentar alcançar algo;
  • O tremor for intenso, prolongado ou interferir na vida diária;
  • Os tremores vierem acompanhados de outros sintomas, como dor de cabeça, fraqueza, movimentos anormais da língua ou outros tipos de movimentos que não podem ser controlados.

Um tremor que não desaparece com o tempo pode ser sinal de algum problema de saúde ou doença e deve ser avaliado por um médico neurologista, clínico geral ou médico de família.

Pode lhe interessar ainda: Coração acelerado, tremores no corpo e formigamento nas mãos e braços, o que pode ser?

O que fazer em caso de dormência ou formigamento dos dedos dos pés?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

A dormência ou formigamento nos dedos dos pés podem ser causados por:

  • Compressão do nervo ou no vaso sanguíneo que chega ao nervo
  • Problemas de circulação
  • Diabetes
  • Lesão de nervos
  • Inflamação

Se você tem diabetes e sente dormência e formigamento dos dedos dos pés e pés, pode estar desenvolvendo a neuropatia diabética. É importante que entenda como ela se desenvolve e o que fazer para prevenir complicações.

A dormência e formigamento dos dedos dos pés e das mãos associados a outros sintomas podem ser sinais de hanseníase (lepra).

Os sintomas podem começar pela ponta dos dedos e, se a causa persistir, passarem a afetar o pé. Você deve procurar um médico para investigar a causa sempre que a dormência ou formigamento forem contínuos. Veja abaixo o que acontece e o que fazer em cada caso:

O que fazer quando algo comprime um nervo ou um vaso?

O excesso de peso, postura ou calçados apertados são causas fáceis de associar à compressão dos dedos. Ela faz com que o sangue não chegue até o nervo e isso causa a sensação de dormência ou formigamento. Normalmente a sensação é passageira e mais simples de resolver.

Quando a dormência for causado por postura ou excesso de peso, a sensação normalmente acaba se você modificar a posição do pé para liberar os dedos do que está causando a compressão e movimentá-los. Tirar o calçado que está apertando os dedos tem o mesmo efeito.

O nervo pode ser comprimido em doenças como a hérnia de disco, a síndrome do túnel do tarso e a neuropatia fibular. Nesses casos, a dormência ou formigamento são contínuos. Você precisa procurar um médico para investigar se um desses problemas é o que causa a sensação.

Se a compressão persistir por muito tempo, mais fibras do nervo são afetadas e ele pode sofrer degeneração. O resultado pode ser o surgimento de dor e falta de força para os movimentos nos dedos e no pé.

Procure um médico quando há um problema de circulação

Quando a circulação sanguínea não está boa, os nervos podem não receber a quantidade de alimento e oxigênio necessários. As extremidades, principalmente dos membros inferiores (dedos dos pés e pés) são mais sensíveis aos problemas de circulação.

Vasculite e doença aterosclerótica são dois exemplos de doenças que afetam a circulação sanguínea. Elas podem causar degeneração do nervo em poucos dias, o que faz com que os sintomas (dormência, formigamento, dor) sejam contínuos.

O início rápido do tratamento da doença que está causando o problema é fundamental. Isso permite que o nervo danificado se recupere e a sensibilidade da região afetada volte ao normal. Por isso, é importante procurar um médico.

Controle o açúcar do sangue

A neuropatia diabética é a complicação mais comum da diabetes tipo 1 e 2. Ela é percebida inicialmente por causar dormência ou formigamento nos dedos dos pés e nos pés, levando à perda progressiva de sensações.

A diabetes danifica os nervos periféricos quando não está controlada. O nível alto de açúcar do sangue (hiperglicemia) prejudica a circulação do sangue, causa inflamação e toxicidade direta, começando pelas extremidades dos nervos. Por isso, a perda de sensações começa nos dedos dos pés.

São fatores que aumentam a gravidade da neuropatia diabética e o risco de complicações:

  • A duração e a gravidade da hiperglicemia
  • A associação da diabetes com hipertensão, obesidade e problemas de colesterol e / ou triglicérides altos (síndrome metabólica)

As complicações mais comuns da neuropatia diabética são feridas nos pés, dores nas articulações e quedas. Se você é diabético, precisa controlar a glicemia e as outras doenças associadas à diabetes para diminuir a progressão e evitar essas e outras complicações da doença.

O que fazer quando há lesão de nervos?

O rompimento do nervo pode acontecer devido a um ferimento ou corte que o divide em duas partes. A parte final dele, responsável por sentir o toque e a pressão, fica sem comunicação com a parte do nervo que vem da coluna. Por isso, a pessoa perde essas sensações no local.

É uma causa que não é frequente, mas é fácil de ser identificada. As sensações podem voltar depois de um tempo, sem necessidade de tratamentos.

A dormência ou formigamento podem ser percebidos anos depois para quem fez radioterapia para tratamento de câncer cervical ou de próstata, por exemplo. A pessoa pode sentir também falta de força progressiva para movimentar o dedo, dedos ou o pé. Se esse pode ser o seu caso, procure um médico.

Hanseníase ou lepra

A hanseníase é causada por uma bactéria que, entre outras coisas, afeta os nervos. A suspeita inicial da doença se baseia na presença de alguns sinais:

  • Perda de sensibilidade nos dedos das mãos e pés
  • Perda de sensibilidade na pele, percebida por não sentir dor ao se ferir (cortes e queimaduras que não doem)
  • Manchas mais claras ou avermelhadas na pele
  • Machucados que não respondem a tratamento
  • Caroços e inchaço no lóbulo da orelha e no rosto
  • Falta de transpiração em partes do corpo

No caso de apresentar algumas das manifestações, procure um médico. A hanseníase é um problema de saúde pública em algumas regiões do país.

Inflamação

Doenças virais, como as causadas pelos vírus herpes zoster, herpes simplex e Epstein-Barr podem afetar os nervos e causar sensação de dormência e problemas de movimentação nos dedos, pés e pernas. Há outras doenças que também podem causar inflamação que afeta o funcionamento do nervo, mas são mais raras.

Nesses casos, a dormência e demais sintomas são contínuos. Você precisa de uma avaliação médica para saber se uma dessas doenças é o que causa a dormência e formigamento nos seus dedos ou pés.

O que fazer em outras situações que causam dormência nos dedos dos pés?

Você também pode sentir dormência nos dedos dos pés:

  • Quando está muito frio
  • Após cirurgias (devido ao efeito da anestesia ou de outros medicamentos)
  • Quando o pé está engessado e o gesso está muito apertado
  • Devido à deficiência de vitamina B1 (mais comum para quem bebe excesso de bebidas alcoólicas com frequência)

A dormência passa:

  • Basta proteger os pés do frio com meias e calçados adequados
  • Quando o efeito do medicamento acabar, algum tempo após o término da cirurgia

No caso em que o gesso apertado estiver causando a dormência, consulte um médico ou enfermeiro para saber o que deve fazer.

Se suspeitar que a dormência nos dedos dos pés pode ser causada por deficiência de vitamina B1, procure um médico de família para indicar o tratamento adequado.

Saiba mais em:

Sinto dormência nos pés, o que pode ser?

Estou sentindo dormência nos membros. O que pode ser e qual médico procurar?

Referências

UpToDate

Causas de dores nas pernas
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dor nas pernas pode ter muitas causas, sendo as mais comuns:

  • Cansaço muscular,
  • Cãibras;
  • Problemas de circulação;
  • Problemas de articulação e
  • Compressão do nervo ciático, por doenças de coluna.

Para identificar a causa e planejar o melhor tratamento, é preciso procurar um médico especialista, neste caso, o angiologista.

Causas de dores nas pernas 1. Cansaço muscular

O mais comum é que o cansaço nas pernas ao fim do dia seja desencadeado pelo esforço ou por longos períodos em uma mesma posição (em pé ou sentada). As dores costumam atingir as duas pernas, na região das coxas e nas panturrilhas.

Para aliviar as dores pode ser feito uso de compressas mornas ou bolsa de água quente (bolsas térmicas) na região dolorida e exercícios de alongamento.

Os exercícios de alongamento promovem o alívio das dores musculares, favorecem a circulação do sangue e ajudam na postura, flexibilidade e amplitude dos movimentos. O ideal é que o alongamento seja orientado por um profissional de educação física ou fisioterapeuta.

2. Cãibras

As cãibras são as causas mais comuns de dor na panturrilha, também chamada de batata da perna. São contraturas musculares involuntárias que acontecem, normalmente, após atividade física intensa ou mesmo durante o sono.

Durante o episódio de cãibra ocorre uma dor aguda e progressiva que aumenta na medida em que a musculatura da panturrilha vai se contraindo.

Para aliviar esta dor e relaxar a musculatura, é recomendado realizar alongamento e massagem do músculo durante a contratura. A massagem com movimentos circulares deve ser feita no local da cãibra, lentamente.

Outra forma de relaxar ou alterar a movimentação do músculo, é tentar ficar de pé e colocar o peso do seu corpo sobre a perna acometida pela cãibra. Se você não consegue ficar em pé, sente-se em uma cadeira, estique a perna e puxe os pés para trás com as mãos.

3. Problemas circulatórios 3.1. Varizes

A sensação de queimação nas pernas é o sinal típico das varizes. Varizes são veias dilatadas, tortuosas e de calibre aumentado, que dificultam a circulação sanguínea.

O comprometimento da circulação causa outros sintomas, que são: dor nas pernas, formigamento, coceira, inchaço e mudanças na cor da pele, que se tornam mais esbranquiçadas ou escurecidas.

Para aliviar os sintomas de dor por varizes, o mais indicado é evitar manter-se muito tempo de pé movimentar as pernas para ativar a circulação sanguínea, várias vezes durante o dia.

Elevar as pernas acima do nível do coração por alguns minutos 2 a 3 vezes ao dia e usar meias de média compressão também são medidas que ajudam no retorno venoso, melhorando a circulação das pernas.

A meia deve ser vestida assim que acorda, para adaptar melhor a perna e retirar ao deitar. Não é recomendado dormir com as meias, a não ser que seja uma recomendação médica.

A avaliação pelo cirurgião vascular ou angiologista é fundamental para definir o tratamento definitivo nos casos de varizes.

3.2. Trombose

A trombose é o entupimento de um vaso sanguíneo. Quando atinge uma veia é chamado trombose venosa profunda e quando acomete uma artéria, trombose arterial.

O local mais frequente de ocorrer uma trombose é a perna, mas pode haver trombose no coração (infarto), no pulmão (tromboembolismo pulmonar), no cérebro (AVC isquêmico) e carótidas. Os sintomas dependem da localização e condições de saúde da pessoa.

A trombose venosa profunda na perna apresenta como principais sintomas: dor súbita e intensa na panturrilha, edema e calor local. A dor se torna mais intensa quando fazemos grandes esforços físicos, ao subir ladeiras, escadas ou quando as temperaturas estão muito frias.

Na suspeita de um trombose, procure imediatamente um atendimento médico com angiologista ou emergência, devido aos riscos de complicação.

4. Artrose

A artrose do joelho acontece por um desgaste das suas cartilagens. É uma causa comum de dor nas pernas, sendo bastante frequente em pessoas com mais de 50 anos e em pessoas com excesso de peso.

As características dessa dor incluem: dor no joelho após esforços físicos que melhoram com o repouso, rigidez ao se levantar pela manhã ou após longos períodos de repouso, presença de estalos (crepitações) quando movimenta o joelho, inchaço (edema) e dificuldade de caminhar.

Exercícios de alongamento aliviam a dor no joelho, no entanto é preciso que sejam acompanhados por um fisioterapeuta.

Para o tratamento definitivo pode ser preciso acrescentar medicamentos analgésicos, anti-inflamatórios e suplementos alimentares que ajudam na restauração dessa articulação. Nos casos de artrose mais avançada pode ser indicado infiltração (injeção) de corticóide dentro da articulação do joelho ou cirurgia.

Para definir o melhor tratamento consulte um ortopedista.

5. Cisto de Baker

O cisto de Baker é um cisto cheio de líquido que se forma na região posterior do joelho. Pode estar associado ao desgaste da cartilagem do joelho, artrite ou lesão da cartilagem.

Quando essas causas são resolvidas, o cisto costuma desaparecer. Os sintomas são: dor atrás do joelho, dificuldade de dobrar a articulação e inchaço. Além disso, o cisto pode facilmente encontrado na palpação.

Se o cisto provocar dor ou limitar os movimentos do joelho, impedindo esticar ou flexionar a perna, o tratamento com fisioterapia pode ser necessário. O ortopedista pode também indicar a retirada de líquido através de uma aspiração feita com uso de uma seringa.

6. Dor ciática

A dor provocada pela compressão do nervo ciático costuma ocorrer após um esforço ou pegar um peso além do habitual.

Os sintomas são de dor em formigamento, choque ou dormência que se inicia na coluna e segue para o glúteo, região posterior da coxa, lateral da perna, tornozelo ou até o pé, do lado comprometido.

Para aliviar a dor, deve permanecer em repouso, aplicar compressas mornas na região da coluna e fazer uso de um relaxante muscular ou analgésicos.

Adotar uma boa posição para dormir também é importante para aliviar a dor e/ou evitar o seu agravamento. Durma de lado, o mais curvado possível, ampliando o espaço entre as vértebras. Pode usar um travesseiro embaixo do pescoço e outro travesseiro entre as pernas.

O médico neurologista ou ortopedista são os responsáveis por avaliar e definir o melhor tratamento, para cada caso.

O que posso fazer para aliviar a dor nas pernas?
  • Repouso: o repouso é, na maior parte dos casos de dor nas pernas, o modo mais rápido de promover o alívio da dor. Especialmente nos casos em que a dor tem relação com o esforço físico;
  • Elevar as pernas: Deitar-se com as pernas elevadas favorece a circulação sanguínea;
  • Banho morno: Tomar um banho morno para relaxar a musculatura e estimular a circulação sanguínea;
  • Alongamentos: Se você trabalha por muito tempo sentado ou em pé, movimente-se e alongue as pernas a cada duas horas de trabalho. Os exercícios de alongamento promovem o relaxamento da musculatura em torno dos ossos, o que leva ao alívio da dor;
  • Compressas de gelo podem ajudar a aliviar dores provocadas por pancadas nas pernas e quedas, sempre por cima de um pano, para evitar queimaduras;
  • Meias elásticas de média compressão: Em casos de varizes a dor pode ser amenizada com uso de meias de média compressão e alongamentos.

Em algumas situações, o tratamento pode envolver o uso de medicamentos anti-inflamatórios que controlam a dor, sessões de fisioterapia ou mesmo cirurgias. Estes tratamentos devem ser indicados por um ortopedista, médico de família ou clínico geral.

Dor na perna esquerda pode ser infarto?

Na verdade a dor na perna, devido ao entupimento da artéria, não é um dos sinais da doença, mas é considerado um sinal de maior risco para o infarto. Isso porque, a aterosclerose, doença caracterizada pela formação de placas de gordura dentro do vaso sanguíneo, pode acometer qualquer artéria do corpo.

A doença arterial na perna, compromete a circulação sanguínea e tem como sintomas: dor e sensação de cãibra ao caminhar, fisgada e sensação de cansaço nas pernas. Outros sintomas menos comuns são, a perda de pelos nas pernas, unhas dos pés enfraquecidas, coloração esbranquiçada das pernas e infecções constantes nos pés.

Placas de gordura na parede das artérias que provocam a obstrução arterial e reduze a passagem de sangue.

Essas placas de gordura podem soltar pequenos pedaços, que chamamos de êmbolo, que seguem pela circulação até encontrar um vaso mais estreito e causar um entupimento. Essa é a principal causa, por exemplo, de tromboembolismo pulmonar. Uma doença grave que pode levar à morte.

É importante que você observe e descreva para o médico a sua dor, intensidade, quando surgiu e o que você fez para aliviar. Na suspeita de trombose na perna ou má circulação, procure o quanto antes uma avaliação médica.

Não utilize nenhum medicamento sem orientação médica.

Leia mais sobre esse assunto no artigo: Sinto muita dor nas pernas. O que pode ser?

Referências:

  • Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. Consensos Brasileiros de Ortopedia e Traumatologia.São Paulo: Agência NaJaca, 2019.
  • Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular
Dor no coração: o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dor no coração pode ter diversas causas, sendo as mais comuns: o infarto agudo do miocárdio (infarto cardíaco), pericardite e outras doenças cardíacas, doenças pulmonares, como a pneumonia e derrame pleural, ansiedade, síndrome do pânico ou mesmo excesso de gases.

A dor no coração em aperto, acompanhada de suor frio e falta de ar, normalmente está associada ao Infarto Agudo do Miocárdio. A dor pode irradiar para os braços, costas, pescoço e mandíbula, causando sensação de formigamento. Entretanto, nem todas as dores no peito, são indicativas de infarto.

1. Infarto Agudo do Miocárdio (IAM)

O infarto ocorre quando parte da musculatura cardíaca deixa de receber irrigação sanguínea e, por consequência, oxigênio. Esta falta de oxigênio leva a morte das células, o que chamamos de necrose.

A dor que se manifesta nos casos de infarto é descrita como em aperto, pontada ou queimação. Esta dor, normalmente, irradia-se para o braço esquerdo, ombro, costas, pescoço ou mandíbula, provocando sensação de formigamento.

Os fatores de risco para a doença são a idade, acima de 45 anos, pressão alta mal controlada, sobrepeso, colesterol elevado, tabagismo e história familiar de doenças cardiovasculares.

Veja mais em : Dores no braço podem ser sintomas de ataque cardíaco?

2. Angina do peito ou Angina pectoris

A angina do peito ou angina pectoris é caracterizada por uma dor em aperto no coração, provocada pela má circulação nas artérias do coração, artérias coronárias. A dor é sinal de que a musculatura cardíaca está em sofrimento por falta de oxigênio. Se o quadro de angina permanecer por tempo prolongado, desenvolve-se o infarto.

A angina pode ser classificada estável, quando melhora após o repouso, ou instável, quando não melhora, caracterizando um quadro mais grave.

A dor geralmente é precipitada por esforço físico, mas pode ocorrer acontecer a noite, em repouso, inclusive acordando a pessoa devido à dor. Algumas pessoas sentem dor no estômago ou na mandíbula.

Pessoas com colesterol elevado, alimentação com excesso de carboidratos, hipertensão descompensada, diabetes e tabagistas são mais propensas a desenvolver não só o infarto, mas também a angina de peito e acidente vascular cerebral.

Leia mais em: o que é angina e quais os sintomas? e qual a diferença entre angina estável e angina instável?

3. Costocondrite

A costocondrite é uma inflamação das cartilagens que ligam as costelas ao osso esterno (osso do meio do peito). As causas mais comuns são o excesso de atividade física e má postura.

Por vezes pode causar dor tão intensa, que se assemelha a dor do infarto, levando a pessoa a procurar atendimento de urgência.

4. Pericardite

O coração fica alojado dentro de um saco membranoso chamado pericárdio. A pericardite é, portanto, uma inflamação do pericárdio. A dor provocada por esta inflamação é muito forte e pode ser confundida com a dor do infarto.

Doenças reumatológicas e infecções dentárias não tratadas são algumas das causas comuns de pericardite.

5. Arritmias cardíacas

As alterações na frequência do ritmo cardíaco, sejam batimentos cardíacos lentos, acelerados ou fora do ritmo, são chamadas de arritmias cardíacas. Estas alterações de ritmo podem desencadear sintomas como tonturas, mal-estar, palidez, dor no coração e suor frio.

As causas mais comuns de arritmia são a hipertensão, distúrbios de tireoide, insuficiência cardíaca, anemia, doença coronariana, envelhecimento e atividade física de alta intensidade.

Pessoas saudáveis, principalmente se houver história familiar de doenças cardíacas, também podem apresentar alterações cardiovasculares de forma aguda durante a vida.

6. Pneumonia

A pneumonia é uma doença infecciosa que acomete o pulmão, apresentando como sintoma comum a dor no peito. Entretanto, na maioria das vezes a dor se diferencia por piorar com a respiração profunda e com os movimentos, inclusive tosse.

A febre é outro sinal típico da doença, mas pode não estar presente em pacientes com imunidade baixa como idosos, diabéticos e imunodeprimidos.

Outras doenças pulmonares como pleurite ou derrame pleural também podem causar dores no peito.

7. Ansiedade

Durante as crises de ansiedade as pessoas experimentam o aumento da tensão da musculatura das costelas e aumento da frequência cardíaca, que podem vir acompanhados da sensação de dor em aperto no peito. Além disso, a dor pode associar-se à respiração superficial e rápida, aumento da transpiração, náuseas e alteração do funcionamento intestinal.

A ansiedade é bastante incapacitante e pode comprometer a vida cotidiana das pessoas.

Veja também: Quais são os sintomas do transtorno de ansiedade generalizada?

8. Síndrome do pânico

As pessoas com síndrome do pânico apresentam crises repentinas de medo intenso, acredita-se que por um desequilíbrio dos neurotransmissores responsáveis por enviar sinal de "perigo", sem que realmente existam, provocando taquicardia, perda do controle de si mesmo, suor frio, falta de ar, dormência e dor no peito.

A dor no peito que ocorre durante os ataques de pânico tem início súbito, localizada no tórax e pescoço, com duração de no máximo 10 minutos.

9. Excesso de gases

O acúmulo de gases é a causa mais comum de dor no peito.

O excesso de gases intestinais empurra os órgãos da cavidade abdominal para cima, provocando a sensação de dor em pontadas no peito. Pessoas que têm prisão de ventre são muito propensas à "dor no coração" por acúmulo de gases.

O que posso fazer ao sentir dor no coração?

Procure um cardiologista se a dor cardíaca for do tipo aperto peso ou queimação, com duração superior a 10 minutos e se vir acompanhada de:

  • Tontura
  • Náusea
  • Suor frio
  • Falta de ar
  • Dor de cabeça intensa
  • Formigamento
  • Taquicardia
  • Dificuldade de engolir

Diante destes sintomas procure um médico ou unidade hospitalar imediatamente, especialmente se a pessoa for portadora de hipertensão, cardiopatias, diabetes ou história familiar de infarto agudo do coração.

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