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Não tomei a injeção que era para tomar no dia 03 e agora?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Pode tomar a injeção já ou esperar sua menstruação, porém independente do que escolher, terá que usar camisinha ou não ter relações nos primeiros 30 dias, sob risco de gravidez devido a falha na continuidade do anticoncepcional.

Troca anticoncepcional tem risco de engravidar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Se fazer tudo certinho conforme orientação médica não há nenhum risco de engravidar na troca do anticoncepcional.

Geralmente, o ideal ao trocar o anticoncepcional oral por outro tipo de anticoncepcional oral é iniciar a nova cartela de comprimidos no dia em que iria tomar o anterior. Ou seja, logo após a pausa entre uma cartela e outra recomeçar com o novo comprimido, ao invés do anterior.

É ainda possível começar a tomar o anticoncepcional antes do dia programado para iniciar a nova cartela, o que não é recomendado fazer é começar a tomar o novo anticoncepcional com atraso. Quanto maior o atraso, maior é o risco de gravidez.

Nessa última situação é importante usar um método contraceptivo de barreira, como a camisinha, como método de apoio complementar, ao menos durante a primeira cartela do novo anticoncepcional.

Como fazer a troca de anticoncepcional oral para injetável?

Caso a mulher deseje trocar de um anticoncepcional em comprimidos para um anticoncepcional injetável, ela deve fazer terminar a última cartela de comprimidos, fazer a pausa e quando a menstruação vier ela toma a injeção, ela pode aplicar o injetável de preferência até 3 dias do inicio da menstruação.

Caso ultrapasse esse período está indicado uso de preservativo durante o primeiro mês de uso da injeção. Assim, ela garante a proteção contra a gravidez.

Portanto, o risco de gravidez se a transição de anticoncepcional for feito de forma correta é mínimo. Consulte o seu médico de família ou ginecologista caso deseje trocar o anticoncepcional, para assim receber a orientação mais adequada ao seu caso.

Melhor anticoncepcional: 5 dicas para ajudar na sua escolha
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A escolha do melhor anticoncepcional irá depender especialmente do estilo de vida de cada mulher, os possíveis efeitos colaterais e o planejamento familiar.

As pílulas são o método mais conhecido para evitar a gravidez, porém com a evolução dos medicamentos e diversidade, as mulheres podem procurar o que mais se adapte às suas necessidades e preferências.

As condições de saúde e condições financeiras, também devem ser consideradas.

1. Considerar o seu estilo de vida

O estilo de vida e o motivo pelo qual pretende usar métodos contraceptivos são muito importantes para essa escolha. Por exemplo, para mulheres ativas que possuem uma vida agitada e esquecem com frequência de tomar medicamentos, a pílula de uso contínuo, que precisa usar diariamente, pode não ser o melhor método.

O fato de esquecer de tomar a pílula compromete a sua eficácia. Deste modo, é recomendado um método mais prático e duradouro como o anel vaginal ou anticoncepcional injetável, que devem ser aplicados uma vez ao mês ou a cada 3 meses.

O implante subdérmico ou DIU também podem ser uma boa opção, se não houver contraindicações de saúde.

2. Conhecer os efeitos colaterais dos anticoncepcionais

Conhecer os possíveis efeitos colaterais de cada um dos métodos anticoncepcionais é a primeira dica. Isso porque além de ajudar na escolha, evita um desconforto e trocas constantes de contraceptivos.

Os efeitos colaterais são a principal causa de desistência das medicações entre as mulheres, especialmente aqueles que apresentam aumento de peso (bastante raro), tontura ou sangramento de escape (episódios de sangramento no meio do ciclo) com o seu uso.

Embora a maioria dos efeitos colaterais tenham uma duração curta, de 1 a 3 meses do início do tratamento, dependendo do caso e condições de saúde, mesmo esse período curto pode ser prejudicial para a mulher ou intolerável.

3. Informar se teve bebê recentemente e sobre amamentação

As mulheres que tiveram bebê há pouco tempo e que estão amamentando, devem utilizar os anticoncepcionais que contenham apenas progesterona. As pílulas com estrogênio e progesterona são as mais comuns, porém o estrogênio passa para o leite materno e pode prejudicar a saúde do bebê.

Portanto, estas mulheres podem utilizar a pílula de uso contínuo, as injeções mensais ou trimestrais de progesterona. O momento ideal para recomeçar o uso de anticoncepcional, mesmo que apenas com a progesterona deve ser definido pelo ginecologista.

4. Analisar as condições de saúde e histórico familiar

Na escolha do anticoncepcional, o estado de saúde e histórico familiar são muito importantes.

A presença de doenças crônicas e uso regular de certas medicações, podem contraindicar o uso de contraceptivos com hormônios, pois aumenta o risco de doenças tromboembólicas como o infarto e o AVC (acidente vascular cerebral).

História familiar de trombose, troboembolismo de AVC também contraindica parcialmente, o uso de algumas classes dessa medicação. Neste caso é preferível o uso de métodos de barreira ou DIU (dispositivo intrauterino), sem hormônios.

Problemas no útero é uma situação que pode contraindicar o uso de DIU, pelo risco de mau posicionamento, ou deslocamento do dispositivo, o que interfere na eficácia do método.

Informe ao médico, especialmente se é portadora de:

  • Enxaqueca e TPM fortes,
  • Acne,
  • Problemas de coagulação do sangue ou trombose,
  • Endometriose e
  • Ovários policísticos.

A avaliação médica e exames laboratoriais e de imagem, devem ser realizadas como rotina, para a definição do melhor método de contracepção, para cada mulher.

O melhor anticoncepcional para uma mulher, pode não ser o mais adequado para a outra.

5. Perguntar sobre o custo

Na escolha do melhor anticoncepcional é preciso conhecer o custo mensal de cada método. Inicialmente pode não ter grande impacto, mas precisa lembrar que o uso pode ser prolongado.

Existem marcas de anticoncepcionais orais (pílulas) ou DIU disponibilizados no Sistema Único de Saúde de forma gratuita, enquanto outros métodos, como os implantes subcutâneos, tem um custo elevado e podem não ser viáveis financeiramente.

Definir o custo adequado à sua situação financeira é uma dica que ajuda a manter o uso correto da medicação, o que é fundamental para a eficácia do remédio. Esquecer algum dia ou atrasar a aplicação da medicação, além de possibilitar uma gravidez não planejada, pode causar complicações como um descontrole hormonal.

Qual o melhor anticoncepcional para não engordar?

Algumas classes de anticoncepcionais estão relacionados com a retenção de líquido, o que acaba dando a sensação na mulher de aumento de peso, embora não aconteça em toda mulheres.

As mulheres que desejam evitar o efeito de retenção hídrica, pode optar pelo anticoncepcional que contém o hormônio drospirenona na sua formulação, por ser uma substância que possui ação diurética, impedindo a retenção de líquido.

São exemplos: o Iumi®, Elani 28®, Yas® e Yasmin®.

No entanto, estudos demonstraram que os anticoncepcionais com essa formulação, possuem um risco aumentado para trombose e doenças tromboembólicas. Sendo assim, antes de iniciar algum desses medicamentos, é fundamental passar por uma avaliação médica criteriosa.

Qual o melhor anticoncepcional para acne?

Para tratamento da pele, evitar aumento de oleosidade e acne na pele, são recomendados os anticoncepcionais combinados, com estrogênio e progesterona. São exemplos dessa classe: o Diane®, Selene®, Diclin® e Belara®.

Entenda melhor sobre as indicações e contraindicações do uso de anticoncepcional, nos seguintes artigos:

Referência:

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Christine Dehlendorf et al.; Contraception: Counseling and selection. UpToDate, Jun 26, 2020.

Monica V Dragoman, et al.; A systematic review and meta-analysis of venous thrombosis risk among users of combined oral contraception. Int J Gynecol Obstet, 2018; 141: 287–294.

Gengibre corta o efeito do anticoncepcional?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Gengibre não corta o efeito do anticoncepcional.

Não há contraindicações quanto ao uso do gengibre por mulheres que tomam anticoncepcional, seja ele pílula, adesivo ou injetável.

O que pode cortar o efeito do anticoncepcional são alguns medicamentos antibióticos, anticonvulsivantes e anti retrovirais.

Veja aqui o que pode cortar o efeito do anticoncepcional.

O gengibre pode ser utilizado pelas mulheres em uso de anticoncepcional. Se você usa alguma dessas medicações citadas, converse com seu/sua médico/a para tirar as dúvidas sobre os possíveis efeitos de alimentos e remédios nos anticoncepcionais.

Anticoncepcional pode perder o efeito com o tempo?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Não. Anticoncepcional não perde o efeito com o tempo.

O uso prolongado dos anticoncepcionais não diminui sua eficácia. A mulher pode passar meses ou anos usando o mesmo tipo de anticoncepcional (pílula, injetável, anel vaginal, DIU, implante subcutâneo, adesivos), bem como da mesma marca e ele continuará seu efeito de evitar gravidez.

A ressalva é feita no caso do DIU. O DIU de cobre deve ser trocado após 10 anos de uso e o DIU hormonal (Mirena®) deve ser trocado após 5 anos de uso. Quando se passa desse prazo, o DIU pode perder seu efeito contraceptivo.

Em caso de dúvidas, converse com o/a médico/a ginecologista, clínico/a geral ou médico/a de família sobre o seu atual método anticoncepcional e o tempo em que está em uso.

Tomei o Contracep pela primeira vez e me arrependi
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não existe medicamento para interromper o efeito do Contracep® ou auxiliar na gestação nesse momento. Terá mesmo que aguardar o efeito da medicação terminar, após 90 dias, e não aplicar a nova injeção.

Enquanto aguarda pelo período da medicação, pode agendar uma consulta com um obstetra, para dar início ao período de pré-natal, quando faz exames e começa a preparar o corpo da mulher para receber a gestação.

São necessários alguns exames clínicos e exames complementares, orientações nutricionais e orientações quanto aos hábitos de vida saudáveis.

Contracep®

O Contracep® é uma injeção composta por acetato de medroxiprogesterona, um anticoncepcional de longa duração, cuja concentração sanguínea aumenta com o decorrer do tempo e tem um efeito de proteção contra gravidez por até 90 dias consecutivos.

A maioria dos anticoncepcionais, seja oral ou injetável, tem um risco de desenvolver efeitos colaterais, especialmente no início do seu uso, enquanto o organismo está em fase de adaptação às dosagens de hormônios. Após 1 ou duas semanas esses sintomas já amenizam ou desaparecem completamente.

Os sintomas podem ser tontura, dores de cabeça, dores na barriga ou irregularidade na menstruação, podendo nem vir o sangramento, mas não indica gravidez. Provavelmente não está grávida, a ausência da menstruação é mais um dos efeitos colaterais esperados, para mulheres que fazem uso de anticoncepcionais injetáveis.

Quantos dias após a injeção de Contracep® já estou protegida?

Desde o primeiro dia da aplicação a medicação começa o seu efeito, atingindo a eficácia máxima a partir de 7 dias de uso. Ou seja, após 7 dias da injeção de Contracep®, o medicamento já confere proteção contra a gravidez. As relações ocorridas com 3 semanas de uso, mesmo sem proteção de camisinha, dificilmente resultarão em gravidez.

O risco de gravidez estimado para mulheres que usam o medicamento é de 0,4 a 0,6% apenas.

Atraso da menstruação

A irregularidade menstrual, como o atraso de 30 dias que ocorreu, é um efeito colateral comum da medicação, e pode ainda apresentar náuseas, tontura, dor de cabeça, edema, ganho de peso ou perda de peso e maior sensibilidade nas mamas.

Leia também: Anticoncepcional injetável tem efeitos colaterais?

Recomendamos sempre manter contato com o seu ginecologista, no caso de dúvidas quanto ao uso de anticoncepcionais, ou quanto ao desejo de engravidar brevemente, para um acompanhamento correto e orientações adequadas, sempre que necessário.

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Dúvidas sobre Anticoncepcional Injetável

Que exames devem ser feitos pelo homem e pela mulher antes de tentar engravidar?

Tomar anticoncepcional depois da relação faz efeito?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Se você já estiver tomando a pílula regularmente, há algum tempo, ela irá ser eficaz e proteger de uma gravidez após uma relação sexual sem proteção.

Contudo, se você ainda não toma nenhuma pílula, só adianta se o anticoncepcional for a pílula do dia seguinte, ou seja, um contraceptivo de emergência.

Portanto, se você teve uma relação sexual desprotegida e não está tomando regularmente nenhum anticoncepcional, não adianta iniciar a pílula depois da relação, pois ela só começará a fazer efeito após alguns dias.

A maioria das pílulas disponíveis só garantem eficácia na prevenção da gravidez após 1 semana de uso regular e sem esquecimentos, ou outros fatores que possam interferir na eficácia, como uso de medicamentos ou vômitos.

O que você deve fazer se tiver uma relação sexual desprotegida:

Na situação em que se tem uma relação sexual sem proteção e não se usa nenhum método anticoncepcional, o recomendado é tomar a pílula do dia seguinte. Geralmente, a pílula do dia seguinte consiste em 1 ou 2 comprimidos, que são tomados em um ou dois dias, o mais rapidamente possível após a relação sexual.

O limite máximo de tempo para se tomar a pílula do dia seguinte é de até 5 dias após a relação sexual desprotegida, sendo que quanto mais se demora para tomar, maior o risco de gravidez.

Após o uso da pílula seguinte se recomenda iniciar um método contraceptivo definitivo como as pílulas hormonais, que são mais seguras na prevenção de uma gravidez.

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Embolia pulmonar tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A embolia pulmonar tem cura, quando tratada a tempo. O tratamento precoce da embolia pulmonar pode salvar vidas, pois trata-se de uma patologia potencialmente fatal, que deve ser diagnosticada e tratada com urgência.

Em geral, a pessoa com esse diagnóstico, deve ser tratada na urgência hospitalar ou pronto-socorro, oportunidade em que o/a médico/a fará o tratamento indicado.

Após a estabilização, o tratamento mais comum é o uso de anticoagulantes como a heparina. A heparina, normalmente administrada como injeção subcutânea, pode ser aplicada pela própria pessoa ou por algum familiar. Esse tratamento deve ser feito por no mínimo 3 meses, seguindo um acompanhamento médico restrito.

Outros tratamentos também são possíveis como uso de trombolíticos, remoção do êmbolo pulmonar ou uso de filtro na veia cava inferior.

O diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento e para a cura da embolia pulmonar. O tratamento rápido e adequado diminui a taxa de mortalidade, as sequelas e melhora a qualidade de vida do paciente.

O que é embolia pulmonar?

A embolia pulmonar é o entupimento das artérias pulmonares provocado por um coágulo sanguíneo. A embolia ocorre quando um trombo formado em veias profundas, se desprende da parede do vaso sanguíneo, atravessa o lado direito do coração e bloqueia a artéria pulmonar.

Embolia pulmonar

Como resultado, o pulmão deixa de receber oxigênio e nutrientes e as células pulmonares morrem. Se não for tratada a tempo, a embolia pulmonar pode levar à morte em cerca de 30% dos casos.

A maioria dos trombos que causam embolia pulmonar são provenientes dos membros inferiores.

Quais são os sintomas da embolia pulmonar?

Os principais sintomas da embolia pulmonar incluem: dor no peito ao respirar, com início súbito; falta de ar; aumento das frequências cardíaca e respiratória; palidez e tosse, que pode vir acompanhada de secreção com sangue.

Vale lembrar que em cerca de 70% dos casos, a embolia pulmonar não provoca sinais e sintomas. 

Quais são as causas da embolia pulmonar?

As causas da embolia pulmonar estão relacionadas com os fatores de risco para desenvolver trombose venosa profunda

Assim, dentre as principais causas de embolia pulmonar estão: imobilização prolongada, paralisia, cirurgia recente, derrames cerebrais, câncer, história prévia de tromboembolismo venoso, obesidade, tabagismo (sobretudo se a pessoa fumar mais de 25 cigarros por dia), pressão alta, fratura de quadril, insuficiência cardíaca congestiva, gravidez, pós-parto, uso de pílula anticoncepcional e terapia de reposição hormonal. 

A escolha do tratamento da embolia pulmonar é definida de acordo com os fatores de risco do/a paciente além da disponibilidade de recurso em cada local.

Tomei injeção há 7 meses e não menstruei mais, o que fazer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A demora no retorno da menstruação é normal e esperado. Porém, o mais adequado é que procure um ginecologista.

As mulheres que fazem uso de anticoncepcionais, especialmente os injetáveis, levam em média, de 5 a 7 meses para retornar os ciclos, após a sua interrupção. A menstruação pode demorar até uma ano para acontecer, sem que represente um problema. Mas esse período pode se estender em até a um ano, sem que represente um problema.

O que fazer no caso de atraso menstrual?

Depende do motivo desse atraso. Na grande maioria das vezes, é preciso apenas acompanhar com o seu médico de família ou ginecologista.

Caso não planeje uma gravidez nesse momento, procure um método contraceptivo, como os métodos de barreira (camisinha), visto que a qualquer momento pode voltar a ovular.

Quando essa ausência é devido a uma gravidez, deve iniciar o quanto antes o pré-natal, com os exames e recomendações adequadas. O posto de saúde poderá oferecer todas as orientações.

Na presença de outros problemas como exercícios físicos extenuantes, dietas, estresse ou ansiedade, o tratamento pode ser feito com psicologia e orientações profissionais especializadas.

Para doenças como ovário policístico, miomas, endometriose ou tumores, pode ser preciso cirurgia. Entretanto, para cada uma destas situações haverá uma orientação específica.

O médico responsável por esse diagnóstico e tratamento é o ginecologista.

Causas de ausência da menstruação 1. Gravidez

A gravidez é a primeira causa a ser descartada quando a menstruação atrasa. Se houve relação com contraceptivos, é preciso realizar um teste de gravidez antes de tomar qualquer medicação ou realização de exames.

2. Uso regular ou prolongado de anticoncepcionais

O uso regular de anticoncepcionais reduz a camada do endométrio, com isso impede a formação de sangue que descama, dando origem à menstruação.

Quanto mais tempo faz uso do remédio, mais tempo pode levar para retornar aos ciclos normais, embora seja muito específico e dependa de cada organismo.

3. Menopausa

A menopausa, o término dos ciclos menstruais, costuma ocorrer nas mulheres a partir dos 50 anos de idade, entretanto, cada dia mais vemos casos de menopausa precoce, em mulheres com 40 anos ou pouco mais.

Sendo assim, na ausência da menstruação, o ginecologista deverá investigar os níveis de hormônios e possibilidades de um processo de menopausa.

4. Estresse e Ansiedade

Os fatores emocionais, como estresse exagerado, crises de ansiedade e depressão, também interferem nos hormônios e ciclo menstrual.

Se for o caso, é preciso que procure um psicólogo ou psiquiatra para avaliação e orientações.

5. Exercícios físicos exagerados

A atividade física extenuante é uma outra causa de ausência da menstruação. Nesses casos, basta adaptar os exercícios aos limites do seu corpo, de preferência com um profissional da área - educador físico.

6. Dietas e rápida perda de peso

A dieta restritiva não é recomendada, porque uma das consequências é a falta de subtâncias essenciais para a formação dos hormônios. Por exemplo, a ausência de carboidratos na dieta.

Uma dieta deve ser orientada por um profissional, nutricionista ou nutrólogo, que saberá avaliar as necessidades e formas de ajustar a sua alimentação sem prejuízos.

Em outras situações como a síndrome do ovário policístico, miomas, endometriose ou produção anormal de determinados hormônios (testosterona, hormônio da tireoide, cortisona), o tratamento inclui medicamentos e por vezes cirurgia.

Portanto, para maiores esclarecimentos, converse com ginecologista ou com o seu médico de família.

Referência:

  • Febrasgo - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia
  • UpToDate - Andrew M Kaunitz,, et al.; Depot medroxyprogesterone acetate (DMPA) for contraception: Formulations, patient selection and drug administration. Apr 10, 2020.
Anticoncepcional pode ser detectado em exame de sangue?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Não, o anticoncepcional não é detectado no exame de sangue, urina ou fezes.

O anticoncepcional é uma medicação que não é possível ser detectada em exames de sangue.

Tanto o anticoncepcional oral quanto o injetável são medicações que contêm hormônios capazes de reordenar o ciclo menstrual da mulher. Quando a mulher está em uso do anticoncepcional, não é possível detectar sua presença por exame de sangue.

Todos os exames de sangue são realizados com identificação pessoal, sigilo e o resultado é entregue diretamente para a própria pessoa.

Caso você tenha alguma dúvida, pergunte para seu/sua médico/a de família, ginecologista ou clínico/a geral.

Injeção para não engravidar aborta?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não. O anticoncepcional injetável não é capaz de provocar aborto.

Os anticoncepcionais injetáveis agem mantendo os hormônios estáveis no sangue, o que impede que ocorra a ovulação e consequentemente a gestação, contudo essa medicação não tem ação após a fecundação e início do desenvolvimento do embrião, portanto não causa aborto.

Este método contraceptivo é bastante eficaz, atingindo mais de 99% de proteção quanto a gestação não planejada, embora apresente alguns efeitos colaterais que devem ser avaliados junto ao seu médico assistente.

Além de contraceptivo, os anticoncepcionais injetáveis podem ser indicados para outras situações como: tratamento do hiperandrogenismo (excesso de hormônio masculino), melhora dos sintomas de tensão pré-menstrual, cólicas menstruais e nos casos de menorragia (aumento excessivo do fluxo menstrual).

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Tenho ovários policísticos, posso tomar o Contracep?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Quem tem ovários policísticos pode tomar o Contracep.

O Contracep é um anticoncepcional injetável que deve ser aplicado a cada 3 meses.

A presença de cisto no ovário é uma situação frequente entre as mulheres de todas as idades. Algumas podem apresentar dor em baixo ventre ou do lado do ovário que está o cisto, enquanto outras podem não ter qualquer sintoma.

A maioria dos cistos no ovário tende a se resolver sem nenhum tratamento. 

A mulher que tem ovários policísticos pode tomar o Contracep desde que não haja alguma contra-indicação ao uso de anticoncepcionais injetáveis.

Por isso, é importante uma consulta com o/a médico/a de família, clínico/a geral ou ginecologista para avaliação da presença de algum fator que impeça o uso da injeção.

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