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Porque sinto tanta dor em minha barriga depois da relação?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dor no "pé da barriga" após uma relação sexual, que acontece com muita frequência, pode ser um tipo de "dor pélvica crônica". Trata-se de uma situação comum entre as mulheres, que não é grave, e o tratamento depende da doença de base.

Tanto doenças físicas como emocionais podem causar dor pélvica, sendo as mais frequentes, a endometriose, doença inflamatória crônica, vaginismo e a cistite. O ideal é que procure uma avaliação médica para saber a causa e adequado tratamento.

No seu caso, o médico pode indicar remédios para evitar a dor após as relações, remédios para depois da relação, no intuito de controlar a dor e remédios de longo prazo, para tratar a dor crônica e tentar "curar" ou melhorar o problema.

Causas de dor após a relação, nas mulheres

1. Endometriose: doença ginecológica muito comum entre as mulheres, caracterizada pela presença de pequenas ilhas de tecido do endométrio (camada interna do útero), fora do útero, levando as sintomas de dor pélvica crônica, dor durante as relações, cólicas intensas na menstruação e dificuldade de engravidar.

2. DIP (doença inflamatória pélvica): inflamação nos órgãos reprodutores femininos, o local mais comum são as trompas. Além das dores e desconforto durante a relação, é comum haver corrimento com odor forte, cólicas, febre e mal-estar.

3. Vaginismo: Doença mais rara entre as mulheres, onde a musculatura da vagina se contrai de forma involuntária, causando dor local, dor pélvica e desconforto durante a relação. Parece ter relação com situações de estresse e ansiedade, mas não é um fator obrigatório.

4. Cistite: Infecção da bexiga, que leva a dor pélvica, dor durante a relação pela proximidade e inflamação da parede do órgão, ainda, ardência ao urinar, jatos pequenos de urina e vontade constante de ir ao banheiro. Não costuma ser uma causa de dor crônica, mas em casos de imunidade baixa, pode ser recorrente, causando os sintomas de desconforto nas relações.

E nos homens? Quais são as causas de dor na barriga depois da relação sexual?

Nos homens também pode ocorrer a dor abdominal após a relação, embora seja bem mais raro. Geralmente a causa é simples, tem relação com contração muscular natural, que acontece após o orgasmo. Mas se junto a dor apresentar outros sintomas como secreção pelo pênis, ardência ao urinar e/ou febre, pode indicar uma infecção sexualmente transmissível (IST) ou uma infecçāo urinaria.

Em ambas as situações, será preciso iniciar tratamento específico com antibióticos. Por isso, se suspeitar de infecçāo, procure um atendimento medico, de preferência com urologista, para avaliação.

O que fazer?

O primeiro passo deve ser procurar um ginecologista (para as mulheres) e urologista (para os homens), para avaliação. Definindo a causa, o tratamento mais indicado será prescrito e orientado pelo médico em questão.

Até que seja feito o diagnóstico e tratamento adequado, pode tentar o uso de remédios para controlar a dor antes ou após as relações, como o ibuprofeno ou relaxante muscular (miosan®).

Conheça um pouco mais sobre esse tema nos artigos abaixo:

Referência:

FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Pomadas para feridas nas partes íntimas: qual devo usar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Atualmente encontramos uma variedade grande e eficaz de pomadas para áreas íntimas, mas para definir a melhor opção, é preciso identificar a causa da ferida.

Para feridas originadas por proliferação de fungos, as pomadas antifúngicas são as mais indicadas. No caso de infecção bacteriana, com secreção amarelada (pus) e mau cheiro, é preciso incluir antibióticos.

Por isso, descrevemos nesse artigo opções de pomadas para diferentes situações e a forma de uso, mas lembramos que o primeiro passo deve ser sempre procurar uma avaliação médica para definir qual o agente causador dessa ferida, e ainda, se existe a necessidade de tratar o parceiro sexual ou não.

1. Feridas causadas por fungos

As feridas mais comuns são causadas por fungos, devido a região ser mais úmida e quente. Os sintomas são de ferida mais "esbranquiçada", dor e ardência local. As pomadas indicadas são as antifúngicas, como o clotrimazol, nistatina e isoconazol.

Clotrimazol creme vaginal - 10mg/g

O creme intravaginal de clotrimazol está indicada para candidíase vaginal, uma infecção fúngica que causa coceira intensa, vermelhidão e corrimento, geralmente, esbranquiçado.

  • Modo de uso: aplicar na vagina através do aplicador encontrado na embalagem, uma vez ao dia, de preferência a noite, já deitada, durante 7 dias consecutivos.

O produto pode ser aplicado também na área externa da vagina (grande lábios e vulva), além da região peniana do parceiro, para aliviar os sintomas de coceira e desconforto.

Nistatina creme vaginal

O creme de nistatina também é indicado para tratamento de candidíase vaginal.

  • Modo de uso: aplicar intravaginal, com os aplicadores do produto, durante 14 dias, todos os dias a noite, de preferência já deitada, para ajudar na absorção e menor perda do produto.
Nistatina + oxido de zinco pomada

A associação de nistatina com óxido de zinco, tem como principal indicação a prevenção e o tratamento de assaduras em bebês e crianças pequenas.

  • Modo de uso: aplicar fina camada nas áreas avermelhadas ou com muito atrito com a pele, como as axilas, virilha e dobras pescoço, de 1 a 2 vezes ao dia, após limpar e secar a região.
Isoconazol creme tópico a 1%

O creme é indicado para casos de balanite (candidíase peniana), vulvovagintes e candididase feminina. Encontrado como Gyno-Icaden®, medicamento de referência ou similares, o produto deve ser usado da seguinte forma:

  • Modo de uso:
    • Para homens, na balanite micótica por cândida: aplicar uma quantidade pequena de creme sobre a glande, região mais interna do prepúcio e nas áreas avermelhadas, 2 vezes por dia, durante 7 dias consecutivos.
    • Para mulheres: aplicar pequena quantidade de creme, com o uso do aplicador, uma vez por dia, sempre a noite já deitada, durante 7 dias consecutivos.

No caso de muita coceira e vermelhidão na parte externa da vagina, pode aplicar fina camada nessa região 2x por dia, para aliviar os sintomas.

2. Feridas causadas por bactérias

Em feridas com secreção purulenta, vermelhidão e calor local, a principal suspeita é uma infecção secundária, e precisa ser tratada com pomadas que contém antibióticos, como a pomada de metronidazol ou clindamicina.

Metronidazol gel 0,75%

O metronidazol tópico é apresentado em gel, e tem a indicação de tratar vaginoses bacterianas, infecção bacteriana comum na mulher durante a idade reprodutiva. Os sintomas são de corrimento acinzentado, com odor forte, semelhante a "peixe podre".

  • Modo de uso: aplicar fina camada, ao se deitar, por 5 dias consecutivos.

Durante o tratamento é recomendado abstinência de bebidas alcoólicas durante todo o tratamento e até 24 horas após o seu término, além de abstenção de atividade sexual ou o uso de espermicidas, ou camisinha, para evitar reação com o produto e evitar gravidez já que o medicamento pode interferir na eficácia da contracepção.

Clindamicina creme vaginal

A clindamicina é um antibiótico, com apresentações orais e tópicas. O creme vaginal de 20g, vem com 3 aplicadores e está indicado para o tratamento de vaginoses bacterianas (infecção vaginal por bactérias).

  • Modo de uso: deve ser aplicado com o aplicador do produto, uma vez ao dia, de preferência ao se deitar, durante 7 dias.

Mulheres grávidas não devem fazer uso, a não ser que seja mesmo necessário e orientado pelo obstetra.

3. Feridas por falta de hormônio estrogênio

Creme de estrogênio é um tipo de pomada indicado em mulheres que apresentam carência do hormônio, como ocorre, por exemplo, na menopausa. Os sintomas são de ressecamento vaginal, dor e ardência durante a relação.

Estriol creme vaginal 1mg/g
  • Modo de uso: O creme deve ser aplicado uma vez ao dia, a noite, já deitada, durante 7 dias. Depois a dose pode ser reduzida para 1x por semana ou de acordo com as orientações médicas. Recorra ao aplicador que vem junto com o produto, descartando após o seu uso. Nunca guarde o aplicador.

Mulheres com risco aumentado de trombose, câncer ou mulheres gestantes, não devem fazer uso desse produto, sem antes conversar com o seu médico ginecologista.

4. Feridas por queimadura ou assadurasBepantol® creme

Devido às propriedades do dexpantenol, o Bepantol® serve para prevenir e tratar assaduras e rachaduras na pele, mamilos, lábios e região anal. Além disso, o Bepantol® também estimula a cicatrização de feridas e escaras (úlceras de pressão), e auxilia no tratamento de queimaduras causadas pelo sol.

  • Modo de uso: aplicar pequena camada da pomada na região avermelhada ou ferida, 2 a 3 vezes ao dia, após limpar e secar a região. A limpeza deve ser apenas com água corrente, e quando necessário, sabonete líquido.
Como aplicar a pomada na vagina?

A aplicação correta do creme, ou pomada, são fundamentais para o sucesso do tratamento, por isso tenha atenção a cada etapa.

Procure também antes de aplicar, separar o produto, tomar o seu banho e fazer toda a sua higiene habitual, para que após a aplicação se manter deitada, promovendo melhor absorção do medicamento.

Para aplicar o produto siga os seguintes passos:

1. Retire a tampa do tubo e vire ao contrário, verá que a parte de cima da tampa tem uma parte pontiaguda que deve usar para perfurar completamente o seu lacre da pomada,

2. Depois abra um aplicador e conecte esse aplicador com o bico do tubo,

3. Bem fixados, puxe o êmbolo do aplicador até o final, e, a seguir, aperte delicadamente a base do tubo de modo que o creme comece a entrar no aplicador, até preencher completamente todo o espaço do aplicador,

4. Desencaixe o aplicador e tampe o tubo de medicamento imediatamente,

5. Agora, deite-se de costas, procure se manter relaxada e introduza o aplicador na vagina suavemente, sem causar dor ou desconforto,

6. Em seguida, empurre o êmbolo do aplicador com o dedo indicador até o final de seu curso, depositando assim todo o creme na vagina,

7. Retire o aplicador do canal vaginal e após o uso, o aplicador deve ser imediatamente descartado.

Faça isso uma vez ao dia, de preferência a noite, durante o tempo determinado pelo seu médico, que varia para cada medicamento.

Posso ter relação durante o uso de pomadas vaginais?

Não. É muito importante evitar relação sexual, uso de espermicidas ou camisinha enquanto faz tratamento para não causar interação ou efeito colateral do produto.

Saiba mais sobre esse assunto, nos artigos abaixo:

Referências:

Iara Moreno Linhares, et al.; Vaginites e vaginoses. FEMINA 2019;47(4): 235-40.

Robert Sidbury, et al.; Acute genital ulceration (Lipschütz ulcer). UpToDate: May 05, 2020.

FEBRASGO - Manual de Orientação em Trato Genital Inferior e Colposcopia. 2010.

Tenho feridas no pênis. O que pode ser e o que fazer?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Ferida no pênis pode ser sinal de infecção sexualmente transmissível (IST), câncer de pênis, má higiene, alergia ou micose.

Feridas na cabeça do pênis (glande) também podem ser causadas pelo atrito durante a relação sexual, principalmente em homens que não fizeram a cirurgia da fimose e tendem a ter a glande mais sensível.

Uma IST que pode causar ferida no pênis é a sífilis. O primeiro sinal é uma ferida que surge no pênis mas que não provoca dor e desaparece mesmo sem tratamento. Depois de alguns meses aparecem manchas pelo corpo, que também resolvem-se espontaneamente. Com o passar dos anos, a sífilis pode causar lesões na pele, cegueira, doenças neurológicas, ósseas e cardiovasculares, podendo levar à morte se não tratada devidamente.

O câncer de pênis caracteriza-se pela presença de uma ferida na glande com aspecto irregular e odor muito desagradável, podendo ser dura e elevada. O câncer de pênis ocorre mais frequentemente em locais com baixo nível socioeconômico e está relacionado com má higiene e infecção pelo HPV.

A ferida no pênis também pode ser decorrente de uma balanite, que é uma inflamação na cabeça do pênis. A balanite pode ou não estar associada a uma infecção. Normalmente, está relacionada com micro-organismos infecciosos transmitidos através de relação sexual desprotegida. A inflamação também pode ser causada por doenças de pele, alergias, traumas, má higiene ou ainda câncer de pênis.

Leia também: Dor no pênis. O que pode ser?

Os principais sintomas da balanite são dor na cabeça do pênis, vermelhidão e aumento da temperatura local. Também pode haver inchaço e feridas na glande. Quando há infecção, podem estar presentes bolhas com pus, além de coceira e secreção com mau cheiro.

A presença de feridas no pênis pode ser avaliada pelo/a médico/a de família, clínico/a geral, urologista ou infectologista que poderá realizar o diagnóstico específico e indicar o tratamento apropriado para o seu caso.

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Dor pélvica na mulher, o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Dor pélvica na mulher é uma queixa muito comum nos consultórios médicos, principalmente de ginecologia, e podem ter diversas causas. O que gera um grande desafio para os profissionais, pois requer uma investigação profunda e detalhada do problema.

As causas mais comuns são infecção urinária, doença inflamatória pélvica e gravidez, entretanto, existem casos mais graves, que são emergências médicas, com risco de morte, como a apendicite, ruptura de uma gravidez tubária e, portanto, necessita de um atendimento médico emergencial.

Outras doenças e condições que devem ser investigadas são: vulvodinia, endometriose, fibrose uterina, adenomiose, cistos ovarianos e mioma uterino.

O que é a dor pélvica?

A dor pélvica pode ser sentida na forma de um desconforto ligeiro na pelve ou como dores intensas e incapacitantes. A dor pode ser aguda, surgindo repentinamente ou crônica, com duração mínima de 3 a 6 meses.

A dor pélvica, normalmente, é sentida no baixo ventre ou “pé da barriga”. Fazem parte da pelve o útero, os ovários, as tubas uterinas, a vagina, o reto e a bexiga, além de diversos músculos, nervos e ossos.

Portanto, as causas que geram a dor pélvica podem ser as mais diversas e para seu diagnóstico correto deve ser feita uma anamnese detalhada, um exame físico cuidadoso e exames complementares quando necessários.

Na investigação, é fundamental avaliar dados como a idade, antecedentes pessoais, início dos sintomas, concomitância com febre, sangramentos ou outros sinais e sintomas de gravidade e as características específicas da dor pélvica. Algumas perguntas são fundamentais para auxiliar na investigação, por isso tenha atenção e se possível anote alguns detalhes que podem ser esquecidos durante a consulta médica, como:

  • Onde exatamente dói?
  • Qual o tipo da dor - pontada, peso, pulsação, aperto, queimação?
  • É intensa? Quão intensa? É a mais forte da vida?
  • Chega a despertar do sono ou vomitar nas crises?
  • Irradia ("espalha") para algum lugar ou é restrita a essa região específica?
  • Há quanto tempo está com dor?
  • Ela é cíclica (vai e volta) ou contínua, durando dias?
  • Quando vem a dor dura quanto tempo?
  • Você já teve antes? É comum?
  • Tem algum horário do dia ou do mês em que acontece com mais frequência?
  • Melhora com alguma coisa?
  • Está piorando, ao longo do tempo, ou apresentando novos sintomas concomitantes?
  • Piora nas relações sexuais?
  • Tem relação com o período menstrual?
  • Tem corrimento vaginal associado? Se houver, qual a coloração, tem cheiro ruim?
  • Ardência ao urinar? Está indo mais vezes ao banheiro e fazendo pouco xixi?
  • Qual a sua frequência sexual?
  • Sente tontura ou enjoo juntos com a dor? Data da última menstruação?

Em caso de dor pélvica, procure um/a médico/a, preferencialmente um/a ginecologista, para avaliação inicial.

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Referências

FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

É possível menstruar no primeiro mês de gravidez?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. O início da gravidez pode ser marcado por sangramento vaginal que lembra a menstruação e ocorre no período esperado por ela. Porém, normalmente esse sangramento costuma ter um aspecto diferente do sangramento da menstruação e tende a ser mais curto, em menor quantidade. Essa situação é bem menos comum e menos observada, mas pode ocorrer.

Os sangramentos que ocorrem durante a gravidez surgem na primeira e na segunda metade da gestação.

Quando ocorrem na primeira metade, entre a 20ª e a 22ª semana de gravidez, podem ser um sinal de abortamento, gravidez ectópica (gestação fora do útero) ou doença trofoblástica gestacional. Os sangramentos da segunda metade da gestação podem indicar a presença de placenta baixa.

O sangramento também pode não ter nenhuma relação com a gestação. Quando o sangramento é observado após relações sexuais, por exemplo, pode ser um sinal de lesão no colo do útero. Em geral, não provoca nenhuma complicação para a gestação.

Sangramento e cólicas podem ser sintomas de aborto?

Às vezes, o sangramento pode vir acompanhado de cólicas. Nesses casos, pode ser o resultado de um processo de abortamento. Em caso de descolamento da placenta, observa-se um aumento do fluxo sanguíneo acompanhado de cólicas. Contudo, se for caso de placenta baixa, normalmente não há dor.

Quais são os sintomas de gravidez?

Um dos primeiros sinais de suspeita de gravidez é a ausência de menstruação no período esperado pela mulher, observando um atraso menstrual de 1 ou mais semanas. Nesse início da gravidez outros sinais podem ser observados como náusea, aumento da sensibilidade nas mamas, cansaço e aumento da frequência urinária.

Por isso, caso a mulher tenha feito relações sexuais desprotegidas no período fértil e não esteja em uso de nenhum anticoncepcional, é válido fazer um teste para confirmar a gravidez. Procure uma Unidade Básica de Saúde para uma consulta e orientação mais detalhada.

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Quanto tempo usando anticoncepcional poderei ter relação?
Dra. Janyele Sales
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Medicina de Família e Comunidade

Após sete dias tomando os comprimidos ja pílula já é considerada eficaz e consegue exercer plenamente o seu efeito contraceptivo, antes de 1 semana é possível ter relações sexuais, mas recomenda-se o uso de algum outro método contraceptivo de barreira como a camisinha.

Por precaução, muitos médicos preferem orientar que durante toda a primeira cartela, no primeiro mês de uso a mulher use preservativos.

A pílula anticoncepcional deve ser tomada todos os dias à mesma hora, sem mastigar. Para ajudar a não esquecer de tomar o medicamento, recomenda-se associar a sua toma a outras atividades que a mulher faça todos os dias, mais ou menos à mesma hora.

Durante o1º mês de uso da pílula anticoncepcional, a medicação só é eficaz para prevenir a gravidez se a mulher começar a tomá-la no 1º ou 2º dia de menstruação.

No caso da mulher começar a tomar a pílula anticoncepcional num outro período do mês, não há problema, desde que ela tenha a certeza de que não está grávida. Nesse caso, são necessários 7 dias seguidos tomando a pílula para que o medicamento seja eficaz.

Para maiores informações sobre o uso da pílula anticoncepcional, fale com o médico que receitou o medicamento ou consulte um ginecologista ou médico de família.

Caso tenha mais dúvidas sobre anticoncepcional leia:

Dúvidas anticoncepcional

Dor na barriga do lado esquerdo durante a gravidez, o que pode ser?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

As dores na barriga durante a gravidez podem ter variadas causas, principalmente à partir do 2º trimestre, e atingem a região inferior do abdômen, o lado esquerdo e o lado direito. Essas dores geralmente estão relacionadas com a compressão das estruturas internas do abdômen causadas pelo aumento do volume do útero e pelo estiramento dos ligamentos pélvicos.

No entanto, é importante observar se há a presença de outros sinais e sintomas que acompanhem essas dores, como sangramentos ou febre. Além disso, deve ser realizado um exame clínico a fim de avaliar outras causas de dores abdominais, como as dores devido à contrações uterinas, constipação intestinal, formação de gases, presença de vermes intestinais, pedras nas vias urinárias ou diverticulose

O obstetra deve ser consultado nos casos de dúvidas em relação ao desenvolvimento normal da gravidez.

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Corro risco de engravidar fora do meu período fértil?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O risco de engravidar fora do período fértil é muito baixo, pois é durante esse período que ocorre a ovulação. Em certas ocasiões, é difícil calcular o momento exato do período fértil, pois ele pode ser um pouco abrangente.

Mesmo assim, fora do período fértil dificilmente é possível engravidar, pois o óvulo só permanece viável por no máximo dois dias e os espermatozoides apenas sobrevivem 5 dias dentro do organismo feminino.

Quando começa o período fértil?

O período fértil começa 3 dias antes da ovulação e termina 3 dias depois. A maioria das mulheres tem ciclos de 28 a 30 dias e a ovulação geralmente ocorre no meio do ciclo.

No caso de um ciclo com 28 dias, a ovulação pode ocorrer 14 dias antes da menstruação, sendo que o período fértil se inicia no 11º dia do ciclo e termina no 17º dia do ciclo.

Contudo, mulheres com ciclos irregulares podem achar que não estão no seu período fértil quando, na verdade estão, pois é difícil definir com precisão as datas da ovulação em ciclos irregulares.

Por isso a "tabelinha" não é considerada um método confiável para evitar uma gravidez.

O médico de família, clínico geral ou ginecologista poderá esclarecer melhor as suas dúvidas e indicar um método contraceptivo seguro.

Saiba como calcular o período fértil em: Como saber qual meu período fértil?

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Esperma amarelado e gelatinoso: o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
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Clínica médica e Neurologia

Esperma amarelado e gelatinoso pode ter como causas a congestão da próstata, o tipo de alimentação e as doenças sexualmente transmissíveis (DST).

A cor normal do esperma deve ser branco nacarado, semelhante à cor da parte de dentro das conchas do mar. Contudo, a sua coloração pode ir do transparente ao branco, de acordo com o tempo de intervalo entre as ejaculações.

A cor amarelada do sêmen devido ao pus misturado ao esperma, nos casos de infecção, são mais opacos e podem também apresenta outros sintomas, como dor ou desconforto ao urinar, dor na relação e ejaculação, e dor nos testículos.

O cheiro do esperma pode estar diferente, com odor desagradável, e vir ainda misturado com sangue.

Se o esperma amarelado for decorrente de alguma infecção, como no caso das DST, o tratamento pode ser feito através de medicamentos orais ou aplicados diretamente na próstata.

O ideal é que o tratamento seja feito ao casal, se for o caso, pois a mulher provavelmente também estará infectada. O mais indicado é procurar um urologista para que sejam feitos alguns exames para detectar o micro-organismo invasor e o problema ser devidamente tratado.

Esperma gelatinoso, o que pode ser?

Uma possível causa para a consistência gelatinosa do esperma é a congestão da próstata. Trata-se de uma condição frequente, observada sobretudo em homens mais velhos.

Sabe-se que, logo a seguir à ejaculação, o esperma é fluido e apenas um pouco gelatinoso. Porém, depois de alguns minutos, o líquido seminal pode coagular e ficar mais consistente, chegando a formar grumos, que são “pedacinhos gelatinosos" de sêmen. Após meia hora, o esperma fica completamente líquido.

O esperma adquire a sua consistência por meio de proteínas presentes no sêmen. Essas proteínas são produzidas pela próstata e pelas vesículas seminais, com a função de nutrir e manter a vitalidade dos espermatozoides.

Quando, por alguma razão, a próstata deixa de funcionar adequadamente, a produção de proteínas é afetada e o esperma pode adquirir outra consistência mais espessa ou ficar demasiado gelatinoso.

A congestão prostática ocorre devido ao aumento de volume da próstata. A causa desse aumento pode ser uma inflamação ou uma hiperplasia prostática benigna. Além do aumento da glândula, é comum a presença de desconforto ou dor no local, aumento da frequência urinária durante a noite e a diminuição da força do jato de urina.

Apesar de não ser propriamente algo grave em si, a congestão prostática pode obstruir completamente a saída da urina, causando retenção urinária, o que eleva as chances de infecções, e se não houver melhora espontânea, pode chegar a necessidade de intervenção cirúrgica de urgência.

O importante é agendar consulta com urologista, para diagnosticar a causa do esperma amarelo e gelatinoso o quanto antes, possibilitando assim o tratamento adequado e precoce.

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Minha vagina fica inchada e dolorida após a relação, isso é normal?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Vagina inchada e dolorida após a relação pode ser normal. Porém, é importante detectar a presença de alguma infecção vaginal, peniana ou urinária que podem agravar a sensação de ardência.

Pela fricção que ocorre durante o ato sexual, pode haver uma ardência logo após a relação. Essa ardência, em geral, deixa de existir depois do ato sexual.

O ato sexual pode provocar esse ardor principalmente quando não há tanta lubrificação dos órgãos genitais. Para isso, é importante estar com o desejo sexual preservado e se sentir à vontade com a pessoa. Nos momentos iniciais da relação, as pessoas podem fazer carícias e outras ações que estimulam a lubrificação e garantem uma comodidade maior no momento da penetração.

Outros fatores que podem causar ardência genital são as infecções tanto vaginal, peniana e urinária. Na presença de alguma infecção como candidíase, gonorreia, clamídia, entre outras, a pessoa pode sentir ardor nos órgãos genitais ou ardência ao urinar.

Essas infecções têm tratamento e com o uso da medicação indicada, é possível acabar com a ardência.

A pessoa deve observar essa ardência. Caso o incômodo continue presente, é recomendável procurar um serviço de saúde para uma avaliação e devido tratamento específico a depender da infecção.

Soltar gases pela vagina é normal? O que pode ser?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Gases que saem pela vagina, principalmente durante o ato sexual, são normais. O ar que entra no canal vaginal durante a relação e sai sob pressão faz um barulho semelhante ao dos gases intestinais.

Esse ar fica comprimido no interior da vagina e pode sair de forma ruidosa durante a própria penetração, quando ocorre uma mudança de posição ou ainda depois da relação sexual. São os chamados “flatos vaginais”.

Trata-se de uma situação absolutamente normal e frequente durante as relações sexuais, sobretudo em posições em que a abertura da vagina é maior, o que favorece a entrada de ar.

É preciso lembrar que o canal vaginal é uma cavidade oca, em forma de tubo. Com a penetração do pênis, o ar que está no interior da vagina pode ficar comprimido nesse tubo e sair de forma barulhenta sob pressão.

Parto normal pode causar gases vaginais?

A entrada de ar na vagina pode ocorrer em mulheres que já tiverem ou não tiverem filhos. Portanto, o parto normal não tem propriamente relação com os “gases vaginais”.

Contudo, bebês relativamente grandes que nascem por parto normal podem deixar a vagina ligeiramente mais larga, favorecendo a entrada de ar durante as relações após o parto.

Isso acontece porque as fibras musculares dos músculos do períneo podem ficar distendidas depois do parto e não voltar ao seu estado anterior, perdendo o tônus e a força de contração.

É possível diminuir a saída de gases pela vagina?

Uma forma de tentar diminuir esses "gases vaginais" é fortalecer a musculatura do assoalho pélvico e aprender a controlar esses músculos. Isso garante um maior contato do pênis com a parede do canal vaginal, diminuindo o espaço para haver entrada de ar. Além disso, esses exercícios também ajudam a prevenir a incontinência urinária e a queda dos órgãos pélvicos.

Para maiores esclarecimentos, converse com o ginecologista, médico de família ou fisioterapeuta especialista em uroginecologia.

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Quanto dias depois de tomar o anticoncepcional injetável posso ter relação?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A mulher pode ter relações sexuais quando ela desejar, desde que de forma protegida. Caso ela queira evitar uma gravidez e estiver iniciando o uso do anticoncepcional injetável, é recomendado usar outro método adicional de apoio, como o preservativo, durante as relações sexuais no primeiro mês após a primeira injeção.

Após o primeiro mês de uso do anticoncepcional injetável, a medicação já produz o efeito contraceptivo.

Em geral, quando a mulher vai iniciar o método anticoncepcional injetável, é recomendado ela aplicar a primeira injeção nos primeiros dias da menstruação. Isso é indicado para assegurar que a mulher não está grávida e pode assim começar um método anticoncepcional.

Quando a mulher já faz uso regular de outro tipo de método anticoncepcional e irá trocar para o injetável, ela pode aplicar a injeção sete dias antes de parar o contraceptivo antigo.

Na primeira injeção, início do uso desse contraceptivo, um método contraceptivo adicional (camisinha) deve ser associado, especialmente no primeiro mês e principalmente nos casos em que a injeção foi aplicada após os sete primeiros dias da menstruação.

O anticoncepcional injetável não previne doenças sexualmente transmissíveis (DST). Por isso, é aconselhável o uso de preservativos durante todas as relações sexuais para prevenir as DSTs.

Saiba mais sobre esse assunto nos artigos: