Sim. O pH da vagina é levemente ácido, isso serve para proteger a vagina contra infecções.
Qual o valor normal do PH vaginal?A secreção vaginal normal costuma manter o PH abaixo de 4,0 a 4,5.
Por que o PH vaginal deve ser ácido?O Ph deve se manter ácido, para oferecer uma maior proteção à vagina quanto a proliferação de germes (fungos e bactérias). A maioria dos germes não sobrevive ou se multiplica em meio ácido, inibindo o crescimento de bactérias oportunistas. Portanto, diminui os riscos de infecções vaginais como a tricomoníase e candidíase, por exemplo.
No entanto, no período de menopausa e pós menopausa, esse valor aumenta um pouco, com o pH chegando a 6,0; devido a redução da produção dos ácidos láticos, aumentando a prevalência de infecções nessa faixa etária.
Fatores que alteram o PH vaginalAlguns fatores e cuidados com a higiene íntima alteram frequentemente o PH vaginal, expondo a mulher a doenças genitais. Para evitar essas doenças devemos seguir as seguintes recomendações:
- Evitar o uso frequente de ducha higiênica,
- Evitar o uso frequente de espermicidas e lubrificantes vaginais,
- Evitar o uso de sabonetes em barra (costumam ser mais alcalinos), preferir sabonetes líquidos e sempre que possível, direcionados para a higiene íntima da mulher,
- Evitar roupas muito justas e por tempo prolongado,
- Durante a menstruação, trocar com frequência o absorvente, especialmente o absorvente íntimo,
- Durante o banho, limpe bem a vulva apenas com os dedos, não utilize buchas ou roupas para evitar retirar a proteção natural da pele e não é necessário limpeza com sabonete dentro da vagina,
- Durante o dia, procure se limpar com lenço umedecido, sem fragrância, pois o uso de papel higiênico frequente, pode causar lesões na vulva,
- Evitar se relacionar durante tratamento com pomadas vaginais.
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Importâncias do PH vaginalAlém de proteger a vagina contra infecções oportunistas, na prática médica a simples medida do PH vaginal, contribui para muitas informações, como por exemplo, nos casos de corrimento vaginal, em que o valor do PH auxilia na diferenciação entre vaginose bacteriana e candidíase. Na vaginose bacteriana o PH está mais elevado ( acima de 5,0), enquanto na infecção fúngica, como a candidíase, o PH está normal (abaixo de 4,0).
Sendo o único método de análise em alguns serviços, e visto que a apresentação clínica por vezes é bem semelhante, o teste direciona uma melhor opção de tratamento de forma simples e eficaz.
O médico ginecologista é o responsável pela saúde íntima feminina, agende uma consulta para mais esclarecimentos.
1° Sim, o procedimento está correto. Mesmo que estivesse errado eu responderia que está correto, eu não sou juiz dos procedimentos dos colegas. Cistos simples de ovário geralmente se opta pela conduta espectante (esperar e controlar) se crescer dai sim operar e em relação ao mioma (esqueça ele).
2° Vai dizer se o cisto tem vascularização (veias e artérias que o alimentam), quanto mais vascularizado mais chance de ser um tumor não benigno.
3° O CA125 é um marcador tumoral e está aumentado em casos de tumores não benignos.
Atrasar 10 ou 15 minutos o horário da tomada do anticoncepcional não vai interferir com sua eficácia (desde que sejam apenas 10 ou 15 minutos). Tomar o comprimido sem água, também não tem problema nenhum.
Sim, é possível tomar laxante sem cortar o efeito do anticoncepcional oral, desde que não ocorra diarreia nas quatro horas a seguir da tomada do anticoncepcional.
Laxantes suaves que não causam diarreia não interferem na ação do anticoncepcional oral. No entanto, diarreias intensas e vômitos que ocorrem nas quatro horas seguintes após ter tomado o anticoncepcional oral podem alterar sua ação. Nesse caso, é importante utilizar um outro método de proteção nas relações sexuais, como a camisinha, até o final da cartela.
O médico ginecologista é o responsável pelas orientações à respeito da ação dos anticoncepcionais e suas interações com outros medicamentos.
A retirada do útero (histerectomia) pode ser aconselhável em casos de mioma, dores pélvicas, prolapso uterino, sangramento uterino anormal, câncer e doenças com potencial de malignidade. Contudo, em algumas dessas situações, pode haver outras alternativas de tratamento que devem ser avaliadas pelo/a médico/a ginecologista e discutidas com a paciente.
Sangramento menstrual abundanteUma das principais razões para a remoção cirúrgica do útero é o sangramento menstrual excessivo no período que antecede a menopausa. O sangramento uterino abundante pode causar anemia, fadiga e interferir nas atividades diárias da mulher.
Considera-se excessivo o sangramento que dura mais de uma semana ou que requer o uso de mais de um absorvente por hora. Outra forma de sangramento uterino anormal é o sangramento que ocorre fora do período menstrual.
As hemorragias podem ser tratadas com medicamentos ou outros tipos de intervenções cirúrgicas. Se não houver melhora do quadro, a histerectomia pode ser necessária.
MiomaNo caso dos miomas, pode ser aconselhável retirar o útero se a mulher apresentar sangramento irregular e excessivo e não pretender engravidar.
Prolapso uterinoO prolapso uterino pode ocorrer devido ao enfraquecimento e estiramento dos músculos pélvicos e dos ligamentos que sustentam o útero, fazendo com que o útero caia para dentro da vagina.
Nesses casos, o/a médico/a pode optar pela remoção do útero sem retirar o colo uterino. Além da histerectomia, o tratamento do prolapso pode incluir a colocação de telas de sustentação para evitar um novo prolapso de órgãos pélvicos.
Outra indicação para a histerectomia é a hiperplasia do endométrio. Trata-se de um crescimento excessivo do tecido que reveste a parte interna do útero (endométrio).
A hiperplasia endometrial é uma condição benigna, mas existe risco de evoluir para câncer, dependendo do tipo de hiperplasia. O tratamento pode ser feito com medicamentos, mas há casos em que a retirada do útero é necessária ou mais aconselhável.
Outras indicações para a retirada do úteroA histerectomia também pode ser necessária em casos de câncer de útero, colo uterino ou de ovário. Há ainda situações, embora sejam raras, em que a remoção do útero pode ser necessária para conter uma hemorragia incontrolável depois do parto ou da cesárea.
Como é feita a retirada do útero?A histerectomia pode ser realizada pela via abdominal, vaginal ou por laparoscopia. Durante o procedimento, também podem ser removidos os ovários e as trompas.
A cirurgia pela via abdominal e vaginal normalmente é feita sob anestesia epidural e raquidiana. Quando realizada por laparoscopia, a retirada do útero é feita com anestesia geral.
Também são administrados medicamentos sedativos, que visam tranquilizar a paciente durante a cirurgia. O tempo de internamento para realizar a retirada do útero é, em média, de 4 dias.
Exceto em situações de emergência, como as descritas anteriormente, a decisão de realizar a histerectomia deve ser partilhada entre a paciente e o/a médico/a ginecologista. Deve-se levar em consideração os planos reprodutivos da mulher, as alternativas de tratamento à retirada do útero, bem como o risco-benefício da histerectomia.
Ovulação tardia é uma ovulação que acontece após o período esperado, o que pode atrasar a menstruação. Mesmo mulheres que têm um ciclo bem regulado podem ter alguma variação num determinado mês e ovular um pouco mais tarde que o habitual.
Em geral, uma ovulação ocorre cerca de 14 dias antes do início do próximo ciclo. Na ovulação tardia o óvulo é liberado mais tarde, geralmente a partir do 21º dia do ciclo, embora isso varie de mulher para mulher.
A ovulação tardia mostra que não é seguro confiar na tabelinha para prevenir uma gravidez ou tentar engravidar, pois pode haver variações no ciclo menstrual.
Para ter a certeza de que está ovulando, a mulher pode comprar um teste de ovulação vendido em farmácias.
No entanto, é preciso lembrar que o conceito de ovulação tardia não é aceito de forma unânime pelos/as médicos/as. Casos de ciclos anormalmente longos ou alterados devem ser avaliados pelo/a médico/a ginecologista, médico/a de família ou clínico/a geral.
Provavelmente não. Se você menstruou duas vezes em um mesmo mês, o mais comum é ser um efeito adverso do anticoncepcional, ou mesmo esquecimento de tomar o anticoncepcional.
O sangramento que ocorre no início da gravidez é percebido em apenas 20% das mulheres e se chama sangramento de nidação. A diferença é que ocorre no meio do ciclo, em pequena quantidade, apenas suja a roupa íntima, e dura de 2 a 3 dias. Corresponde à implantação do embrião na parede do útero.
Uma vez que você suspeite que está grávida e apresente duas menstruações em mesmo mês, procure um ginecologista para fazer exame de gravidez (Beta HCG) ou para investigar outras causas possíveis do sangramento.
6 causas de menstruação duas vezes ao mêsAlgumas alterações psicológicas e emocionais ou doenças podem fazer com que a menstruação ocorra duas vezes ou mais em um mesmo mês. As mais comuns são:
- Estresse em excesso, distúrbios de humor e alterações emocionais,
- Problemas hormonais (síndrome do ovário policístico, endometriose),
- Uso de medicamentos como os anticoncepcionais,
- Problemas uterinos (pólios, miomas, cistos, câncer)
- Cirurgias e pós-operatórios (laqueadura, ressecção de miomas, cirurgias nos ovários),
- Gravidez (sangramento de nidação, embora mais raro).
Quando o embrião se fixa na parede do útero, pode ocorrer um sangramento chamado de nidação. Este sangramento é considerado um dos primeiros sinais de gravidez, mas raramente é percebido pelas mulheres.
Tem cor rosada, mais clara que a menstruação e dura até 3 dias. Na maior parte das vezes ele apenas suja um pouco a calcinha ou a mulher só percebe ao secar-se com o papel higiênico.
Além do sangramento de nidação, é importante que você esteja atenta a outros sinais mais frequentes de gravidez:
- Atraso menstrual (15 dias de atraso),
- Enjoos, especialmente pela manhã,
- Tonturas,
- Sonolência.
Lembre-se que a menstruação tem duração de 3 a 7 dias, vem com maior quantidade de sangue, especialmente nos primeiros dias, sendo necessário o uso de absorventes. Além disso, a coloração é mais avermelhada ou mesmo marrom escuro.
Menstruar duas vezes ao mês é normal?Depende. A menstruação duas vezes é normal em adolescentes, em mulheres na pré-menopausa e em mulheres com ciclo menstrual curto.
Nas adolescentes a menstruação duas vezes ao mês ocorre devido à imaturidade das glândulas reprodutivas. Com o tempo a produção dos hormônios (estrógeno e progesterona) se tornam regulares e a menstruação também.
As mulheres em pré-menopausa apresentam irregularidades menstruais. A menstruação passa a oscilar entre a frequência e volume de sangue. Pode vir duas ou três vezes no mesmo mês, ou vir em grande volume e ainda, mais escassa do que o habitual. Isto varia de mulher para mulher e acontece devido às variações hormonais próprias deste período. Outros sintomas incluem: fogachos, alterações do sono, humor e libido.
Já o ciclo menstrual curto, se caracteriza por ser inferior a 28 dias de duração e pode fazer com que a mulher menstrue duas vezes ao mês.
Por exemplo: Se uma mulher tem ciclo regular de 25 dias e ela menstruou no 1º dia do mês, a próxima menstruação ocorrerá novamente no 25º dia do mesmo mês e isto é considerado normal.
Fora destas condições é preciso perceber se há outros sintomas e comunicar-se com o ginecologista para investigar as possíveis causas.
Quando devo me preocupar?Alguns sinais servem de alerta de que algo mais grave pode estar acontecendo no seu organismo. Por este motivo, fique atenta aos seguintes sintomas:
- Sangramento anormal que dura mais de 3 dias,
- Aumento da frequência do sangramento (3 a 4 vezes ao mês ou mais),
- Presença de dores abdominais ou cólicas intensas,
- Sangue com odor,
- Coloração anormal do sangue, especialmente vermelho vivo e
- Sangramento abundante.
Diante de qualquer um destes sintomas, você deve buscar atendimento médico em uma emergência hospitalar.
É importante que você acompanhe e conheça as características do seu ciclo menstrual como duração e volume do sangramento para saber identificar alterações que possam acontecer. Ao perceber qualquer irregularidade, busque um ginecologista para diagnóstico e tratamento adequados.
Para saber mais sobre sangramentos e gravidez, leia:
- Como é o sangramento de nidação e quanto tempo dura?
- O que faz a mulher menstruar duas vezes no mesmo mês?
Referências
FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
As causas mais comuns de caroço na vagina que provocam dor são:
- Bartolinite - inflamação em uma (ou ambas) as glândula de Bartholin, localizada(s) na vulva, responsável(eis) pela lubrificação e proteção vaginal;
- Foliculite - inflamação de um folículo piloso na região da vagina;
- Abscesso - coleção purulenta na região da vagina, que além de dor apresenta calor local e vermelhidão;
- Doença sexualmente transmissível, como Sífilis e Cancro mole;
- Tumor ou câncer, que nos casos mais avançados podem causar dor pela compressão ou invasão de estruturas vizinhas.
Outras causas de "caroço" na vagina que podem ser investigadas, embora não costumem cursar com dor local, são os cistos sebáceos, lipomas, fibromas (tumor benigno raro), hérnia inguinal e HPV.
Na maioria das vezes, a causa é uma inflamação folicular ou inflamação da glândula de Bartholin (Bartolinite), o que necessita de um tratamento específico, com medicamentos orais e tópicos, além de cuidados locais de higiene e evitar roupas apertadas.
Porém, se evolui com outros sintomas, como febre, vermelhidão, mal cheiro, drenagem de alguma secreção, deverá procurar imediatamente um serviço de emergência para avaliação.
Se não houver sinais de urgência, recomendamos agendar uma consulta com o/a médico/a ginecologista, que é o/a especialista indicado para essa avaliação, diagnóstico e conduta.
Leia também: O que é bartolinite? Tem cura?