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Prednisona engorda? Quais os efeitos colaterais?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Prednisona pode engordar devido à retenção de líquidos e sal. Além disso, por ser tratar de um corticoide, a prednisona pode aumentar o apetite, o que contribui ainda mais para o ganho de peso. O inchaço ocorre pela retenção de sódio, que provoca a retenção de água no corpo.

Outro efeito colateral da prednisona que também favorece o ganho de peso é a perda de massa muscular. Quanto menos músculos a pessoa tiver, menos calorias ela irá queimar, já que com a perda de massa muscular, o corpo consome menos energia. Se a quantidade de calorias ingerida for maior que a consumida, a pessoa engorda.

Porém, vale ressaltar que a bula da prednisona não refere o ganho de peso como um dos seus efeitos colaterais. Contudo, a retenção de líquidos e sal, o aumento do apetite e a perda de massa muscular são reações adversas esperadas com o uso do corticoide e todas elas podem fazer a pessoa engordar.

Por isso, para combater a retenção de líquidos e o consequente ganho de peso, além da possível hipertensão arterial, é importante ter um dieta com pouco sal durante o uso da prednisona. Em alguns casos, também pode ser indicada a suplementação de potássio para compensar a perda do mineral causada pela medicação.

Saiba mais em: Qual o tratamento para retenção de líquidos?

Quais os efeitos colaterais da prednisona?
  • Retenção de sal (sódio), retenção de líquidos, eliminação de potássio;
  • Elevação do pH sanguíneo, queda dos níveis de potássio;
  • Funcionamento insuficiente do coração, aumento da pressão arterial;
  • Fraqueza, doenças musculares, perda de massa muscular; perda de proteínas;
  • Miastenia gravis (doença autoimune que provoca fraqueza muscular grave);
  • Osteoporose, fraturas nas vértebras da coluna;
  • Necrose asséptica da cabeça do fêmur e do úmero;
  • Fratura de ossos longos, ruptura de tendões;
  • Úlcera, que pode vir acompanhada de perfuração e hemorragia;
  • Pancreatite, inchaço abdominal, esofagite;
  • Cicatrização lenta, atrofia da pele, diminuição da espessura e aumento da fragilidade da pele;
  • Presença de manchas vermelhas ou arroxeadas na pele, vermelhidão na face;
  • Aumento da transpiração, falta de resposta nos testes de pele;
  • Dermatite alérgica, urticária, inchaço facial causado por reação alérgica;
  • Convulsões, aumento da pressão intracraniana, tonturas, dor de cabeça;
  • Irregularidade menstrual, retardo do crescimento do feto ou da criança;
  • Interrupção da produção hormonal pela glândula suprarrenal;
  • Menor tolerância aos carboidratos, diabetes, maior necessidade de insulina ou medicamentos em pessoas com diabetes;
  • Catarata, aumento da pressão intraocular, glaucoma, olhos saltados;
  • Euforia, mudanças de humor; depressão;
  • Alterações da personalidade, irritabilidade, insônia.
Para que serve a prednisona?

A prednisona é um corticoide que serve para tratar doenças endócrinas, doenças ósseas e musculares, doenças autoimunes que afetam o colágeno, doenças dermatológicas, alergias, doenças oculares, doenças respiratórias, doenças que afetam o sangue e tumores.

A prednisona tem uma forte ação anti-inflamatória, antirreumática e antialérgica sobre as doenças que apresentam boa resposta a medicamentos corticoides.

Quais as contraindicações da prednisona?

A prednisona é contraindicada para pessoas com infecções sistêmicas causadas por fungos e para quem já apresentou reações alérgicas ou alguma reação à prednisona, a outro corticoide ou a algum dos componentes da fórmula do medicamento.

Como tomar prednisona?

Os comprimidos de prednisona devem tomados de manhã, com 1 copo de água. A dose do medicamento varia de acordo com a doença e a gravidade da mesma, além da resposta do paciente à medicação.

Para adultos, a dose inicial de prednisona varia entre 5 mg e 60 mg por dia. Se não houver melhora dos sintomas, recomenda-se procurar o médico que receitou o medicamento.

Para crianças, a dose diária inicial de prednisona varia entre 0,14 mg e 2 mg por cada quilo de peso corporal.

Com a melhora dos sintomas, a dosagem do medicamento vai sendo reduzida gradualmente, até chegar à dose de manutenção (menor dose possível capaz de produzir uma resposta satisfatória). Nessa fase, o paciente pode começar a tomar prednisona em dias alternados, conforme orientação médica.

Para maiores informações sobre o uso de prednisona e seus possíveis efeitos colaterais, consulte o médico que receitou o medicamento ou procure um médico de família ou clínico geral.

Prednisona serve para dor de garganta?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

A prednisona normalmente não é indicada para tratar a dor de garganta. Esse remédio geralmente só é prescrito associado a um antibiótico, quando a resposta do sistema imune está agravando a infecção. De contrário, ela não deve ser usada, porque pode favorecer o surgimento ou mascarar novas infecções, devido ao seu efeito de reduzir a imunidade.

No caso de dor de garganta leve, um gargarejo de água morna com sal, própolis ou chá de gengibre pode ajudar a aliviar o desconforto.

Quando a dor for mais intensa, o melhor é procurar um médico. Os anti-inflamatórios não-esteroides, como a nimesulida e o ibuprofeno, são os medicamentos que são normalmente prescritos quando só há inflamação.

A prednisona é um anti-inflamatório corticosteroide hormonal indicado para o tratamento de doenças endócrinas, osteo-musculares, reumáticas, do colágeno, dermatológicas, alérgicas, oftálmicas, respiratórias, hematológicas e neoplásicas, principalmente.

Leia também:

Referências:

Prednisona. Bula do medicamento.

Prednisona serve para dor de dente?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

A prednisona não deve ser usada para aliviar a dor de dente. Ela é um corticoide, que só deve ser usado com orientação de um médico e que, normalmente, só é utilizado para tratar:

  • Doenças endócrinas (relacionadas a alterações hormonais);
  • Doenças osteomusculares, como a artrite;
  • Doenças do colágeno, como o lúpus eritematoso sistêmico;
  • Doenças dermatológicas, como a psoríase ou a dermatite seborreica grave;
  • Alergias;
  • Processos inflamatórios e alérgicos dos olhos e anexos;
  • Doenças respiratórias, como sarcoidose e beriliose.

Os medicamentos mais indicados para o tratamento da dor de dente podem variar, dependendo da causa e da intensidade da dor. Geralmente são usados anti-inflamatórios, como ibuprofeno ou paracetamol.

Em casos de dor mais intensa, pode ser indicado um analgésico opioide. Quando há infecção, é necessário o tratamento com antibióticos. Por isso, é importante procurar um dentista quando estiver com dor de dente.

Se quiser saber mais sobre dor de dente, leia também:

Referências:

Prednisona. Bula do medicamento

Hennessy BJ. Dor e infecção dentárias. Manual MSD.