A taxa de glicose de jejum no sangue considerada normal é de até 99 mg/dl. O valor compreendido entre 100 e 125 mg/dl é considerado um dos critérios diagnósticos para "pré-diabetes", situação que caracteriza risco aumentado de evoluir para diabetes.
Sabendo que a diabetes e "pré-diabetes" são fatores de risco bastante relevantes para doença cardiovascular, as sociedades de endocrinologia e cardiologia, aconselham o tratamento precoce dessa doença. Entretanto, cada caso deve ser avaliado de maneira individualizada pelo médico assistente.
O resultado deve ser analisado junto com exame clínico e história familiar. Nos casos de critérios para alto risco de diabetes ou doenças cardiovasculares, está recomendado o início da medicação metformina®, associada a mudanças de estilo de vida e orientações alimentares.
O início precoce de tratamento da pré-diabetes, já comprova benefícios e redução de complicações, para esses pacientes.
Diagnóstico de "pré-diabetes"O diagnóstico de pré-diabetes é definido por pelo menos um dos critérios abaixo alterados, que são:
- Glicemia de jejum ≥ 100 mg/dl;
- Glicemia de 2h após sobrecarga com 75 g de glicose, com valores entre = 140 a 199 mg/dL e/ou
- Hemoglobina glicosilada com valores entre = 5,7 e 6,4%.
Para diagnóstico de Diabete Mellitus, é preciso pelo menos um dos critérios abaixo:
- Glicemia de jejum ≥ a 126 mg/dl;
- Glicemia de 2h após sobrecarga com 75 g de glicose ≥ 200 mg/dL;
- Hemoglobina glicosilada ≥ 6,5% e
- Glicemia ao acaso ≥ 200 mg/dL, em pacientes com sintomas clássicos de hiperglicemia, ou em crise hiperglicêmica.
O endocrinologista é o médico responsável pela confirmação do diagnóstico de diabetes, tratamento e acompanhamento.
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Não. Valores de glicemia de jejum entre 100 e 125 (este valor ainda é discutível), mas é o que eu costumo usar na minha prática do consultório, são valores considerados com um estágio "pré-diabetes", porém precisa ser tratado.
A diabetes, dieta rica em açúcar ou a falta de exercícios são as causas mais frequentes de aumento dos níveis de glicose no sangue.
A glicose é absorvida dos alimentos que ingerimos. No sangue ela é transportada pela insulina, para dentro das células, onde é utilizada como fonte de energia para exercer as suas funções.
Portanto, uma alimentação com quantidades altas de açúcar, menor produção de insulina ou baixo gasto energético, como no sedentarismo, determinam o aumento dos níveis de açúcar no sangue.
1. DiabetesA diabetes é a principal representante dessa situação. Trata-se de uma doença caracterizada pela produção insuficiente de insulina, levando ao quadro de glicose alta no sangue.
A insulina é o hormônio produzido pelo pâncreas e responsável por transportar a glicose do sangue para dentro das células. Quando existe pouca ou nenhuma insulina, sobra glicose dentro do sangue, resultando na hiperglicemia.
Pode ter origem genética, quando os sintomas se iniciam ainda na infância ou adolescência, chamada de Diabetes tipo I. Pode ser causada também por doenças crônicas, como a obesidade, a Diabetes tipo II.
O tratamento deve ser feito com mudança de hábitos de vida, alimentação controlada por um nutricionista e exercício físico regular. Nos casos de diabetes tipo I ou a glicose não melhorar apenas com as mudanças de estilo de vida, é preciso iniciar medicamentos ou a própria insulina injetável.
2. Dieta rica em açúcarO consumo exagerado de carboidratos e açúcares pode causar o aumento da glicose no sangue, porque o organismo não consome toda essa energia e nem consegue produzir insulina suficiente para retirar todo esse açúcar do sangue.
Um plano alimentar ideal não deve restringir nenhum alimento, deve incluir todos os tipos de alimentos: carboidratos, legumes, verduras, frutas, proteínas, leite, derivados, óleos e até a gordura, fundamental para formação de hormônios e outras células do corpo, no entanto, em quantidades adequadas às necessidade e preferências de cada pessoa.
Alimentos embutidos e bebidas alcoólicas devem ser evitados. Farinha branca pode ser substituída pela versão integral e reduzir, na medida do possível, o consumo de açúcar branco nas preparações de sobremesas e doces em geral, prefira o açúcar amarelo ou açúcar mascavo.
O nutricionista é o profissional responsável por avaliar as necessidades nutricionais de cada pessoa e planejar essas orientações de maneira individualizada.
3. Falta de atividade físicaA atividade física traz inúmeros benefícios para o organismo e evita o aumento do açúcar no sangue, devido ao maior gasto de energia e consumo da musculatura. Por isso a falta de exercícios pode ocasionar ou permitir, o aumento do açúcar no sangue.
Entretanto, para que a atividade consiga controlar e evitar esse aumento, é preciso que seja feita de forma regular, de 3 a 5 vezes por semana, durante 30 minutos, pelo menos.
O exercício regular promove controle glicêmico, diminuição de peso, menor acúmulo de gordura, ou mesmo quando não perde peso, reduz a "resistência à insulina", quer dizer que, a insulina funciona melhor no corpo de quem pratica atividades.
Outros benefícios comprovados são a redução do risco de pressão alta, do risco de infarto do coração ou colesterol aumentado, promover melhor qualidade de vida, menos queixas de dor e melhora do humor em geral.
Glicose alta: o que fazer?Para controlar a glicose o sangue (glicemia), é preciso seguir uma alimentação saudável, praticar atividades físicas regularmente e evitar situações de estresse.
Podemos enumerar algumas dicas para ajudar a normalizar a glicemia:
- Se hidratar bem, beber pelo menos 1 litro e meio a 2l de água por dia;
- Fazer mais refeições ao dia, em pequenas quantidades;
- Evitar sobremesas, dê preferência às frutas, principalmente melancia, laranja e abacaxi;
- Evitar bebidas alcoólicas, se beber que seja moderadamente e de preferência junto com as refeições;
- Praticar atividades físicas com regularidade. Procure um esporte ou lazer que te traga prazer e bem-estar para ajudar na manutenção dessa prática;
- Procurar dormir bem e descansar sempre que sentir necessidade e
- Evitar situações de estresse ou ansiedade. Se for preciso procure ajuda de um profissional.
Glicose é um monossacarídeo, uma espécie de açúcar simples, encontrado no sangue, a partir dos alimentos ingeridos, que tem como função, a produção de energia para todo o corpo.
O valor considerado normal de glicose no sangue, chamado de glicemia, varia de 70 a 99 mg/dl em jejum. Após uma refeição esse valor pode chegar a 130 mg/dl.
Qual é o melhor horário para medir a glicose?Não existe uma melhor hora para todas as pessoas, depende de cada caso, por isso deve ser determinada pelo médico que o acompanha.
Um paciente que acabou de receber um diagnóstico de diabetes, deve avaliar com maior frequência o açúcar no sangue, pelo menos 2x ao dia, em jejum e após as refeições, até o completo ajuste do seu tratamento.
Pessoas com mais tempo de tratamento e em controle adequado, não precisa medir diariamente, pode variar os horários, conforme os seus hábitos de vida, pratica de exercícios ou se sentir mal-estar.
Gestantes nunca devem passar muito tempo em jejum, por isso podem controlar a sua glicose com medidas após as refeições. E assim por diante. Cabe ao médico endocrinologista definir a melhor opção para cada caso.
Quais os sintomas de glicose alta?Os sintomas de um alto nível de glicose no sangue podem incluir:
- Sede excessiva;
- Boca seca;
- Visão turva;
- Pele seca;
- Fraqueza;
- Cansaço;
- Aumento do número de micções;
- Levantar-se com frequência à noite para urinar.
Os sintomas podem ser mais graves, se a glicemia permanecer alta por muito tempo ou aumentar muito. Com o tempo, A glicose alta enfraquece o sistema imunológico e aumenta a probabilidade de desenvolver infecções.
Às vezes, o nível de glicose pode subir devido a cirurgia, infecção, trauma ou medicamentos. Porém, quando a causa é tratada ou afastada, as taxas de açúcar no sangue voltam ao normal.
O médico endocrinologista é o responsável por esse tratamento e acompanhamento.
Veja como saber se tem ou não diabetes no artigo: Como é feito o diagnóstico do diabetes?
Referência:
Sociedade Brasileira de Diabetes.
Não é diabetes. Os valores de glicemia de jejum entre 100 e 125 mg/dl significam uma condição chamada Pré-diabetes, ou seja, uma propensão maior para desenvolver a diabetes tipo 2, mas ainda não é a diabetes. Portanto, existe a chance de iniciar um tratamento e mudança de hábitos de vida, com objetivo de evitar a instalação da doença.
Diagnóstico da diabetesA diabetes é diagnosticada a partir de critérios bem definidos, com base no resultado dos seguintes exames de sangue:
- Glicemia de jejum acima de 126 mg/dl;
- Hemoglobina glicosilada acima de 6,5%;
- Teste de tolerância oral a glicose acima de 200 mg/dl;
- Teste aleatório de glicose plasmática acima de 200 mg/dl, associado a sintomas típicos de glicose aumentada.
No entanto, mais de um exame deve estar alterado, ou repetidamente alterado, para que seja confirmado esse diagnóstico.
Leia também: Como é feito o diagnóstico do diabetes?
Quais são os sintomas de diabetes?Os principais sintomas que sugerem a diabetes são: Poliúria, polifagia e polidipsia. Além de dificuldade na cicatrização, emagrecimento sem motivo aparente, cansaço e alterações na visão, principalmente visão turva.
Poliúria - Aumento do volume urinário;
Polifagia - Aumento do apetite, comer exageradamente e mesmo assim não ganhar peso;
Polidipsia - sede excessiva, beber muita água.
No seu caso, visto que os valores da glicose vêm se apresentando acima dos valores ideais e ainda jovem, recomendamos que junto com seu responsável, procure um médico endocrinologista para iniciar um planejamento de medidas preventivas para não desenvolver o diabetes.
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Os sintomas de glicose alta, típicos, são: aumento do apetite (polifagia), sede excessiva (polidispsia), poliúria (vontade de urinar diversas vezes) e emagrecimento.
No entanto, nem todos os casos apresentam exatamente esse quadro, podendo haver ainda sintomas de boca seca, dor de cabeça, visão embaçada, pele seca, formigamento nas mãos e nos pés, fraqueza e cansaço. Nos casos mais graves, pode haver vômito, náuseas, falta de ar, dor abdominal, queda da pressão arterial, sonolência ou desmaios.
A glicose alta é uma condição chamada hiperglicemia, que ocorre quando há um acúmulo de glicose (açúcar) na corrente sanguínea. Quase todos os casos de hiperglicemia ocorrem em pessoas com diabetes.
Se o nível de glicose no sangue estiver constantemente alto e não for controlado, pode causar complicações graves, como problemas na visão, nos nervos e no sistema cardiovascular.
Como saber se a glicose está alta?A única forma de saber se a glicose está alta é através de um teste de glicemia, que mede os níveis de glicose no sangue. O teste pode ser feito em casa, se tiver o aparelho, ou numa farmácia, posto de saúde ou hospital. O teste de glicemia capilar, como é chamado pelos profissionais, é rápido, simples e não causa dor.
É importante ressaltar que os sintomas da glicose alta geralmente só se manifestam quando os níveis de açúcar no sangue estão significativamente elevados, acima de 180 mg/dL. Além disso, a presença de sinais e sintomas não é suficiente para identificar um quadro de hiperglicemia. Por isso, é fundamental fazer o teste de glicemia capilar.
Quais os valores normais da glicose?- Glicemia de jejum (8 horas): abaixo de 99 mg/dl;
- Glicemia medida em qualquer horário do dia, independentemente do tempo decorrido desde a última refeição: abaixo de 139 mg/dl.
Em caso de glicose alta, recomenda-se fazer exercício e beber água depois de comer, principalmente se consumiu grande quantidade de carboidratos.
Indivíduos diabéticos devem aplicar insulina e tomar os medicamentos, conforme orientação médica.
Para controlar a glicemia e evitar que ela aumente, são indicados exercícios físicos regularmente e dieta orientada por um profissional da área, porque embora seja importante reduzir a quantidade de carboidratos e de açúcar, são substratos fundamentais para o bom funcionamento do organismo.
A quantidade correta de todos os alimentos, deve ser adequada às características de saúde de cada pessoa, condições sociais e estilo de vida. Apenas um profissional de saúde consegue oferecer todas essas informações, de maneira segura.
Saiba mais sobre esse tema no artigo: Quem tem diabetes deve evitar comer o quê?
O controle da glicemia em casa, tem sido muito utilizado, através de um aparelho medidor de glicose, por ser uma maneira simples e eficaz de verificar se a glicose está alta.
Quem tem diabetes e observa uma mudança repentina da glicemia durante o monitoramento em casa, deve informar o médico, imediatamente.
O que pode deixar a glicose alta?A glicemia alta pode ser causada por uma produção insuficiente de insulina ou resistência do organismo à insulina. A insulina é um hormônio que tem a função de transportar a glicose do sangue para as células, para ser transformada em energia.
A glicose não pode ser absorvida sem insulina. Se o corpo não conseguir produzir insulina suficiente ou for resistente aos seus efeitos, a glicose pode se acumular na corrente sanguínea e causar hiperglicemia.
Dieta inadequada é uma causa frequente de taxas elevadas de glicemia, principalmente em diabéticos. Alimentos ricos em carboidratos, como pães, arroz e massas, podem aumentar o nível de açúcar no sangue, uma vez que são transformados em glicose.
O paciente diabético deve seguir o seu plano alimentar, fazer uso correto da insulina e dos medicamentos habituais, para evitar a glicose alta e risco de complicações.
A hiperglicemia também pode ocorrer em pessoas que não têm diabetes. Em alguns casos, a glicose pode ficar temporariamente alta devido a cirurgia, infecção, falta de atividade física, doença crônica ou grave, sofrimento emocional ou uso de certos medicamentos, como esteroides. O afastamento da causa, costuma trazer a glicemia de volta ao normal.
O médico endocrinologista é o especialista responsável pelo tratamento da hiperglicemia.
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A pré-diabetes é o aumento das taxas de glicose no sangue, sem atingir os níveis que definem a doença diabetes.
Os valores normais da glicemia em jejum são de 60 a 99 mg/dl. Para a confirmação de diabetes, entre outras análises, a glicemia deve estar acima de 125 mg/dl. Sendo assim, quando a glicemia está entre 100 e 125 mg/dl, é considerada uma fase "pré-diabética".
Embora não caracterize a doença diabetes, a pré-diabetes também é bastante perigosa para a saúde, pois aumenta os riscos de doenças cardíacas, vasculares e neurológicas, como o infarto agudo do miocárdio e o acidente vascular cerebral (AVC). Além do risco de mais de 30% dos casos evoluírem para a diabetes, dentro de 5 anos.
Por esses motivos, na suspeita da pré-diabetes, ou assim que for feito o seu diagnóstico, é fundamental que procure um médico especialista, nesse caso o endocrinologista, para avaliação e início do tratamento para seu controle.
Como confirmar a pré-diabetes?Existem critérios bem definidos para cada uma das condições, através dos exames de sangue: glicemia de jejum de 8h, o teste de tolerância oral a glicose 75 (TTOG 75) e o exame de hemoglobina glicosilada (HbA1c).
A glicemia de jejum deve ser realizada com pelo menos 8h de jejum, e com uma dieta habitual. Não deve ser feito qualquer dieta ou mudança de hábitos alimentares dias antes, para não prejudicar ou mascarar um resultado.
O teste de tolerância oral a glicose, é um dos principais exames para o diagnóstico da pré-diabetes. Nesse teste o paciente recebe uma dose de glicose (75 g) por via oral, e após duas horas é colhido novo exame de sangue para avaliação da glicemia.
E a hemoglobina glicosilada é uma medida de avaliação da glicose nos últimos 2 a 3 meses, a partir da amostra de sangue. Por isso é o teste mais fidedigno para o acompanhamento e ajuste de tratamento nos pacientes diabéticos.
Os valores que definem cada uma das condições estão descritos na tabela abaixo:
Exames de sangue | Normal | Pré-diabetes | Diabetes |
Glicemia de jejum | 60 a 99 mg/dl | 100 a 125 mg/dl | > 125 mg/dl |
TTOG 75 | < 140 mg/dl | 140 a 199 mg/dl | > 200 mg/dl |
HbA1c | > ou = 5,6% | 5,7 a 6,4% | > ou = 6,5 % |
Existem grupos que já consideram a glicose de jejum a partir de 99 mg/dl um sinal de pré-diabetes, por isso qualquer valor acima de 100 mg/dl já configura um quadro de pré-diabetes e deve ser iniciado um tratamento específico, caso a caso.
Sintomas da pré-diabetesA pré-diabetes pode não apresentar qualquer sintoma por anos. Por isso, todos os casos de alto risco para diabetes, devem realizar exames de sangue periodicamente, possibilitando a identificação precoce da doença.
Os sintomas que podem estar presentes são semelhantes aos sintomas de diabetes, de forma mais branda. São eles:
- Emagrecimento (sem causa aparente),
- Fome a todo momento,
- Muita sede,
- Aumento da frequência de urina,
- Cansaço, fadiga,
- Alterações na visão (visão "borrada").
É importante conhecer os fatores que aumentam o risco de desenvolver diabetes e pré-diabetes, para que sempre que possível, se previna da doença.
Os principais são: história familiar de diabetes, obesidade, hipertensão arterial, falta de atividade física, distúrbios de sono, principalmente a privação de sono, tabagismo, doenças do pâncreas, peso superior a 4 kg ao nascimento, ser mulher e ter mais de 45 anos.
Tratamento da pré-diabetesO tratamento correto reduz as chances de complicações cardiovasculares e cerebrovasculares, as doenças mais comuns da nossa população.
1. Orientação nutricionalA dieta é a parte mais importante do tratamento, especialmente na diabetes tipo 2, situação em que o pâncreas produz a insulina, mas não é suficiente para aquele organismo.
2. Atividade física regularA atividade física por pelo menos 30 minutos por dia, por 5 dias na semana, ajuda o organismo a eliminar a gordura e o açúcar em excesso no sangue. Ainda, promove uma melhor circulação sanguínea e hábitos alimentares.
3. Mudança de hábitos de vidaReduzir o consumo de bebidas alcoólicas e eliminar vícios como o uso de cigarro, são medidas fundamentais para evitar a evolução da doença.
4. MedicamentosOs casos com risco mais elevado de evoluir com diabetes ou múltiplos fatores de risco para doença cardiovascular, devem iniciar a medicação em conjunto. O remédio mais usado é a metformina®.
Como saber se já tenho Diabetes?Para confirmar a diabetes os valores do exame de sangue devem ser:
- Glicemia de jejum (8 horas) - acima de 125 mg/dl
- Teste de tolerância oral a glicose a 75 mg - acima de 199 mg/dl
- Hemoglobina glicosilada - acima de 6,4%
Além disso, é preciso que o exame seja feito com o jejum indicado, de no mínimo 8 horas e mantendo a alimentação normal. Evitar dietas ou mudanças de hábitos na véspera do exame, para não alterar o exame e retardar um diagnóstico correto.
O exame clínico faz parte da avaliação e confirmação da doença. E toda essa avaliação pode ser feita pelo médico assistente, ou pelo médico especialista, no caso, o endocrinologista.
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Diabetes é uma doença que desregula a forma como o organismo utiliza a glicose (açúcar).
A insulina é o hormônio que regula a entrada da glicose nas células e é produzida pelo pâncreas.
Há dois tipos diferentes de diabetes: tipo 1 e tipo 2. Na diabetes tipo 1, o pâncreas não produz insulina suficiente. Na diabetes tipo 2, o pâncreas pode não produzir insulina suficiente ou o organismo tornar-se resistente à insulina. Como consequência, haverá uma quantidade elevada de açúcar na corrente sanguínea e isso pode afetar diversos órgãos caso não tratado de forma adequada.
A diabetes pode ser uma condição crônica que acompanhará a pessoa para toda a vida, sendo necessária monitorização frequente e tratamento adequado. Isso inclui mudança no estilo de vida, uso de algumas medicações, realização de exames periódicos e medidas de auto-cuidado.
Leia também: Diabetes tem cura?
O foco principal do tratamento da diabetes é manter o nível de glicose sanguínea estável e dentro da normalidade, além de reduzir os riscos de complicações advindas da doença.
O valor de glicose abaixo de 70 indica uma situação de hipoglicemia, ou seja, que a glicose está mais baixa que o ideal para o adequado funcionamento do organismo. Portanto, valores abaixo de 70 não são considerados normais.
Durante uma crise de hipoglicemia a pessoa pode sentir alguns sintomas, como:
- Tremores;
- Suores frios;
- Palpitações;
- Palidez;
- Sensação de fraqueza;
- Tremores;
- Irritabilidade;
- Sonolência.
Nas situações em que o valor de glicose é inferior a 70, ou quando existem sintomas sugestivos de hipoglicemia, o que se deve fazer é:
- Ingerir cerca de 15 g de algum tipo de carboidrato de rápida absorção (água com açúcar, fruta ou suco de fruta natural, por exemplo);
- Aguardar alguns minutos e medir novamente o açúcar no sangue.
- Caso a glicose se mantenha em valores abaixo de 70 deve-se ingerir novamente carboidratos de rápida absorção até os valores normalizarem.
- Quando os valores estiverem normais deve-se comer algum lanche com carboidratos de absorção lenta (bolachas, pão ou leite, por exemplo).
Vale ressaltar que caso a glicose seja inferior a 45 ou caso a pessoa esteja apresentando sintomas de maior gravidade, como convulsões ou perda de consciência, é necessário entrar em contato imediatamente com o serviço de urgência (SAMU) ou ir rapidamente para o hospital.
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Ter 150 de glicose é normal quando o teste é feito pouco tempo após comer. Mas quando 150 é o valor da glicemia em jejum, isso pode indicar diabetes. Isso porque a glicose, que é nossa principal fonte de energia, tem que ser mais baixa quando estamos em jejum e aumentar quando comemos.
A pessoa é considerada diabética quando:
-
A glicemia de jejum for maior ou igual a 126 mg/dL (em pelo menos 2 testes). Os valores menores que 100 são normais e os que ficam entre 100 e 125 são considerados pré-diabetes. O exame de glicemia de jejum é o mais usado para saber se a pessoa está com diabetes;
-
A glicemia for maior ou igual a 200 mg/dL 2 horas após um exame com sobrecarga de glicose (a pessoa toma um líquido muito doce 2 horas antes de colher o sangue para medir a glicemia). Os valores menores que 140 são normais. Valores entre 140 e 199 são considerados pré-diabetes.
O ideal quando há alguma dúvida ou suspeita de diabetes é ir ao médico. Somente ele pode pedir exames de laboratório e avaliar se a glicose e outros parâmetros importantes para a sua saúde estão normais. Além disso, somente o médico pode indicar um tratamento, quando for necessário.
Se quiser saber mais sobre os níveis de glicose no sangue, leia também:
Referências:
Cobas R, Rodacki M, Giacaglia L, Calliari L, Noronha R, Valerio C, Custódio J, Santos R, Zajdenverg L, Gabbay G, Bertoluci M. Diagnóstico do diabetes e rastreamento do diabetes tipo 2. Diretriz Oficial da Sociedade Brasileira de Diabetes (2022).
Brutsaert EF. Diabetes mellitus. Manual MSD.