A ressonância magnética com contraste é um exame de imagem feito com um aparelho que emite ondas magnéticas para obter imagens do interior do corpo, não possui radiação.
O contraste serve para o médico poder visualizar e diferenciar melhor os tecidos e os vasos sanguíneos, ajudando a detectar lesões de forma mais precoce, principalmente as lesões pequenas, determinando assim o tratamento adequado. É o exame mais indicado para detectar lesão ou anomalia nas estruturas moles do corpo, suspeitadas durante uma consulta médica e exame clínico.
O contraste geralmente é injetado em uma veia da mão ou do braço através de uma agulha pequena. Essa injeção na maioria das vezes, só é administrada em uma segunda fase do exame; primeiro é realizado o exame produzindo imagens sem contraste, e quando o médico entende ser necessário um complemento, uma melhor visualização dos órgãos, então é solicitado a administração deste meio de contraste, e realizadas novas imagens.
Os riscos e receios da ressonância magnética com contraste estão relacionados a reações alérgicas, o que é raro. A taxa de reação alérgica ao gadolínio, um dos meios de contraste mais utilizados, de acordo com estudos recentes, não chegam a 1%. As reações mais relatadas devido a aplicação intravenosa do contraste são mal-estar e indisposição, que duram poucos minutos.
A preocupação médica quanto ao exame, refere-se aos pacientes portadores de insuficiência renal, nesses casos o exame com contraste deve ser evitado, já que a substância é eliminada pelos rins, podendo causar uma sobrecarga e piora da doença. Os riscos e benefícios para realização deste exame devem ser discutidos com o médico assistente.
O acúmulo da substância no sangue pode provocar esclerose sistêmica, uma doença autoimune que provoca alterações nos vasos sanguíneos, com diminuição do fluxo de oxigênio e nutrientes para os tecidos do corpo.
A maioria das pessoas submetidas a uma ressonância magnética com contraste pode retornar às suas atividades de vida ou laborais no mesmo dia do exame. O contraste normalmente é eliminado pela urina em até 24 horas. O tempo médio para a realização do exame varia entre 20 e 50 minutos.
Para maiores esclarecimentos sobre o procedimento e os riscos da ressonância magnética com contraste, fale com o médico radiologista, que é o responsável pela realização do exame.
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Sim, grávida pode fazer ressonância magnética. As evidências cientificas atuais não comprovaram que a exposição ao exame seja prejudicial ao feto, mesmo no primeiro trimestre da gestação.
No entanto, é muito importante enfatizar que o uso de gadolínio, que é o contraste paramagnético usado no exame, deve ser evitado, pois alguns estudos demonstraram associação do gadolínio com maior risco de morte e complicações neonatais.
Além disso, como todo exame, deve sempre ser cuidadosamente avaliado os potenciais riscos e benefícios da sua realização e o quanto o exame é essencial para a investigação e seguimento da gestante.
Alguns médicos ainda preferem indicar a ressonância magnética apenas a partir do segundo trimestre como forma de ter maior precaução.
Há situações específicas em que a ressonância magnética é indicada, mesmo no 1º trimestre de gravidez, tais como:
- Lesões no cérebro ou na medula espinhal da mãe;
- Grávidas com câncer;
- Grávidas com doenças aguda torácica, abdominal ou pélvica, que não foram diagnosticadas pela ultrassonografia;
- Casos específicos de anomalia fetal ou desordem fetal complexa.
Não existe uma legislação específica no Brasil que determina a época da realização da ressonância magnética durante a gravidez. O médico obstetra ou o médico radiologista poderá esclarecer outras dúvidas que a grávida possa ter em relação ao exame durante o pré-natal.
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Como é feita a ressonância magnética com contraste e quais os riscos?
Sim, quem usa aparelho ortodôntico pode fazer ressonância magnética, desde que o objetivo do exame não seja visualizar nada do pescoço para cima, pois o metal do aparelho pode prejudicar a qualidade da imagem.
Qualquer tipo de implante metálico é contraindicado ou exige uma atenção especial para a realização da ressonância magnética devido ao potente magnetismoque é gerado durante o exame.
Esse magnetismo pode atrair o objeto metálico e causar incômodo ou ainda uma lesão, caso o metal esteja na região que será examinada. Existe também o risco de aquecimento e correntes elétricas induzidas.
No entanto, de um modo geral, os aparelhos dentários não costumam ser uma contraindicação para a realização da ressonância, embora possam distorcer e tornar inúteis as imagens feitas do pescoço e da cabeça.
Caberá ao médico radiologista avaliar o risco-benefício de realizar a ressonância magnética ou se o aparelho ortodôntico impede ou não o exame.
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Isso pode significar um acidente vascular cerebral isquêmico (vulgo derrame), mas só o neurologista vendo o exame pode dar certeza do resultado.