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Trombose venosa profunda tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. A trombose venosa profunda (TVP) tem cura.

O tratamento é feito com medicamentos anticoagulantes, uso de meias elásticas e repouso. Dependendo do caso, pode ser necessário realizar cirurgias para dissolver ou retirar os coágulos, prevenindo complicações graves como a embolia, e consequente tromboembolismo.

O tratamento da trombose tem como objetivos diminuir o risco de embolização, principalmente para os pulmões, impedir o crescimento do trombo e a formação de novos trombos.

A embolização é um processo aonde um desses coágulos se soltam e ganham a corrente sanguínea, podendo parar em qualquer outro sistema aonde o calibre do vaso sanguíneo seja mais estreito; obstruindo a passagem de sangue e originando uma isquemia. Os órgãos mais acometidos são o pulmão - tromboembolismo pulmonar ou TEP, o cérebro - derrame ou AVC isquêmico "embólico" e coração - infarto agudo embólico

Estima-se que até 50% dos casos de trombose venosa profunda nas pernas evolua com embolia pulmonar se não tratada a tempo, com risco elevado de morte.

Qual o tratamento da trombose venosa profunda?Anticoagulantes

O tratamento da trombose venosa profunda é feito com medicamentos anticoagulantes, como a heparina. O medicamento é eficaz para diminuir o risco de embolia pulmonar e de formação de novos trombos.

Após 5 dias de heparina, que é administrada com injeções subcutâneas, o paciente passa a receber apenas anticoagulantes em comprimido, como a warfarina. A warfarina é mantida por pelo menos 6 meses, dependendo da gravidade e dos fatores de risco do paciente.

Atualmente, além da warfarina dispomos dos chamados "novos anticoagulantes" com maior facilidade de ajustar doses e posologia. Mas cada caso deve ser avaliado para qual a melhor opção de medicamento além do tempo que deverá fazer uso.

Repouso e meias elásticas

O indivíduo com trombose deve permanecer na cama em repouso absoluto durante os primeiros dias de anticoagulação, pois movimentar o membro acometido aumenta o risco de embolização.

Contudo, assim que houver autorização médica, a pessoa deve começar a andar o quanto antes. Já o uso de meias elásticas é recomendado para diminuir o inchaço nos membros inferiores e favorecer a circulação sanguínea nas pernas.

Implante de filtro

Nos pacientes que apresentam contraindicação a anticoagulantes ou que, apesar da anticoagulação, continuam a apresentar novos episódios de tromboembolismo, indica-se a implantação de um filtro na veia cava.

O filtro de veia cava é um tipo de rede localizada dentro da veia cava, na região abdominal, e que impede que êmbolos vindos das pernas cheguem aos pulmões.

O tratamento da trombose venosa profunda pode ser feito em ambiente hospitalar ou domiciliar, conforme avaliação médica.

É preciso estar atento às alterações que a trombose venosa profunda pode provocar, principalmente se existe predisposição para a doença ou houve exposição a fatores de risco que favorecem a formação de trombos.

Em caso de suspeita de trombose venosa profunda, um médico angiologista ou cirurgião vascular deverá ser consultado. Ele poderá avaliar detalhadamente, através de anamnese, exame físico e eventuais exames complementares, qual é o seu diagnóstico correto e prescrever o melhor tratamento, caso a caso.

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Quais as causas e os fatores de risco para a trombose venosa profunda (TVP)?
Dra. Janyele Sales
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Medicina de Família e Comunidade

Existem diversos fatores de risco para o desenvolvimento de trombose venosa profunda (TVP), principalmente dos membros inferiores. Dentre eles destacam-se:

  • Idade avançada;
  • Imobilidade ou mobilidade reduzida;
  • História prévia de trombose venosa profunda;
  • Casos de trombose venosa profunda na família;
  • Presença de varizes;
  • Obesidade;
  • Lesões na medula espinhal;
  • Traumatismos graves;
  • Uso de hormônios;
  • Gravidez;
  • Cirurgias;
  • Viagens prolongadas;
  • Câncer;
  • Insuficiência cardíaca;
  • Doenças e condições congênitas e adquiridas (trombofilias).
Idade

Pessoas com mais de 40 anos têm mais trombose venosa profunda quando comparadas com pessoas mais novas. O risco aumenta depois dos 60 anos de idade.

Imobilidade ou mobilidade reduzida

Indivíduos com pouca ou nenhuma mobilidade apresentam mais risco de desenvolver trombose. Quanto maior o tempo de imobilidade, maior o risco de TVP.

Caso anterior de trombose venosa profunda

Quando expostas a situações de risco, como uma cirurgia, pessoas que já tiveram trombose têm muito mais chances de terem novamente TVP quando comparadas com pessoas que nunca tiveram.

Casos de trombose venosa profunda na família

Indivíduos com história de trombose venosa profunda na família possuem mais chances de desenvolver trombose. Quanto mais pessoas na família com história de TVP, maior é o risco.

Varizes

Apesar de ser um fator de risco, a presença de varizes sem outros fatores associados não representa um risco elevado de trombose venosa profunda.

Obesidade

Pessoas com índice de massa corpórea (IMC) maior que 30 possuem mais chances de ter trombose. O risco é maior em homens com circunferência abdominal superior a 102 cm e mulheres com mais de 88 cm de circunferência abdominal.

Lesão na medula espinhal

O risco de trombose nesses casos é maior sobretudo nos primeiros 3 meses após a lesão, devido à falta de mobilidade desse período.

Traumas

Por razões parecidas às da cirurgia, traumatismos grandes também são importantes fatores de risco para a trombose venosa profunda, tanto pelo impacto nos vasos sanguíneos como pelo tempo que a pessoa fica imobilizada na cama após o acidente.

Pílula anticoncepcional ou hormônios

O uso de estrógenos pode aumentar em até 4 vezes as chances da mulher ter trombose. O risco é maior no 1º ano de uso do medicamento, principalmente se houver outros fatores de risco associados, como imobilidade e cirurgias.

Gravidez

Alterações hormonais elevam a capacidade de coagulação das grávidas, aumentando as chances de formação de coágulos. Além disso, à medida que o útero cresce, a veia cava vai sendo comprimida, o que dificulta o escoamento do sangue proveniente das veias dos membros inferiores.

Sabe-se que as gestantes possuem 5 vezes mais chances de desenvolverem tromboses do que mulheres que não estão grávidas da mesma idade.

Cirurgias

Pacientes submetidos a cirurgias na região pélvica e membros inferiores apresentam alto risco de formação de trombos nos membros inferiores. O efeito dos anestésicos, a própria manipulação dos vasos sanguíneos e tecidos subjacentes durante o ato cirúrgico e o prolongado tempo sem se levantar no pós-operatório tornam as cirurgias um evento com elevado risco de trombose venosa profunda.

Quando andamos, o impacto dos pés no chão e a contração dos músculos, principalmente da panturrilha, ajudam a empurrar o sangue nas veias das pernas para cima, em direção ao coração. Permanecer deitado por muito tempo favorece a estagnação do sangue nos membros inferiores, principalmente para quem sofre de insuficiência venosa.

Permanecer sentado em viagens longas

Longas viagens, geralmente acima de 8 horas, podem facilitar o surgimento de trombose venosa profunda, principalmente em indivíduos com outros fatores de risco, como obesidade, varizes, tabagismo, gravidez, entre outros.

Já notou como os seus pés ficam inchados e o sapato fica mais difícil de calçar após uma longa viagem de avião? Permanecer sentado por muitas horas, com as pernas dobradas, dificulta o retorno do sangue para o coração, favorecendo a estagnação e, consequentemente, a formação de trombos.

Câncer

Existem tumores malignos que produzem substâncias que aumentam as chance do sangue coagular, favorecendo a formação de trombos.

Insuficiência cardíaca

Indivíduos com insuficiência cardíaca possuem um coração fraco, com dificuldade de bombear o sangue para todo o corpo, o que leva à estagnação do sangue nos membros inferiores e favorece a formação de coágulos.

Trombofilias

Doenças sanguíneas que desregulam o sistema de coagulação, criando um estado de hipercoagulabilidade e grande risco de formação de trombos. Contudo, apesar de serem um forte fator de risco para trombose, as trombofilias são patologias pouco comuns.

Entre as trombofilias mais frequentes, destacam-se:

  • Mutação do Fator V de Leiden;
  • Mutação do gene da protrombina;
  • Deficiência de proteína S;
  • Deficiência de proteína C;
  • Deficiência de antitrombina;
  • Disfibrinogenemia;
  • Anticorpo antifosfolipídeo.

Além dos citados anteriormente, há diversos outros fatores de risco para trombose venosa profunda, entre os quais estão:

  • Desidratação;
  • Tabagismo;
  • Síndrome nefrótica;
  • Uso de certos medicamentos (como tamoxifeno, eritropoietina, talidomida);
  • Policitemia vera;
  • Trombocitopenia essencial;
  • Doença inflamatória intestinal;
  • Uso de cateter venoso central na veia femoral.

Em caso de suspeita de trombose venosa profunda, um médico deverá ser consultado. Ele poderá avaliar detalhadamente, através de anamnese, exame físico e eventuais exames complementares, qual é o seu diagnóstico correto, orientá-lo(a) e prescrever o melhor tratamento, caso a caso.

Para saber mais você pose ler:

Quais os principais sintomas de trombose na perna?

Trombose venosa profunda tem cura? Qual o tratamento?

Referência

Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular. Trombose Venosa Profunda: diagnóstico e tratamento. SBACV, 2018.

Quais os sintomas da trombose venosa profunda (TVP)? O que, como é diagnosticada e como é o tratamento?
Dra. Janyele Sales
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Medicina de Família e Comunidade

Os sintomas da trombose venosa profunda (TVP) dependem do tamanho do trombo e do grau de obstrução da veia acometida. Como se tratam de veias profundas, mais afastadas da pele, é perfeitamente possível a pessoa ter trombose e não apresentar sintomas. Contudo, uma perna que de repente começa a doer e fica mais inchada que a outra é sempre um sinal que deve levantar suspeita de TVP.

Quando o trombo é grande o suficiente para comprometer o fluxo sanguíneo na veia, os sinais e sintomas da trombose venosa profunda podem incluir:

  • Inchaço;
  • Dor local. No caso de trombose na perna, a dor ocorre quando a pessoa está em pé, andando ou em repouso. Também é comum haver dor durante a palpação do trajeto da veia acometida;
  • Sensação de peso na perna afetada;
  • Aumento da temperatura local;
  • Dilatação das veias superficiais;
  • Vermelhidão do membro acometido;
  • Rigidez da musculatura na região em que se formou o trombo;
  • Palidez ou escurecimento da pele;
  • Endurecimento do tecido subcutâneo.

Na fase inicial, as principais complicações da TVP são a embolia pulmonar (caso o trombo chegue ao pulmão), com elevada taxa de mortalidade, e a gangrena, que pode levar à amputação do membro.

Numa fase posterior, a trombose venosa profunda pode causar síndrome pós-flebítica, que caracteriza-se por dermatite pigmentada (inflamação e hemorragia dos capilares superficiais da pele), lipodermoesclerose (fibrose e endurecimento da pele), inchaço durante a tarde, varizes nas pernas e ferida aberta ou cicatrizada.

O que é trombose venosa profunda?

A TVP é um distúrbio vascular causado pela formação de um coágulo de sangue (trombo) que diminui ou interrompe a circulação sanguínea. A trombose venosa profunda, como o próprio nome sugere, ocorre em veias profundas, principalmente na perna.

Quais os fatores de risco da trombose venosa profunda?

Os principais fatores de risco para desenvolver TVP são: idade avançada, tabagismo, permanecer na posição sentada durante várias horas, gestação, pós-parto, estar acamado(a), cirurgias, imobilização por fratura, uso de pílula anticoncepcional, terapia hormonal, obesidade, varizes nos membros inferiores, câncer, traumatismos e estados de coagulação excessiva do sangue.

Como é feito o diagnóstico da trombose venosa profunda?

O diagnóstico da TVP geralmente é feito através de ultrassonografia com doppler das veias dos membros inferiores. Outros exames também podem ser usados, como a angiorressonância magnética ou a angiotomografia computadorizada.

Qual é o tratamento para trombose venosa profunda?

O tratamento da trombose venosa profunda pode ser feito através de repouso e elevação do membro afetado, deambulação com uso de meia elástica apropriada, uso de medicamentos anticoagulantes orais, fibrinólise (destruição do coágulo sanguíneo) e, raramente, cirurgia.

A grande maioria dos casos de TVP são tratados sem necessidade de internamento, exceto em casos muito específicos de trombose venosa profunda.

Em geral, o uso de anticoagulante (normalmente varfarina ou heparina) é mantido durante pelo menos 6 meses, bem como o acompanhamento médico especializado e regular. O controle da localização do trombo e da evolução do quadro é feito através de ultrassonografias periódicas.

O principal objetivo do tratamento da TVP é diminuir o risco de embolia pulmonar e gangrena. Por isso, o tratamento precoce é muito importante para prevenir complicações que podem ser fatais.

Em caso de suspeita de trombose venosa profunda, um médico clínico geral, médico de família ou angiologista deverá ser consultado. Ele poderá avaliar detalhadamente, através de anamnese, exame físico e eventuais exames complementares, qual é o diagnóstico correto, orientar e prescrever o melhor tratamento, caso a caso.

Para saber mais, você pode ler:

Quais os sintomas de trombose na perna?

Quais os sintomas da trombose venosa profunda (TVP)? O que, como é diagnosticada e como é o tratamento?

Referência

Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular. Trombose Venosa Profunda: diagnóstico e tratamento. SBACV, 2018.

Embolia pulmonar tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A embolia pulmonar tem cura, quando tratada a tempo. O tratamento precoce da embolia pulmonar pode salvar vidas, pois trata-se de uma patologia potencialmente fatal, que deve ser diagnosticada e tratada com urgência.

Em geral, a pessoa com esse diagnóstico, deve ser tratada na urgência hospitalar ou pronto-socorro, oportunidade em que o/a médico/a fará o tratamento indicado.

Após a estabilização, o tratamento mais comum é o uso de anticoagulantes como a heparina. A heparina, normalmente administrada como injeção subcutânea, pode ser aplicada pela própria pessoa ou por algum familiar. Esse tratamento deve ser feito por no mínimo 3 meses, seguindo um acompanhamento médico restrito.

Outros tratamentos também são possíveis como uso de trombolíticos, remoção do êmbolo pulmonar ou uso de filtro na veia cava inferior.

O diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento e para a cura da embolia pulmonar. O tratamento rápido e adequado diminui a taxa de mortalidade, as sequelas e melhora a qualidade de vida do paciente.

O que é embolia pulmonar?

A embolia pulmonar é o entupimento das artérias pulmonares provocado por um coágulo sanguíneo. A embolia ocorre quando um trombo formado em veias profundas, se desprende da parede do vaso sanguíneo, atravessa o lado direito do coração e bloqueia a artéria pulmonar.

Embolia pulmonar

Como resultado, o pulmão deixa de receber oxigênio e nutrientes e as células pulmonares morrem. Se não for tratada a tempo, a embolia pulmonar pode levar à morte em cerca de 30% dos casos.

A maioria dos trombos que causam embolia pulmonar são provenientes dos membros inferiores.

Quais são os sintomas da embolia pulmonar?

Os principais sintomas da embolia pulmonar incluem: dor no peito ao respirar, com início súbito; falta de ar; aumento das frequências cardíaca e respiratória; palidez e tosse, que pode vir acompanhada de secreção com sangue.

Vale lembrar que em cerca de 70% dos casos, a embolia pulmonar não provoca sinais e sintomas. 

Quais são as causas da embolia pulmonar?

As causas da embolia pulmonar estão relacionadas com os fatores de risco para desenvolver trombose venosa profunda

Assim, dentre as principais causas de embolia pulmonar estão: imobilização prolongada, paralisia, cirurgia recente, derrames cerebrais, câncer, história prévia de tromboembolismo venoso, obesidade, tabagismo (sobretudo se a pessoa fumar mais de 25 cigarros por dia), pressão alta, fratura de quadril, insuficiência cardíaca congestiva, gravidez, pós-parto, uso de pílula anticoncepcional e terapia de reposição hormonal. 

A escolha do tratamento da embolia pulmonar é definida de acordo com os fatores de risco do/a paciente além da disponibilidade de recurso em cada local.

Como prevenir a trombose venosa profunda?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

A prevenção da TVP é essencial nos pacientes com elevado risco, notadamente aqueles com trombofilias ou que foram submetidos recentemente a cirurgias. Nas trombofilias, a prevenção deve ser realizada através de anticoagulantes até ao fim da vida.

Nos casos de pacientes submetidos à cirurgia, indica-se, no pós-operatório imediato, o uso de meias compressivas e baixas doses de heparina, caso o paciente precise ficar acamado. O ideal é que todos os pacientes recém operados levantem-se e andem o quanto antes.

O simples fato de dar alguns passos durante o dia já diminui bastante o risco de TVP. Nas longas viagens, indica-se que o indivíduo levante-se a cada duas horas e ande um pouco. Evitar bebidas alcoólicas e manter-se bem hidratado também é importante.

Em resumo:

  • Evite o consumo de bebidas alcoólicas e de remédios para dormir quando for obrigado a permanecer sentado por muito tempo;
  • Use roupas e calçados folgados e confortáveis;
  • Aproveite todos os pretextos para mudar de posição ou movimentar-se durante as viagens;
  • Faça exercícios de rotação, flexão e extensão com as pernas e os pés enquanto estiver viajando;
  • Comece a caminhar tão logo as condições físicas permitam depois de uma cirurgia, dos períodos de imobilidade prolongada em virtude de problemas de saúde ou de muitas horas de viagem ;
  • Use meias elásticas;
  • Beba muito líquido para evitar a desidratação;
  • Faça caminhadas diárias;
  • Em situações que seja necessário a longa permanência sentado(a), movimente os pés como se estivesse utilizando uma máquina de costura;
  • Quando estiver em pé parado, mova-se discretamente como se estivesse andando sem sair do lugar;
  • Antes das viagens de longa permanência, fale com seu médico sobre a possibilidade de usar alguma medicação preventiva;
  • Quando estiver acamado, faça movimentos com os pés e as pernas.
  • Evite fumar;
  • Mantenha-se no peso ideal para a sua altura;
  • Use meias elásticas, caso os seus tornozelos apresentem inchaço frequentemente;
  • Se for submetido a algum tipo de procedimento cirúrgico, ou internamento clínico prolongado, solicite do seu médico uma conduta profilática (química e/ou mecânica), para reduzir os riscos de desenvolver a doença tromboembólica;
  • Se for necessária a utilização de hormônios, ou se você já foi acometido de trombose, ou ainda se existe história familiar de TVP, consulte regularmente seu médico;
  • Não se automedique. Procure imediatamente assistência médica se suspeitar que desenvolveu um trombo;

Em caso de suspeita de trombose venosa profunda, um médico deverá ser consultado. Ele poderá avaliar detalhadamente, através de anamnese, exame físico e eventuais exames complementares, qual é o seu diagnóstico correto, orientá-lo e prescrever o melhor tratamento, caso a caso.

Quais as complicações da trombose venosa profunda?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

O maior risco da trombose venosa profunda é o de um pedaço do trombo se soltar e viajar pela corrente sanguínea até um dos pulmões, provocando um quadro chamado tromboembolismo pulmonar (TEP). Este quadro é causado por pequenos trombos que provocam um infarto pulmonar localizado e caracteriza-se por dor torácica e súbita falta de ar.

Dependendo do tamanho do êmbolo (trombo que se soltou), pode obstruir grandes vasos pulmonares, como a artéria pulmonar, impedindo o sangue de chegar a um dos pulmões.

Quando isso acontece, o coração pode entrar em colapso ao tentar bombear o sangue em direção ao pulmão sem sucesso devido à grande obstrução que tem à frente. Um tromboembolismo maciço normalmente evolui rapidamente para parada cardíaca e morte.

As TVPs que ocorrem nas veias mais superiores do membro inferior, como as veias poplíteas, femoral ou ilíaca são as que têm mais riscos de soltar êmbolos. Já as tromboses que ocorrem nas veias abaixo do joelho apresentam menor risco de TEP e são por isso menos perigosa.

Em quadro mais avançados, o paciente pode apresentar a síndrome chamada insuficiência venosa crônica, que começa com a destruição das válvulas existentes nas veias e que são responsáveis por direcionar o sangue para o coração, causando uma inversão e retardo do retorno venoso.

O sinal mais precoce de IVC é o edema (inchaço), seguido do aumento de veias varicosas e alterações da cor da pele. Sem um tratamento adequado, ocorre o endurecimento do tecido subcutâneo, presença de eczema e, finalmente, a úlcera de estase ou úlcera varicosa.

Em caso de suspeita de trombose venosa profunda, um médico deverá ser consultado. Ele poderá avaliar detalhadamente, através de anamnese, exame físico e eventuais exames complementares, qual é o seu diagnóstico correto, orientá-lo e prescrever o melhor tratamento, caso a caso.