Perguntar
Fechar
Pode-se usar pomada vaginal durante a menstruação?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. A pomada vaginal pode ser usada durante a menstruação e as aplicações do creme vaginal não devem ser interrompidas durante esse período.

A menstruação não interfere no efeito da pomada.

As pomadas e cremes vaginais são indicadas para tratar diversas infecções vaginais. Normalmente são antibióticos e, por isso, é importante fazer o tratamento completo, até o fim, sem interrupção, mesmo que os sintomas já tenham melhorado ou que a mulher tenha menstruado.

Assim como os comprimidos de antibióticos, que por vezes são associados a pomada, para tratamento de infecções vaginais bacterianas. A menstruação impede e nem interfere na ação dos medicamentos, seja oral ou local, em pomadas.

Vale ressaltar também, que algumas das infecções vaginais atingem também o/a parceiro/a, portanto, ambos devem ser tratados.

A pomada vaginal deve ser usada apenas com a prescrição do/a médico/a.

Pode lhe interessar também:

Inchaço, vermelhidão, coceira, irritação na vagina?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Inchaço, vermelhidão, coceira e irritação na vagina são sintomas de infecção vaginal, sendo a candidíase a mais provável. Caso não seja detectado nenhum micro-organismo causador de infecções, esses sintomas podem ser decorrentes de alguma irritação mecânica, química ou alérgica.

Se os sintomas forem provocados por uma reação alérgica ou alguma irritação mecânica, é preciso investigar a causa e remover o agente agressor.

CandidíaseO que é candidíase?

A candidíase é uma infecção da vulva e da vagina causada por um fungo que habita a mucosa vaginal e a mucosa digestiva (Candida albicans, Candida tropicalis, Candida glabrata, Candida parapsilosis). Quando o ambiente torna-se favorável, o fungo se prolifera e ocasiona a candidíase.

Quais as causas da candidíase?

Na grande maioria das mulheres, candidíase  é causada pelo fungo Candida albicans. Alguns fatores que favorecem o aparecimento da candidíase vaginal incluem diabetes, uso de medicamentos antibióticos, anticoncepcionais orais e corticosteroides, gravidez, imunidade baixa, obesidade, roupas justas e clima quente.

Quais são os sintomas da candidíase?

O principal sinal da candidíase é a presença de corrimento vaginal branco, espesso e em grumos, semelhante a requeijão. O corrimento não tem cheiro e forma placas que ficam aderidas à parede da vagina.

Veja também: Corrimento Vaginal é Normal?

Outros sintomas que costumam estar presentes incluem vermelhidão, coceira, ardor, fissuras na vulva e dor durante as relações sexuais.

Apesar de poder causar inchaço, vermelhidão, coceira e irritação na vagina, a candidíase pode não manifestar sintomas em até 20% dos casos. Na gravidez, quase metade das gestantes com esse tipo de infecção vaginal não manifesta sinais e sintomas.

A candidíase pode se tornar recorrente, com 4 episódios ou mais durante o ano, todos eles com manifestação de sintomas.

O diagnóstico da candidíase é feito pelo exame clínico e é confirmado por exames de laboratórios.

Como ocorre a transmissão da candidíase?

O fungo pode ser transmitido através de relações sexuais, embora essa já não seja considerada a principal forma de transmissão da candidíase, uma vez que o fungo está naturalmente presente presente na flora vaginal das mulheres sem provocar nenhum sintoma.

Candidíase tem cura? Como é o tratamento?

Candidíase tem cura. O tratamento é feito com medicamentos antifúngicos e antibióticos por via oral e também através de cremes vaginais.

O tratamento da infecção vaginal causada por fungos, como a candidíase, é feito com medicamentos antibióticos, como o metronidazol. A medicação costuma ser prescrita para ser tomada durante uma semana.

Quando não manifesta sintomas, a candidíase não necessita de tratamento. Quando presentes, é fundamental que a mulher e o parceiro, se for o caso, façam e sigam o tratamento até o fim.

Os medicamentos antifúngicos são administrados por via oral e aplicados diretamente na vagina sob a forma de cremes, comprimidos e óvulos.

O tratamento com medicamentos orais costumam ser feitos com fluconazol ou Itraconazol, em doses únicas ou duplas, conforme o caso e a medicação. 

O creme vaginal pode ter como princípio ativo clotrimazol, miconazol, fenticonazol, econazol, sertaconazol ou isoconazol. A pomada contém medicação e, por isso, deve ser aplicada segundo orientação médica e por todo o período indicado na receita, mesmo que os sintomas tenham desaparecidos. 

Há ainda os comprimidos vaginais e os óvulos vaginais, com econazol, sertaconazol, tioconazol ou fenticonazol. O tempo de duração do tratamento costuma ser de duas semanas. 

Vale lembrar que os medicamentos, as doses e o tempo de duração do tratamento variam de acordo com a gravidade de cada caso. 

Quando a coceira na vagina é muito intensa, pode ser indicada a aplicação de creme com hidrocortisona no local para aliviar o sintoma.

Se a candidíase for recorrente, recomenda-se o tratamento com medicamentos orais e tópicos (aplicados no local).

Os medicamentos antifúngicos orais são contraindicados no tratamento da candidíase durante a gravidez. O tratamento nesses casos é feito com medicação tópica.

Cabe à/ao ginecologista, médico/a de família ou clínico/a geral diagnosticar a origem desses sintomas e prescrever o tratamento adequado.

Saiba mais em:

Soltar gases pela vagina é normal? O que pode ser?

Minha vagina fica inchada e dolorida após a relação...

Estou com caroços dentro da vagina em um dos lados...

Faz mal tomar a pílula do dia seguinte tomando anticoncepcional?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Não. A mulher que já faz uso de anticoncepcional não apresenta riscos adicionais ao tomar a pílula do dia seguinte.

Quando o anticoncepcional é usado corretamente, na hora certa e sem esquecimento, não há necessidade da mulher tomar a pílula do dia seguinte mesmo tendo feito sexo vaginal desprotegido. O anticoncepcional usado rotineiramente apresenta uma boa segurança para evitar gravidez indesejada.

Vale lembrar que a pílula do dia seguinte contém uma quantidade alta de hormônio capaz de desequilibrar o ciclo menstrual da mulher e não deve ser tomada constantemente.

A mulher que já usa algum tipo de anticoncepcional (comprimidos, injeção, anel vaginal, DIU, adesivo ou implante intradérmico) só precisa tomar a pílula do dia seguinte em algumas situações como:

  • atraso maior de 24 horas para pílulas com estrógeno e progestágeno;
  • atraso maior de 3 horas para pílulas só com progestágeno;
  • atraso maior de 2 semanas para injeção com Medroxiprogesterona (ex: Depo-Provera® ).

Fora dessas situações, não há necessidade de usar os dois métodos em conjunto.

Links úteis:

Pílula do dia seguinte corta efeito do anticoncepcional?

Esqueci de tomar a pilula, posso engravidar? O que eu faço?

2 pílulas de anticoncepcional tem o mesmo efeito da pílula do dia seguinte?

Quantas pílulas do dia seguinte posso tomar por ano?

Como saber se o hímen foi rompido?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Somente através de um exame ginecológico o médico é capaz de afirmar se o hímen foi rompido ou não.

O exame vaginal, realizado pelo ginecologista, permite observar a presença, ausência ou ruptura recente do hímen, que ocorre durante o ato sexual vaginal com penetração, pela introdução de dedos e objetos ou por traumas vaginais.

Algumas mulheres podem apresentar um sangramento vaginal leve logo após a ruptura do hímen. Entretanto, esse sangramento não é obrigatório acontecer, pois o hímen é uma membrana muito fina que fica na entrada da vagina e,em algumas situações, quando é rompido, essa membrana se adapta à mucosa vaginal.

Sintomas do rompimento do hímenSangramento

O sintoma mais comum do rompimento do hímen é o sangramento vaginal que pode ocorrer ou não. Quando acontece é em pequena quantidade e tem coloração vermelho vivo.

Em algumas mulheres o rompimento acontece, mas o hímen fica aderido às paredes da vagina sem sangrar. Por este motivo, somente um ginecologista ou médico de família pode detectar a sua ruptura.

Dor

Muitas mulheres têm dúvidas se sentirão ou não dor durante a ruptura do hímen com a penetração. O hímen não possui terminações nervosas e por isso seu rompimento não causa dor. As dores que as mulheres sentem neste momento estão, na verdade, relacionadas à tensão e nervosismo presentes durante o ato sexual.

O hímen pode se romper com o uso do dedo ou absorventes internos?

Sim, pode ser que a ruptura do hímen ocorra com uso dos dedos durante a masturbação, por exemplo. A introdução de dedos ou objetos sexuais pode ser suficiente para haver a ruptura do hímen.

Quanto ao uso do absorventes internos, o melhor é consultar o ginecologista e receber dele a indicação do absorvente interno indicado para você ou mesmo a contraindicação, a depender do seu tipo de hímen. Na maioria dos casos, a utilização de absorventes internos não é suficiente para haver a ruptura do hímen, uma vez que eles ficam posicionados mais próximos à abertura vaginal. Em geral, as mulheres que apresentam o hímen não rompidos podem utilizar absorventes internos.

Rompimento do hímen e virgindade

Atualmente não se considera que a virgindade está ligada à ruptura do hímen, pois as mulheres podem ter diversos tipos de relação sexual sem penetração vaginal. Deste modo, o hímen permanece intacto. Por isso, a virgindade está mais relacionada com a ausência de práticas sexuais quaisquer que sejam e não apenas à penetração vaginal.

Quais são os tipos de hímen?

Existem 5 diferentes tipos de hímen:

1. Hímen complacente

Este tipo de hímen é bastante elástico e, por este motivo, é possível que ele não se rompa durante o ato sexual e volte à sua forma normal após a penetração vaginal. Geralmente é rompido gradualmente a cada relação sexual.

2. Hímen anular

É o tipo mais comum de hímen. Tem o formato de um anel que possui um orifício central por onde passa o fluxo menstrual e as secreções vaginais.

3. Hímen septado

O hímen septado tem uma pele que cobre o seu orifício central e, por este motivo, é mais resistente. Pode incomodar um pouco na primeira relação sexual, mas não causa dor por não ter terminações nervosas.

4. Hímen cribiforme

O hímen cribiforme possui vários pequenos furos em sua membrana que se assemelha à uma rede. É também bastante resistente e difícil de ser rompido. As mulheres que têm este tipo de hímen tendem a ter sangramento e incômodos durante a relação sexual. Em alguns casos, pode ser necessária intervenção cirúrgica para auxiliar o seu rompimento.

5. Hímen imperfurado

O hímen imperfurado é raro entre as mulheres e provocado por uma má formação da membrana que se apresenta completamente fechada, o que impede a passagem da menstruação. Deste modo, a menstruação fica retida no canal vaginal.

Este tipo de hímen geralmente é diagnosticado na adolescência com a chegada da primeira menstruação que, ao ficar retida, causa fortes dores abdominais que podem irradiar para as costas.

Nestes casos, é indicada intervenção cirúrgica para o rompimento do hímen imperfurado.

Para saber mais sobre hímen imperfurado você pode acessar:

Quais os sintomas do hímen imperfurado e como é o tratamento?

O hímen pode se romper sozinho?

Não. O hímen normalmente se rompe ao ser pressionado para dentro do canal vaginal com a penetração, durante o ato sexual vaginal. Além disso, esta membrana pode se romper com a introdução de objetos na vagina como, por exemplo, brinquedos sexuais (sex toys).

Depois que o hímen se rompe, os vestígios da membrana se adaptam às paredes da vagina. Deste modo, o hímen não cicatriza e isso não indica problemas de saúde. Caso tenha dúvidas sobre a ruptura do hímen, procure um ginecologista ou médico de família.

Leia também:

5 dúvidas sobre o hímen complacente

Como posso saber se tenho hímen complacente?

Referência:

FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

O que significa ter sangramento durante a relação sexual?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O sangramento durante relação sexual pode ser normal, como acontece na primeira relação das mulheres. Mas também, pode significar algum problema de saúde, tanto no homem quanto na mulher, como as infecções sexualmente transmissíveis (IST).

Entre as ISTs mais comuns e relacionadas a sangramento durante as relações, podemos citar a clamídia e HPV. Outras causas são a doença inflamatória pélvica, miomas, tumores e a menopausa, pela atrofia e falta de lubrificação vaginal.

Para cada uma das causas, existe um tratamento a ser seguido. Nos casos de infecção, o tratamento deve ser feito com uso de antibióticos; para a menopausa, o uso de lubrificantes ou reposição hormonal, mas para casos de mioma ou tumor, pode ser indicado cirurgia.

Sendo assim, se apresentar sangramentos com frequência, após ou durante a relação, procure um ginecologista, para as mulheres ou o urologista, no caso de sangramento em homens.

1. Rompimento do hímen na primeira relação sexual

Durante a primeira relação sexual da mulher, o aparecimento de um pequeno sangramento significa apenas a ruptura do hímen, uma película natural que se encontra na entrada da vagina. Embora não aconteça em 100% das mulheres, é uma situação comum e conhecida, quando se perde a virgindade.

Não é preciso nenhum tratamento, geralmente o sangramento apenas suja a roupa, não é volumoso. Se for volumoso, levar mais de 1 hora para terminar ou for recorrente, é preciso procurar um atendimento médico de urgência.

2. Trauma

O trauma é uma causa frequente de pequenos sangramentos durante a relação, que atinge tanto homens quanto, mulheres. Mais comum entre casais jovens ou com menos experiência, que por ansiedade ou precipitação, podem causar machucados nos órgãos genitais.

Nessa situação, o mais comum é no momento do trauma, apresentar dor ou incômodo e sangramento, o que ajuda a perceber o motivo desse sintoma.

O tratamento indicado é manter repouso, não ter relações por um tempo, pelo menos 2 dias após o término do sangramento e incômodo local, permitindo assim a cicatrização completa da ferida.

Caso o sangramento demore a cessar, leve mais de 30 minutos, seja volumoso, é preciso procurar um atendimento médico para avaliação.

Se for um sintoma recorrente, é preciso procurar um médico especialista, ginecologista para as mulheres e urologista para os homens, para uma avaliação mais detalhada. Pode haver uma ferida, infecção ou algum problema físico, que esteja causando esse sangramento repetidamente, e precisa ser tratado.

3. Infecção sexualmente transmissível

A infecção sexualmente transmissível, conhecidas também por DST (doença sexualmente transmissível), é outra causa comum de sangramento durante ou após a relação. Homens e mulheres estão predispostos a essa situação, e nos homens nem sempre ocorre sintomas ou estes levam mais tempo para aparecer.

Nas mulheres, é mais comum a presença dos sintomas, como coceira, corrimento e ardência ao urinar. As principais infecções para ambos, são a clamídia e a gonorreia. Doenças que tem como sintomas principais: vermelhidão, coceira local, corrimento amarelo-esverdeado, com ou sem mau cheiro e o sangramento durante a relação.

As DSTs podem causar sangramento na relação ou espontaneamente, fora do período menstrual. Na presença de sangramento sem causa aparente, é preciso investigar essas doenças.

O tratamento inclui o uso de antibióticos e/ou antifúngicos, além de manter-se sem relação sexual, para alcançar a cura definitiva da doença, e evitar transmitir a outras pessoas. Lembrar que o(a) parceiro (a) também deverá ser tratado.

4. Doença inflamatória pélvica (DIP)

A DIP é a inflamação dos órgãos encontrados na pelve feminina, que são a vagina, útero, trompas e ovários. Geralmente é causada por uma infecção sexualmente transmissível, como a clamídia e a gonorreia.

Os sintomas são de dor na região inferior da barriga, associada a sangramento durante e após a relação sexual, corrimento com mau cheiro e ardência ao urinar. Pode haver também, dor lombar, desconforto para evacuar, mal-estar, náuseas, vômitos e febre.

No caso de DIP, o tratamento é feito com abstinência sexual, antibióticos e pomadas para alívio dos sintomas. Se usar DIU, esse deverá ser retirado enquanto estiver com a inflamação. Nos casos de formação de abscesso, pode ser indicado cirurgia para a drenagem do mesmo.

A recomendação de não manter relações até o término do tratamento, é fundamental para a resolução completa da inflamação e para evitar complicações como a infertilidade e dor crônica.

5. HPV

O papiloma vírus humano (HPV) é o principal responsável pelas infecções sexualmente transmissíveis entre os jovens. A infecção acomete igualmente homens e mulheres, com os sintomas de pequenas verrugas, semelhantes e cachos de uva, nos órgãos genitais.

O atrito com as verrugas durante a relação, costumam causar pequenos sangramentos.

Pode também não apresentar nenhum sintoma, por muitos anos, o que dificulta o seu diagnóstico e aumenta o número de pessoas contaminadas. Porque mesmo sem as verrugas, o vírus é transmitido facilmente através das relações sexuais.

A doença é altamente transmissível, mesmo que não haja penetração. Por isso, na suspeita de HPV, é preciso muito cuidado para não se contaminar. O mais adequado é que não tenha relação até fazer a vacina e conferir estar protegida contra esse vírus.

Atualmente o serviço público disponibiliza a vacina contra HPV, desde os 9 anos para as meninas, e 11 anos para os meninos. Basta procurar um posto de saúde próximo a sua residência com a sua carteira de vacinação.

A proteção contra esse vírus é muito importante, pois o vírus pode causar o câncer de colo de útero na mulher.

6. Endometriose

A endometriose é caracterizada pela presença de pequenas ilhas de endométrio (camada muscular mais interna do útero), em lugares fora da cavidade uterina. Essas pequenas ilhas são chamadas de endometriomas.

Esses endometriomas podem causar dor e desconforto durante a relação sexual, e mais raramente, pequeno sangramento.

O tratamento deve ser feito com anticoncepcionais ou quando o sangramento é frequente e volumoso, pode ser preciso uma cirurgia para a retirada dessa lesão. O ginecologista é o responsável por definir a melhor opção caso a caso.

7. Tumor de colo uterino

O tumor de colo de útero é um dos mais frequentes tumores no sexo feminino, e pode ter como primeiro sintoma, um pequeno sangramento durante a relação sexual, devido ao atrito com a lesão. Além do sangramento pode haver dor e desconforto.

O tratamento pode ser feito no consultório médico, ou pode ser preciso uma cirurgia, dependendo do tipo de tumor, tamanho e sintomas que a mulher apresente.

O exame preventivo é capaz de identificar essa lesão ainda no início da doença, por isso é tão importante a mulher manter o seu exame em dia.

8. Menopausa (secura vaginal)

Dentre outras modificações no corpo da mulher, a menopausa reduz os níveis de estrogênio, resultando na menor lubrificação vaginal, ressecamento e atrofia da parede da vagina.

A falta de lubrificação leva a formação de fissuras ou feridas durante uma relação, pelo atrito direto. Se mantiver as relações sem um cuidado maior com essa lubrificação, é comum haver sangramento, ardência e dor que impossibilitam uma relação prazerosa.

Para evitar esse problema, a mulher pode recorrer ao uso de lubrificantes e reposição hormonal, quando indicado. O ginecologista poderá oferecer a melhor opção e orientações caso a caso.

9. Hímen complacente

O hímen normal, se rompe na primeira penetração, ou mesmo, um trauma local. No entanto, existem casos de hímen mais resistentes, mais elástico, que levam mais tempo para ser rompido, denominado hímen complacente.

Pode ser uma causa de sangramento em mais de uma relação sexual, sem significar uma doença ou um problema.

Nesses casos, o ginecologista observa a presença do hímen, e pode orientar apenas à mulher. Raramente, quando esse hímen não se rompe e causa sintomas, como dor à relação ou impede a menstruação, o médico indica a cirurgia para a sua retirada.

Leia também:

Para maiores esclarecimentos, converse com o seu médico de família ou ginecologista. Não deixe passar muito tempo, quanto antes o tratamento for iniciado, menor o risco de complicações e retorno dos sintomas.

A pílula do dia seguinte pode atrasar minha menstruação?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. A pílula do dia seguinte pode atrasar a menstruação. A mulher que fez uso da pílula do dia seguinte pode apresentar alteração da data habitual do seu período menstrual. Isso se deve pelo desbalanço hormonal que a pílula provoca e uma readaptação do organismo perante ao hormônio ingerido.

Após a toma da pílula do dia seguinte, a menstruação pode vir em torno de uma semana antes ou depois da data esperada. Cada mulher terá uma reação diferente e esse tempo pode variar para alguns dias antes (antecipando a menstruação) ou depois da data habitual (atrasando a menstruação).

É importante lembrar que a pílula do dia seguinte não é o único método anticoncepcional que causa atraso ou antecipação da menstruação. A injeção anticoncepcional trimestral, o uso de DIU de cobre ou implantes anticoncepcionais também podem provocar irregularidade menstrual, muitas vezes com sangramentos mais intensos e prolongados que aqueles observados com o uso da pílula do dia seguinte.

A pílula do dia seguinte sempre atrasa a menstruação?

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 57% das mulheres que tomam a pílula do dia seguinte não apresenta nenhum atraso ou antecipação da sua menstruação, com a vinda do período na data prevista. A maioria das mulheres que toma a pílula do dia seguinte apresenta pouca ou nenhuma mudança significativa no seu ciclo menstrual.

Cerca de 15% das mulheres que tomam a pílula do dia seguinte podem apresentar um atraso de até 7 dias da menstruação. Em 13% dos casos, a menstruação pode atrasar pouco mais de uma semana.

Por outro lado, a pílula do dia seguinte também pode antecipar a menstruação em até 7 dias, o que ocorre em cerca de 15% das mulheres que tomam o medicamento.

Pílula do dia seguinte desregula definitivamente a menstruação?

Não. Vale ressaltar que as alterações do ciclo menstrual provocadas pelo uso da pílula do dia seguinte resolvem-se espontaneamente e normalmente são bem toleradas pela mulher. Não há evidências científicas de que o uso da pílula cause qualquer dano aos ciclos menstruais.

Contudo, tomar a pílula do dia seguinte repetitivamente e frequentemente pode agravar os distúrbios menstruais e tornar difícil para a mulher reconhecer as fases do seu ciclo menstrual e o seu período fértil.

Se após o uso da medicação a menstruação demorar mais de 4 semanas para vir, é interessante realizar um teste de gravidez para se certificar do seu efeito.

Para maiores esclarecimentos sobre o uso da pílula do dia seguinte e suas possíveis alterações na menstruação, consulte o/a médico/a de família, clínico/a geral ou ginecologista.

Para saber mais sobre pílula do dia seguinte, você pode ler:

Sangramento após tomar pílula do dia seguinte é normal? Por que ocorre?

Vou viajar e ficarei menstruada nessa época, o que faço?

Referência

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia - FEBRASGO

O período fértil é antes ou depois da menstruação?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O período fértil começa cerca de 11 dias depois do 1º dia da menstruação, no caso das mulheres que têm ciclos de 28 dias. Portanto, em termos fisiológicos, o período fértil é antes da menstruação, pois primeiro a mulher ovula (período fértil) e depois menstrua.

Para saber qual o período com maior chance de engravidar, é preciso calcular o seu período fértil e conhecer também os sinais e sintomas que indicam esse momento.

Como descobrir o período fértil?

Para encontrar o período fértil, basta dividir o número de dias do ciclo da mulher, em dois. O dia do meio é o dia mais fértil. Lembrando que o dia 1 do ciclo é o 1º dia de menstruação.

Por exemplo, um ciclo de 28 dias, que é a média geral das mulheres: 28 ÷ 2 = 14. Nesse caso, o 14º dia do ciclo é considerado o dia mais fértil, pois provavelmente a mulher estará ovulando nesse dia.

O período fértil começa 3 dias antes e termina 3 dias depois do 14º dia, pois leva em consideração o tempo que o espermatozoide e o óvulo podem permanecer no corpo da mulher. Dessa forma, o período fértil tem início no 11º dia do ciclo (14 - 3 = 11) e termina no 17º dia (14 + 3 = 17), no caso de ciclos de 28 dias.

Portanto, pode-se concluir que o período fértil de um ciclo de 28 dias começa 11 dias depois da última menstruação, no 11º dia do ciclo, ou 17 dias antes da próxima menstruação, no 17º dia do ciclo.

Cabe lembrar que algumas mulheres não têm o ciclo menstrual regular, o que dificulta o estabelecimento do período fértil com antecedência.

O que pode alterar o período fértil?

O período fértil pode alterar de um mês para outro devido a diversos fatores. Dentre as condições que podem retardar a ovulação e alterar o ciclo menstrual estão:

  • Estresse, ansiedade
  • Viroses, infecção urinária ou respiratória,
  • Uso de medicamentos,
  • Alterações na rotina, cansaço, privação de sono,
  • Prática de atividade física intensa,
  • Mudança brusca de clima ou alteração de altitude.

Nesse caso, as mulheres podem contar com outros sinais corporais e de humor que podem colaborar para a compreensão do momento de ápice da fertilidade.

Quais são os sintomas do período fértil?
  • Alteração no muco vaginal - muco transparente, com aspecto semelhante à clara de ovo,
  • Maior sensibilidade nos mamilos, sensação de peso nas mamas,
  • Sensação de inchaço e edema nas pernas,
  • Aumento da libido,
  • Mudanças de humor,
  • Aumento do apetite,
  • Dores de cabeça,
  • Dor na pelve ou no abdômen,
  • Aumento ligeiro da temperatura corporal,
  • Distensão abdominal,
  • Aumento de oleosidade, especialmente no couro cabeludo e face (acne).

Em caso de dúvidas e busca de ajuda para compreensão do seu período fértil, procure o/a médico/a de família ou o/a ginecologista.

Conheça mais sobre esse assunto nos artigos:

Porque sinto tanta dor em minha barriga depois da relação?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dor no "pé da barriga" após uma relação sexual, que acontece com muita frequência, pode ser um tipo de "dor pélvica crônica". Trata-se de uma situação comum entre as mulheres, que não é grave, e o tratamento depende da doença de base.

Tanto doenças físicas como emocionais podem causar dor pélvica, sendo as mais frequentes, a endometriose, doença inflamatória crônica, vaginismo e a cistite. O ideal é que procure uma avaliação médica para saber a causa e adequado tratamento.

No seu caso, o médico pode indicar remédios para evitar a dor após as relações, remédios para depois da relação, no intuito de controlar a dor e remédios de longo prazo, para tratar a dor crônica e tentar "curar" ou melhorar o problema.

Causas de dor após a relação, nas mulheres

1. Endometriose: doença ginecológica muito comum entre as mulheres, caracterizada pela presença de pequenas ilhas de tecido do endométrio (camada interna do útero), fora do útero, levando as sintomas de dor pélvica crônica, dor durante as relações, cólicas intensas na menstruação e dificuldade de engravidar.

2. DIP (doença inflamatória pélvica): inflamação nos órgãos reprodutores femininos, o local mais comum são as trompas. Além das dores e desconforto durante a relação, é comum haver corrimento com odor forte, cólicas, febre e mal-estar.

3. Vaginismo: Doença mais rara entre as mulheres, onde a musculatura da vagina se contrai de forma involuntária, causando dor local, dor pélvica e desconforto durante a relação. Parece ter relação com situações de estresse e ansiedade, mas não é um fator obrigatório.

4. Cistite: Infecção da bexiga, que leva a dor pélvica, dor durante a relação pela proximidade e inflamação da parede do órgão, ainda, ardência ao urinar, jatos pequenos de urina e vontade constante de ir ao banheiro. Não costuma ser uma causa de dor crônica, mas em casos de imunidade baixa, pode ser recorrente, causando os sintomas de desconforto nas relações.

E nos homens? Quais são as causas de dor na barriga depois da relação sexual?

Nos homens também pode ocorrer a dor abdominal após a relação, embora seja bem mais raro. Geralmente a causa é simples, tem relação com contração muscular natural, que acontece após o orgasmo. Mas se junto a dor apresentar outros sintomas como secreção pelo pênis, ardência ao urinar e/ou febre, pode indicar uma infecção sexualmente transmissível (IST) ou uma infecçāo urinaria.

Em ambas as situações, será preciso iniciar tratamento específico com antibióticos. Por isso, se suspeitar de infecçāo, procure um atendimento medico, de preferência com urologista, para avaliação.

O que fazer?

O primeiro passo deve ser procurar um ginecologista (para as mulheres) e urologista (para os homens), para avaliação. Definindo a causa, o tratamento mais indicado será prescrito e orientado pelo médico em questão.

Até que seja feito o diagnóstico e tratamento adequado, pode tentar o uso de remédios para controlar a dor antes ou após as relações, como o ibuprofeno ou relaxante muscular (miosan®).

Conheça um pouco mais sobre esse tema nos artigos abaixo:

Referência:

FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.