Os principais sintomas do alcoolismo são o consumo compulsivo de grandes quantidades de bebidas alcoólicas e o desejo incontrolável de beber álcool. Além disso, quando fica sem beber, a pessoa alcoolista manifesta sinais da síndrome de abstinência, como irritabilidade, tremores, suor, ansiedade e náuseas.
O que caracteriza uma pessoa alcoolista não é o tipo de bebida ou a quantidade de álcool que ela consome, mas sim a sua necessidade incontrolável de beber.
Pessoas que sofrem de alcoolismo normalmente perdem o controle quando começam a beber e não conseguem parar. Se ficam muito tempo sem consumir bebidas alcoólicas, apresentam os sinais e sintomas de abstinência, que refletem a dependência física do álcool.
Com o tempo, a pessoa alcoolista vai se tornando cada vez mais tolerante aos efeitos do álcool e precisa de doses cada vez maiores para ficar embriagada.
O tratamento do alcoolismo pode incluir medicamentos para parar de beber, desintoxicação, aconselhamento em grupo e ainda psicoterapia.
Os remédios normalmente diminuem a vontade de beber e os efeitos agradáveis do álcool. Há ainda medicamentos que potencializam os efeitos da ressaca, inibindo psicologicamente o consumo de bebidas alcoólicas.
A desintoxicação consiste na retirada do álcool com acompanhamento médico, de maneira que os sintomas da síndrome de abstinência fiquem controlados.
Um dos programas de aconselhamento em grupo mais conhecidos é o dos Alcoólicos Anônimos (AA). Trata-se de um grupo de autoajuda, com larga experiência na reabilitação de casos de alcoolismo.
A psicoterapia tem como objetivo abordar os motivos psicológicos que possam estar por trás da dependência do álcool, além de ajudar o alcoolista com estratégias de mudanças comportamentais e criação de mecanismos defensivos em situações de pressão interior e exterior que o levem a beber.
Contudo, para começar a tratar o alcoolismo é fundamental que a pessoa reconheça o seu vício. Alguns programas de reabilitação dispõem de aconselhamento conjugal e terapia familiar, uma vez que o envolvimento da família pode ajudar muito na recuperação.
O tratamento do alcoolismo é multidisciplinar, podendo envolver médico/a de família, clínico/a geral, psiquiatra, psicológico/a, aconselhamentos e serviços sociais.
Saiba mais em: Quais são os malefícios do álcool?
Carbamazepina é um medicamento anticonvulsivo. É indicado no tratamento de alguns tipos de crises convulsivas (epilepsias), de algumas doenças neurológicas (neuralgia do trigêmeo - dor facial) e de alguns distúrbios psiquiátricos, como a fase maníaca do distúrbio afetivo do bipolar, e em um tipo específico de depressão. É também utilizado em casos de síndrome de abstinência alcoólica e neuropatia diabética dolorosa.
O uso de carbamazepina pode interferir na eficácia dos anticoncepcionais orais.
Carbamazepina e uso de anticoncepcionaisO uso de carbamazepina pode tornar ineficaz a ação do anticoncepcional oral. Neste caso, para prevenir uma gravidez indesejada é importante conversar com seu médico para a escolha de outro método contraceptivo.
Como usar carbamazepinaA dosagem diária de carbamazepina depende do quadro clínico apresentado: epilepsia, fase de mania aguda dos distúrbios afetivos bipolares, síndrome de abstinência alcoólica, neurologia do trigêmeo, neuropatia diabética, entre outras.
O medicamento deve ser administrado durante, entre ou após as refeições acompanhado de um pouco de líquido.
É importante que a dose diária de medicamento seja respeitada.
Se alguma das doses for esquecida, deve tomar o comprimido logo que possível e respeitar os horários das doses seguintes.
Não suspenda o medicamento sem orientação médica.
Não consuma bebidas alcoólicas durante o tratamento com carbamazepina.
Os comprimidos podem ser tomados durante, após ou entre as refeições. Os comprimidos devem ser tomados com um pouco de líquido. É importante tomar o medicamento regularmente.
Se o paciente esquecer de tomar uma das doses, deverá tomá-la logo que possível e então, voltar ao esquema habitual. Se já for a hora de tomar a próxima dose, deve tomá-la normalmente sem dobrar o número de comprimidos. A retirada do medicamento deve ser gradual e de acordo com a orientação médica.
Contraindicações da carbamazepinaCarbamazepina é contraindicada em casos de:
- Alergia à carbamazepina e demais componentes da fórmula;
- Pessoas com bloqueio átrio-ventricular;
- Portadores de doenças hepáticas;
- Pacientes com histórico de depressão da medula óssea;
- Pessoa em uso de medicamentos inibidores da monoamino-oxidase.
São reações adversas comuns:
- Vertigem;
- Cefaleia (dor de cabeça);
- Ataxia (perda do controle muscular durante movimentos voluntários);
- Sonolência;
- Fadiga;
- Diplopia (visão dupla);
- Náusea;
- Vômito;
- Boca seca;
- Edema;
- Retenção de líquido;
- Aumento de peso;
- Letargia.
Carbamazepina deve ser utilizado com cautela nos seguintes casos:
Distúrbios sanguíneos;
- Pessoas com histórico de distúrbios renais, hepáticos e cardíacos;
- Portadores de glaucoma (pressão do olho aumentada);
- Pessoas em quadros de psicose.
Respeite a dose prescrita pelo/a seu/sua médico/a.
Não tome carbamazepina sem orientação médica.
Os sintomas da ressaca incluem mal-estar, dor de cabeça, fraqueza, boca seca, náuseas, vômitos, diarreia, batimentos cardíacos acelerados, sensibilidade à luz e cansaço. Tratam-se dos efeitos colaterais causados pelo consumo excessivo de bebidas alcoólicas. Essas alterações fisiológicas ocorrem depois que o organismo inicia o processo de eliminação do álcool.
Os sintomas da ressaca surgem quando as enzimas responsáveis pelo metabolismo do álcool no fígado não são capazes de realizar esse trabalho devido ao excesso de álcool no sangue.
O que é a ressaca e por quê ela ocorre?Para que o álcool seja metabolizado, o corpo necessita fazer um esforço significativo e, durante esse processo, o fígado e o sistema nervoso são os mais prejudicados.
Quando entra na circulação sanguínea, o álcool dilata os vasos sanguíneos. O fígado que, em geral, é capaz de processar somente uma dose de bebida alcoólica por hora, precisa duplicar o seu trabalho para conseguir metabolizar o álcool presente no sangue.
A seguir, o álcool inibe a ação do hormônio antidiurético, o que faz a pessoa urinar com mais frequência e perder grandes quantidades de líquidos, causando desidratação.
Outra consequência do excesso de álcool é a diminuição da quantidade de glicose (açúcar) que chega ao cérebro. Lembrando que a glicose é a única fonte de energia utilizada pelas células nervosas.
Quando o consumo de álcool é interrompido, começam a surgir os primeiros sintomas da ressaca. A dor de cabeça, o enjoo, os batimentos cardíacos acelerados e a lentidão dos reflexos são causados pela dilatação dos vasos sanguíneos.
A desidratação e a acidez do sangue causadas pelo excesso de álcool provocam vômitos, falta de apetite e boca seca. A desidratação também provoca dores de cabeça.
A fraqueza e o cansaço são decorrentes da redução dos níveis de glicose sanguínea, que pode levar ao coma alcoólico nos casos mais graves.
A sensibilidade à luz é provocada pelo excesso de estímulos dos neurotransmissores que captam as luzes e os sons.
Como curar a ressaca?Para curar a ressaca, recomenda-se fazer repouso e ter uma alimentação leve, evitando frituras, doces e alimentos gordurosos para não sobrecarregar ainda mais o fígado.
A hidratação com água, chá, água de coco e sucos de frutas naturais é fundamental para repor o excesso de líquidos perdidos.
A frutose, açúcar presente nas frutas e no mel, também é excelente para curar a ressaca, pois torna o metabolismo do álcool mais rápido e acelera o seu processamento pelo corpo.
Para combater a azia, recomenda-se beber leite ou tomar um antiácido. Para as náuseas, podem ser usados medicamentos que auxiliam o esvaziamento do estômago.
Os analgésicos usados para aliviar a dor de cabeça, como o ácido acetilsalicílico e o paracetamol devem ser evitados. O ácido acetilsalicílico pode levar à gastrite alcoólica e o paracetamol associado ao álcool pode causar doença grave no fígado.
Como evitar a ressaca?Para evitar a ressaca, o primeiro passo é preparar o fígado e o estômago ainda antes de começar a beber, alimentando-se, especialmente com alimentos com alto teor de gorduras e carboidratos (massa, pão, arroz, batata).
Também é muito importante beber bastante água para combater a desidratação, antes, durante e depois do consumo de bebidas alcoólicas. O ideal é beber 200 ml de líquido não alcoólico a cada 20 minutos enquanto estiver consumindo álcool.
A mesma importância tem a alimentação. A pessoa deve comer com alguma frequência enquanto estiver bebendo, especialmente carboidratos.
Esses cuidados também diminuem a agressão às mucosas do estômago e do esôfago causada pelo álcool, ajudando a reduzir a sensação de queimação e os enjoos.
Os medicamentos usados para prevenir a ressaca devem ser usados com cautela e, mesmo assim, a pessoa não está imune à ressaca se beber sem limites.
Contudo, nem todas as pessoas que bebem em excesso têm ressaca. O aparecimento dos sintomas depende da quantidade ingerida de álcool, da hidratação e da habituação do fígado ao álcool. Vale lembrar que não importa o tipo de bebida alcoólica consumida, mas sim a quantidade.
Também vale ressaltar que, mesmo com todos esses cuidados, a pessoa não está totalmente livre de ter uma ressaca no dia seguinte. Por isso, a melhor forma de evitá-la é beber com moderação.