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Bebida alcoólica corta o efeito da pílula anticoncepcional?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A bebida alcoólica não corta o efeito da pílula anticoncepcional.  

Porém, o uso intensivo da bebida alcoólica juntamente com hormônios presentes na pílula pode aumentar o risco de algumas patologias como osteoporose e alguns tipos de câncer. 

Tomar bebida alcoólica de forma moderada não interfere na eficácia da pílula anticoncepcional. 

O uso intensivo e rotineiro pode acarretar problemas de saúde diversos além de favorecer o aparecimento de algumas doenças.

Veja aqui o que pode cortar o efeito do anticoncepcional.

Beba sempre com moderação e respeite os limites de ser corpo.

Posso tomar benzetacil ou amoxicilina com bebida alcoólica?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Desde que seja uma quantidade pequena de bebida, não há problemas graves em tomar benzetacil ou amoxicilina com bebida alcoólica, embora o ideal seja evitar ingerir álcool enquanto estiver tomando antibiótico.

A bebida alcoólica aumenta a eliminação de urina e pode acelerar a excreção do antibiótico, o que pode tornar o intervalo prescrito do medicamento inadequado.

Por exemplo, se o paciente estiver tomando benzetacil, amoxicilina ou qualquer outro antibiótico, de 8 em 8 horas, pode ser que depois de 8 horas ele já não tenha quantidade suficiente de medicamento na corrente sanguínea, caso tenha bebido álcool.

Além disso, a ingestão de bebida alcoólica com antibióticos pode reduzir o tempo de eliminação do álcool, aumentando a sua toxicidade no cérebro, fígado e aparelho digestivo. Pode inclusive causar vômitos e impedir, desta forma, a absorção das próximas doses do medicamento.

Outra razão para evitar essa combinação é que, assim como os antibióticos, o álcool também é metabolizado no fígado, sobrecarregando o órgão e prejudicando o processamento do medicamento.

Para maiores informações sobre a ingestão de bebidas alcoólicas com benzetacil ou amoxicilina, fale com o/a médico/a que receitou o medicamento.

Depois de quanto tempo posso beber após tomar antibiótico?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Idealmente, não se deve misturar bebidas alcoólicas com antibióticos, durante todo o curso do tratamento. O uso conjunto, reduz o efeito da medicação, comprometendo o resultado do tratamento, além de aumentar o risco de complicações, como a hepatite medicamentosa.

Quanto tempo depois de parar de tomar antibiótico posso beber?

Após o término do tratamento com antibiótico, no dia seguinte já pode fazer uso de bebidas alcoólicas, com algumas exceções. O uso de Benzetacil® representa uma das exceções, pois esse antibiótico age por aproximadamente 30 dias corridos. Sendo assim, para esse caso, o consumo de bebidas está recomendado apenas após 30 dias da injeção.

Para a Azitromicina®, Amoxacilina®, Cefalexina®, entre outros, pode ser consumido bebidas alcoólicas logo no dia seguinte do término do tratamento, sem maiores complicações.

Uma cerveja (ou taça de vinho) corta o efeito de antibiótico?

Doses pequenas, como uma lata de cerveja ou uma taça de vinho, não são totalmente contraindicadas, podendo ser consumidas horas após o uso do antibiótico. Não existe um tempo determinado ou número de horas para esse consumo, o recomendado é mesmo que seja uma dose pequena por dia.

Doses maiores do que uma lata ou uma taça de vinho, não estão recomendadas, principalmente pelos riscos e sobrecarga no fígado, que essa mistura pode causar.

Qual o risco de tomar antibiótico com bebida alcoólica?

Tanto o antibiótico, quanto as bebidas alcoólicas, são metabolizados no fígado. O uso conjunto, reduz o efeito da medicação, comprometendo o resultado do tratamento, além de aumentar o risco de complicações, como a hepatite medicamentosa.

A bebida alcoólica é capaz de inibir o hormônio antidiurético, levando a um aumento da frequência e volume de urina, por onde o antibiótico é eliminado. Assim, a medicação dura menos tempo no sangue, reduzindo seu efeito contra a bactéria ou infecção em tratamento.

Ainda, alguns tipos específicos de antibióticos muito utilizados no nosso meio, como por exemplo o Metronidazol (Flagyl®) e o Trimetoprim-sulfametoxazol (Bactrim®), quando combinados a bebidas alcoólicas, causam efeitos colaterais desagradáveis, como fortes dores de cabeça, náuseas, vômitos, palpitações e queda da pressão arterial.

Portanto, o mais adequado é mais aguardar o término do tratamento para tomar bebidas alcoólicas.

Não só a bebida alcoólica, mas alguns alimentos podem interferir na ação e eficácia dos antibióticos. Procure evitar lacticínios e tome seu antibiótico sempre com água.

Saiba mais: Existe alguma comida que corta o efeito do antibiótico?

Álcool e medicamentos

Além dos antibióticos, o consumo de bebidas alcoólicas de forma regular ou exagerada, interfere na ação de outros medicamentos, como os antidepressivos, calmantes, anti-hipertensivos e relaxantes musculares. Por vezes potencializa a sua ação, aumentando os efeitos colaterais, como náuseas, vômitos e tontura, o que gera um risco maior de quedas e intolerância ao medicamento.

O consumo de álcool aumenta também a concentração de açúcar no sangue, o que para pacientes diabéticos descompensa é bastante perigoso e prejudicial. Interfere na pressão arterial dependendo da medicação em uso e na concentração de gordura no sangue.

Os anticonvulsivantes, tratamento para epilepsia tem sua ação reduzida na maioria das vezes, com o consumo de bebidas alcoólicas, colocando em risco a vida do paciente. Pois, com a redução da eficácia dos medicamentos, aumenta o risco de novas crises convulsivas.

Para maiores esclarecimentos, procure seu médico clínico geral ou médico da família.

Veja também:

A bebida alcoólica corta o efeito dos antibióticos?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

Sim, bebidas alcoólicas podem reduzir a efetividade de alguns antibióticos e provocar diversos efeitos colaterais. Quando chegam as duas demandas no fígado, principal órgão responsável pela metabolização de drogas do organismo, o órgão não sabe qual metabolizar primeiro, consequentemente acaba não exercendo seu papel por completo e uma das metabolizações é prejudicada. Como o álcool é geralmente consumido em maior quantidade, o fígado, ao invés de metabolizar o medicamento, tenta metabolizar o álcool primeiro, o que acaba reduzindo a eficiência da medicação. O fígado também não é capaz de absorver o álcool por completo e parte dele fica na corrente sanguínea por mais tempo, potencializando o estado de embriaguez. Alguns antibióticos que causam tais efeitos são: cetoconazol, itraconazol, fluconazol, nitrofurantoína, eritromicina, rifampicina e isoniazida - perigo de inibição do efeito e potencialização de toxicidade hepática.

Alguns antibióticos, por sua vez, podem gerar efeitos colaterais extremamente desagradáveis quando associados ao álcool. São:

  • Metronidazol (Flagyl®)
  • Trimetoprim-sulfametoxazol (Bactrim®)
  • Tinidazole (Tindamax®)
  • Griseofulvin (Grisactin®)

O álcool pode ser o vilão mais conhecido, mas não é o único. Certas drogas não devem ser ingeridas com alimentos, por diminuição na absorção e, consequentemente, no efeito. Também é comum a interação com outros medicamentos utilizados pelo paciente. Assim sendo, é importante que você pergunte ao médico se há interação com outros medicamentos e como deve ser utilizado o antibiótico. Outra opção é ler na bula do medicamento as orientações para o seu uso adequado.

Não há relatos de interação relacionados com outros antibióticos. Porém, deve-se lembrar que o álcool inibe o sistema imune e dificulta o combate contra agentes infecciosos, pelo que não é muito sensato beber quando se tem uma infecção.

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Quem tem epilepsia pode beber álcool?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Beber uma pequena quantia de álcool pode não afetar as pessoas que tem epilepsia sob controle. O consumo moderado a pesado de bebidas alcoólicas aumenta o risco de precipitar as crises, principalmente no período de 7 a 48 horas após a ingestão de álcool.

A epilepsia é uma doença que possui tratamento e, ao realizar corretamente, oferece uma boa qualidade de vida à/ao paciente. Estando numa fase de controle das crises e num período estável do tratamento, a ingestão de pequenas quantidades de bebidas alcoólicas é permitida. Deve-se ressaltar que cada pessoa apresenta um limiar diferente e uma sensibilidade distinta.

A presença de quantidade moderada e excessiva de álcool na corrente sanguínea afeta o limiar no qual pode-se desencadear uma nova crise convulsiva. Por isso, para pacientes com epilepsia recomenda-se evitar bebidas alcoólicas ou fazer uso do álcool com moderação e em pequenas quantidades.

Procure realizar o tratamento de forma constante e correta, realizando com continuidade o acompanhamento médico. 

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Quais são os sintomas de epilepsia?

Quais são os malefícios do álcool?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os malefícios do álcool para o organismo podem ir desde distúrbios de conduta a doenças de diversos órgãos, podendo levar ao coma e à morte.

Podemos citar como principais doenças causadas pelo consumo de bebidas alcoólicas em excesso ou com regularidade, as listadas abaixo: 

  • Úlcera, Gastrite, Esofagite - inflamação e úlceras no trato gastrointestinal alto;
  • Pancreatite - processo inflamatório grave do pâncreas;
  • Hepatite - processo inflamatório do fígado;
  • Cirrose hepática - doença crônica do fígado que provoca uma cicatrização do mesmo, impedindo o seu funcionamento adequado;
  • Esteatose hepática (conhecido por fígado gordo);
  • Câncer de boca, laringe, garganta, esôfago, fígado e vesícula;
  • Perda da memória e dificuldade de concentração;
  • Problemas cardíacos;
  • Apatia, depressão, distúrbios de humor;
  • Morte.

Além disso, o álcool está associado a casos de violência, desordens familiares, sociais e profissionais, acidentes de trabalho e de trânsito.

Sabe-se que o consumo de 10 a 20 g de álcool por dia pode ser benéfico para o coração, desde que a quantidade ingerida fique dentro desses limites. Para se ter uma ideia:

  • 1 lata (350 ml) de cerveja = 13 g de álcool;
  • 1 dose (50 ml) de bebida destilada = 14 g de álcool;
  • 1 taça de vinho (120 ml) = 11 g de álcool.

Portanto, o limite teoricamente tolerável de álcool seria de aproximadamente uma dose e meia por dia. Porém, esses limites não levam em consideração as particularidades individuais da pessoa e o que é tolerável para alguns pode ser demais para outros. 

Malefícios do Álcool na Gravidez

O consumo de álcool durante a gestação é a maior causa de alterações no desenvolvimento fetal e defeitos ao nascimento. 

O álcool ingerido pela gestante atravessa a barreira placentária e chega ao feto com as mesmas concentrações da bebida. 

Porém, a exposição do feto ao álcool é maior e mais prejudicial por não possuir enzimas e mecanismos capazes de degradar a substância.

Veja também: Alcoolismo: Como identificar e tratar?

Quando bebo cerveja tenho muita falta de ar no dia seguinte?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A presença de falta de ar associada ao consumo de cerveja pode ser um efeito colateral da bebida, ou um dos sintomas de "ressaca". Embora não seja o sintoma mais comum de ressaca, deve ser considerado.

Outras causas orgânicas e psicológicas também podem originar esses sintomas e por isso devem ser investigadas. Algumas situações são mais perigosas para a saúde, como doenças cardiológicas e doenças pulmonares, outras menos, porém bastante incapacitantes, como o transtorno de ansiedade generalizada.

Por isso, recomendamos interromper o consumo de cerveja, nesse momento, e procurar um médico clínico geral ou médico da família, para avaliação e conduta.

O que é a ressaca?

A ressaca é um conjunto de sintomas, originados pelo consumo excessivo de bebidas alcoólicas.

Os mecanismos para o desenvolvimento da ressaca não são bem esclarecidos, mas parecem estar relacionados à desidratação e a sobrecarga hepática, visto que os sintomas se iniciam horas após a ingesta da bebida, quando os níveis de álcool já estão baixos.

Quais os sintomas da ressaca?

Os sintomas mais comuns de ressaca são a dores de cabeça, desidratação, confusão mental, déficit de atenção, náuseas, vômitos, distúrbios gastrointestinais e hipoglicemia. Contudo, os quadros de fadiga, falta de ar e ansiedade estão cada vez mais frequentes.

A cerveja faz mal à saúde?

Depende. Se o consumo de cerveja for exagerado, pode trazer malefícios para o organismo. Primeiro devido à sobrecarga no fígado, e depois pelos efeitos secundários nos demais sistemas, como sistema nervoso central, pâncreas, sistema imunológico e sistema renal, quando a desidratação é mantida por períodos prolongados.

Como é o fígado de quem bebe?

O fígado é o órgão mais comprometido em pessoas que bebem, bebidas alcoólicas, de maneira exagerada. O órgão é responsável por depurar e eliminar o álcool ingerido, portanto, a sobrecarga mantida no fígado, pode resultar em danos significativos, como episódios de hepatite, esteatose hepática e a cirrose hepática.

Por fim, importante relembrar que devido a possibilidade de haver uma doença grave como causa base para essa falta de ar, o mais adequado é que interrompa o quanto antes esse hábito, até que seja avaliado e definido o seu problema com um médico.

Pode lhe interessar também: Falta de ar constante: o que pode ser e o que fazer?

Como eliminar gordura no fígado?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O excesso de gordura no fígado é denominado Esteatose Hepática, ou doença hepática gordurosa (DHG). Para eliminar essa gordura é preciso identificar o que está causando esse acúmulo no fígado.

As causas mais comuns são a obesidade, diabetes, colesterol aumentado e hipertensão arterial. O consumo excessivo de álcool e outra doenças crônicas como o hipotireoidismo e a síndrome dos ovários policísticos, também são causas frequentes.

Portanto, o tratamento para esteatose hepática consiste em:

  • Iniciar dieta adequada (orientada por nutricionista ou nutrólogo);
  • Prática de exercícios físicos regularmente;
  • Mudança de hábitos e vida e
  • Tratamento das doenças responsáveis por esse acúmulo de gordura.

Vale lembrar que o uso de bebida alcoólica é totalmente contraindicado para portadores de esteatose hepática. Seja qual for a causa, o álcool prejudica ainda mais a função do fígado, aumentando o risco de complicações da doença, que pode evoluir para cirrose e/ou câncer hepático.

O médico hepatologista é o responsável pela avaliação, tratamento e acompanhamento das doenças no fígado.

4 passos que você pode começar imediatamente

A dieta deve ser orientada por um nutricionista, atendendo às necessidades específicas para cada pessoa.

Contudo, antes mesmo da avaliação nutricional, para obter um bom resultado, você deve iniciar o tratamento seguindo os 3 passos descritos abaixo:

1. Dieta para reduzir a gordura no fígado

Prefira como fonte de carboidratos: Alimentos integrais, como farelos, pães, biscoitos, leguminosas, devido a maior quantidade de fibras solúveis. As fibras solúveis são fundamentais no tratamento da esteatose hepática, porque tem a capacidade de se unir à glicose e aos lipídeos presentes no bolo alimentar, dificultando a sua absorção;

Inclua legumes e verduras: Em todas as refeições inclua ao menos uma porção de legumes e verduras (principalmente os folhosos como alface, rúcula, agrião, espinafre, brócolis e couve flor);

Consuma mais leguminosas: Como feijão, ervilhas, grão de bico, lentilhas e soja;

Aumente o consumo de frutas diariamente: Optando por frutas com menor quantidade de açúcar, como abacaxi, maçã e frutas vermelhas;

Leite e derivados devem ser desnatados e ou com o menor teor de gordura possível. Os queijos ricota e cottage são os mais aconselhados;

Evite doces e alimentos ricos em açúcar, reduzindo assim os níveis de triglicerídeos no sangue, o que pode agravar ainda mais a esteatose hepática;

Evite gordura e frituras. Procure preparar os alimentos no forno ou grelhados.

2. Prática de atividades físicas

A recomendação de atividades físicas, com bons resultados, devem ser de no mínimo 30 minutos por dia, pelo menos 5 vezes na semana. A escolha do exercício é uma escolha pessoal, mas que deve levar em conta uma avaliação profissional, para adequar a melhor opção caso a caso.

O mais importante é que seja um atividade prazerosa, aumentando as chances de uma boa adesão e boa resposta.

A perda de 3 a 5% do peso corporal em 6 meses, melhora consideravelmente os casos de esteatose leve a moderada. Para um caso mais grave, esse valor deve ser de 10% ou mais.

3. Mudança de hábitos de vida

Os principais motivos de acúmulo de gordura, estão intimamente relacionados aos hábitos de vida. Por isso é fundamental uma reavaliação e mudanças no que considera ruim, ou no que for solicitado pela equipe médica.

O tabagismo, sedentarismo e consumo de bebidas alcoólicas são extremamente desaconselháveis, assim como a alimentação gordurosa.

As doenças crônicas devem ser devidamente acompanhadas pelo médico da família, ou clínico geral, para que não chegue a uma complicação grave como a esteatose, por uso inadequado das medicações do dia a dia.

4. Tratamento das doenças responsáveis por esse acúmulo de gordura

Enquanto a doença de base não for tratada, o acúmulo de gordura poderá retornar, ou até não se modificar embora todas as outras medidas estejam sendo praticadas. Por isso passo deve ser procurar um médico clínico geral ou hepatologista para dar início ao tratamento da causa desse problema.

Tratamento de gordura no fígado

O tratamento definitivo da gordura no fígado, inclui além das medidas alimentares e de estilo de vida saudável, o tratamento da doença de base, ou seja, o que causou esse acúmulo de gordura nas células do fígado.

As causas mais comuns são: Obesidade, colesterol aumentado, diabetes e hipertensão arterial. Existem ainda as doenças e síndromes onde a esteatose hepática faz parte dos sinais e sintomas encontrados (hepatite C, hipotireoidismo, síndrome dos ovários policísticos e síndrome da apneia do sono) e o uso crônico de medicamentos (amiodarona®, tamoxifeno®, corticosteroide®, estrogênio® e esteroides anabolizantes).

Para cada caso existe um tratamento específico que será determinado pelo médico hepatologista ou médico da família que o acompanha.

Obesidade

Essa é a causa mais comum para o acúmulo de gordura no fígado, é preciso iniciar as medidas gerais, com dieta orientada e prática de exercícios, além da avaliação de medicamentos e cirurgia bariátrica. Opções que cabe ao médico endocrinologista junto com o cirurgião avaliar.

A medida de IMC (índices de massa corpórea), fatores de risco e condições de saúde do paciente, são os elementos que direcionam esse tratamento.

Colesterol aumentado

Para o controle do colesterol, além das medidas dietéticas e mudanças de hábitos, podem ser prescritos medicamentos que auxiliam nessa redução. A estatina® é a medicação mais utilizada para esse fim.

Diabetes mellitus

A diabetes é uma doença que apesar de não ter cura, tem tratamentos cada vez mais avançados, com a vantagem de bons resultados e menos efeitos colaterais. Pode ser tratada inicialmente apenas com dieta e atividades físicas, e nos casos mais avançados ou mais resistentes, com medicamentos hipoglicemiantes (metformina®, forxiga®, galvus®, entre outros) ou Insulina®.

Sendo assim, o principal é manter o acompanhamento regular com médico endocrinologista e usar a medicação de forma correta.

Hipertensão arterial

A hipertensão arterial também é uma doença crônica, que exige que o tratamento seja seguido rigorosamente, com uso do medicamento todos os dias, sem esquecimento, e acompanhamento médico, para evitar oscilação da pressão e complicações por esse motivo.

Saiba mais no link: Qual o tratamento e prevenção para hipertensão arterial?

Hepatites virais

As hepatites são infecções virais que acometem as células do fígado, causando danos e substituindo por gordura. O tratamento depende do tipo de vírus e gravidade, devendo ser avaliado pelo médico hepatologista, caso a caso.

A hepatite B e C são as mais associadas à esteatose hepática.

Hipotireoidismo

O hipotireoidismo é uma doença autoimune, onde a produção dos hormônios da tireoide é deficiente. O tratamento consiste em repor esses hormônios através de medicamentos orais. O controle das taxas hormonais resolve por completo o acúmulo da gordura, quando for esse o motivo da doença. O médico endocrinologista é o responsável por esse tratamento.

Síndrome dos ovários policísticos (SOP)

A SOP é um distúrbio hormonal, aonde uma dos principais sintomas é a obesidade, por isso, a presença da esteatose hepática não é incomum. O tratamento é baseado em controle e equilíbrio hormonal com anticoncepcionais, e tratamento dos sintomas que aparecem.

O médico ginecologista é o responsável pelo diagnóstico, tratamento e acompanhamento da síndrome.

Síndrome da apneia do sono

Os transtornos do sono, como a apneia do sono (pausas na respiração durante o sono), é mais uma situação que cursa com o acúmulo de gordura no corpo, e pode ser curado com o tratamento adequado. Nos casos mais leves, a dieta, prática de atividades físicas e alguns ajustes de posicionamento e higiene do sono resolvem o problema. Outros casos podem precisar de um aparelho para auxiliar na respiração enquanto dormem, o CPAP (pressão positiva contínua das vias aéreas).

O médico especialista no sono (neurologista, otorrinolaringologista ou pneumologista) saberão definir a melhor orientação para cada caso.

Saiba mais no link: Apneia do sono tem cura? Qual o tratamento?

Uso de medicamentos (amiodarona®, tamoxifeno®, corticosteroide®, estrogênio® e esteroides anabolizantes)

Se for observado o uso de medicamentos como possíveis causadores da esteatose, deverá ser discutido com o médico que o prescreve, a possibilidade de troca da medicação ou ajuste de doses. Claro que dependerá do que vem tratando, dos riscos e benefícios dessa mudança.

Cabe aos médicos decidirem a opção mais acertada.

Existe algum remédio para gordura no fígado?

Sim, existem alguns remédios indicados, principalmente em casos mais avançados de gordura no fígado, porém sem um consenso bem definido pelos médicos especialistas.

Vitamina E

A vitamina E, é um dos medicamentos propostos por grupos de médicos especialistas, mas apenas para pacientes com a doença confirmada por biópsia ( exame que nem sempre é necessário). No entanto, existem efeitos colaterais indesejados, além disso, não há evidências para essa recomendação em pacientes diabéticos ou cirróticos.

Pioglitazona®

A pioglitazona®, outra medicação que pode ser usada para tratar esteatose associada a hepatite, com comprovação por biópsia. O seu uso está associado a melhora da inflamação e queda das taxas das enzimas produzidas no fígado. Entretanto, também não foi testada para pacientes com diabetes, portanto, a segurança e eficácia a longo prazo para o uso nesses pacientes não está estabelecida, não sendo indicada.

Outros hipoglicemiantes como a Metformina® tem resultados controversos, por isso seu uso é discutível.

Estatinas®

Já as estatinas® podem ser consideradas como uma boa opção de tratamento, principalmente para aqueles com níveis de colesterol aumentado, com objetivo de reduzir os riscos de doenças cardiovasculares.

Ômega 3

Alguns trabalhos mostraram benefícios do ômega 3 nos casos de esteatose, mas não de suas complicações, como a esteato-hepatite.

O uso de medicamentos prebióticos, probióticos e suplementos ainda não apresentam dados científicos que suportem a sua recomendação no tratamento da esteatose.

Cuidado com os remédios caseiros

O melhor tratamento caseiro é mesmo o aumento da ingesta de água e seguir as orientações alimentares de um profissional dessa área, o nutricionista.

Especialistas comprovam que o uso de produtos "naturais" vem crescendo em larga escala, devido a crença de que sendo naturais não teriam efeitos colaterais, entretanto, já foram comprovados diversos casos de hepatite medicamentosa pelo uso de chás e ervas medicinais.

Portanto, recomendamos que não faça uso de nenhum produto, mesmo que pareça inofensivo, antes de informar e ser esclarecido pelo médico de família ou hepatologista.

Como eliminar a gordura no fígado de maneira rápida?

Para acelerar o tratamento, uma forma é informar ao profissional do esporte que o acompanha, de que teve esse diagnóstico. Sabendo da esteatose hepática, o profissional poderá planejar um treino mais direcionado para aumento de perda calórica, de forma segura e adequada para cada pessoa.

Outra maneira é consultar um médico nutrologista, que poderá acrescentar um tratamento específico, medicamentoso, para o seu caso.

Vale ressaltar, que a esteatose hepática se não tratada de maneira correta, pode evoluir para cirrose ou câncer de fígado. Doenças graves, potencialmente fatais.

Por isso, se recebeu esse diagnóstico, comece o quanto antes o seu tratamento, siga rigorosamente as orientações do seu médico e nutricionista, para evitar prejuízos irreparáveis na sua saúde.