A isquemia cerebral, é a falta de sangue em uma região do cérebro, causada pelo entupimento da artéria que leva o sangue até essa região.
Tem como principais causas, a presença de um coágulo ou placas de gordura, que impedem a passagem do sangue. Com isso, chega menos oxigênio e menos açúcar no cérebro, desencadeando os sintomas de acordo com a área que foi atingida.
A isquemia é conhecida também por derrame cerebral ou Acidente Vascular Cerebral (AVC) isquêmico.
Quais são os sintomas de uma isquemia cerebral?Os primeiros sintomas de uma isquemia são:
- Diminuição de força - a pessoa não consegue levantar ou manter por pelo menos um minuto, um dos braços ou uma das pernas,
- Dificuldade de falar - parece que a língua fica adormecida ou "enrolada", e a pessoa não consegue falar o seu nome inteiro ou uma frase simples,
- "Boca torta" - a assimetria no rosto faz a boca parecer torta, e acontece devido ao enfraquecimento dos músculos de um lado apenas do rosto,
- Formigamento - diminuição da sensibilidade ou sensação de formigamento em um dos membros, ou um lado inteiro do corpo, inclusive rosto,
- Perda da visão - a vista fica borrada, ou perde completamente a visão em um dos olhos, de início súbito,
- Falta de equilíbrio - tonturas, desequilíbrio e dificuldade de se manter de pé ou caminhar em linha reta, pode ocorrer quando a isquemia atinge o cerebelo,
- Confusão mental - a pessoa fica confusa, diz frases sem sentido ou não reconhece pessoas próximas.
Havendo um ou mais desses sintomas, de início súbito, é fundamental que procure uma emergência médica ou ligue para o SAMU 192.
Existem basicamente dois tipos de AVC, aquele que ocorre devido à falta de sangue, o AVC isquêmico e o AVC hemorrágico, quando a artéria se rompe, causando uma hemorragia cerebral.
Entretanto, quando a isquemia se resolve rápida e espontaneamente, sem deixar sequelas, chamamos de Isquemia transitória (AIT).
1. Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (Isquemia cerebral)O Acidente Vascular Cerebral Isquêmico ou isquemia cerebral, é o tipo mais comum de AVC. A presença de um coágulo ou placa de gordura impede que o fluxo normal de sangue chegue até o cérebro.
Quando essa obstrução ocorre em um grande vaso, ou quando dura muitas horas, a falta de sangue e de oxigênio causam a morte de neurônios, e essa região para de realizar as suas funções.
Os sintomas são muito variados porque dependem da área que foi acometida. Se a isquemia ocorrer na área da fala, a pessoa pára de repente de falar; quando atinge a área responsável pela força do braço direito, esse braço fica pesado, ou paralisado, e assim por diante.
2. Acidente Vascular Cerebral HemorrágicoFelizmente o Acidente Vascular Hemorrágico, é o tipo menos comum. Nesse caso o que acontece é a ruptura de uma artéria dentro do cérebro, e não uma isquemia. As causas principais são o aumento da pressão e a presença de aneurisma cerebral.
O sangue fora da artéria (hemorragia), é bastante irritativo para o cérebro. Os sintomas são de muita dor de cabeça, de início súbito, algumas pessoas descrevem como a pior dor de suas vidas, ou como "uma bomba estourando dentro da cabeça", e nenhum remédio alivia. É comum ainda apresentar rigidez de nuca (pescoço duro) e vômitos intensos.
É o acidente vascular cerebral mais grave e com maior risco de mortalidade.
3. Isquemia Cerebral Transitória ou Ataque Isquêmico Transitório (AIT)É uma isquemia "temporária", provocada pela falta de circulação sanguínea para uma área do cérebro, que dura pouco tempo, a circulação é restabelecida rapidamente, sem medicamentos ou tratamentos.
Pode haver todos os sintomas típicos de uma isquemia, mas que desaparecem completamente quando a circulação normal retorna.
Por muito tempo o critério para AIT era baseado no tempo dos sintomas, ou seja, sintomas que duravam menos de 24 horas eram considerados AIT. Entretanto, pesquisas mostraram que não era uma forma correta para essa definição. Atualmente, se a morte de neurônios é confirmada no exame de imagem, é considerado AVC mesmo que não observe sequelas.
Importante ressaltar que o AIT é um fator de risco para o AVC. A pessoa que já teve um AIT, comprovadamente possui um risco muito maior de desenvolver um AVC isquêmico no futuro, especialmente dentro dos próximos meses, do que outras pessoas.
Sim. O melhor tratamento atual, é a trombólise. Uma medicação administrada pela veia, para dissolver o coágulo que está impedindo o fluxo de sangue para o cérebro. Quanto mais rápido conseguir dissolvê-lo e o sangue voltar a nutrir aquela área, menor o risco de uma sequela.
No entanto, essa medicação só pode ser usada quando a pessoa consegue chegar a uma emergência dentro das primeiras 4 horas do início dos sintomas. Existem ainda alguns critérios de contraindicação, mesmo que chegue a tempo, que são principalmente o uso de anticoagulantes e cirurgias recentes.
Caso não tenha indicação da trombólise, seja pelo tempo de chegada ao hospital ou por alguma contraindicação, outras medidas são importantes e devem ser iniciadas tão rápido quanto possível, como:
- Manter os sinais vitais adequados (pressão arterial controlada, batimentos cardíacos regulares e a temperatura do corpo normal;
- Inciar o quanto antes o tratamento de reabilitação, com terapia da fala, terapia ocupacional e fisioterapia, conforme os sintomas de cada paciente;
- Cirurgia, mais raramente, mas pode ser preciso, por exemplo, nos casos de obstrução grave de artéria carótida;
- E após a fase aguda, seguir com acompanhamento médico, para controle dos fatores de risco, evitando um novo evento de AVC.
O tratamento primordial da isquemia transitória é de prevenir um AVC Isquêmico!
A prevenção deve ser feita como o controle de doenças, controle rigoroso da pressão arterial, dos níveis de colesterol e de açúcar (glicemia) no sangue.
Para os fumantes é recomendado deixar de fumar. Todos são aconselhados a iniciar uma atividade física regular e seguir uma dieta balanceada que poderá ser melhor orientada por um nutricionista.
Além disso, são administrados medicamentos que reduzem o risco de AVC: As estatinas, que reduzem o colesterol ruim, e os anticoagulantes e/ou antiplaquetários, para reduzir a formação de coágulos.
É possível prevenir as isquemias cerebrais?Sim. Para prevenir a isquemia cerebral (acidente vascular cerebral) é preciso manter hábitos e um estilo de vida saudável:
- Evitar alimentos gordurosos;
- Manter uma alimentação saudável com baixo teor de sal e rica em frutas, verduras, cereais integrais e carnes magras;
- Praticar atividade física regularmente orientada por um educador físico e após avaliação médica, pelo menos 4x por semana;
- Não fumar;
- Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
- Cuidar das doenças crônicas, fazendo uso regular das suas medicações diárias, principalmente cuidar da pressão arterial, colesterol e açúcar no sangue.
- Pressão alta;
- Colesterol elevado (especialmente o LDL);
- Diabetes;
- Obesidade;
- Tabagismo;
- Sedentarismo (falta de atividade física);
- Idade avançada,
- Consumo excessivo de bebidas alcoólicas;
- Alimentação ruim, rica em sal e gorduras;
- Portadores de doenças cardíacas.
Sim. A isquemia pode deixar sequelas se acometer uma área muito extensa do cérebro e se não for tratada rapidamente.
As sequelas mais comuns são:
- Paralisia facial;
- Paralisia do braço e/ou perna de um dos lados do corpo;
- Dificuldade de falar ou engolir;
- Perda da coordenação motora;
- Cegueira;
- Dificuldade de memória;
- Alterações psicológicas como a depressão.
Profissionais como fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e psicólogos podem auxiliar a minimizar as sequelas ou mesmo a recuperação das funções perdidas.
É importante que o acompanhamento do neurologista desde o início do quadro de isquemia até a recuperação das funções neurológicas perdidas.
Não deixe de buscar rapidamente um pronto-socorro sempre que algum sintoma de isquemia cerebral seja percebido.
Referência:
Rede Brasil AVC
A presença de Gardnerella no exame de papanicolau, pode indicar uma infecção vaginal, a chamada vaginose bacteriana. Contudo, para ter certeza desse diagnóstico, é preciso passar por uma avaliação médica.
A Gardnerella é uma bactéria que está presente normalmente na flora vaginal, mas em pequenas quantidades. Os lactobacilos são as bactérias que predominam nessa região. Os sintomas de infecção são o corrimento acinzentado, com cheiro forte e desagradável.
A vaginose bacteriana por Gardnerella não é considerada uma infecção sexualmente transmissível (IST) ou doença sexualmente transmissível (DST), mas pode ser transmitida por contato íntimo, para o homem.
Qual o tratamento da vaginose bacteriana?O tratamento é baseado no uso de antibióticos, sendo o metronidazol o antibiótico de escolha. Pode ser administrado por via oral (comprimidos) ou por pomadas, durante 7 a 10 dias.
Além do antibiótico, é importante evitar as relações durante o tratamento, ou se o fizer, usar contraceptivos de barreira, como a camisinha.
O uso de bebidas alcoólicas, pode interferir na eficácia do medicamento e causar efeitos colaterais como náuseas e vômitos.
E, a princípio, não é preciso tratar o homem, a não ser que ele tenha sintomas. Se for uma parceira mulher, essa deve ser tratada em conjunto.
Como se pega gardnerella? Pode ser considerada uma DST/IST?A mulher já possui a bactéria gardnerella na sua flora vaginal naturalmente, já o homem não. No homem, a Gardnerella é transmitida através de contato íntimo e relações sexuais.
A infecção no homem pode causar doença na uretra (uretrite), na glande ou prepúcio (balanite). Os sintomas são de vermelhidão no pênis, saída de secreção purulenta, ardência ao urinar e/ou dor na relação.
Nesses casos é preciso procurar um urologista, para dar início ao tratamento.
Como saber se tenho vaginose bacteriana?A vaginose é uma infecção comum do trato genital feminino, que causa principalmente corrimento vaginal e odor fétido, semelhante à "peixe podre".
Uma situação que leva a grande desconforto e constrangimento. Outros sinais como vermelhidão, edema, dor durante as relações e coceira, podem ocorrer, porém, são sintomas bem menos frequentes.
A presença desses sintomas, sugere uma vaginose bacteriana, por isso é recomendado que procure um ginecologista para avaliação.
Os fatores mais relacionados à infecção vaginal são:
- Limpeza íntima com sabonetes inapropriados,
- Uso de ducha higiênica muitas vezes por dia,
- Uso inadequado do papel higiênico. É fundamental passar o papel sempre da vagina em direção ao ânus, e não o contrário,
- Situações que reduzem a imunidade: gestação, diabetes, uso crônico de remédios como o corticoide, ansiedade, estresse e alimentação ruim,
- Ter vários parceiros sexuais,
- Tabagismo.
Sim. Nas mulheres, a vaginose pode levar a infertilidade, por inflamações crônicas no útero e trompas. Aumenta o risco de contrair DST/IST como o HIV, tanto nos homens quanto nas mulheres. Pode ainda, nas gestantes, desencadear parto prematuro ou abortamento.
Sendo assim, toda a mulher que apresente alteração no exame, precisa procurar o seu ginecologista, para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento com antibiótico e demais orientações que se façam necessárias.
As mulheres com idade entre 25 e 59 anos, que têm ou já tiveram vida sexual ativa devem fazer o exame preventivo periódico. Após dois exames com resultado normal em um intervalo de um ano, o papanicolau pode passar a ser feito a cada 3 anos.
Leia mais:
- Qual o tratamento no caso de gardnerella?
- Resultado de exame preventivo com Gardnerella e Candida: deve-se tratar só a mulher ou o casal?
Referências:
FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
O céu da boca inflamado pode ser causado por pequenas feridas ou irritações. Originadas por aftas, estomatites, infecções (candidíase oral), tabagismo, abuso de álcool ou ingestão de alimentos muito quentes ou muito frios, ou demasiado ácidos, salgados ou picantes.
Para aliviar e evitar o agravamento da dor e desconforto do céu da boca inflamado, algumas medidas podem ajudar:
- Fazer bochecho com água morna e levemente salgada;
- Evitar comer alimentos ácidos, muito salgados ou picantes;
- Evitar o consumo de álcool e tabaco;
- Não usar enxaguantes bucais que contenham álcool;
- Utilizar escova de dentes com cerdas macias.
Caso a dor seja intensa, podem ser utilizados enxaguantes bucais ou pomadas que incluem anestésicos ou corticoides na composição. Consulte o seu médico de família, estomatologia ou dentista para uma melhor avaliação e orientação.
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As reações adversas mais comuns do oxalato de escitalopram são dor de cabeça e náusea. No entanto, também é frequente surgir:
- Alterações de apetite (diminuição ou aumento);
- Vômitos;
- Aumento de peso;
- Ansiedade e agitação;
- Insônia, sonolência, bocejos e sonhos anormais;
- Tontura, cansaço e tremores;
- Sensações de frio, calor, formigamento ou dormência (parestesia);
- Boca seca, aumento da sudorese, diarreia ou prisão de ventre;
- Aumento da temperatura corporal (como se fosse febre);
- Dores nas articulações e nos músculos;
- Diminuição da libido; nas mulheres: anorgasmia (não conseguir atingir o orgasmo); nos homens: distúrbios de ejaculação e impotência;
- Sinusite.
As reações adversas normalmente surgem até a segunda semana de tratamento, diminuindo de intensidade e frequência com a continuação do tratamento.
Se suspeitar que um novo sintoma esteja relacionado com o uso do medicamento, comunique o médico ou um farmacêutico.
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- Em quanto tempo o oxalato de escitalopram faz efeito?
Referência:
Oxalato de escitalopram. Bula do medicamento.
A vaginose bacteriana é a causa mais comum de corrimento vaginal na mulher. Ela pode causar sintomas que incomodam o dia a dia da mulher e aumentar o risco de adquirir infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
Quais são os sintomas da vaginose bacteriana?Os sintomas característicos de vaginose bacteriana são corrimento vaginal branco-cinzento com odor fétido parecido à “peixe podre”. Esse cheiro é mais percebido logo após a relação sexual.
Algumas mulheres podem ter também coceira vaginal. Além desses sintomas, a mulher pode ter, com menos frequência, vermelhidão, inchaço, dor ao urinar e dor durante as relações sexuais.
Mais de 50% dos casos de vaginose bacteriana podem não manifestar nenhum sintoma. Porém, quando os sintomas estão presentes são muito incômodos para a mulher.
Vaginose bacteriana ou Candidíase?A vaginose bacteriana pode ser confundida com a candidíase. As duas podem ser desencadeadas por um desequilíbrio da flora vaginal. Em geral, na candidíase, os principais sintomas são:
- coceira vaginal
- corrimento branco e espesso
Na candidíase, não é comum o corrimento com cheiro forte que lembra peixe podre.
Além disso, o agente etiológico é diferente. Enquanto na vaginose bacteriana, a Gardnerella vaginalis é a bactéria que fica em maior evidência, na candidíase o desequilíbrio é causado pelo fungo Candida.
Por fim, o tratamento de cada uma também é diferenciado. Para realizar um tratamento efetivo da vaginose bacteriana, o tratamento pode incluir o uso de pomada vaginal com um tipo de antibiótico. No caso da candidíase, a pomada vaginal também é indicada, porém com outro tipo de antibiótico.
Por que posso estar com vaginose bacteriana?A vaginose bacteriana ocorre quando há uma mudança no número e nos tipos de bactérias na vagina. Em geral, os lactobacilos são um tipo de bactérias encontradas habitualmente na vagina. Na vaginose bacteriana, a quantidade de lactobacilos é reduzida e há um desbalanceamento local da flora vaginal.
A real explicação ainda não foi detalhada, porém, na presença de alguns fatores pode haver maior propensão ao aparecimento dessa infecção:
- múltiplos parceiros sexuais
- realização frequente de duchas vaginais
- nova parceria sexual
- tabagismo
A vaginose bacteriana pode ser transmitida sexualmente, por brinquedos sexuais (sex toys), pelo contato da boca com a genitália e pelos dedos.
Qual é o tratamento para vaginose bacteriana?A vaginose bacteriana precisa de tratamento adequado. Os medicamentos mais comumente usados são metronidazol e clindamicina. Eles podem ser usados em comprimido via oral ou em creme/pomada vaginal. A duração do tratamento pode variar entre 5 a 7 dias nos casos mais comuns. Quando a infecção é recorrente e acontece várias vezes ao ano, pode ser necessário aumentar o tempo de tratamento para até 14 dias.
Como esses medicamentos são antibióticos, é muito importante realizar o tratamento completo até o final dos dias recomendados pelo médico.
Como posso saber se estou com vaginose bacteriana?O diagnóstico de vaginose bacteriana é feito com a história clínica da paciente e com o exame físico realizado pelo médico ou enfermeiro. Em alguns casos, pode ser necessário a realização de alguns testes para definir especificamente a causa.
De qualquer forma, na presença desses sintomas que incomodam, como o corrimento vaginal com mau cheiro, é importante procurar o serviço de saúde.
Vaginose bacteriana é perigoso?A vaginose bacteriana propriamente não é prejudicial à saúde da mulher. Porém, ela pode ser associada a alguns problemas de saúde como:
- aumento do risco de parto prematuro em mulheres gestantes
- infecção do local cirúrgico em casos de abortamento ou histerectomia
- aumento do risco de infecções sexualmente transmissíveis, como gonorreia, clamídia, HIV/AIDS, herpes genital
O mais indicado é a utilização de preservativo durante todas as relações sexuais como forma de prevenção das infecções vaginais.
Quando procurar o serviço de saúde?Pode ser difícil saber se o corrimento vaginal é causado pela vaginose bacteriana ou por outras infecções vaginais. Por isso, realizar uma consulta médica é importante na presença desses sintomas para diferenciar o agente etiológico e indicar o tratamento específico para seu caso.
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Pomadas para feridas nas partes íntimas: qual devo usar?
Referências:
Febrasgo - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia
A tosse produtiva é popularmente chamada de tosse com catarro.
Se o muco (ou catarro) eliminado ao tossir for de coloração mais transparente, sugere um quadro de gripe ou resfriado, e não provoca maiores preocupações. Entretanto, esteja atento no caso de muco amarelado, esverdeado ou com presença de estrias de sangue.
A tosse é a expulsão súbita e forçada de ar dos pulmões, com o objetivo de "limpar" o sistema respiratório e proteger os pulmões contra partículas e/ou germes inalados. É uma defesa involuntária do nosso organismo.
O que pode ser? Causas da tosse produtivaAs causas mais comuns de tosse produtiva (tosse com catarro) são:
- Gripes e resfriados;
- Gotejamento pós-nasal (drenagem de secreções do nariz pela garganta ou pela faringe), mais comum quando se deita;
- Sinusite;
- Pneumonia;
- Crise de asma ou Bronquite crônica;
- Refluxo gastroesofágico;
- Insuficiência cardíaca congestiva (ICC) descompensada;
- Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) em períodos de crise;
- Tuberculose ou outras infecções pulmonares;
- Corpo estranho (mais comum em crianças).
Se a tosse produtiva que você apresenta vem acompanhada dos sinais de alerta listados abaixo, você deve procurar um/a médico/a:
- Falta de ar;
- Expectoração de Sangue;
- Febre;
- Perda de peso;
- Se for portador de doenças crônicas;
- Se fizer uso de medicamentos que reduzem a imunidade, como corticoides;
- Ou na presença de fatores de risco para tuberculose (como contato recente com pessoas portadoras da doença).
O tratamento da tosse produtiva depende da sua causa e pode incluir:
- Aumento de ingesta hídrica (pelo menos 2 litros de água por dia);
- Antibióticos (se a tosse for provocada por bactérias);
- Expectorantes (medicamentos que facilitam a excreção de muco).
Os Antitussígenos (medicamentos que inibem a tosse), geralmente são contraindicados, porque podem impedir a eliminação do catarro, perpetuando a infecção. Mas cada caso deve ser avaliado individualmente.
O que posso usar em casa para aliviar a tosse produtiva? MelO mel tem ação anti-inflamatória, ajuda a dilatar os pulmões e aliviam a irritação na garganta. Pode ser usado tanto para ajudar no tratamento da tosse com catarro ou da tosse seca.
Você pode consumir uma colher de sopa de mel antes de dormir. Para as crianças, o indicado é uma colher de sobremesa antes de dormir.
GengibreO gingerol, substância presente no gengibre tem ação anti-inflamatória e antibacteriana e pode ser utilizado no tratamento da tosse produtiva (tosse com catarro).
Se você apresenta tosse acompanhada de febre, falta de apetite, mal estar, dor no peito, o mais indicado é que procure um serviço de emergência o mais rápido possível, para adequada avaliação.
Veja também: Tosse com catarro: o que fazer?
O câncer de boca pode afetar qualquer região da boca incluindo os lábios, céu da boca, gengiva, bochechas, língua (especialmente as suas bordas) e assoalho da boca (região embaixo da língua).
Os sintomas iniciais incluem: feridas na boca, manchas, nódulos e rouquidão persistente. Nas fases mais avançadas, são comuns a dificuldade de fala, de mastigar, engolir e perda de peso, sem motivo aparente.
O tratamento varia de acordo com o tipo e fase da doença. O oncologista é o médico especializado em avaliar e definir o melhor tratamento.
1. Feridas na bocaO sintoma mais comum de câncer de boca são as feridas, em qualquer região da boca e dos lábios, de difícil cicatrização.
As feridas duram mais de 15 dias sem melhora, podem aumentar de tamanho gradativamente e apresentar sangramentos.
2. Manchas ou placasA presença de manchas ou placas de cor avermelhada ou esbranquiçada nas gengivas, língua, bochechas ou céu da boca, podem ser sinal de um câncer nessa região.
Geralmente as manchas não causam dor e pode haver sangramento espontâneo, ou quando é feita a higiene bucal.
3. NódulosOs nódulos ou caroços na boca ou no pescoço são indicativos de câncer. Pode ocorrer também o espessamento das bochechas e ou da região embaixo da língua.
4. Rouquidão persistenteA rouquidão que não melhora em até 15 dias, sem causa aparente, pode ser um sinal de câncer de boca ou laringe. É importante uma avaliação completa de um otorrinolaringologista ou cirurgião de cabeça e pescoço.
Câncer de boca: feridas, placas esbranquiçadas e manchas avermelhadas na região lateral da língua.Ao perceber qualquer um destes sintomas iniciais, procure um médico de família ou dentista para avaliação. Não utilize nenhum medicamento para tratar as feridas sem indicação de um destes profissionais.
Quanto mais cedo for detectado e tratado o câncer bucal, maiores são as chances de cura.
Quais os sintomas de câncer de boca, na fase avançada da doença?Conforme a doença evolui, os sintomas se tornam mais evidentes e pode haver comprometimento das funções da boca, dando origem a novos sintomas, como:
- Dificuldade de falar,
- Dificuldade ou dor para mastigar e/ou engolir,
- Dificuldade ou dor para movimentar a língua e/ou a mandíbula,
- Sensação de algo preso na garganta ou de entalo,
- Inchaço na mandíbula,
- Dentes frouxos ou moles na gengiva,
- Dor ao redor dos dentes,
- Mudança persistente na voz,
- Dor na boca que não melhora, mesmo com medicamentos,
- Respiração ruidosa (respiração com barulho ou ruído indicam que algo está atrapalhando a passagem do ar);
- Perda de peso.
Na presença de sinais de câncer de boca, principalmente feridas, nódulos ou manchas que não cicatrizam há mais de 15 dias, procure um médico de família, clínico geral ou dentista, para uma avaliação e solicitação de exames que confirmam esse diagnóstico.
O diagnóstico deverá ser confirmado por exame de biópsia da lesão, exame de um fragmento da lesão. A biópsia indica se a lesão é benigna ou maligna, um câncer de boca.
É importante que você esteja atento a este sintoma, especialmente, se for fumante ou consumir bebidas alcoólicas com frequência.
O tratamento precoce do câncer de boca, aumenta as chances de sucesso no tratamento.
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Referências
- Lalli, A; Aldehlawi,H.; Buchanan, J.A.G.; SEOUDI, N.: Fortune, F.; Wassem, A. Screening for oral cancer utilising risk-factor analysis is ineffective in high-risk populations. British Journal of Oral and Maxillofacial Surgery. 2020.
- Langton,S.; Cousin, G.C.S.; Pluddeman, A.; Banhead, C.R. Comparison of primary care doctors and dentists in the referral of oral cancer: a systematic review. British Journal of Oral and Maxillofacial Surgery. 2020.
As causas de dor no pé na barriga e nas costas podem variar entre os homens e as mulheres. Uma causa comum a ambos os sexos são as pedras nos rins. Nos homens, ela pode ser causada por problemas na próstata, quando associada a outros sintomas. Nas mulheres, há algumas causas ginecológicas possíveis.
Pedras nos rinsOs cálculos renais (pedras nos rins) são um problema de saúde comum que acometem homens e mulheres. Eles podem causar dor intensa no pé da barriga e nas costas (na região lombar, abaixo das costelas).
A dor aparece como cólica, do lado onde fica o rim com o problema. Também podem aparecer sintomas urinários (dor, urgência, urina turva ou com sangue).
Há fatores que aumentam o risco de desenvolvê-las ou apresentar sintomas:
- Obesidade
- Gravidez
- Doenças como gota, diabetes e hipertensão
- Infecções urinárias repetidas (há maior risco de desenvolver as pedras de estruvita)
Se a pedra nos rins pode ser a causa da sua dor, você precisa de cuidados médicos.
Quando você elimina a pedra, ela pode ser analisada para saber qual é a composição. Conhecer a composição das pedras pode ser importante para diminuir o risco de que elas voltem a aparecer. As mais comuns são formadas por oxalato de cálcio (70% a 80% dos casos). Também podem ser formadas por:
- Fosfato de cálcio
- Ácido úrico (o risco de ter uma pedra no rim com essa composição aumenta com a idade)
- Cistina
- Estruvita
Se elas forem de oxalato de cálcio (as mais comuns), o risco de que volte a formar outras pedras no seu rim é alto. Há cuidados que podem ser tomados para evitar que isso ocorra, como beber mais água e evitar certos alimentos.
Outros problemas que causam estreitamento ou obstrução das vias urinárias também podem causar os mesmos sintomas.
Dor no pé da barriga e nas costas nos homens: problemas da próstataSe você é homem e está com dor ou desconforto no pé da barriga e nas costas há algum tempo, pode estar com prostatite ou com a síndrome da dor pélvica crônica.
A prostatite pode ter como causa uma inflamação ou infecção da próstata.
A síndrome da dor pélvica crõnica também é chamada prostatite crônica, apesar de não se saber ao certo se a próstata é a responsável pela dor. O diagnóstico se baseia na presença de sintomas e exclusão de outras causas.
O problema é mais comum entre os homens com 50 a 60 anos. Podem ser indicados anti-inflamatórios e acupuntura para a redução dos sintomas.
Dor é o primeiro sintoma no caso de problemas de próstata. Ela pode estar presente:
- No pé da barriga e nas costas
- Na região entre o saco escrotal e o ânus
- Nos testículos
- No pênis
- Ao urinar
- Ao ejacular
Ela difere da dor devido às pedras nos rins e tem duração variável. Sintomas urinários (maior frequência e urgência para urinar) ou alguma disfunção sexual (ejaculação precoce ou disfunção erétil) podem estar presentes.
Muitos pacientes com esses sintomas também têm dores em outras regiões do corpo. Nesses casos, os sintomas podem ser parte de outras síndromes de dor crônica, como a síndrome do intestino irritável, fibromialgia ou enxaquecas.
Dor no pé da barriga e nas costas em mulheres: causas ginecológicasA dor no pé da barriga e nas costas nas mulheres pode ser normal durante a menstruação (cólicas) e durante o trabalho de parto (contrações). Há também alguns problemas de saúde e complicações na gravidez que podem causá-la:
- Endometriose, adenomiose ou mioma uterino
- Torção ovariana
- Aborto, gravidez ectópica, trabalho de parto prematuro ou descolamento de placenta
Nesses casos, é importante procurar cuidados médicos.
Endometriose, adenomiose e miomas uterinosNesses casos, outros sintomas frequentes são o fluxo menstrual intenso e dor durante as relações sexuais. O útero está aumentado nos resultados do ultrassom.
Torção ovarianaA dor no pé da barriga e nas costas aparece de repente e pode ser moderada a intensa. Ela pode ser causada pela falta de circulação sanguínea adequada no ovário e na tuba quando ocorre a torção ovariana. A maior parte dos casos de torção ovariana acontece em mulheres em idade reprodutiva.
O risco de acontecer é maior:
- Nos casos de tratamento para engravidar e hiperestímulo ovariano
- Durante a gravidez
- Nas mulheres com síndrome dos ovários policísticos
- Quando já houve uma torção ovariana anteriormente
Na maior parte dos casos, o ovário pode ser preservado e recuperado com uma cirurgia.
Durante a gravidezA dor parecida com cólica no pé da barriga e nas costas durante a gestação podem indicar algum problema. Por isso, procure um médico com urgência se ela for moderada ou intensa. Ela pode indicar:
Aborto espontâneoNesse caso, além da dor no pé da barriga e nas costas, haverá sangramento pela vagina.
Gravidez ectópicaA dor intensa no pé da barriga e nas costas pode acontecer quando há o rompimento da tuba uterina devido a uma gravidez ectópica. Isso pode causar hemorragia grave. Por isso, procure um médico com urgência se você teve um atraso menstrual, está sentindo essa dor, seguida por sangramento vaginal.
A gravidez ectópica é uma gravidez em que o embrião está se desenvolvendo em outro lugar que não seja o útero. O mais comum é que esse lugar seja a tuba uterina.
Trabalho de parto prematuroO trabalho de parto prematuro pode ser identificado quando as contrações (dores moderadas ou intensas espaçadas no pé da barriga e nas costas) começam antes da gestação completar 37 semanas. Se isso acontecer, procure seu médico com urgência.
Não é sempre que há contrações antes do tempo que você já está em trabalho de parto. Preste atenção a alguns sinais que podem estar presentes e indicar o trabalho de parto em andamento:
- Cólicas parecidas com as menstruais
- Contrações leves e irregulares
- Dor nas costas, na região lombar
- Sensação de pressão na vagina ou no pé da barriga
- Corrimento vaginal que parece muco, podendo ser claro, rosado ou levemente sanguinolento
- Leve sangramento vaginal
As gestantes com descolamento de placenta apresentam sangramento vaginal, dor na barriga com contrações uterinas fracas e frequentes. A dor nas costas pode estar presente, dependendo da posição da placenta no útero.
Nesse caso, é preciso procurar um médico com urgência para avaliação. O descolamento de placenta pode ser pequeno e não trazer efeitos negativos para a gestante ou para o bebê. Dependendo da dimensão do descolamento, ele pode trazer riscos para a gestante e para o bebê.
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Referências:
Kidney stones in adults: Epidemiology and risk factors. UpToDate
Chronic prostatitis and chronic pelvic pain syndrome. UpToDate
Dysmenorrhea in adult females: Treatment. UpToDate
Ectopic pregnancy: Epidemiology, risk factors, and anatomic sites. UpToDate
Preterm labor: Clinical findings, diagnostic evaluation, and initial treatment. UpToDate
Ovarian and fallopian tube torsion. UpToDate
Placental abruption: Pathophysiology, clinical features, diagnosis, and consequences. UpToDate