Como funciona o DIU?
O DIU (Dispositivo Intra Uterino) é um mecanismo contraceptivo, inserido no útero da mulher por um médico ginecologista.
Mecanismo de Ação
De acordo com o Relatório Técnico da Organização Mundial da Saúde, o DIU exerce seu efeito anti-fertilidade de forma variada e pode interferir no processo reprodutivo antes mesmo do óvulo atingir a cavidade uterina.
O DIU age sobre os óvulos e espermatozoides de diversas formas:
- Estimula reação inflamatória no útero, por ser um corpo estranho. A concentração de vários tipos de leucócitos, prostaglandinas e enzimas nos fluídos uterino e tubários elevam substancialmente, especialmente nos DIUs com cobre.
- As alterações bioquímicas interferem com o transporte dos espermatozoides no aparelho genital, além de alterar os espermatozoides e os óvulos, impedindo a fecundação.
Por esses mecanismos, o acúmulo de evidências permitem afirmar que um complexo e variado conjunto de alterações espermáticas, ovulares, cervicais, endometriais e tubárias causam a inibição da fertilização.
Eficácia: Os DIUs de cobre geralmente são mais eficazes e produzem menos efeitos colaterais que aqueles sem medicamentos. As taxas de gravidez variam entre 0,5 - 0,7/100 mulheres/ano. São mais baixas do que as taxas obtidas com anticoncepcionais hormonais combinados orais e comparáveis aos injetáveis.
Vantagens: É um método de longa duração (3 a 5 anos), econômico, muito eficaz (99,9%), imediatamente reversível. Não interfere com as relações sexuais e pode ser utilizado durante a amamentação.
O DIU sem hormônios pode ser indicado para mulheres que já tiveram problemas com métodos contraceptivos hormonais previamente ou contraindicação ao uso do estrogênio, como fumantes ou pacientes com histórico de trombose ou diabetes. Também evita os efeitos colaterais do uso de pílulas anticoncepcionais, por ter ação local, apenas.
Desvantagens: Pode provocar sangramento menstrual prolongado ou cólicas durante o sangramento. Não protege contra as doenças sexualmente transmissíveis.
Momento da Inserção: Habitualmente, o momento da inserção é durante ou logo depois da menstruação (de preferência até o 5º dia do ciclo), pois se o canal cervical estiver mais dilatado, é mais fácil e menos doloroso aplicar o DIU, além de se evitar que seja colocado numa mulher com gestação inicial.
Contudo, o DIU pode ser inserido em qualquer época, desde que haja garantias de que a mulher não está grávida. No pós parto, recomenda-se a inserção a partir da 6ª semana. O DIU também pode ser inserido logo depois a curetagem por um abortamento não infectado. A inserção pode ser feita no mesmo dia que um DIU vencido seja extraído.
O dispositivo intrauterino (DIU) não deve ser usado:
- Em casos de suspeita de gravidez (por isso ele deve ser colocado no período menstrual, além de ser a época que o colo uterino está mais amolecido);
- Malformações congênitas do útero;
- Neoplasias uterinas;
- Sangramento uterino de causa desconhecida;
- Coagulopatias;
- Doença inflamatória pélvica (DIP);
- Cervicite;
- Risco de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).
Caso deseje realizar esse método contraceptivo, consulte seu ginecologista. Ele poderá sanar todas as suas dúvidas e é o profissional mais indicado para sua colocação.