Existe alguma maneira de evitar doenças genéticas e hereditárias?
Sim, dependendo da doença, existem maneiras de evitar doenças genéticas e hereditárias. Através de um método conhecido como aconselhamento genético, a pessoa é informada sobre as características da doença, a probabilidade e o risco de desenvolvê-la ou transmiti-la, além das opções de prevenção e melhora da condição.
O aconselhamento genético é definido após estudos e avaliações da família por uma equipe médica especializada em Genética Clínica. Trata-se de um processo complexo e delicado.
Primeiro é importante lembrar que toda doença hereditária é genética, mas nem toda doença genética é hereditária.
Isso significa que as doenças hereditárias (passadas de pais para filhos) são sempre decorrentes de algum problema nos genes do indivíduo, que favorece o desenvolvimento da doença. Já as doenças genéticas não precisam ser necessariamente herdadas dos pais e podem surgir pela primeira vez na família, como acontece na Síndrome de Down.
Portanto, o aconselhamento nos casos de doenças hereditárias com alto risco de transmissão e com riscos de vida, pode ser de desaconselhar a gestação. Nos casos de doenças leves ou diagnosticadas já na gestação, podem ser orientações de tratamentos ou medidas para tornar as doenças hereditárias e genéticas menos graves ou pelo menos sob controle.
Por exemplo, se o paciente sabe que há uma tendência familiar para ter colesterol alto ou diabetes, ele deve ter hábitos alimentares adequados desde a infância, para evitar o surgimento ou o agravamento do problema.
Essa avaliação e aconselhamento, acontece com todas as doenças que possuem uma vertente genética ou hereditária, desde alergias, hipertensão, transtornos psicológicos, ao câncer.
Porém, vale salientar que o fato de alguém ter tendência para desenvolver uma doença não significa, obrigatoriamente, que ela a terá. A probabilidade dessas doenças se manifestarem também depende da interação com o ambiente e os hábitos de vida de cada um.