Alguma doença ou alteração na raiz nervosa da região lombar, ao nível de S1. S1 significa primeira vértebra sacral, e ainda segundo o laudo, do lado esquerdo.
Ou mais resumidamente:
Radiculopatia - doença da raiz nervosa
Lombar - na região lombar da coluna
Nível de S1 - primeira vértebra sacral (altura do sacro)
Esquerda - o lado acometido.
O que é radiculopatia?
A radiculopatia é uma doença ou comprometimento de uma raíz nervosa, feixe de fibras nervosas que saem da medula através de orifícios da coluna vertebral, por toda a extensão da medula, dando origem aos nervos periféricos que serão distribuídos pelo corpo.
Os nervos periféricos por sua vez, recebem os estímulos externos, levam para o cérebro através de suas fibras, e trazem uma resposta sensitiva, motora ou mesmo reflexa.
Portanto qualquer alteração nessa comunicação do sistema nervoso periférico com o sistema nervoso central, seja por compressão da raíz do nervo, isquemia ou infiltração tumoral, originam os seguinte sintomas neurológicos:
- Alteração da sensibilidade, dormência, formigamento, "choques";
- Dor, com ou sem irradiação para outros locais;
- Diminuição de força, nos casos de compressão grave do nervo.
Vale lembrar que dificilmente, o comprometimento será bilateral. A queixa geralmente é localizada no lado da lesão. E os sintomas podem seguir o trajeto inervado por aquele segmento, por isso é comum queixas de irradiação da dor, por exemplo, um quadro de hérnia de disco, que leva a "dor ou sensação de choque no glúteo que segue até a sola do pé".
Qual a importância da localização da radiculopatia?
As raízes nervosas são divididas de acordo com a sua localização na coluna vertebral. A localização auxilia na abordagem do tratamento.
O médico, ou terapeuta que irá tratar o caso, deverá se basear na localização da lesão. Seja para fortalecimento da musculatura próxima ao problema, seja para o planejamento da abordagem cirúrgica, é preciso identificar primeiro aonde está a alteração.
A coluna vertebral é dividida em cervical, dorsal (ou torácica), lombar, sacra e coccígea. No total a coluna possui 31 pares de raízes de nervos espinhais, sendo 8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccígea.
Quais são as causas de radiculopatia?
As causas mais comuns são: Hérnia de disco, sobrepeso, sedentarismo e traumas. Mas também podem ser originadas por carência nutricional, doenças crônicas descompensadas, como o diabetes e câncer.
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Qual é o melhor tratamento para radiculopatia?
O tratamento vai depender da gravidade e localização da radiculopatia.
No entanto podemos dizer que, para casos mais simples, sem grande comprometimento da raiz e sem alterações ao exame neurológico, o tratamento inicial deve ser conservador, com fisioterapia, técnicas de repostura (RPG), medicamentos, orientações gerais e fortalecimento da musculatura paravertebral.
Nos casos mais graves e com risco de sequelas neurológicas, ou ainda para casos de suspeita de tumor, o tratamento deve ser cirúrgico. O tipo de abordagem deverá ser avaliada entre a equipe médica, o paciente e seus familiares.
Portanto, a localização da lesão, o bom exame médico e um exame de imagem complementar, possibilitam o médico programar o tratamento o mais breve possível, evitando assim sequelas neurológicas.
Procure o médico que solicitou esse exame, para que junto com seu quadro clínico, seja definida a conduta mais adequada.
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