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Perguntas Frequentes

Sinto palpitação no coração, posso estar com algo grave?

Palpitações sempre nos levam a pensar em algum problema cardíaco, porém em um adulto jovem e sem fatores de risco para doenças do coração, a ansiedade, o estresse e problemas emocionais de uma forma geral são as causas mais comuns para as palpitações.

Quem fez cauterização no útero pode engravidar?

Sim. A mulher que já fez cauterização no útero pode engravidar.

A cauterização no útero é um procedimento realizado para tratar lesões pré-cancerígenas ou infecciosas e destruir células anormais no colo do útero.

Em geral, é recomendado aguardar em torno de 6 a 12 meses após o procedimento para engravidar, pois assim dá tempo da recuperação do tecido do colo do útero.

A mulher que vai realizar ou já realizou o procedimento deve perguntar ao/à médico/a dúvidas sobre a cauterização, suas consequências e os cuidados que se deve ter após a realização.

O mais importante é realizar o acompanhamento das lesões após o procedimento com a realização do exame preventivo de rotina. Com ele, será possível avaliar se as lesões foram devidamente tratadas e se há necessidade de um novo procedimento.

Quais são os valores de referência da hemoglobina glicada?

Os valores de referência para hemoglobina glicada dependem do paciente e do motivo pelo qual o médico o solicitou.

Para o diagnóstico de diabetes, consideram-se valores acima de 6,5%, confirmados em outra ocasião. Indivíduos com valores entre 5,7% e 6,4% são considerados de alto risco para o desenvolvimento de diabetes.

Para indivíduos já com diagnóstico de diabetes, a hemoglobina glicada pode ser utilizada para o seguimento do controle da doença, refletindo a média das glicemias nos últimos três meses. O valor de hemoglobina glicada mantido abaixo de 7% (método HPLC) protege contra o surgimento e a progressão das complicações microvasculares do diabetes (sequelas oculares e renais) e da neuropatia. Todavia, tendo em conta que a glicemia e os problemas vasculares têm uma correlação contínua, para uma boa parte dos pacientes é importante tentar alcançar o valor mais próximo da normalidade. No entanto deve se procurar não aumentar o número de episódios de hipoglicemia repetidos. O controle muito rígido pode não ser benéfico em todos os pacientes. Indivíduos com longa duração do diabetes, e/ou que tenham mantido mau controle glicêmico por longos períodos, assim como como aqueles que apresentam complicações crônicas já instaladas (alteração ocular, renal, aterosclerose, neuropatia), podem ter alvos de HbA1C menos rígidos (até 8%). 

O diagnóstico e seguimento do diabetes deve ser feito por médico clínico geral ou endocrinologista.

Hemograma do meu filho deu plaquetas altas?

As plaquetas estão um pouco aumentadas, esse resultado isolado não tem nenhum significado clínico (pode até significar algo, porém depende do restante: história, exame físico, hipóteses diagnósticas, resultados dos exames, provas terapêuticas e assim por diante...)

Atrasar horário do anticoncepcional pode diminuir o efeito?

Atrasar 10 ou 15 minutos o horário da tomada do anticoncepcional não vai interferir com sua eficácia (desde que sejam apenas 10 ou 15 minutos). Tomar o comprimido sem água, também não tem problema nenhum.

Venho sentindo uma dor no lado esquerdo do umbigo...

Pode ser algum problema da parte urinária, mas o mais provável é que seja intestinal, pode procurar um clínico geral mesmo, que ele começará a sua investigação e tratamento e caso haja necessidade encaminhará você a outro especialista.

Estou com disidrose. Tem cura? Como tratar?

Disidrose não tem cura, mas é possível controlar a doença se o agente que desencadeia as crises for detectado e retirado, quando possível, evitando assim novos surtos.

Como tratar a disidrose?

O tratamento da disidrose visa amenizar os sintomas (principalmente a coceira), acelerar o desaparecimento das lesões já existentes e tratar as suas causas.

A terapêutica vai modificando de acordo com a fase da disidrose, e pode incluir:

  • Compressas de permanganato de potássio ou água boricada 2%;
  • Corticoide (creme ou pomada e oral);
  • Antibiótico tópico;
  • Hidratantes;
  • Toxina botulínica.

Na fase aguda das lesões, quando existem muitas vesículas, coceira e vermelhidão, está indicado o uso de compressas ou banhos de permanganato de potássio ou água boricada a 2%, de duas a três vezes ao dia, até a melhora das bolhas.

Após a melhora das lesões, ou quando as bolhas demoram a secar apenas com as compressas, pode ser iniciado tratamento conjunto com creme à base de corticoides, para acelerar a cicatrização e evitar novas lesões.

Por fim, na fase de manutenção, ou fase crônica, está indicado manter por um tempo o uso regular de pomadas a base de corticoide, ou imunomoduladores (como o Tacrolimo® e Pimecrolimo®), além de hidratantes, promovendo cuidado com a pele, o que reduz a chance de novas crises.

Nos casos refratários ao tratamento descrito, o médico poderá indicar opções como corticoide por via oral, imunomoduladores e aplicação de toxina botulínica. Porém são raros os casos, e irão depender de uma avaliação clínica criteriosa.

Casos em que se observa sinais de infecção, como secreção purulenta, mau cheiro, febre ou dor local, o tratamento deverá ser complementado com antibioticoterapia.

Na maioria das vezes, as crises de disidrose resolvem-se naturalmente após uma a três semanas. O intervalo entre os surtos é de semanas ou meses.

Veja também: O que é disidrose?

É possível prevenir a disidrose?

Sim. A melhor forma de prevenção da disidrose é conhecer os fatores que mais desencadeiam a disidrose, e detectar a sua causa, removendo sempre que possível, esse agente desencadeante.

Além disso, outros cuidados podem ser tomados, como:

  • Controlar o estresse;
  • Evitar mudanças bruscas de temperatura;
  • No calor hidratar a pele de forma exagerada e aumentar a ingesta de água;
  • Evitar o contato com produtos ou substâncias irritantes, como detergentes e sabonetes antissépticos;
  • Evitar lavar as mãos muitas vezes ao dia, se preciso fazer uso de luvas para proteger e reduzir as lavagens de mãos (as luvas de vinil parecem ser menos irritantes para a pele do que as de látex).

O tratamento e o diagnóstico da disidrose devem ser feitos e acompanhados por um/a médico/a dermatologista.

Quando é aconselhável a retirada do útero?

A retirada do útero (histerectomia) pode ser aconselhável em casos de mioma, dores pélvicas, prolapso uterino, sangramento uterino anormal, câncer e doenças com potencial de malignidade. Contudo, em algumas dessas situações, pode haver outras alternativas de tratamento que devem ser avaliadas pelo/a médico/a ginecologista e discutidas com a paciente.

Sangramento menstrual abundante

Uma das principais razões para a remoção cirúrgica do útero é o sangramento menstrual excessivo no período que antecede a menopausa. O sangramento uterino abundante pode causar anemia, fadiga e interferir nas atividades diárias da mulher.

Considera-se excessivo o sangramento que dura mais de uma semana ou que requer o uso de mais de um absorvente por hora. Outra forma de sangramento uterino anormal é o sangramento que ocorre fora do período menstrual.

As hemorragias podem ser tratadas com medicamentos ou outros tipos de intervenções cirúrgicas. Se não houver melhora do quadro, a histerectomia pode ser necessária.

Mioma

No caso dos miomas, pode ser aconselhável retirar o útero se a mulher apresentar sangramento irregular e excessivo e não pretender engravidar.

Prolapso uterino

O prolapso uterino pode ocorrer devido ao enfraquecimento e estiramento dos músculos pélvicos e dos ligamentos que sustentam o útero, fazendo com que o útero caia para dentro da vagina.

Nesses casos, o/a médico/a pode optar pela remoção do útero sem retirar o colo uterino. Além da histerectomia, o tratamento do prolapso pode incluir a colocação de telas de sustentação para evitar um novo prolapso de órgãos pélvicos.

Hiperplasia do endométrio

Outra indicação para a histerectomia é a hiperplasia do endométrio. Trata-se de um crescimento excessivo do tecido que reveste a parte interna do útero (endométrio).

A hiperplasia endometrial é uma condição benigna, mas existe risco de evoluir para câncer, dependendo do tipo de hiperplasia. O tratamento pode ser feito com medicamentos, mas há casos em que a retirada do útero é necessária ou mais aconselhável.

Outras indicações para a retirada do útero

A histerectomia também pode ser necessária em casos de câncer de útero, colo uterino ou de ovário. Há ainda situações, embora sejam raras, em que a remoção do útero pode ser necessária para conter uma hemorragia incontrolável depois do parto ou da cesárea.

Como é feita a retirada do útero?

A histerectomia pode ser realizada pela via abdominal, vaginal ou por laparoscopia. Durante o procedimento, também podem ser removidos os ovários e as trompas.

A cirurgia pela via abdominal e vaginal normalmente é feita sob anestesia epidural e raquidiana. Quando realizada por laparoscopia, a retirada do útero é feita com anestesia geral.

Também são administrados medicamentos sedativos, que visam tranquilizar a paciente durante a cirurgia. O tempo de internamento para realizar a retirada do útero é, em média, de 4 dias.

Exceto em situações de emergência, como as descritas anteriormente, a decisão de realizar a histerectomia deve ser partilhada entre a paciente e o/a médico/a ginecologista. Deve-se levar em consideração os planos reprodutivos da mulher, as alternativas de tratamento à retirada do útero, bem como o risco-benefício da histerectomia.

Sangue nas fezes na gravidez, o que pode ser?

Durante a gravidez, a presença de sangue nas fezes pode ocorrer devido às alterações intestinais sofridas nessa fase, que causam dificuldades na evacuação (constipação).

A prisão de ventre provoca o ressecamento das fezes e causa esforço para evacuar. Por isso, é comum o aparecimento de hemorroidas e lesões no ânus (fissuras anais) que podem sangrar durante a evacuação.

Como combater a prisão de ventre na gravidez?

Para amenizar a constipação intestinal, é importante tomar muitos líquidos e manter uma alimentação variada com frutas, vegetais e fibras. A prática de atividades físicas regulares, como as caminhadas, também pode ajudar a melhorar o trânsito intestinal.

A constipação intestinal é bastante comum na gravidez, principalmente a partir do segundo trimestre de gestação. A prisão de ventre gestacional tem como causas as alterações hormonais que interferem no funcionamento do intestino, deixando-o mais lento, além do aumento do tamanho do útero, que pressiona o intestino.

Uma alimentação rica em fibras favorece o trânsito intestinal, pois facilita a passagem do bolo alimentar pelo intestino. Alguns alimentos que são boas fontes de fibras incluem frutas, como maçã, laranja e ameixa, vegetais (cenoura, feijão, ervilhas, lentilha, tomate, alface, espinafre) e sucos de frutas naturais.

O consumo diário de água recomendado para combater a prisão de ventre na gravidez é de pelo menos 8 copos (dois litros) por dia. A ingestão de água é importante pois amolece as fezes e favorece a sua passagem pelo intestino.

Além disso, ao aumentar a ingestão de fibras, é importante aumentar também a ingestão de água, uma vez que as fibras mais secas podem favorecer a constipação intestinal. Comer fibras sem beber água suficiente pode até piorar a prisão de ventre.

A prática regular de atividade física moderada também é bom para combater a prisão de ventre na gravidez, pois estimula os movimentos intestinais que empurram o bolo fecal.

Vale ressaltar que a gestante só deve fazer uso de laxantes, chás e medicamentos para soltar o intestino com indicação médica. Usar essas substâncias sem orientação profissional pode agravar a situação ou prejudicar o feto.

Quais são as outras causas de sangue nas fezes na gravidez?

A presença de sangue nas fezes pode ter como causa outros distúrbios do sistema digestivo (boca, esôfago, estômago, intestinos, reto e ânus), que também podem causar sangramentos. Isso torna as fezes escuras ou com presença de sangue vermelho vivo misturado com as fezes.

Se o sangue apresentar coloração vermelho vivo, é provável que o sangramento tenha ocorrido no intestino grosso, no reto ou no ânus. Esse tipo de sangramento pode ter como causa hemorroidas e fissuras anais, que são lesões frequentes na gravidez.

Outras causas para sangramentos nessas partes do aparelho digestivo incluem traumatismos, vermes, pólipos, diverticuloses, doenças inflamatórias intestinais e tumores.

Sangramentos que ocorrem na boca, no esôfago, no estômago ou no início do intestino delgado, deixam as fezes escuras e com um cheiro forte. Esses sangramentos podem ter como causas traumatismos, úlcera, esofagite (inflamação no esôfago), varizes no esôfago, pólipos e tumores.

Havendo suspeita de presença de sangue nas fezes durante a gravidez, consulte seu/sua médico/a de família ou obstetra.

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Prisão de ventre na gravidez é normal? O que devo fazer?

O que é ovulação tardia? Atrasa a menstruação?

Ovulação tardia é uma ovulação que acontece após o período esperado, o que pode atrasar a menstruação. Mesmo mulheres que têm um ciclo bem regulado podem ter alguma variação num determinado mês e ovular um pouco mais tarde que o habitual.

Em geral, uma ovulação ocorre cerca de 14 dias antes do início do próximo ciclo. Na ovulação tardia o óvulo é liberado mais tarde, geralmente a partir do 21º dia do ciclo, embora isso varie de mulher para mulher.

A ovulação tardia mostra que não é seguro confiar na tabelinha para prevenir uma gravidez ou tentar engravidar, pois pode haver variações no ciclo menstrual.

Para ter a certeza de que está ovulando, a mulher pode comprar um teste de ovulação vendido em farmácias.

No entanto, é preciso lembrar que o conceito de ovulação tardia não é aceito de forma unânime pelos/as médicos/as. Casos de ciclos anormalmente longos ou alterados devem ser avaliados pelo/a médico/a ginecologista, médico/a de família ou clínico/a geral. 

Lactante pode fazer selagem?

A mulher amamentando até pode fazer selagem, mas o ideal é esperar o bebê já ter iniciado a alimentação, quando a quantidade de leite da mãe que o bebê ingere é menor e seu corpo já está mais protegido contra possíveis intoxicações, a selagem usa produtos químicos menos agressivos a saúde, mas ainda são produtos químicos. O ideal é que o pediatra do seu bebê aprove a realização do procedimento estético.

Como é feita a ressonância magnética com contraste e quais os riscos?

A ressonância magnética com contraste é um exame de imagem feito com um aparelho que emite ondas magnéticas para obter imagens do interior do corpo, não possui radiação.

O contraste serve para o médico poder visualizar e diferenciar melhor os tecidos e os vasos sanguíneos, ajudando a detectar lesões de forma mais precoce, principalmente as lesões pequenas, determinando assim o tratamento adequado. É o exame mais indicado para detectar lesão ou anomalia nas estruturas moles do corpo, suspeitadas durante uma consulta médica e exame clínico.  

O contraste geralmente é injetado em uma veia da mão ou do braço através de uma agulha pequena. Essa injeção na maioria das vezes, só é administrada em uma segunda fase do exame; primeiro é realizado o exame produzindo imagens sem contraste, e quando o médico entende ser necessário um complemento, uma melhor visualização dos órgãos, então é solicitado a administração deste meio de contraste, e realizadas novas imagens.

Os riscos e receios da ressonância magnética com contraste estão relacionados a reações alérgicas, o que é raro. A taxa de reação alérgica ao gadolínio, um dos meios de contraste mais utilizados, de acordo com estudos recentes, não chegam a 1%. As reações mais relatadas devido a aplicação intravenosa do contraste são mal-estar e indisposição, que duram poucos minutos.

A preocupação médica quanto ao exame, refere-se aos pacientes portadores de insuficiência renal, nesses casos o exame com contraste deve ser evitado, já que a substância é eliminada pelos rins, podendo causar uma sobrecarga e piora da doença. Os riscos e benefícios para realização deste exame devem ser discutidos com o médico assistente.

O acúmulo da substância no sangue pode provocar esclerose sistêmica, uma doença autoimune que provoca alterações nos vasos sanguíneos, com diminuição do fluxo de oxigênio e nutrientes para os tecidos do corpo.

A maioria das pessoas submetidas a uma ressonância magnética com contraste pode retornar às suas atividades de vida ou laborais no mesmo dia do exame. O contraste normalmente é eliminado pela urina em até 24 horas. O tempo médio para a realização do exame varia entre 20 e 50 minutos.

Para maiores esclarecimentos sobre o procedimento e os riscos da ressonância magnética com contraste, fale com o médico radiologista, que é o responsável pela realização do exame.

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