Perguntar
Fechar

Perguntas Frequentes

Esteatose hepática grau 2 posso consumir cerveja?

O ideal é que não. A esteatose hepática, que corresponde ao acúmulo de gordura no fígado pode ser de origem alcoólica ou de origem não alcoólica, a base do tratamento de ambas as formas de esteatose é a adoção de uma dieta equilibrada, com restrição de gordura e carboidratos e a cessação do uso de álcool, por isso no seu caso não consumir álcool faz parte do tratamento da esteatose hepática.

O que é a esteatose hepática?

A esteatose hepática, também conhecida como gordura no fígado ou fígado gordo, é o processo de acumulo de gordura nas células do fígado, que a longo prazo se não tratada pode evoluir para um processo inflamatório do fígado, levando a esteato-hepatite e, em casos mais graves e prolongados leva a cirrose hepática.

Existem dois tipos de esteatose hepática, o mais prevalente é aquele relacionado a doença hepática gordurosa não-alcoólica, o segundo tipo está relacionado a doença hepática gordurosa alcoólica, ou seja, é originado diretamente pelo uso abusivo de álcool.

A doença hepática gordurosa não-alcoólica apresenta diferentes fatores de risco que contribuem para o seu aparecimento, os principais são:

  • Obesidade,
  • Diabetes,
  • Dislipidemia (aumento de colesterol e/u triglicérides)
  • Hipertensão arterial
  • Uso de medicamentos, como amiodarona, corticosteroides, estrógenos, tamoxifeno
  • Uso de esteroides anabolizantes

Algumas doenças também estão relacionadas a esteatose hepática como: Hepatite C, síndrome dos ovários policísticos, hipotiroidismo, hipogonadismo, lipodistrofia, entre outras.

A esteatose hepática tem tratamento?

A esteatose hepática tem tratamento e é perfeitamente reversível se forem adotadas medidas de mudança de estilo de vida principalmente no que se refere a dieta, realização de atividade física e controle de doenças associadas, por exemplo, é essencial manter o controle do diabetes, da dislipidemia e da hipertensão arterial. Em algumas situações o uso de medicamentos pode ajudar no tratamento da esteatose hepática.

Consulte o médico que solicitou o exame para maiores esclarecimentos.

Minha glicose estava 106 e agora 114, pode ser diabete?

Não é diabetes. Os valores de glicemia de jejum entre 100 e 125 mg/dl significam uma condição chamada Pré-diabetes, ou seja, uma propensão maior para desenvolver a diabetes tipo 2, mas ainda não é a diabetes. Portanto, existe a chance de iniciar um tratamento e mudança de hábitos de vida, com objetivo de evitar a instalação da doença.

Diagnóstico da diabetes

A diabetes é diagnosticada a partir de critérios bem definidos, com base no resultado dos seguintes exames de sangue:

  • Glicemia de jejum acima de 126 mg/dl;
  • Hemoglobina glicosilada acima de 6,5%;
  • Teste de tolerância oral a glicose acima de 200 mg/dl;
  • Teste aleatório de glicose plasmática acima de 200 mg/dl, associado a sintomas típicos de glicose aumentada.

No entanto, mais de um exame deve estar alterado, ou repetidamente alterado, para que seja confirmado esse diagnóstico.

Leia também: Como é feito o diagnóstico do diabetes?

Quais são os sintomas de diabetes?

Os principais sintomas que sugerem a diabetes são: Poliúria, polifagia e polidipsia. Além de dificuldade na cicatrização, emagrecimento sem motivo aparente, cansaço e alterações na visão, principalmente visão turva.

Poliúria - Aumento do volume urinário;

Polifagia - Aumento do apetite, comer exageradamente e mesmo assim não ganhar peso;

Polidipsia - sede excessiva, beber muita água.

No seu caso, visto que os valores da glicose vêm se apresentando acima dos valores ideais e ainda jovem, recomendamos que junto com seu responsável, procure um médico endocrinologista para iniciar um planejamento de medidas preventivas para não desenvolver o diabetes.

Pode lhe interessar também: Pré-diabetes sempre evolui para diabetes? Em quanto tempo isso pode acontecer?

Para que serve a Benzetacil e porque a injeção dói tanto?

A Benzetacil® é um antibiótico do grupo das penicilinas, indicado para o tratamento de infecções respiratórias, dor de garganta (amigdalite), infecções de pele e sexualmente transmissíveis como, por exemplo, a sífilis.

A injeção de Benzetacil® é aplicada no músculo e costuma ser bastante dolorosa devido ao seu conteúdo que é viscoso e absorvido lentamente pelo organismo. Geralmente a dor permanece até 7 dias após a aplicação.

Indicações de Benzetacil® 1. Amigdalites e faringites bacterianas

Amigdalites e faringites bacterianas se caracterizam por inflamação das amígdalas ou da faringe. Os sintomas mais comuns incluem dor de garganta acompanhada pela presença de placas de pus e febre.

2. Impetigo

O impetigo infecção de pele que se inicia com a presença de pequenas pápulas vermelhas, parecidas com picadas de mosquito. Na medida em que a doença avança, as lesões na pele passam a conter pus e, posteriormente, estouram formando feridas com crostas de cor dourada ou mel.

3. Sífilis

A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível que tem como principal sintoma a presença de uma ferida indolor, ou seja, que não provoca dor na região genital. A sífilis é transmitida por via sexual através da penetração da bactéria Treponema pallidum em feridas microscópicas ou abrasões presentes na mucosa da vagina e do pênis. Pode também ser transmitida de mãe para filho durante a gravidez. Nestes casos, é chamada de sífilis congênita.

4. Febre reumática

A febre reumática é uma doença inflamatória que pode afetar as articulações, o coração, o cérebro e a pele de crianças de 5 a 15 anos. Ocorre como uma complicação de infecções de garganta como a faringite e amigdalite ou de pele, como o impetigo.

Os sintomas principais são dores nas articulações que provocam dificuldade de caminhar, inchaço e calor, principalmente nos joelhos e tornozelos, aumento dos batimentos cardíacos, cansaço e fraqueza de braços e pernas.

A aplicação de Benzetacil® para cada uma destas doenças deve ser efetuada de acordo com a orientação médica. O efeito deste medicamento começa de 15 a 30 minutos após a sua administração e se prolonga por um período de 1 a 4 semanas.

Benzetacil® dói, por qual motivo?

A injeção de Benzetacil® é feita de um líquido bastante espesso que, ao ser injetado no músculo, provoca o afastamento das fibras musculares e causa dor no momento da aplicação. Além disso, o fato de ser absorvida pelo corpo de forma mais lenta, faz com que a dor persista por até uma semana.

Para amenizar a dor, procure relaxar a musculatura no momento da aplicação da injeção. Quando estamos tensos, nossas fibras musculares se contraem e se tornam mais próximas e rígidas, o que dificulta a passagem do medicamento e aumenta a sensação de dor.

Para eliminar a dor durante e nos dias após a injeção, é possível ainda diluir a Benzetacil® com anestésicos chamados xilocaína ou lidocaína. Para isto, é preciso prescrição de um médico indicando a forma de diluição.

Quais os efeitos colaterais da Benzetacil®?

Os efeitos adversos mais comuns da Benzetacil® incluem:

  • Náuseas,
  • Dor de estômago,
  • Diarreia,
  • Tonturas e
  • Candidíase vaginal.

Se você sentir algum destes efeitos colaterais, procure o médico de família ou o médico que indicou o medicamento para que ele avalie a necessidade de algum tratamento.

Contraindicações da Benzetacil®

O uso de Benzetacil® é contraindicado para pessoas alérgicas à penicilina. As mulheres grávidas ou que estão amamentando devem evitar o uso do medicamento e só devem utilizá-lo sob orientação médica.

Para saber mais sobre Benzetacil®, você pode ler:

Tudo sobre Benzetacil

Benzetacil leva quantos dias para fazer efeito?

Referências

  • Lima, L.M., Silva, B.N.M., Barbosa, G. β-lactam antibiotics: an overview from a medicinal chemistry perspective. European Journal of Medicinal Chemistry, v.208, 2020.
  • Sociedade Brasileira de Reumatologia.
Como saber se a injeção anticoncepcional faz efeito?

O método anticoncepcional injetável tem seu efeito comprovado desde que seja feita a sua aplicação de maneira correta.

As medicações para serem aprovadas e colocadas no mercado para uso, precisam passar por diversas etapas e exigências, por isso, se estão liberadas pelo órgão regulador, o risco de gravidez é muito baixo. Basta seguir rigorosamente o modo de uso.

Atualmente os anticoncepcionais injetáveis garantem uma eficácia em média de 99,6% contra a gravidez.

Como administrar corretamente o anticoncepcional injetável?
  1. A administração da medicação deve ser realizada apenas por profissionais capacitados, visto que a aplicação incorreta reduz consideravelmente a sua eficácia, aumentando o risco de gravidez;
  2. O anticoncepcional injetável deve ser aplicado apenas por via intramuscular profunda, preferencialmente no músculo glúteo, ou em caso de impossibilidade, no músculo do braço;
  3. NÃO MASSAGEAR o local após a aplicação;
  4. Permanecer em repouso por um tempo, com uma compressa limpa protegendo o local injetado, evitando assim a perda do produto.
Como funciona o anticoncepcional injetável?

O anticoncepcional é injetado em um músculo profundo, onde ficará armazenado, depois absorvido pela corrente sanguínea e liberados gradual e continuamente, mantendo assim os níveis hormonais estáveis. Dessa forma, não acontece o pico hormonal, responsável pela ovulação, impedindo a possibilidade de gravidez.

Vale ressaltar, que se houver a formação de calombo importante no local da aplicação, pode significar uma aplicação muito superficial, comprometendo o efeito do remédio, assim como em casos de extravasamento de grande parte do produto.

Por isso, caso aconteça uma das duas situações, recomendamos que faça uso de mais um contraceptivo durante esse mês, como a camisinha.

Leia também: Dúvidas sobre Anticoncepcional Injetável

Estou grávida e meu exame de cmv IgG deu positivo, meu filho pode nascer com problemas?

Exame de Citomegalovírus IgG positivo significa que em algum momento da sua vida já teve a doença. Só é perigoso se for pego durante a gestação.

Quanto tempo depois da primeira vez se faz exame Papanicolau?

No Brasil, o exame preventivo é recomendado principalmente de acordo com a idade. Atualmente, a recomendação é para mulheres entre 25 e 64 anos e que já iniciaram atividade sexual. O exame deve ser repetido anualmente nos primeiros dois anos, e com resultados normais deve passar para 3 em 3 anos.

A única exceção é para mulheres portadoras do vírus HIV ou imunodeprimidas, as quais precisam repetir anualmente o exame, ou a critério médico.

No entanto, a recomendação não impede que o ginecologista, solicite o exame mais precocemente ou mais vezes, de acordo com a sua avaliação. Trata-se de uma recomendação geral, que deve ser avaliada caso a caso.

Tanto é que as recomendações sofrem alterações constantemente. Atualmente a recomendação mundial e adotada pela maioria dos países, é de iniciar o exame aos 21 anos, com citologia oncótica cérvico-vaginal, sendo repetido a cada 3 anos, ou com co-teste (citologia associado ao teste de DNA-HPV por captura híbrida) a cada 5 anos.

No Brasil, um grupo de São Paulo, em convênio com outros países, já participa de um projeto piloto, aonde avalia a substituição do exame preventivo pelo estudo de teste de DNA-HPV por captura híbrida. Mas ainda no Brasil, se mantém a recomendação do exame regularmente, conforme descrito acima, visto que é a medida comprovadamente mais efetiva contra o câncer de colo de útero, até o momento.

Como é feito o exame?

O exame é simples, rápido e não causa dor. Algumas mulheres queixam de incômodo, mas que não duram muito tempo. O médico passa uma "escovinha" especial no colo do útero e transfere para os recipientes adequados, depois para a lâmina de vidro, aonde será analisado.

Leia mais sobre o assunto em: Como é feito o exame preventivo feminino?

Cuidados antes do exame

Os cuidados e orientações antes da realização do exame, são fundamentais para garantir um resultado fidedigno, por isso siga todas as recomendações. São elas:

  • Não pode manter relações sexuais no dia anterior ao exame (mesmo com camisinha);
  • Evitar o uso de duchas higiênicas, dias antes do exame;
  • Evitar medicamentos vaginais e anticoncepcionais locais nas 48 horas antes do exame;
  • Não pode estar menstruada;
  • Evitar roupas apertadas no dia anterior.

Mulheres grávidas também podem realizar o exame, sem riscos para sua saúde ou a do bebê.

Vacina contra HPV

Vale ressaltar que o Ministério da Saúde implementou no calendário vacinal, desde 2014, a vacina contra o HPV, principal fator de risco para câncer de colo de útero, para todas as meninas entre 9 e 14 anos, com objetivo de erradicar o vírus, portanto, é importante que a população se informe sobre a vacina e procure manter seu calendário vacinal e dos seus filhos, atualizado.

A vacina que foi estendida mais recentemente para meninos, de 11 a 14 anos. Ela protege contra os tipos 16 e 18 do HPV, responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero.

A vacina e a realização do exame preventivo se complementam no cuidado com a saúde da mulher.

O exame preventivo pode ser feito gratuitamente nas Unidades de Saúde da Família (USF) e nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) pelos profissionais de saúde da Medicina e Enfermagem.

Tenho ejaculação retardada: o que devo fazer?

A primeira coisa a fazer em caso de ejaculação retardada é procurar um médico urologista para investigar possíveis causas orgânicas do problema, ou causa definitiva, para iniciar o devido tratamento.

Quando a causa for orgânica, o tratamento será direcionado ao problema, contudo, na maioria das vezes, especialmente em indivíduos mais jovens, a causa vem da imaturidade e ansiedade natural frente ao início da vida sexual.

Situações de estresse e ansiedade que incluem constrangimento, medo em relação à gravidez ou doenças transmissíveis, preocupação exagerada com o orgasmo da mulher, crenças religiosas, conflitos com a preferência sexual, preocupações conscientes ou inconscientes durante a relação sexual, podem dificultar no controle da ejaculação.

E nesses casos, o tratamento com psicoterapia sexual apresenta excelentes resultados.

Entretanto, uma outra opção de tratamento antes mesmo de avançar para a terapia, pode ser a tentativa de um diálogo com a parceira, dizer de forma aberta quais são as suas preferências sexuais, as posições que mais gosta, os estímulos que prefere, enfim, tudo o que seja estimulante e possa apressar o orgasmo.

Dentre algumas causas comuns, podemos destacar:

  • Ansiedade, angústia e alterações emocionais inerentes a idade;
  • Alterações hormonais, parece ser a causa mais comum nesses casos;
  • Diabetes;
  • Doenças na próstata (prostatismo, hiperplasia benigna, tumores);
  • Cirurgias pélvicas ou abdominais;
  • Uso de medicamentos, sobretudo antidepressivos;
  • Uso abusivo de bebidas alcoólicas e ou drogas ilícitas.

Portanto, nos casos de demora na ejaculação, o mais adequado é que procure um/a médico/a urologista, para definir o diagnóstico, traçar a melhor conduta, seja medicamentoso ou com psicoterapia, o quanto antes.

Grávida pode comer sushi e sashimi?

Grávida pode comer sushi e sashimi, mas deve ter alguns cuidados. O peixe deve ser de boa procedência e o restaurante deve ser de confiança e ter regras rígidas de manuseio e armazenamento dos alimentos.

Desde que o peixe tenha sido congelado e todos os cuidados de higiene na preparação do prato sejam observados, não há problemas.

É importante lembrar que o peixe cru não transmite as mesmas doenças que as carnes de porco, vaca e frango podem transmitir se estiverem mal passadas e a comida japonesa, de um modo geral, é muito saudável.

Na dúvida, a mulher deve falar com o seu médico durante as consultas do pré-natal.

Leia também: 7 Coisas que uma Grávida Não Deve Fazer

Continuar crescendo depois de adulto, o que pode ser?

Continuar crescendo depois de adulto não é possível porque as cartilagens de crescimento presentes nos ossos longos das pernas e dos braços já estão fechadas, calcificadas. São essas cartilagens que permitem com que a nossa altura aumente, mas só enquanto somos crianças ou adolescentes. 

Quando se é adulto o que pode ocorrer é somente o crescimento das extremidades do corpo como as mãos, pés, nariz, queixo, orelhas, que caracteriza uma doença chamada de acromegalia. Esse é um distúrbio raro, que ocorre em adultos, em que existe uma produção excessiva do hormônio de crescimento (conhecido por Growth Hormone - GH) causado por um tumor na hipófise, que é uma glândula que fica no cérebro.

Já o gigantismo ou gigantismo acromegálico ocorre quando esse tumor surge durante a infância ou adolescência, uma situação ainda mais rara na qual há um aumento exagerado da altura, pois nessa idade as cartilagens de crescimento ainda estão abertas permitindo que isso aconteça.

Saiba mais em: O que é acromegalia?

O endocrinologista é o especialista a ser consultado quando há problemas de crescimento.

O que é síndrome de Cushing e quais os sintomas?

A Síndrome de Cushing ocorre quando há um excesso de cortisol, um hormônio produzido pelas glândulas supra-renais. O cortisol é muito importante para o organismo humano, porém, em excesso pode causar alguns danos prejudiciais à saúde.

Os sintomas da síndrome de Cushing dependerá da quantidade e duração do excesso do cortisol na corrente sanguínea, da concentração de outros hormônios supra-renais e das causas da síndrome, podendo ser:

  • Ganho de peso principalmente na região do pescoço, costas e abdômen;
  • Irregularidades menstrual;
  • Estrias na pele;
  • Acne, pele oleosa;
  • Crescimento de pelos na face e no tórax;
  • Perda e fraqueza muscular;
  • Perda óssea;
  • Intolerância à glicose e Diabetes;
  • Aumento da pressão sanguínea;
  • Doenças Cardiovasculares;
  • Trombose;
  • Aumento da susceptibilidade às infecções;
  • Problemas psicológicos como ansiedade, depressão, irritabilidade, insônia e ataques de pânico.

As pessoas com síndrome de Cushing devem ser tratadas adequadamente para evitar problemas fatais.

O/a médico/a endocrinologista é responsável pelo diagnóstico, tratamento e acompanhamento do/a paciente com Síndrome de Cushing.

Continue a leitura em:

Síndrome de Cushing tem cura? Qual o tratamento?

Cortisol alto: Quais os sintomas e como é o tratamento?

Fazer endoscopia dói?

Não, fazer endoscopia não dói. A pessoa pode sentir incômodo, mas não dor.

Para evitar dores e incômodos, são aplicados produtos anestésicos na área da garganta por onde passa o endoscópio, e na maioria dos serviços atualmente é preferível além dos anestésicos locais, a administração de medicamentos sedativos, para que o paciente se sinta mais confortável durante o procedimento. Portanto, a pessoa dorme durante todo o exame e não sente nada.

Após o exame, há um período de recuperação de até meia hora. A garganta pode estar anestesiada devido aos medicamentos usados no procedimento, mas gradualmente a sensibilidade vai voltando ao normal.

Há casos em que é necessário administrar oxigênio ao paciente durante a endoscopia. Nessas situações, pode haver espirros e congestão nasal após o exame.

Embora a dor não seja um efeito adverso da endoscopia, alguns sinais e sintomas podem indicar complicações, tais como mal-estar, náuseas, vômitos ou sangramentos. Na presença dessas manifestações, o médico responsável pelo exame ou o setor de endoscopia do hospital deve ser contactado com urgência.

Como é feita a endoscopia?

A endoscopia é feita através de um aparelho (endoscópio) formado por um tubo flexível de aproximadamente 1 metro de comprimento e 1 centímetro diâmetro, com uma microcâmera instalada na sua extremidade.

Endoscópio

A microcâmera emite imagens do interior do tubo digestivo para um monitor, permitindo ao médico detectar e tratar doenças no esôfago, no estômago e na porção inicial do intestino.

O preparo para a endoscopia começa com um jejum de pelo menos 8 horas. Caso o paciente esteja utilizando algum medicamento de uso contínuo ou for alérgico a alguma substância, o médico deverá ser informado. 

Durante o procedimento, a pessoa fica deitada de lado, sobre o lado esquerdo do corpo, recebe medicação sedativa por via venosa, e spray de anestésicos na garganta. A seguir, coloca-se um bocal de plástico entre os dentes da pessoa e instala-se um cateter de oxigênio no nariz.

O endoscópio é então introduzido através desse bocal de plástico, e as imagens são então transmitidas pela câmera para um monitor aonde o médico consegue avaliar o sistema digestivo alto da pessoa. O exame de endoscopia dura, em média, de 5 a 10 minutos. 

Depois da endoscopia não é permitido dirigir e a pessoa deve seguir as orientações de uma alimentação mais leve.  

O médico responsável pela realização da endoscopia é o gastroenterologista.

O que é aneurisma cerebral?

O aneurisma cerebral, também conhecido como aneurisma sacular, é uma dilatação que se forma na parede uma artéria do cérebro. Geralmente ocorre em artérias do Polígono de Willis, responsáveis por parte da irrigação cerebral.

Acredita-se que a predisposição genética possa ser a origem do aneurisma cerebral, inclusive em indivíduos com pressão arterial normal, embora seja muito mais frequente em pessoas com pressão alta.

A formação do aneurisma parece ocorrer por uma pressão exercida na região menos resistente da artéria, dando origem a uma espécie de bexiga que vai crescendo lenta e progressivamente. Ou uma malformação do vaso congênita (a pessoa já nasce com essa alteração.)

Com o tempo, pode haver a rotura da artéria nessa região, devido sua distensão, causando volumosa hemorragia, ou compressão de outras áreas do cérebro ao redor do aneurisma.

Os episódios de ruptura e sangramento costumam ocorrer entre os 40 e 50 anos de idade, são mais comuns em mulheres e tornam-se mais frequentes à medida que a pessoa envelhece. Nestes casos, apenas dois terços dos pacientes sobrevivem e, dentre esses, metade permanece com sequelas que comprometem a qualidade de vida.

Quais são as causas do aneurisma cerebral?

O aneurisma cerebral tem como possíveis causas: predisposição genética, hipertensão arterial, dislipidemia (colesterol ou triglicerídeos altos), diabetes, tabagismo e consumo exagerado de bebidas alcoólicas.

Quais são os sintomas do aneurisma cerebral?

Um aneurisma cerebral pequeno e que não se rompeu pode não causar sintomas.

Quando se rompe, causando hemorragia cerebral, os sintomas ocorrem pela irritabilidade que o sangue (fora do vaso sanguíneo), banhando o cérebro, pode causar. Os sintomas mais comuns são: dor de cabeça súbita, náuseas, vômitos, crise convulsiva e perda da consciência ou coma.

Em caso de ruptura do aneurisma cerebral, o risco de morte é alto, variando entre 30 a 50%, dependendo dos estudos.

O diagnóstico do aneurisma cerebral é realizado por exames de imagem, como arteriografia, angiotomografia ou angiorressonância cerebral, tornando a detecção precoce infrequente, já que esse exame não faz parte da rotina dos exames de check-up.

Qual é o tratamento para aneurisma cerebral?

Uma vez feito o diagnóstico, o tratamento do aneurisma cerebral deve ser realizado o quanto antes, seja através de cirurgia aberta ou embolização (cateterismo cerebral).

O melhor método deverá ser avaliado, de acordo com as características do aneurisma e as condições clínicas da pessoa. O risco da cirurgia deve ser menor do que os riscos oferecidos pela história natural da doença.

A cirurgia aberta do aneurisma cerebral é feita através de uma abertura no crânio. O procedimento consiste em colocar um clipe de titânio que comprime a base do aneurisma.

Contudo, atualmente o tratamento da maioria dos casos de aneurisma cerebral tem sido feito por embolização. Esse procedimento é minimamente invasivo e consiste na colocação de um material no interior do "saco" aneurismático, por via de um cateter, bloqueando o aneurisma.

O objetivo do tratamento de um aneurisma cerebral que se rompeu é evitar que o mesmo volte a sangrar. Uma nova hemorragia aumenta as taxas de mortalidade.

Em caso de pessoas que não podem, não devem ou não querem passar por cirurgia, deve-se manter controle rigoroso da pressão arterial, evitar esforços físicos e não fumar.

Portanto, é importante lembrar que dores de cabeça intensas, com surgimento súbito e repentino (como se tivesse levado uma pancada), acompanhada de enjoo e vômitos, indica a necessidade urgente de atendimento médico-hospitalar.

Em caso de suspeita de aneurisma cerebral, um médico clínico geral, médico de família ou, preferencialmente, um neurologista deverá ser consultado para avaliação e tratamento.

Leia também: Quais os sinais e sintomas de um aneurisma cerebral?