Sim, quem tem trombofilia pode engravidar, apenas é preciso um cuidado ainda maior durante o pré-natal, com algumas medidas preventivas, visando reduzir os riscos de complicações inerentes a essa condição.
A trombofilia deve estar devidamente diagnosticada e o acompanhamento da gravidez deve ser feito por um médico obstetra com conhecimento desse tipo de problema.
Para prevenir complicações gestacionais relacionadas com a trombofilia, são indicados:
- Medicamentos anticoagulantes. A heparina é o mais utilizado, principalmente a heparina de baixo peso molecular, que é bastante segura para ser usada na gravidez;
- Acompanhamento pré-natal rigoroso;
- Beber muita água, para evitar desidratação, fator de risco para trombose;
- Evitar sedentarismo, sempre que autorizado pelo médico assistente, deve manter alguma atividade física;
- Cuidados na alimentação, manter o peso adequado;
- Evitar roupas apertadas e viagens prolongadas.
A partir do 3º trimestre de gravidez, é importante verificar continuamente a saúde e a vitalidade do feto através de diferentes exames.
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Durante o parto, seja normal ou por cesárea, os cuidados com a estabilidade do estado geral da mulher e do bebê devem ser redobrados. O uso de heparina já pode ser reiniciado logo após o parto, cerca de 6 a 8 horas depois.
É importante lembrar que o puerpério (período de 40 a 50 dias após o parto) é a fase que traz maiores riscos para a mulher com trombofilia, pois aumenta a chance dela desenvolver uma trombose. Por esse motivo, a heparina deve ser mantida durante todo esse período e o acompanhamento médico e de exames de sangue, regulares.
O médico ginecologista poderá orientar e esclarecer maiores dúvidas sobre uma gravidez com trombofilia. O mais importante é manter um pré-natal adequado para que sua gestação seja agradável e segura.
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