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Esofagite pode dar câncer se não tratar logo?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Dificilmente uma esofagite leve irá levar ao aparecimento de um câncer rapidamente. Sabe-se que a esofagite de refluxo pode favorecer o aparecimento de câncer de esôfago se não for tratada no decorrer de anos, ou seja, a longo prazo. Neste caso, o tumor se desenvolve na parte do esôfago que fica mais próxima ao estômago. 

Isso porque o refluxo gastroesofágico pode levar a uma condição chamada Esôfago de Barrett. Trata-se de uma reação de defesa do organismo em casos crônicos de Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE).

O Esôfago de Barrett surge quando as células que revestem o esôfago são atacadas continuamente pelo suco gástrico e, para poderem resistir melhor ao ácido estomacal, elas transformam-se e ficam parecidas com as células do estômago.

A doença em si não provoca sintomas específicos, mas é comum estarem presentes os sintomas de refluxo, como azia, tosse, queimação, rouquidão e dor de garganta.

Apesar da evolução do quadro ser lenta, ela deve ser acompanhada de perto. Pacientes com alteração no revestimento do esôfago com mais de 2 cm de espessura têm mais chances de desenvolverem câncer de esôfago.

Cerca de 10% dos pacientes com refluxo gastroesofágico possuem essa alteração, que pode evoluir para câncer de esôfago em até 1% dos casos.

O diagnóstico do Esôfago de Barret é feito através do exame de endoscopia. O médico pode solicitar também uma biópsia para verificar se houve transformação das células do esôfago.

Veja também: Endoscopia: como é feita e qual é o preparo?

Para evitar que uma esofagite de refluxo se transforme em câncer, deve-se controlar o refluxo gastroesofágico com medicamentos e mudanças na alimentação. O esôfago de Barrett pode ser revertido através de técnicas endoscópicas.

Caso apresente sintomas sugestivos de esofagite ou de Doença do Refluxo Gastroesofágico consulte um médico.

O que é pangastrite enantemática? O que é H. pylori?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Pangastrite enantemática é uma inflamação em todo o estômago. Helicobacter pylori é uma bactéria. O tratamento somente com o seu médico.

Não existe uma dieta específica para gastrite, mas deve evitar alimentos gordurosos, frituras, bebidas gaseificadas, bebidas alcoólicas, e aquelas que sabidamente, te fazem mal.

É fundamental também, adotar hábitos saudáveis de vida, como não fumar, alimentar-se bem, e praticar atividade física com regularidade.

Saiba mais sobre esse assunto, nos seguintes artigos:

O que é pangastrite enantematosa leve? Quais os sintomas e como tratar?

Endoscopia: como é feita e qual é o preparo?

Endoscopia: o que é Pangastrite? E outras alterações...
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Os termos utilizados na endoscopia assustam um pouco, mas são apenas para uma comunicação entre médicos:

  • Pangastrite: pan = todo, gastrite = inflamação na parede interna do estômago;
  • Enantemática: edemaciada e de cor vermelha;
  • Leve, Moderada ou Grave: grau da lesão.
O que é teste de urease positivo?

É um teste feito para verificar a presença da bactéria Helicobacter Pylori e quando positivo significa que tem essa bactéria.

Saiba mais em: Endoscopia: como é feita e qual é o preparo?

Pangastrite enantematosa moderada e urease positivo significa gastrite?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim. O termo pangastrite se refere a inflamação de toda a mucosa gástrica, o que também é chamado pelos médicos de gastrite. Já o teste de urease aparece positivo quando a bactéria Helicobacter Pylori encontra-se no estômago. Essa é uma bactéria também muito relacionada a ocorrência de gastrite.

É importante também ressaltar que no diagnóstico de gastrite a avaliação do sintomas é essencial. Sintomas como dor e queimação abdominal, principalmente na região do estômago, sensação de refluxo, náusea ou vômito, estufamento e outros são, em muitos casos, suficientes para o médico concluir sobre a presença da gastrite e já iniciar o tratamento.

Leia também: Quais os sintomas da pangastrite enantematosa?

O tratamento é feito geralmente com os remédios da classe dos inibidores de bomba de prótons, omeprazol, pantoprazol entre outros. Além disso, quando a bactéria H. pylori é encontrada na endoscopia e a pessoa também apresenta sintomas está recomendado o tratamento com antibióticos.

O médico que solicitou o exame irá analisar melhor o resultado correlacionando os achados da endoscopia com os sintomas clínicos.

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Como deve ser a dieta para quem tem H. pylori?

Teste de urease positivo, o que significa?

Referência

Federação Brasileira de Gastroenterologia

Endoscopia: como é feita e qual é o preparo?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A endoscopia digestiva alta é feita com um aparelho chamado endoscópio. O aparelho consiste de um tubo flexível com cerca de 1 metro de comprimento e 1 cm de diâmetro. Na sua extremidade está instalada uma micro câmera que transmite imagens para um monitor e permite ao médico visualizar o interior do tubo digestivo.

Como é o preparo para a endoscopia?

O preparo para a endoscopia é orientado por cada serviço com seus pormenores, no entanto, em geral as orientações são:

  • Jejum de pelo menos 8 horas, alguns serviços estipulam 12 horas, inclusive de água;
  • Suspensão de medicamentos como anti-inflamatórios, antiagregantes plaquetários e anticoagulantes 7 dias antes;
  • Evitar consumo de bebida alcoólica 24 horas antes;
  • Levar um acompanhante;
  • Comunicar qualquer tipo de alergia que possua. 
Como é feita a endoscopia?

No exame, a pessoa fica deitada de lado, sobre o lado esquerdo do corpo, e são então aplicados os sedativos e os analgésicos diretamente na veia. Um bocal de plástico é colocado entre os dentes do paciente e um cateter de oxigênio é instalado no nariz.

Em seguida, o médico introduz o endoscópio no tubo digestivo através do bocal, na boca, e as imagens internas começam a ser transmitidas pela câmera. O tempo de duração da endoscopia varia entre 5 e 30 minutos. A duração do exame depende também da necessidade de realizar outros procedimentos, como uma biópsia, por exemplo.

A biópsia, quando realizada durante a endoscopia, também é feita com o auxílio do endoscópio. O procedimento consiste na coleta de uma amostra de tecido que depois é analisada ao microscópio. As amostras podem ser colhidas do esôfago, do estômago ou da porção inicial do intestino.

A endoscopia não provoca dor, pois são aplicados anestésicos na garganta. Muitas vezes o procedimento é feito sob sedação. Se o paciente preferir, a endoscopia pode ser feita sem sedação. Caso o exame seja feito em crianças, o procedimento é realizado sob anestesia geral.

Como é a recuperação após a endoscopia?

Após a endoscopia, o paciente permanece na sala de recuperação, em repouso, durante 10 a 30 minutos. Pode ter a sensação de garganta "adormecida", o que é normal. Se a pessoa recebeu oxigênio complementar durante o exame, podem ocorrer espirros e congestão nasal.

Não é permitido dirigir após ser submetido ao exame de endoscopia e a alimentação deve ser de preferência leve. Em caso de mal-estar, náusea, vômitos ou sangramento, o paciente deve entrar em contato com o médico ou o setor de endoscopia do hospital, imediatamente.

A endoscopia digestiva alta é um exame que permite visualizar e tratar doenças do esôfago, estômago e porção inicial do intestino. O médico responsável pelo exame é o gastroenterologista.

Como é feita a endoscopia digestiva alta com biópsia?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A endoscopia digestiva alta com biópsia é feita com um tubo flexível de aproximadamente 1 cm de diâmetro, que tem uma microcâmera instalada na sua extremidade. O endoscópio, como é chamado o aparelho, é introduzido pela boca e transmite imagens do tubo digestivo para um monitor. 

A biópsia também é realizada com o auxílio do endoscópio e consiste na coleta de uma amostra de tecido para ser analisada ao microscópio. O material colhido pode ser do esôfago, estômago ou porção inicial do intestino.

O preparo para a endoscopia digestiva alta com biópsia começa com um jejum de no mínimo 8 horas. Pessoas alérgicas ou que tomam medicação de uso contínuo devem sempre informar o médico antes do exame. 

A endoscopia é feita com o paciente deitado sobre o lado esquerdo. Antes de introduzir o endoscópio é administrado um medicamentos sedativo por via endovenosa, geralmente aplica-se também um spray com anestésico na boca. O paciente também recebe um bocal de plástico entre os dentes, por onde passa o endoscópio.

O tempo de duração da endoscopia digestiva alta com biópsia pode variar conforme a complexidade do procedimento. Após o exame, é necessário ficar em observação durante um período mínimo de 10 a 30 minutos.

No local da biópsia pode ocorrer um pequeno sangramento. Contudo, esses sangramentos costumam cessar espontaneamente e não são preocupantes.

Em caso de vômitos, náuseas ou sangramentos, o médico ou o setor de endoscopia do hospital deve ser contactado.

Saiba mais em:

Fazer endoscopia dói?

Posso fazer endoscopia se estiver grávida?

Fazer endoscopia dói?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não, fazer endoscopia não dói. A pessoa pode sentir incômodo, mas não dor.

Para evitar dores e incômodos, são aplicados produtos anestésicos na área da garganta por onde passa o endoscópio, e na maioria dos serviços atualmente é preferível além dos anestésicos locais, a administração de medicamentos sedativos, para que o paciente se sinta mais confortável durante o procedimento. Portanto, a pessoa dorme durante todo o exame e não sente nada.

Após o exame, há um período de recuperação de até meia hora. A garganta pode estar anestesiada devido aos medicamentos usados no procedimento, mas gradualmente a sensibilidade vai voltando ao normal.

Há casos em que é necessário administrar oxigênio ao paciente durante a endoscopia. Nessas situações, pode haver espirros e congestão nasal após o exame.

Embora a dor não seja um efeito adverso da endoscopia, alguns sinais e sintomas podem indicar complicações, tais como mal-estar, náuseas, vômitos ou sangramentos. Na presença dessas manifestações, o médico responsável pelo exame ou o setor de endoscopia do hospital deve ser contactado com urgência.

Como é feita a endoscopia?

A endoscopia é feita através de um aparelho (endoscópio) formado por um tubo flexível de aproximadamente 1 metro de comprimento e 1 centímetro diâmetro, com uma microcâmera instalada na sua extremidade.

Endoscópio

A microcâmera emite imagens do interior do tubo digestivo para um monitor, permitindo ao médico detectar e tratar doenças no esôfago, no estômago e na porção inicial do intestino.

O preparo para a endoscopia começa com um jejum de pelo menos 8 horas. Caso o paciente esteja utilizando algum medicamento de uso contínuo ou for alérgico a alguma substância, o médico deverá ser informado. 

Durante o procedimento, a pessoa fica deitada de lado, sobre o lado esquerdo do corpo, recebe medicação sedativa por via venosa, e spray de anestésicos na garganta. A seguir, coloca-se um bocal de plástico entre os dentes da pessoa e instala-se um cateter de oxigênio no nariz.

O endoscópio é então introduzido através desse bocal de plástico, e as imagens são então transmitidas pela câmera para um monitor aonde o médico consegue avaliar o sistema digestivo alto da pessoa. O exame de endoscopia dura, em média, de 5 a 10 minutos. 

Depois da endoscopia não é permitido dirigir e a pessoa deve seguir as orientações de uma alimentação mais leve.  

O médico responsável pela realização da endoscopia é o gastroenterologista.