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Gosto amargo na boca durante a gravidez. O que pode ser?

Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Gosto amargo na boca durante a gravidez, geralmente decorre de alterações hormonais naturais da gestação.

A disgeusia, como chamamos a mudança no paladar, é um sintoma comum na gravidez, onde as mulheres experimentam gostos diferentes, que podem ser desagradáveis, sensação de boca amarga, sensação de azedo, ácido ou metálico na boca.

A causa ainda não foi determinada, mas existem diferentes teorias que procuram explicar as razões para essa modificação do organismo na mulher gestante, como o aumento dos hormônios, que alteram os sentidos de olfato e paladar.

Acredita-se que o aumento da produção de estrogênio desempenhe um papel importante nesses sintomas.

O aumento das papilas gustativas na língua durante a gestação, também poderia justificar no paladar e percepção de novos sabores.

Além do uso de vitaminas pré-natais, pílulas hormonais, antibióticos, entre outros medicamentos, que quando usados durante a gravidez, têm diversos efeitos colaterais e dentre eles pode haver a mudança de paladar e gosto amargo ou metálico na boca.

Para minimizar este sintoma, recomenda-se escovar os dentes frequentemente com pasta de dente de hortelã, gargarejar com soluções diluídas de bicarbonato de sódio e água, preparados pela mistura de 1/4 colher de sopa de soda de cozimento com uma xícara de água (neutraliza o nível de pH no interior da boca), mastigar ou chupar balas ou gomas; frutas cítricas, sucos, limonadas (o citrino presente nesses alimentos neutraliza o sabor metálico e também aumenta a produção de saliva que podem tirar o gosto). Finalmente, beber bastante água, que não só irá mantê-la hidratada, mas também irá ajudar na eliminação das toxinas do corpo.

O gosto ruim na boca durante a gravidez não é um problema de saúde grave e não causará a você ou seu bebê qualquer dano. No entanto, pode incomodar, e os meios acima descritos minimizam este sintoma. De qualquer forma, é importante consultar o seu médico ginecologista para que ele esteja sempre informado de seus sintomas, possa diagnosticar a causa subjacente (se houver alguma, não fisiológica) e prescrever-lhe um tratamento.

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