Ataxia de Friedreich tem cura? Como é o tratamento?
Ataxia de Friedreich não tem cura. Trata-se de uma doença progressiva e degenerativa que causa alterações irreversíveis no sistema nervoso.
Entretanto existem opções de tratamento, com o objetivo de amenizar os sintomas, prevenir complicações cardíacas, respiratórias e ortopédicas, além de tratar as doenças concomitantes como o diabetes mellitus.
Dentre os medicamentos usados para tratar a ataxia de Friedreich estão o idebenona (antioxidante), resveratrol (para o coração), eritropoetina (hormônio), deferiprona e desferroxamina (quelantes de ferro).
Os quelantes de ferro diminuem as concentrações de ferro, reduzindo assim os seus efeitos tóxicos na produção de energia das células. Os antioxidantes protegem a organela responsável pela respiração celular (mitocôndria) das lesões causadas pelos radicais livres (moléculas de oxigênio quimicamente ativas). Já a eritropoetina tem efeito protetor sobre o sistema nervoso e coração.
Há ainda outros remédios usados no tratamento da ataxia de Friedreich, mas que ainda estão em fase de estudos. Contudo, mesmo as medicações já usadas habitualmente têm um efeito muito limitado no controle da progressão e dos sintomas da doença.
Os tratamentos não farmacológicos, como cirurgia e fisioterapia, visam sobretudo corrigir e prevenir complicações, além de tentar promover uma melhor qualidade de vida ao paciente.
Os sintomas da ataxia de Friedreich normalmente começam a se manifestar antes dos 20 anos de idade. Em geral, os pacientes perdem a autonomia depois de 10 a 15 anos e muitos vão a óbito devido a complicações cardíacas.
Contudo, a idade de início das manifestações, os tipos de sintomas e a velocidade de progressão da doença podem variar muito de pessoa para pessoa.
Saiba mais em: O que é ataxia de Friedreich?
O médico neurologista é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da ataxia de Friedreich.