O útero infantil é uma má-formação em que o útero não se desenvolve completamente e continua do mesmo tamanho do útero na infância.
Ele é uma das características do hipogonadismo hipogonadotrópico em que o útero não recebe estímulo hormonal suficiente para seu desenvolvimento atingir o tamanho do útero adulto.
Os principais sintomas são: atraso na primeira menstruação (após os 15 anos); órgão genital e mamas pouco desenvolvidos; ausência de pelos pubianos e axilares; dificuldade em engravidar ou abortos espontâneos.
O ginecologista juntamente com o endocrinologista podem identificar e orientar o tratamento mais adequado em casos de útero infantil.
Sim, a progesterona baixa pode dificultar a gravidez, uma vez que a progesterona é um hormônio essencial para preparar o organismo da mulher para a gravidez e também para garantir a evolução da gestação.
Níveis baixos de progesterona podem causar falhas na implantação do embrião no útero, o que dificulta o início de uma gravidez. A progesterona baixa também pode provocar abortos de repetição, prejudicando assim a manutenção da gestação.
A progesterona ativa as células que revestem a parede uterina e aumenta o fluxo sanguíneo, preparando o útero para receber o embrião.
Durante a gravidez, a progesterona mantém a gestação, relaxa a musculatura do útero e estimula o desenvolvimento das glândulas mamárias.
Veja também: Qual a função da progesterona na gravidez?; Progesterona baixa dificulta a gravidez?
Além disso, a progesterona está intimamente relacionada com a fertilidade da mulher:
- Após a liberação do óvulo, na 2ª fase do ciclo menstrual, a progesterona é o hormônio feminino mais ativo, pois é a sua função garantir o desenvolvimento do embrião até o nascimento, caso o óvulo seja fecundado;
- A partir dos 35 anos, a produção de progesterona cai, o que reduz as chances de engravidar devido ao envelhecimento dos óvulos e à diminuição do número de óvulos que a mulher armazena.
Se pretende engravidar fale com o seu médico de família ou ginecologista/obstetra.
A hemoglobina glicada (HbA1c) é uma forma de hemoglobina, resultado da reação entre a glicose do sangue e a proteína hemoglobina. Sendo assim, quanto mais açúcar temos no sangue, maior será a formação de HbA1c.
A hemoglobina ligada ao açúcar, tem uma vida média de 90 dias, por isso os seus valores representam a média de glicemia, dos últimos 3 meses. O que justifica por vezes, uma diferença entre esse exame e o exame de glicemia de jejum.
A glicemia de jejum avalia o nível de açúcar no sangue exatamente daquele momento que colheu a amostra de sangue no laboratório. Dependendo de quantas horas de jejum e da última refeição do paciente, esse valor pode ser alto, baixo ou normal. Já os valores de HbA1c não se alteram.
Por isso não é raro um exame de glicemia ser normal, ou baixa, e a hemoglobina glicada alta nos casos de diabetes mal controlado. Isso significa que os últimos meses foram de açúcar alto no sangue, apesar daquele momento a glicemia estar normal ou baixa.
Para que serve o exame de hemoglobina glicada?A principal função da HbA1c é auxiliar no diagnóstico e acompanhamento da diabetes.
Como os valores demonstram a média de açúcar no sangue, esse valor é mais fidedigno principalmente na análise do controle da diabetes.
Se os resultados da HbA1c e a glicemia de jejum forem muito diferentes, o mais indicado é repetir o exame com a orientação de manter os hábitos de vida e de alimentação antes de coletar o exame de sangue.
Quais são os valores de referência da hemoglobina glicada?Para fazer o exame de hemoglobina glicada, não é necessário estar em jejum. O exame é feito através da coleta de uma pequena amostra de sangue.
Para diagnóstico do diabetes, os valores de referência são:
- Valores menores que 5,7%: ausência de diabetes;
- Valores entre 5,7% e 6,4%: diagnóstico de pré-diabetes;
- Valores maiores ou iguais a 6,5%: diabetes.
Para o controle do diabetes, os valores de referência são:
- Valores entre 4 e 6%: controle adequado;
- Valores entre 6 e 7%: controle moderado da diabetes;
- Valores maiores de 7%: diabetes mal controlada.
Os valores abaixo de 7% indicam um menor risco de complicações vasculares, enquanto valores superiores a 7%, além de indicar uma descompensação da doença, elevam consideravelmente os riscos de complicações da diabetes.
Quando dosar a hemoglobina glicada?No acompanhamento do diabetes, com a doença sob controle, o exame deve ser repetido a cada 6 meses, mas nos casos de controle inadequado ou em ajustes de doses, é medida a cada 3 meses.
O rastreio de diabetes em pessoas com baixo risco para a doença, pode ser feito uma vez ao ano.
Para diagnóstico e tratamento do diabetes, é necessário procurar um médico clínico geral, médico de família ou endocrinologista.
O exame de análise do FSH (hormônio folicular estimulante) é utilizado para diversas investigações, especialmente na dificuldade para engravidar e desenvolvimento anormal da puberdade.
Principais indicações do exame de FSHNas Mulheres, serve para:- Investigar causas de infertilidade;
- Investigar problemas relacionados a ciclos menstruais irregulares;
- Pesquisar doenças na hipófise ou
- Avaliar a função dos ovários.
- Avaliar causas para uma contagem baixa de espermatozoides;
- Avaliar função dos testículos, e se existe dificuldade de produzir hormônios sexuais masculinos (hipogonadismo ou insuficiência gonadal).
- Avaliar situações de desenvolvimento anormal, como puberdade precoce ou puberdade tardia. As taxas alteradas desse hormônio pode ser uma das causas.
O FSH é um hormônio produzido pela hipófise, que significa hormônio foliculotrófico ou folículo-estimulante.
O principal papel do FSH é regular as funções das gônadas masculinas e femininas, os testículos e os ovários. São eles que produzem os hormônios masculinos e femininos, responsáveis por originar a puberdade, com as suas características sexuais específicas.
Na puberdade acontece o desenvolvimento do corpo, distribuição dos pelos, mudança do tom de voz nos meninos, aumento dos seios nas meninas, entre outras características, que dependem da ação desses hormônios.
Uma produção reduzida ou exagerada, pode causar problemas de saúde, por vezes, bastante preocupantes.
Além das características sexuais secundárias, o FSH é responsável por estimular os ovários, para produção de óvulos; e os testículos, na produção de espermatozoides, representando papel fundamental na reprodução humana.
Exames FSH e LHEsse conjunto de funções também é responsabilidade do hormônio luteinizante, ou LH. Hormônio produzido pela hipófise, assim como o FSH e juntos, mantém esse equilíbrio de estímulo e inibição nas gônodas.
Por isso são exames solicitados, na maioria das vezes, ao mesmo tempo, com a finalidade de investigar causas de infertilidade e alterações no desenvolvimento da puberdade.
Para mais esclarecimentos sobre o assunto, agende uma consulta com médico(a) da família, endocrinologista, ginecologista (mulheres) ou urologista (homens).
Saiba mais:
Sim, tanto a reposição hormonal feminina como a reposição hormonal masculina podem trazer efeitos colaterais ou indesejados. Os riscos e os benefícios devem ser avaliados individualmente, de acordo com cada caso.
Alguns dos possíveis efeitos colaterais da reposição hormonal feminina são:
- Aumento do endométrio (membrana que recobre a parede interna do útero), que pode ser atenuado com o uso da progesterona;
- Aumento dos níveis de triglicérides, quando se administra estrógeno por via oral;
- Alguns tipos de progesterona podem causar retenção de líquidos e provocar um aumento da pressão arterial.
Já no caso da reposição hormonal masculina, os principais efeitos colaterais associados são:
- Aumento do volume da próstata;
- Piora do quadro de apneia do sono, quando o homem já apresenta esse distúrbio antes do início do tratamento.
Devido aos sérios danos à saúde que esses efeitos colaterais podem causar, a terapia de reposição hormonal deve ser sempre acompanhada pelo/a médico/a endocrinologista.
A disfunção gonadal é um problema no funcionamento das gônadas, que são as glândulas dos aparelhos reprodutivos, os ovários nas mulheres e os testículos nos homens.
Quando existe uma disfunção gonadal pode ocorrer uma diminuição ou aumento na produção desses hormônios, que provocam várias alterações corporais como ausência ou pouco desenvolvimento dos caracteres sexuais, excesso de pelos ou a falta desses, ausência de menstruações ou irregularidade menstrual, infertilidade, baixa estatura e outras manifestações dependendo do tipo de hormônio cuja a produção esteja afetada.
As gônadas produzem hormônios responsáveis pelas características sexuais secundárias que aparecem na adolescência. Nos homens, os testículos são responsáveis pela produção da testosterona, que promove o aumento da massa muscular, o aparecimento do pomo-de-adão, voz grave, crescimento do pênis e pelos no rosto e no corpo. Nas mulheres, os ovários que têm esse papel, produzindo o estrógeno e a progesterona, que estimulam o crescimento dos seios, pelos pubianos e axilares, alargamento dos quadris, menstruação e formas mais arredondadas.
Também são responsáveis pela produção das células sexuais ou gametas, que são os espermatozoides ( nos testículos) e os óvulos (nos ovários).
O endocrinologista é o especialista a ser consultado nessas situações.
Os sintomas de glicose alta, típicos, são: aumento do apetite (polifagia), sede excessiva (polidispsia), poliúria (vontade de urinar diversas vezes) e emagrecimento.
No entanto, nem todos os casos apresentam exatamente esse quadro, podendo haver ainda sintomas de boca seca, dor de cabeça, visão embaçada, pele seca, formigamento nas mãos e nos pés, fraqueza e cansaço. Nos casos mais graves, pode haver vômito, náuseas, falta de ar, dor abdominal, queda da pressão arterial, sonolência ou desmaios.
A glicose alta é uma condição chamada hiperglicemia, que ocorre quando há um acúmulo de glicose (açúcar) na corrente sanguínea. Quase todos os casos de hiperglicemia ocorrem em pessoas com diabetes.
Se o nível de glicose no sangue estiver constantemente alto e não for controlado, pode causar complicações graves, como problemas na visão, nos nervos e no sistema cardiovascular.
Como saber se a glicose está alta?A única forma de saber se a glicose está alta é através de um teste de glicemia, que mede os níveis de glicose no sangue. O teste pode ser feito em casa, se tiver o aparelho, ou numa farmácia, posto de saúde ou hospital. O teste de glicemia capilar, como é chamado pelos profissionais, é rápido, simples e não causa dor.
É importante ressaltar que os sintomas da glicose alta geralmente só se manifestam quando os níveis de açúcar no sangue estão significativamente elevados, acima de 180 mg/dL. Além disso, a presença de sinais e sintomas não é suficiente para identificar um quadro de hiperglicemia. Por isso, é fundamental fazer o teste de glicemia capilar.
Quais os valores normais da glicose?- Glicemia de jejum (8 horas): abaixo de 99 mg/dl;
- Glicemia medida em qualquer horário do dia, independentemente do tempo decorrido desde a última refeição: abaixo de 139 mg/dl.
Em caso de glicose alta, recomenda-se fazer exercício e beber água depois de comer, principalmente se consumiu grande quantidade de carboidratos.
Indivíduos diabéticos devem aplicar insulina e tomar os medicamentos, conforme orientação médica.
Para controlar a glicemia e evitar que ela aumente, são indicados exercícios físicos regularmente e dieta orientada por um profissional da área, porque embora seja importante reduzir a quantidade de carboidratos e de açúcar, são substratos fundamentais para o bom funcionamento do organismo.
A quantidade correta de todos os alimentos, deve ser adequada às características de saúde de cada pessoa, condições sociais e estilo de vida. Apenas um profissional de saúde consegue oferecer todas essas informações, de maneira segura.
Saiba mais sobre esse tema no artigo: Quem tem diabetes deve evitar comer o quê?
O controle da glicemia em casa, tem sido muito utilizado, através de um aparelho medidor de glicose, por ser uma maneira simples e eficaz de verificar se a glicose está alta.
Quem tem diabetes e observa uma mudança repentina da glicemia durante o monitoramento em casa, deve informar o médico, imediatamente.
O que pode deixar a glicose alta?A glicemia alta pode ser causada por uma produção insuficiente de insulina ou resistência do organismo à insulina. A insulina é um hormônio que tem a função de transportar a glicose do sangue para as células, para ser transformada em energia.
A glicose não pode ser absorvida sem insulina. Se o corpo não conseguir produzir insulina suficiente ou for resistente aos seus efeitos, a glicose pode se acumular na corrente sanguínea e causar hiperglicemia.
Dieta inadequada é uma causa frequente de taxas elevadas de glicemia, principalmente em diabéticos. Alimentos ricos em carboidratos, como pães, arroz e massas, podem aumentar o nível de açúcar no sangue, uma vez que são transformados em glicose.
O paciente diabético deve seguir o seu plano alimentar, fazer uso correto da insulina e dos medicamentos habituais, para evitar a glicose alta e risco de complicações.
A hiperglicemia também pode ocorrer em pessoas que não têm diabetes. Em alguns casos, a glicose pode ficar temporariamente alta devido a cirurgia, infecção, falta de atividade física, doença crônica ou grave, sofrimento emocional ou uso de certos medicamentos, como esteroides. O afastamento da causa, costuma trazer a glicemia de volta ao normal.
O médico endocrinologista é o especialista responsável pelo tratamento da hiperglicemia.
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Lipodistrofia não tem cura, mas existem tratamentos capazes de minimizar os seus efeitos. Dentre os tratamentos mais eficazes para a lipodistrofia estão:
- Correções estéticas através de enxertos permanentes ou provisórios;
- Cirurgias plásticas, como mamoplastia (redução das mamas), implante de próteses de silicone em determinadas partes do corpo e lipoaspiração;
- Exercícios físicos visando hipertrofia muscular e perda de peso;
- Controle das alterações metabólicas comumente associadas à lipodistrofia, como aumento dos níveis de colesterol, triglicérides e açúcar no sangue.
A lipoaspiração é uma boa opção de tratamento para os casos de acúmulo de gordura (lipo-hipertrofia). A gordura retirada também pode ser usada como enxerto em áreas com perda de gordura (lipoatrofia), como nádegas e coxas.
Injeções com um tipo de gel (polimetilmetacrilato) também podem ser usadas para preencher a perda de gordura em locais como rosto, nádegas, pernas e braços. Porém essa medicação apresenta riscos importantes quando utilizada de maneira errada, ou em doses acima das recomendadas pela ANVISA e sociedade médicas.
Os exercícios físicos produzem bons efeitos estéticos, pois desenvolvem a musculatura das pernas e dos braços e ajudam a definir a silhueta corporal.
O exercício também é importante para combater o acúmulo de gordura nos órgãos, além de ajudar a baixar os níveis de colesterol, triglicerídeos e açúcar no sangue.
A lipodistrofia é uma síndrome que provoca alterações no metabolismo e na distribuição da gordura corporal.
Portanto, tanto as medicações, procedimentos cirúrgicos e exercícios físicos, devem sempre ser realizados por profissionais habilitados a fim de evitar maiores problemas para a saúde.
Por que é importante tratar a lipodistrofia?O tratamento da lipodistrofia é importante para melhorar a estética corporal do paciente e restabelecer a sua autoestima.
A lipodistrofia pode ser originada pelo uso de medicamentos, como antirretrovirais em pacientes HIV, e a insulina, em pacientes diabéticos, e uma das causas de abandono do tratamento adequado é exatamente esse efeito colateral, pela perda de autoestima que ela provoca nos casos mais graves.
Além disso, os distúrbios metabólicos podem aumentar o risco de doenças cardiovasculares, pancreatite, diabetes, osteoporose, necrose (morte) da cabeça do fêmur, entre outras complicações.
O tratamento da lipodistrofia é multidisciplinar, podendo incluir médico infectologista, dermatologista, cirurgião plástico, cardiologista e endocrinologista, além de enfermeiro, psicólogo, assistente social, farmacêutico, nutricionista, educador físico e fisioterapeuta.
Leia também: O que é lipodistrofia e quais os sintomas?