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Insuficiência adrenal tem cura? Como é o tratamento?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Insuficiência adrenal pode ter cura, dependendo da sua causa.

Por outro lado, a doença quando não tratada corretamente, pode evoluir com complicações graves como a pressão arterial muito baixa, insuficiência cardíaca e arritmias, sobretudo nos casos agudos, chamados de "crise renal".

Qual é o tratamento da insuficiência adrenal?

O tratamento da insuficiência adrenal consiste em repor os hormônios que não estão sendo produzidos de maneira satisfatória. Os medicamentos mais utilizados para isso são a prednisolona, prednisona e/ou fludrocortisona.

Para as mulheres que desenvolvem aumento de pelos como um dos sintomas da insuficiência adrenal, o tratamento com pílulas anticoncepcionais apresentam um melhor resultado.

Entretanto, quando a doença adrenal ocorre pela interrupção abrupta de corticoides, o tratamento deve ser retornar com a medicação, aguardar o fim dos sintomas e então, avaliar a sua retirada de forma lenta e gradativa, que pode levar semanas a meses, mas de forma segura.

E na crise adrenal, qual é o melhor tratamento?

No caso de insuficiência adrenal aguda, ou crise adrenal, os sintomas se apresentam de maneira mais grave e com maior risco de complicações e morte, por isso deve ser tratado imediatamente com internação e corticoide venoso.

A hidrocortisona é a medicação mais indicada nesses casos de urgência.

Os sintomas que indicam uma crise adrenal, ou suprarrenal são: febre alta, dores abdominais intensas, fraqueza, hipoglicemia, dificuldade de respirar, palpitação, náusea, vômitos, sonolência, confusão mental e até o coma.

Duração do tratamento

O tempo de tratamento varia conforme a resposta do organismo. Esse controle deve ser feito por consultas periódicas e realização de exames laboratoriais, que mostram os níveis do(s) hormônio(s) no sangue.

Portanto, o tratamento pode durar semanas, meses ou anos de tratamento.

Assim, é possível manter a dose adequada de medicamento para cada caso, sem causar danos ou pelo menos, minimizar os efeitos colaterais da medicação. O endocrinologista é o médico responsável por esse acompanhamento.

Efeitos colaterais do tratamento

Os efeitos colaterais da reposição hormonal podem incluir aumento de peso, aparecimento de estrias, fraqueza, aumento da pressão arterial e retardo no crescimento, no caso das crianças.

A monitorização do tratamento é importante para controlar esses sintomas e prevenir o uso excessivo de medicamentos hormonais. As doses mínimas e máximas de medicação devem ser devidamente ajustadas, pelo menos uma vez por ano.

O diagnóstico, tratamento e a monitorização dos casos de insuficiência adrenal são da responsabilidade do médico endocrinologista.

Saiba mais em:

O que é o exame T4?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

O exame T4 é a dosagem de um hormônio produzido pela glândula tireoide, conhecido como tiroxina (livre).

É um exame útil na avaliação da função tireoidiana. Encontra-se tipicamente aumentado no hipertireoidismo e diminuído no hipotireoidismo, embora também possa estar alterado em doenças não tireoideanas. Diante da instalação de disfunção tireoidiana, as concentrações séricas de TSH tendem a se alterar mais precocemente que as de T4L.

No hipotireoidismo subclínico, existe um aumento do TSH e T4L em relação ao valor de referência, indicando um risco de ocorrência de aterosclerose e infarto agudo do miocárdio. Inversamente, o hipertireoidismo subclínico implica uma redução do TSH e valores normais de T4L. Neste caso, existe um risco de fibrilação, osteoporose e progressão para hipertireoidismo franco.

A interpretação dos resultados do exame deve ser realizada pelo médico que o solicitou, em conjunto com a história e o exame clínico. Para maiores informações, procure um médico clínico geral ou endocrinologista.

Perder peso muito rápido faz mal?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. Perder peso muito rápido pode fazer mal, porque quanto mais rápido é o emagrecimento, maior é a perda de massa muscular, de vitaminas e outros nutrientes, o que não é bom nem recomendável. A não ser que seja feita uma dieta baseada em acompanhamento médico e/ou com nutricionista.

Dietas muito restritivas, que emagrecem rápido, fazem o corpo queimar músculos para obter energia. O resultado é uma perda de peso significativa em pouco tempo, mas boa parte dela é devida à massa muscular que foi consumida pelo próprio organismo.

Isso é prejudicial por, pelo menos, duas razões:

  1. Perder músculo prejudica a capacidade do corpo de queimar calorias e dificulta a manutenção do peso: Os músculos são fundamentais para acelerar o metabolismo, ou seja, quanto mais massa muscular a pessoa tiver, mais calorias ela irá queimar;
  2. Degradação de órgãos: Casos mais severos de emagrecimento rápido e exagerado fazem com que o corpo passe a consumir não só a proteína dos músculos, como também de órgãos como fígado, coração e rins.

Além da perda de massa muscular, emagrecer rápido pode baixar os níveis de cálcio e potássio na circulação sanguínea, o que pode causar:

  • Falta de cálcio:

    • Cãibras;
    • Aumento da pressão arterial;
    • Depressão;
    • Irritabilidade;
    • Ansiedade,
    • Unhas fracas;
    • Cáries;
  • Falta de potássio:
    • Fraqueza;
    • Cãibras;
    • Náuseas e vômitos;
    • Aumento do açúcar no sangue;
    • Parada respiratória.

Perder peso muito rápido só é recomendado em casos específicos, quando há necessidade de emagrecer para realização de uma cirurgia, por exemplo.

Perder peso muito rápido sem intenção, o que pode ser?

Várias doenças e condições podem provocar emagrecimento. Algumas delas:

  • Câncer;
  • Depressão;
  • Diabetes;
  • Hipertireoidismo;
  • Tabagismo;
  • Infecções;
  • Distúrbios alimentares (Anorexia, bulimia);
  • Diarreia de longa duração;
  • Medicamentos, como anfetaminas, quimioterápicos, laxantes e remédios para a tireoide;
  • Uso de drogas ilícitas;
  • Úlceras na boca, aparelhos dentários, perda de dentes ou qualquer outra situação que impeça a pessoa de comer normalmente.

Para emagrecer de forma saudável, deve-se seguir um plano alimentar indicado por um médico endocrinologista, nutrólogo ou por um nutricionista, se possível acompanhado por exercícios físicos.

Em caso de perda de peso sem motivo aparente, consulte um médico clínico geral ou médico de família.

Cafeína estimula o apetite?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Em geral, a cafeína não estimula o apetite. Na maioria das pessoas a cafeína inclusive diminui o apetite. Porém, existem pessoas em que a cafeína por causar mais ansiedade e agitação, pode levar ao aumento da fome, ou "vontade de comer".

Portanto, cientificamente podemos dizer que a quantidade normalmente consumida de cafeína por dia, através do café, não altera o apetite a curto prazo.

Sabendo que o mecanismo de controle do apetite é bastante complexo e engloba diversos sistemas orgânicos, muitos estudos vêm se dedicando na compreensão da ação da cafeína nesse sistema.

Uma das formas descritas como ação da cafeína no controle do apetite, é o aumento da produção de um dos hormônios responsáveis por inibir o apetite quando em níveis elevados no sangue, o Peptídeo YY (PYY), entretanto esse aumento é mais evidente no café descafeinado (sem cafeína), o que sugere que existem mais substâncias capazes de interferir nesse metabolismo.

A cafeína é também um potente estimulante do sistema nervoso central, que aumenta o gasto energético do corpo e favorece a queima de gordura, justificando sua indicação nas dietas para redução de peso.

O uso de cafeína em cápsulas com o objetivo de emagrecer deve ser feito sob orientação de um profissional, nutrólogo ou nutricionista, devido aos riscos de efeitos colaterais como taquicardia, problemas vasculares e de pressão arterial.

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Fases do ciclo menstrual: o que você precisa saber
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O ciclo menstrual começa com o primeiro dia da menstruação e acaba quando a menstruação seguinte se inicia. De forma geral, o ciclo menstrual é composto de seis fases:

  1. Menstruação
  2. Fase folicular
  3. Fase proliferativa
  4. Ovulação
  5. Fase lútea
  6. Fase secretora

Algumas destas fases ocorrem ao mesmo tempo: duas delas, a fase proliferativa e secretora, acontecem no útero. Já as fases folicular e lútea, ocorrem nos ovários.

O ciclo menstrual completo dura de 24 a 38 dias e pode variar de ciclo para ciclo e se modificar ao longo dos anos.

1. Menstruação

A menstruação marca o início do ciclo menstrual e se caracteriza pelo período de sangramento. É a fase em que o sangue e o tecido que revestem internamente o útero, descamam e saem para o exterior do corpo através da vagina.

O período menstrual termina quando o sangramento cessa. A menstruação pode durar até 8 dias, mas em média, dura entre 5 e 6 dias.

2. Fase folicular

Ao mesmo tempo em que menstruação começa a acontecer no útero, a fase folicular se inicia nos ovários. Então, a fase folicular dura do começo da menstruação até a ovulação. Nesta fase os ovários trabalham para preparar o óvulo que será liberado durante a ovulação.

3. Fase proliferativa

A fase proliferativa começa com o fim da menstruação e termina quando acontece a ovulação. Nesta fase o útero produz um tecido interno mais espesso para substituir o tecido que descamou com a menstruação. Isto é feito com a ajuda do estrogênio.

Esta fase é chamada de proliferativa porque é nela o que endométrio (revestimento interno do útero) se prolifera, aumenta o número de células e se prepara para receber o óvulo, caso aconteça a fecundação.

4. Ovulação

A ovulação é a liberação do óvulo pelo ovário. Ela corresponde mais ou menos à metade do ciclo menstrual, em torno de 13 a 15 dias após o início da menstruação.

A fase da ovulação corresponde ao período fértil. É neste período que a gravidez ocorre. Nele a mulher pode perceber no seu corpo sinais como:

  • secreção vaginal transparente e elástica semelhante à clara de ovo,
  • aumento da temperatura corporal,
  • aumento da libido e do apetite e
  • dor no baixo ventre.

Estes são sinais de que você está fértil e pode engravidar se tiver relações sexuais neste período.

Saiba como calcular o seu período fértil neste artigo: Como calcular o Período Fértil?

5. Fase lútea

A fase lútea é o período entre a ovulação e o início da próxima menstruação. A sua duração tem em média, 9 a 16 dias. Quando a ovulação acontece, o folículo que continha o óvulo se transforma em uma estrutura chamada de corpo lúteo. O corpo lúteo começa então a produção de estrogênio e progesterona.

Nesta fase, devido a alterações hormonais, você pode sentir sintomas semelhantes aos sintomas pré-menstruais como: sensação de inchaço, maior sensibilidade nos seios, mudanças de humor e dores de cabeça.

O corpo lúteo é responsável pela produção de progesterona suficiente para sustentar a fase inicial da gravidez. Por volta do 9º e 11º dia após a ovulação, o corpo lúteo começa a se dissolver, os níveis de estrogênio e progesterona caem e a menstruação acontece novamente, o que dá início ao novo ciclo.

6. Fase secretora

A fase secretora começa após a ovulação e dura até o início da próxima menstruação. Nesta fase o tecido do útero secreta substâncias que auxiliam na fixação do óvulo fecundado na parede do útero (endométrio), na fase inicial da gravidez.

Se a gravidez não ocorrer, estas mesmas substâncias causam a contração do útero e ajudam o endométrio a descamar provocando a menstruação. Nesta fase, algumas mulheres podem sentir as cólicas menstruais, tanto no início como durante todo o período menstrual.

É importante que você conheça o seu ciclo menstrual, pois normalmente ele produz mudanças no seu corpo. Algumas mulheres sentem as modificações no humor, na pele, além de dores de cabeça, sensação de inchaço e no desejo sexual.

Conhecer o ciclo é também útil para as pessoas que querem engravidar ou evitar a gravidez.

Para esclarecer mais dúvidas sobre esse assunto, converse com um ginecologista.

Referência:

  • Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
Glifage XR 500 emagrece?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

O Glifage XR 500 não deve ser usado para emagrecer. Porém, como ele serve para normalizar os níveis de açúcar no sangue, pode facilitar a perda de peso.

Se desejar emagrecer, é importante fazer uma dieta adequada e praticar exercícios regularmente (como caminhar por 20 minutos, 3 vezes por semana).

O Glifage XR 500 é indicado principalmente para o tratamento da diabetes tipo 2. Outras indicações são:

  • Pacientes pré-diabéticos com hipertensão, com mais de 40 anos, que tem pessoas diabéticas na família ou histórico de diabetes gestacional;
  • Pacientes com Síndrome de Ovários Policísticos.

Muitos dos medicamentos para emagrecer agem no sistema nervoso central, diminuindo o apetite. Tais medicamentos são vendidos com retenção de receita médica para garantir que seu uso seja monitorado pelo prescritor, diminuindo o risco de reações indesejáveis. Por isso, não utilize medicamentos para emagrecer sem prescrição e supervisão de um médico.

Leia também:

Referência:

Glifage XR 500 mg. Bula do medicamento.

L-Carnitina emagrece? Para que serve e como tomar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A L-carnitina pode ajudar a emagrecer, pois transporta as gorduras para as mitocôndrias das células, onde são metabolizadas e usadas como fonte de energia pelo corpo. Alguns estudos com indivíduos obesos e mais velhos, apontaram uma perda de peso de 1,3 kg a mais em pessoas que usaram L-carnitina em relação àquelas que não tomaram o suplemento.

Além de poder auxiliar o emagrecimento, a L-carnitina pode ainda melhorar o desempenho nos exercícios físicos, a recuperação depois do treino, a resistência e a fadiga física e mental.

Contudo, os estudos são controversos e são necessárias mais evidências para confirmar a eficácia do uso da L-carnitina para emagrecer em pessoas mais jovens, magras e ativas. Isso porque pessoas obesas já possuem grandes quantidades de L-carnitina no fígado e nos músculos.

Além disso, uma vez que os idosos possuem menos massa muscular, aonde a substância fica armazenada, pode haver queda dos níveis de L-carnitina. As mulheres também perdem uma quantidade considerável de massa muscular com a idade. Por isso, nesses casos, o uso de L-carnitina pode auxiliar discretamente o emagrecimento.

Vale lembrar que a L-carnitina pode apenas contribuir para a perda de peso. Por isso, o uso do suplemento deve ser associado a uma dieta balanceada, com poucas calorias, além de exercícios físicos. O uso isolado de L-carnitina não emagrece.

O que é L-carnitina?

A L-carnitina é uma substância produzida pelo organismo a partir dos aminoácidos lisina e metionina, além de ferro e vitaminas B3, B6 e C.

A L-carnitina também está presente em alimentos de origem animal, como carne de vaca, carne de porco, peixe, frango e leite, sendo também consumida sob a forma de suplemento alimentar.

No entanto, cerca de 70% da L-carnitina armazenada no corpo é proveniente da alimentação. O organismo produz e utiliza a L-carnitina quando necessita usar a gordura como fonte de energia.

Como tomar L-carnitina?

A dose recomendada de L-carnitina é de 0,5 g a 2 g por dia. Doses de até 3 g por dia, durante 21 dias, também são toleradas e não causam efeitos colaterais.

É importante ressaltar que a ideia de que quanto mais L-carnitina a pessoa consumir, maior será o emagrecimento, está errada. O uso do suplemento não altera ou influencia o ritmo normal da queima de gordura corporal e o excesso de L-carnitina acaba sendo eliminado pela urina.

Também foi observado que, ainda que a L-carnitina aumente o transporte de gorduras, não significa que toda a gordura transportada seja metabolizada. Sabe-se que mais da metade dessas gorduras acabam retornando às reservas de gordura corporal ao invés de serem “queimadas” e transformadas em energia.

Portanto, para avaliar um real benefício e mais esclarecimentos do uso da L-carnitina no seu caso, recomendamos agendar uma consulta com médico/a nutrólogo ou consultar um nutricionista.

Leia também: 7 Erros que você não pode cometer se quer emagrecer

Altura da pessoa só depende da genética?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

A altura de uma pessoa depende da sua herança genética, mas pode sofrer interferência de outros fatores que impedem o crescimento adequado.

Alguns distúrbios que podem interferir no crescimento são:

  • doenças crônicas, como asma, insuficiência renal e hepática,
  • doenças ósseas,
  • desnutrição,
  • doenças endocrinológicas, como deficiência do hormônio do crescimento (GH), hipotiroidismo, diabetes e doença de Cushing,
  • síndromes genéticas, como síndrome de Turner e Prader-Willi.

A altura final que uma pessoa poderá atingir depende das suas características genéticas, que são herdadas dos pais. Porém, nem sempre filhos de pais de estatura elevada serão altos, pois fatores ambientais e sócio-econômicos, como a desnutrição proteico-calórica (deficiência de proteínas e calorias), podem interferir negativamente no crescimento, fazendo com que crianças que tenham uma carga genética favorável para atingir uma estatura elevada, não consigam atingi-la, por causa da falta de alimentos. No outro extremo, embora seja menos frequente, pais com estatura baixa podem ter filhos com estatura elevada, desde que estes filhos tenham condições sócio-econômicas favoráveis, que permitam uma nutrição adequada e o acesso aos cuidados de saúde durante a infância que previnam doenças crônicas, como diarreias ou asma, permitindo que essas crianças atinjam o máximo do seu potencial de crescimento.

O pediatra e o endocrinologista são os médicos indicados para avaliar os distúrbios do crescimento.