Os sintomas da cirrose podem ser muito variados. Há pacientes que não apresentam sintomas, especialmente nos estágios iniciais da doença, assim como pacientes que necessitam de transplante hepático, pois o fígado perdeu grande parte de sua função.
Há sintomas decorrentes da perda de função do fígado, como:
- Surgimento de pequenos vasos no tórax,
- Aumento das mamas,
- Perda de pelos,
- Maior chance de sangramentos,
- Pele amarelada (icterícia),
- Alterações do nível de consciência e
- Aumento do volume abdominal (ascite).
Outros sintomas podem ocorrer pelo aumento de pressão nos vasos do abdome, como aumento do baço, vasos visíveis no abdome (similares a varizes) e varizes no esôfago, podendo levar a vômitos com sangue ou fezes mal cheirosas e escuras.
Na presença de quaisquer desses sintomas, deve ser consultado médico gastroenterologista ou hepatologista, ou mesmo pronto atendimento.
O Plasil ® é um medicamento comercializado sob a forma de gotas e comprimidos e que tem como princípio ativo o cloridrato de metoclopramida monoidratado. O
Plasil ® serve para tratar alterações dos movimentos peristálticos do aparelho digestivo, como em casos de náuseas e vômitos decorrentes de cirurgia ou não, doenças metabólicas e infecciosas, ou ainda causadas pelo uso de medicamentos.
O Plasil ® também é indicado para facilitar a realização de exames de raio-x do aparelho gastrointestinal.
Como funciona o Plasil ®?O cloridrato de metoclopramida monoidratado, princípio ativo do Plasil ®, atua sobre órgãos do sistema digestivo, como estômago e intestinos, aliviando náuseas e vômitos.
Quais são os efeitos colaterais do Plasil ®?
Efeitos colaterais muito comuns (ocorrem em mais de 10% dos casos): sonolência.
Efeitos colaterais comuns (ocorrem em 1% a 10% dos casos): sintomas extrapiramidais (sobretudo em crianças e adultos jovens), síndrome parkinsoniana, pressão baixa, inquietude, depressão, diarreia, fraqueza.
Efeitos colaterais incomuns (ocorrem em 0,1% a 1% dos casos): movimentos involuntários, alteração do tônus de tecidos do corpo, alergia, redução do nível de consciência, choque, desmaio, diminuição da frequência cardíaca, alucinação, ausência de menstruação, produção excessiva do hormônio prolactina, responsável pela produção de leite, galactorreia (produção de leite fora do período da amamentação).
Efeitos colaterais raros (ocorrem em 0,01% a 0,1% dos casos): convulsões, confusão.
Posso tomar Plasil ® durante a gravidez e amamentação?Durante o primeiro trimestre de gravidez, o uso de Plasil ® não está associado a malformações fetais nem a prejuízos na saúde do bebê após o nascimento. Mesmo quando usado nos outros trimestres de gestação, não foi observada toxicidade após o nascimento nesses bebês. Por isso, desde que com conhecimento médico, o Plasil ® pode ser usado na gravidez.
Contudo, o mesmo não ocorre durante a amamentação, uma vez que o Plasil ® é excretado no leite materno, o que pode causar efeitos colaterais no bebê. Por isso, se estiver amamentando, a mulher deve interromper a amamentação ou o uso de Plasil ®.
O uso de Plasil ® deve ser feito com orientação médica. Para maiores esclarecimentos sobre como tomar o medicamento, indicações e possíveis efeitos colaterais, consulte um médico clínico geral ou um médico de família.
A dor na barriga, localizada do lado esquerdo, pode ter muitas causas, sendo as mais comuns: a diverticulite, problemas no baço, excesso de gases e problemas nos rins.
Nas mulheres devemos pensar ainda nos problemas relacionados com o ciclo menstrual, como a cólica menstrual, cisto no ovário e a endometriose.
Mais raramente, a dor pode sinalizar um problema grave, como a gravidez tubária, pancreatite ou um tumor do intestino. Por isso, é importante ter atenção aos sinais de gravidade e perceber quando é preciso procurar um atendimento médico.
Causas de dor do lado esquerdo da barriga. O que fazer?1. DiverticuliteA diverticulite é a inflamação de um ou mais divertículos. O divertículo é uma pequena bolsa que se forma na parede do intestino grosso, semelhante a um dedo de luva. Situações como alimentação pobre em fibras, constipação crônica ou devido ao envelhecimento natural do corpo, favorecem a formação de divertículos.
A presença de diversos divertículos no intestino é chamada diverticulose e é mais frequente em pessoas acima de 50 anos, sobretudo quando associado a hábitos de vida ruins, como o tabagismo, sedentarismo e alcoolismo.
O problema dos divertículos é que podem acumular fezes no seu interior, com isso desenvolver inflamação local. Os sintomas são de dores na região inferior esquerda da barriga, que dura vários dias e pode vir acompanhada de febre baixa, náuseas e vômitos.
O que fazer?
Em casos de diverticulite leve, o tratamento envolve dieta líquida e repouso. Nas diverticulites mais graves, além da dieta é indicado o uso de antibióticos e mais raramente, a cirurgia.
2. Problemas no baçoO baço é um órgão localizado na parte superior esquerda do abdome, logo abaixo das costelas e tem como principais funções: armazenar sangue, eliminar as hemácias velhas ou danificadas, além de participar da produção de glóbulos brancos (anticorpos).
Por isso, doenças do sangue, infecções ou tumores podem aumentar o tamanho do baço, que passa a "trabalhar" mais, causando a dor deste lado. Um trauma na barriga, dependendo da intensidade, também pode causar dor por uma ruptura deste órgão, situação grave, que pode evoluir com hemorragia interna e risco de morte.
O que fazer?
Se o médico desconfiar de "baço aumentado" ou trauma no baço, deve ser realizado um exame de imagem para confirmar ou descartar esse problema. No caso de trauma ou sangramento do baço, é indicada cirurgia de urgência.
3. Gases em excessoO acúmulo de gases intestinais provoca dor de barriga e é bastante comum em pessoas com predisposição a prisão de ventre. Isso acontece devido ao maior tempo de permanência das fezes no intestino, permitindo a fermentação das bactérias, gerando os gases. O acúmulo de gases na região abdominal pode também acontecer pelo consumo exagerado de refrigerantes.
Pode ocorrer arrotos frequentes, barriga inchada, mal-estar e falta de apetite.
O que fazer?
A alimentação saudável e atividade física regular, auxiliam na prevenção de gases. Os alimentos que devem ser evitados, devido a maior predisposição de formar gases intestinais, são as bebidas gaseificadas, feijão, repolho.
Durante a dor, a medicação com melhor resposta é a dimeticona (Luftal®).
4. Pedras nos rinsO cálculo renal ou pedra nos rins tem como principal sintoma uma dor intensa que começa subitamente, geralmente na região lombar e depois se irradia para a barriga. No caso de pedra no rim esquerdo, a dor será localizada do lado esquerdo.
A dor é tão intensa que pode dificultar até a sua descrição e vem acompanhada de sintomas como náuseas, vômitos, febre, calafrios e sangue na urina (ou urina escura).
O que fazer?
O tratamento do cálculo renal (pedra nos rins) envolve o alívio da dor com analgésicos e anti-inflamatórios potentes e fragmentação da pedra com uso de ultrassom ou procedimentos cirúrgicos mais modernos. O médico urologista é o responsável por essa avaliação e tratamento.
5. Cólicas menstruaisAs cólicas no período menstrual, incomodam bastante as mulheres, mas que, em geral, não impede a mulher de realizar as suas tarefas habituais do dia a dia. Inclusive, a presença de cólicas intensas e incapacitantes durante a menstruação devem ser investigadas, não deve ser considerada normal. Uma causa comum é a endometriose.
Os sintomas são de dor tipo cólicas, principalmente no "pé da barriga", que pode vir associada a dor nas pernas, mal-estar, irritabilidade e por vezes, falta de apetite.
O que fazer?
Para aliviar a cólica menstrual coloque uma compressa de água morna na barriga, beba bastante água e se a dor permanecer, pode fazer uso de um antiespasmódico (Buscopan®) ou um anti-inflamatório (ibuprofeno), para aliviar o sintoma.
6. Cisto no ovárioExistem diversos tipos de cistos no ovário. Os cistos são formados pelos estímulos hormonais da mulher durante a vida, mas não manifestam sintomas. Porém, por vezes, os cistos podem crescer muito ou sofrer uma torção, causando uma dor intensa, do lado que está localizado (a direita ou a esquerda).
Nesse caso é comum a queixa de dor durante o ato sexual, enjoos, náuseas, vômitos, vontade de urinar frequentemente e dificuldade ou vontade súbita de evacuar. Mais raramente pode apresentar também sangramento vaginal.
O que fazer?
O tratamento dos cistos ovarianos varia com a idade da mulher e os sintomas apresentados. Inicialmente é apenas acompanhado através de exames de ultrassom, mas quando os sintomas não desaparecem ou aumentam de tamanho, a recomendação é a retirada por cirurgia.
7. Gravidez ectópicaA gravidez ectópica é a implantação de um óvulo fertilizado, em uma das trompas de Falópio. É também conhecida como gravidez tubária. Essa condição é uma emergência médica, porque a trompa pode se romper causando um sangramento grave na mulher.
Os sintomas são de dor abdominal intensa, do lado da trompa acometida (direito ou esquerdo), associado a cólicas, náuseas, vômitos, suor frio, queda da pressão. O atraso menstrual reforça a possibilidade dessa condição.
O que fazer?
O tratamento da gravidez ectópica é uma emergência médica. Tem indicação cirúrgica de urgência, e a proposta de cirurgia deve ser direcionada pelo ginecologista ou cirurgião geral.
8. Pancreatite agudaA pancreatite aguda consiste na inflamação do pâncreas, causado por obstrução devido a cálculo biliar ou uso abusivo de bebidas alcoólicas. Os sintomas são: dor intensa em toda a região superior da barriga, irradiando para as costas, formando um "cinturão de dor".
A dor em pode vir acompanhada de febre, calafrios, náuseas e vômitos. A dor dura vários dias e piora após as refeições.
O que fazer?
O tratamento da pancreatite aguda deve ser feito em ambiente hospitalar e privilegia a hidratação intensa, jejum absoluto com suporte de reposição nutricional adequado e uso de analgésicos para alívio da dor abdominal. E cirurgia para desobstrução do ducto, quando a causa for cálculo impactado.
Para o diagnóstico da causa da dor abdominal pode ser necessário o uso de exames específicos de sangue, ultrassonografia abdominal ou tomografia computadorizada.
Em caso de dor abdominal, busque sempre avaliação médica e não utilize medicamentos sem prescrição.
Quando procurar o médico?Procure um médico, sempre que junto com a dor na barriga, apresentar um dos seguintes sintomas:
- Febre
- Náuseas e vômitos
- Sangue nas fezes
- Perda de peso sem motivo aparente
- Pele amarelada (icterícia)
Esses sintomas não devem ser considerados como normais. Procure um médico de família ou clínico geral para dar início a essa investigação, e não atrasar o início desse tratamento.
Referência:
- Hayley You et al.; The Management of Diverticulitis: A Review of the Guidelines.
- Med J Aust. Nov;211(9):421-427, 2019.
- UpToDate - Robert M Penner et al.; Causes of abdominal pain in adults. Nov 17, 2019.
- FBG - Federação Brasileira de Gastroenterologia
Os pacientes com diverticulose sem sintomas não precisam de nenhum tratamento. Contudo, é indicada dieta com mais fibras. Com isso há aumento no volume e densidade das fezes, o que teoricamente diminuiria o risco de obstrução ou formação de novos divertículos e preveniria complicações, como a diverticulite.
Uma diverticulite leve, sem sinais de gravidade, pode ser tratada em casa, associando uma dieta leve e líquida à prescrição de antibióticos e analgésicos. Em geral, em 72 horas, 80% desses casos evoluem para cura.
Em casos mais graves, com febre alta, dor abdominal muito forte e dificuldade para se alimentar, a hospitalização e o uso de antibióticos por via venosa faz-se necessária. Uma possibilidade para os casos mais graves é o tratamento cirúrgico, que consiste na retirada da parte do intestino comprometida pelos divertículos ou na drenagem dos abscessos através de punção transcutânea, se eles forem pequenos.
Recomendações:
- Inclua preferencialmente alimentos com alto teor de fibras na sua dieta habitual, como frutas, vegetais, cereais integrais e grãos;
- Beba pelo menos dois litros de líquido por dia para facilitar a formação do bolo fecal;
- Não tome laxantes por conta própria;
- Pratique atividade física, pois ela é fundamental para o trânsito intestinal.
Em caso de suspeita de diverticulose, um médico (preferencialmente um gastroenterologista ou proctologista) deverá ser consultado. Ele poderá avaliar detalhadamente, através de anamnese, exame físico e eventuais exames complementares, qual é o seu diagnóstico correto, orientá-lo e prescrever o melhor tratamento, caso a caso.
Não há nenhuma evidência científica que comprove que esta combinação provoque danos à saúde. Essa é uma crença baseada no senso comum e transmitida no decorrer dos anos, no entanto, não tem nenhuma fundamentação.
Inclusive a manga é uma fruta rica em nutrientes e associada ao leite é uma combinação nutricional saudável, inclusive muitas pessoas costumam preparar suco de manga com leite.
Porém, beber leite com manga pode fazer mal a pessoas com um certo grau de intolerância à lactose. Isso porque esses indivíduos têm tendência a apresentar distúrbios gastrointestinais quando bebem leite e a manga também tem efeito laxativo por ser rica em fibras.
A combinação pode provocar diarreia em alguns casos se for consumida em excesso.
Para maiores esclarecimentos sobre combinações de alimentos que podem ou não fazer mal, fale com um nutricionista.
Sim, a colonoscopia pode detectar câncer de intestino. Com esse exame, é possível avaliar as estruturas do intestino e coletar amostras via biópsia para análise microscópica.
Na colonoscopia, é possível avaliar a presença de pólipos, vegetações e crescimento anormal de células, como o câncer. Ou seja, a colonoscopia é um ótimo exame para rastreamento de câncer de intestino quando sua solicitação é bem indicada.
Algumas pessoas podem ter mais riscos de ter câncer de intestinos e, nesse caso, devem realizar esse exame com frequência indicada pelo/a médico/a.
Em caso de:
- Presença de sangue nas fezes;
- Mudança de hábito intestinal;
- Dores abdominais;
- Perda de peso;
- Anemia;
- Presença de história familiar de câncer no intestino.
A colonoscopia é um exame realizado com sedação por via retal. Após a sedação, o/a médico/a introduz um fio que possui uma câmera acoplada e transmite as imagens para a tela de um monitor.
Procure uma unidade de saúde para uma avaliação detalhada.
Saiba mais em:
O preparo para a colonoscopia consiste em fazer uma dieta especial com pouca fibra e pouca cor, além de usar um laxante (também conhecido como purgante). Esse preparo tem o objetivo de deixar o intestino limpo para permitir que seja visualizado corretamente. As orientações de preparo para a colonoscopia normalmente são fornecidas ao agendar o exame e podem variar um pouco, principalmente em relação ao laxante indicado.
A dieta para a colonoscopia deve começar 2 dias antes do exame. Os alimentos permitidos são:
- Arroz branco bem cozido;
- Carnes claras ou peixe bem cozidos;
- Pão branco ou torradas;
- Macarrão sem molho;
- Gelatina de coloração clara;
- Gorduras, manteiga e margarina (moderadamente);
- Ovo cozido ou pochê;
- Queijo cottage ou cream cheese (pode colocar no macarrão, torradas ou no pão);
- Batata cozida, amassada ou assada, sem casca;
- Cereais matinais de arroz ou milho;
- Água e chás (nada que seja vermelho);
- Chá-preto e café.
Você pode preparar sopas com batata, macarrão ou arroz e carne de frango, por exemplo. Além do sal, pode colocar um pouco de azeite, mas evite salsinha ou cebolinha para temperar. Se colocar salsão, retire-o após o cozimento, para que apenas dê gosto ao alimento.
Já os alimentos que deve evitar são:
- Leite;
- Água de coco;
- Carne vermelha;
- Molhos;
- Frutas, vegetais e saladas (principalmente os vermelhos, como a beterraba, e as cascas);
- Pães integrais, macarrão integral, arroz integral e cereais integrais;
- Leguminosas (feijão, lentilha, grão-de-bico e tudo que tenha casca);
- Bolos, tortas, biscoitos e iogurtes;
- Nozes, castanhas, avelãs e outros frutos secos.
O início do jejum depende de quando irá fazer a colonoscopia: pela manhã ou à tarde. Siga as instruções da ficha que lhe foi entregue quando agendou o exame. Geralmente, pede-se para parar de se alimentar até 2 horas após tomar o laxante pela primeira vez, ficando em jejum até a hora do exame.
Pode tomar água até 6 horas antes do exame. Beba ao menos 2 litros dos líquidos permitidos (água, chás…) por dia. Caso utilize algum medicamento, pode tomá-lo com pouca água até 2 horas antes. No caso de usar varfarina, clopidogrel, codeína, morfina ou enoxaparina, confirme com seu médico se deve ou não deve continuar a usá-los. Se for diabético, pergunte ao médico o que precisa fazer com os medicamentos para diabetes.
Na véspera e no dia do exame (dependendo do horário em que ele será realizado), deverá também tomar o laxante, do modo indicado na ficha que lhe foi entregue (geralmente manitol, bisacodil ou polietilenoglicol). Como o efeito esperado é a diarreia, é importante que você fique perto de um banheiro até duas horas após tomá-lo. O efeito do medicamento já terá terminado quando você sair de casa para fazer o exame.
Você pode querer ler também:
Referências:
Lonsdale MS, Ni L-C, Gu C, Twiddy M. Information design for bowel cancer detection: The impact of using information visualisation to help patients prepare for colonoscopy screening. Information Design J. 2019; 25 (2): 125-56.
Fleury. Exames. Colonoscopia com preparo em casa.
A gastrite é a inflamação da mucosa que reveste o estômago internamente. Existem diferentes tipos de gastrite, as principais são: gastrite infecciosa, gastrite autoimune e gastrite erosiva.
Além destes principais tipos, as gastrites também podem ser diferenciadas em duas formas: aguda e crônica.
- Gastrite aguda: é a inflamação do estômago transitória, que apresenta lesões e alterações na mucosa gástrica reversíveis.
- Gastrite crônica: é aquela que existe há mais tempo, por isso ocasiona lesões gástricas que não podem mais ser revertidas, como a atrofia da mucosa do estômago.
Vejamos as diferenças entre os principais tipos de gastrites.
Gastrite infecciosaA presença de uma agente infeccioso pode causar tanto uma gastrite aguda quanto uma gastrite crônica. A principal causa de gastrite infecciosa é a bactéria Helicobacter pylori.
Algumas pessoas podem apresentar esta bactéria no estômago e não apresentar nenhum sintoma. No entanto, outras podem apresentar sintomas de dor, desconforto gástrico, azia e náuseas, caracterizando a gastrite.
Geralmente a gastrite causada pela H. pylori se inicia como uma gastrite aguda. Se não for tratada pode levar ao desenvolvimento de uma gastrite crônica, com persistência dos sintomas no decorrer do tempo.
Tratamento da gastrite infecciosaO tratamento da gastrite infecciosa causada pelo Helicobacter pylori consiste no uso de medicamentos como o omeprazol, pantoprazol e outros, e também de antibióticos que visam erradicar a bactéria.
Gastrite autoimuneÉ uma forma de gastrite mais rara do que a gastrite infecciosa, mas sua incidência tem vindo a aumentar.
É causada por uma reação do sistema imune do próprio individuo contra células da mucosa do estômago.
A gastrite autoimune prejudica a absorção de nutrientes podendo levar ao desenvolvimento de anemia perniciosa, deficit de vitamina b12 e magnésio. Além disso, a gastrite autoimune também aumenta o risco de desenvolvimento de câncer do estômago.
Tratamento da gastrite autoimuneO tratamento é feito com medicamentos que aliviam os sintomas de desconforto estomacal, como antiácidos, e de suplementos vitamínicos como o ferro e a vitamina B12.
Gastrite erosivaA gastrite erosiva é uma forma de gastrite aguda, que pode ser assintomática ou levar a sintomas de dor estomacal, azia e náuseas.
Pode ser causada pelo uso abusivo de medicamentos anti-inflamatórios, álcool ou por estresse persistente.
Tratamento da gastrite erosivaO tratamento inclui a suspensão da causa da gastrite, portanto, pode ser necessário suspender o uso de anti-inflamatórios, ou do álcool, ou ainda reduzir os níveis de estresse.
Medicamentos antiácidos e do grupo dos inibidores de bomba de prótons (omeprazol, pantoprazol, etc) também podem ser utilizados no tratamento.
Na presença de sintomas sugestivos de gastrite é importante consultar um médico para uma avaliação, diagnóstico do tipo de gastrite e realização do tratamento adequado.
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Referências bibliográficas
Mark Feldman. Gastritis: Etiology and diagnosis. Uptodate. 2020
Pamela J Jensen. Acute and chronic gastritis due to Helicobacter pylori. Uptodate. 2020