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Primeira relação depois da histerectomia: quando pode?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

As relações sexuais são proibidas por 40 a 60 dias após a histerectomia, dependendo da recuperação de cada mulher. Por esse motivo, a mulher deve esperar a orientação do médico nas consultas pós-cirúrgicas.

Após voltar à vida sexual normal, uma parte das mulheres pode sentir dor ou desconforto durante as relações sexuais. Em boa parte dos casos, o problema é superado com o conhecimento, a paciência e o apoio do parceiro. Raramente é necessária outra cirurgia para resolver o problema.

Quando a histerectomia é total, ou seja, com retirada dos ovários, há maior risco de problemas durante o ato sexual. Neste caso, o uso do creme vaginal Colpotrofine pode ser indicado pelo médico. Esse creme ajuda na recuperação, além de evitar a sensação de queimação vaginal, secura vaginal, prurido ou dor durante as relações sexuais.

Você também pode querer ler:

Referências:

Siedhoff MT, Carey ET, Findley AD, Hobbs KA, MoulderJK, Steege JF. Post-hysterectomy dyspareunia. J Minim Invasive Gynecol. 2014; 21(4): 567-75.

Ewalds-Kvist SBM, Hirvonen T, Kvist M, Lertola K, Niemelä P. Depression, anxiety, hostility and hysterectomy. J Psychosom Obstet Gynaecol. 2005:193-204.

FEBRASGO Notícias: Histerectomia Laparoscópica: padronizar para proliferar

Comissão de Endoscopia Ginecológica. 01 Dezembro 2017.

Colpotrofine. Bula do medicamento.

Após aborto com sangramento contínuo há dois meses...
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Sangramento contínuo não é normal, algo está acontecendo, pode ser um problema  hormonal ou até algum resto que ficou dentro do útero (menos provável). Volte para seu ginecologista e conte o que está acontecendo, talvez precise até fazer uma ultrassom transvaginal, mas é o seu médico que deve decidir isso.

Qual a diferença entre ovário multifolicular e multicístico?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

Ovários multifoliculares são ovários com dimensões normais, mas possuem maior número de folículos em relação a ovários saudáveis. Isto ocorre por um desajuste hormonal; os folículos não se desenvolvem e permanecem nos ovários. Os folículos se encontram em menor número e espalhados de forma mais organizada, e há distúrbios hormonais menos significativos em relação aos ovários policísticos.

Os ovários policísticos, por sua vez, apresentam tamanho aumentado, um grande número de folículos não desenvolvidos espalhados de forma irregular e na maioria dos casos (embora não seja uma regra), taxas hormonais alteradas. Os ovários policísticos têm como característica um número muito maior de folículos não desenvolvidos (microcistos), resistência à insulina e um aumento nos níveis do hormônio andrógeno (hormônio masculino). Os ovários policísticos podem ser provocados pela incapacidade de produzir hormônios nas proporções adequadas, o que impede que os folículos se desenvolvam sincronizados. O motivo pelo qual isso acontece ainda é desconhecido.

Um fato importante a ser citado é que esses problemas só exigem tratamento se estiverem interferindo no ciclo menstrual, caso contrário só deve ser feito um acompanhamento médico periódico.

Em caso de suspeita de ovários policísticos/multicísticos ou atraso menstrual, um médico (preferencialmente um ginecologista), deverá ser consultado. Ele poderá avaliar detalhadamente, através de anamnese e exame físico, qual é o seu diagnóstico correto, orientá-la e prescrever o melhor tratamento.

Com quantas semanas estou pelo valor do Beta-HCG?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Existe uma estimativa de semanas de gestação através do exame de Beta-HCG. Não é a medida mais fidedigna e utilizada pelos médicos para acompanhamento pré-natal, mas pode auxiliar a gestante a ter idéia da sua idade gestacional.

O cálculo geralmente utilizado para saber em qual semana a gestante se encontra, é feito através da data da sua última menstruação, chamada DUM. Esse dado é usada também como base para estimar a data do parto.

A partir da 5ª semana, já é possível fazer esse cálculo, pelo exame de ultrassonografia. O exame oferece uma avaliação mais confiável, pelas medidas e outras análises do bebê.

Exame de beta HCG

O exame quantitativo de beta HCG, aumenta durante o primeiro trimestre de gestação, depois desse período, ele reduz ligeiramente.

Os valores normais de hCG em mulheres grávidas, com base na semana de gestação, segue o seguinte padrão:

  • 3 semanas: 5 a 72 mUI/mL;
  • 4 semanas: de 10 a 708 mUI/mL;
  • 5 semanas: de 217 a 8.245 mUI/mL;
  • 6 semanas: 152 a 32.177 mUI/mL;
  • 7 semanas: 4.059 a 153.767 mUI/mL;
  • 8 semanas: de 31.366 a 149.094 mUI/mL;
  • 9 semanas: de 59.109 a 135.901mUI/mL;
  • 10 semanas: de 44.186 a 170.409 mUI/mL;
  • 12 semanas: de 27.107 a 201.165 mUI/mL;
  • 14 semanas: de 24.302 a 93.646 mUI/mL;
  • 15 semanas: de 12.540 a 69.747 mUI/mL;
  • 16 semanas: de 8.904 a 55.332 mUI/mL;
  • 17 semanas: de 8.240 a 51.793 mUI/mL;
  • 18 semanas: de 9.649 a 55.271 mUI/mL.
Ultrassonografia

O exame de ultrassonografia avalia as medidas do bebê, a partir da 4ª ou 5ª semana. Nessa fase é possível estimar a idade gestacional.

Em geral, o exame é realizado entre a 5ª e a 8ª semana de gestação e tem como função também, analisar o número de embriões presentes no útero, no caso de gemelares, e onde a gravidez está localizada (no útero ou fora dele, como nas trompas).

Para mais esclarecimentos sobre sua gestação e saúde do bebê, mantenha seu acompanhamento pré-natal regular e siga as orientações da equipe médica.

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Como deixar de ter Incontinência Urinária
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

As formas de tratamento variam conforme o tipo de incontinência urinária e podem incluir mudanças de hábitos, medicamentos, fisioterapia e até cirurgias.

O tipo mais comum de incontinência urinária é o de esforço, em que ocorre perda de urina ao tossir, fazer exercícios, rir, subir escadas. Outra forma de incontinência urinária é a de urgência, na qual a pessoa tem uma vontade súbita de urinar e perde urina se não chegar no banheiro a tempo.

Em ambos os casos, o tratamento consiste em exercícios para a musculatura do assoalho pélvico, medicamentos ou cirurgia, além de orientações sobre o funcionamento da bexiga e dos músculos pélvicos e mudanças comportamentais para evitar episódios de urgência e perda urinária.

Os exercícios servem para fortalecer o esfíncter da uretra e reduzir assim as perdas. O treinamento da musculatura do assoalho pélvico deve começar o mais cedo possível. É preciso realizar muitas contrações musculares voluntárias para conseguir compreender o movimento e fortalecer esses músculos.

Alguns exercícios podem ser feitos com eletroestimulação, que irá atuar sobre os nervos da região e ajudar nas contrações.

Os medicamentos tanto podem aumentar o tônus do esfíncter uretral e diminuir a perda de urina (incontinência urinária de esforço), como podem relaxar a musculatura da bexiga para diminuir a sua hiperatividade (incontinência urinária de urgência).

A cirurgia pode ser feita através da colocação de um esfincter artificial, sendo este método indicado nos casos de incontinência após cirurgia de próstata.

Outra opção cirúrgica é a neuromodulação sacral. Trata-se do implante de uma espécie de marcapasso que estimula os nervos responsáveis pelo controle da bexiga. Essa opção de tratamento é especialmente indicada em casos graves de bexiga hiperativa, uma das principais causas da incontinência urinária de urgência.

Quando os tratamentos conservadores não produzem uma resposta satisfatória para a bexiga hiperativa, o médico pode optar pela toxina botulínica (botox). O procedimento é feito mediante a injeção localizada da toxina, que irá impedir a contração involuntária da bexiga responsável pela perda de urina.

Há várias cirurgias para tratar a incontinência urinária, que devem ser realizadas de acordo com cada caso. Se não for adequada, a cirurgia pode piorar a situação.

O médico urologista e ginecologista são os responsáveis pelo tratamento da incontinência urinária e poderão informar com mais detalhes os riscos e benefícios do tratamento proposto.

Leia também:

Faz 4 anos que fiz laqueadura tem perigo de estar grávida?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. Apesar de ser muito raro, existe uma chance da laqueadura ser revertida espontaneamente, principalmente se foi realizada imediatamente junto com a cesariana. Existem estudos que apontam uma eficácia maior quando a cirurgia é realizada um tempo após a cesariana.

A laqueadura é uma cirurgia em que as trompas, órgão que carreia o óvulo para o útero, são cortadas ou amarradas, impedindo esse transporte, portanto não permite que ocorra a fecundação.

Esse procedimento pode ser revertido, algumas vezes por cirurgia, ou raramente de forma espontânea, estima-se que menos de 0,5% das mulheres revertam a laqueadura.

Desse modo, se sua menstruação está atrasada, e tem sinais que sugiram gravidez, agende o quanto antes uma consulta com seu/sua ginecologista para avaliação e acompanhamento.

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Quem tem útero retrovertido pode engravidar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, mulheres com útero retrovertido podem engravidar.

A retroversoflexão do útero não impede a gravidez nem traz grandes consequências durante a gestação ou qualquer tipo de parto.

Entretanto a posição anatômica pode aumentar a predisposição para algumas complicações durante a gravidez, as quais a mulher deve estar atenta. São elas, a retenção urinária, causando leve desconforto ao urinar no início da gestação, com consequente aumento do risco de infecção urinária, condição muito perigosa para uma gestante.

Porém, basta a mulher seguir algumas orientações como forma de precaução, para reduzir esse risco, como beber bastante água, mantendo-se hidratada e não demorar a esvaziar a bexiga, na verdade, são orientações benéficas para qualquer gestante com qualquer posição uterina.

Vale lembrar ainda, que a retenção urinária não é um sintoma muito comum nesses casos, e geralmente ocorre quando o útero retrovertido está fixado, devido ao próprio crescimento do órgão, ou a problemas anteriores a gestação.

Ainda, na maioria das vezes, após o 3º ou 4º mês de gestação, esses sintomas tendem a desaparecer e a gravidez prossegue normalmente.

Útero retrovertido dificulta a gravidez?

O útero retrovertido só dificulta a gravidez se estiver fixado nessa posição devido a inflamações ou infecções genitais prévias. Nesses casos, o que ocorre é que as "cicatrizes"

das inflamações ou infecções, dão origem as aderências, que podem obstruir as trompas, dificultando a passagem do óvulo, interferir no funcionamento normal do útero.

O enrijecimento das trompas também torna a gravidez mais difícil, uma vez que é nelas que ocorre a fecundação.

A endometriose é uma das causas comuns de formação de aderências nas mulheres.

Se a mulher já estiver grávida, deverá fazer o acompanhamento pré-natal normalmente, como em qualquer gestação. O útero retrovertido não irá trazer consequências para a mãe ou bebê.

Para maiores esclarecimentos, fale com o seu médico ginecologista.

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Estou pensando em emendar a cartela do anticoncepcional?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Em teoria não há danos no caso da mulher ficar sem menstruar emendando as cartelas de anticoncepcional. O que você sentirá você só vai descobrir depois de começar a fazer. Não deve atrapalhar na hora de engravidar.

Procure um ginecologista para te acompanhar pelo menos 1 vez por ano isso é importante e vai te deixar mais segura da sua opção por emendar o anticoncepcional.

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