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Sangue nas fezes na gravidez, o que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Durante a gravidez, a presença de sangue nas fezes pode ocorrer devido às alterações intestinais sofridas nessa fase, que causam dificuldades na evacuação (constipação).

A prisão de ventre provoca o ressecamento das fezes e causa esforço para evacuar. Por isso, é comum o aparecimento de hemorroidas e lesões no ânus (fissuras anais) que podem sangrar durante a evacuação.

Como combater a prisão de ventre na gravidez?

Para amenizar a constipação intestinal, é importante tomar muitos líquidos e manter uma alimentação variada com frutas, vegetais e fibras. A prática de atividades físicas regulares, como as caminhadas, também pode ajudar a melhorar o trânsito intestinal.

A constipação intestinal é bastante comum na gravidez, principalmente a partir do segundo trimestre de gestação. A prisão de ventre gestacional tem como causas as alterações hormonais que interferem no funcionamento do intestino, deixando-o mais lento, além do aumento do tamanho do útero, que pressiona o intestino.

Uma alimentação rica em fibras favorece o trânsito intestinal, pois facilita a passagem do bolo alimentar pelo intestino. Alguns alimentos que são boas fontes de fibras incluem frutas, como maçã, laranja e ameixa, vegetais (cenoura, feijão, ervilhas, lentilha, tomate, alface, espinafre) e sucos de frutas naturais.

O consumo diário de água recomendado para combater a prisão de ventre na gravidez é de pelo menos 8 copos (dois litros) por dia. A ingestão de água é importante pois amolece as fezes e favorece a sua passagem pelo intestino.

Além disso, ao aumentar a ingestão de fibras, é importante aumentar também a ingestão de água, uma vez que as fibras mais secas podem favorecer a constipação intestinal. Comer fibras sem beber água suficiente pode até piorar a prisão de ventre.

A prática regular de atividade física moderada também é bom para combater a prisão de ventre na gravidez, pois estimula os movimentos intestinais que empurram o bolo fecal.

Vale ressaltar que a gestante só deve fazer uso de laxantes, chás e medicamentos para soltar o intestino com indicação médica. Usar essas substâncias sem orientação profissional pode agravar a situação ou prejudicar o feto.

Quais são as outras causas de sangue nas fezes na gravidez?

A presença de sangue nas fezes pode ter como causa outros distúrbios do sistema digestivo (boca, esôfago, estômago, intestinos, reto e ânus), que também podem causar sangramentos. Isso torna as fezes escuras ou com presença de sangue vermelho vivo misturado com as fezes.

Se o sangue apresentar coloração vermelho vivo, é provável que o sangramento tenha ocorrido no intestino grosso, no reto ou no ânus. Esse tipo de sangramento pode ter como causa hemorroidas e fissuras anais, que são lesões frequentes na gravidez.

Outras causas para sangramentos nessas partes do aparelho digestivo incluem traumatismos, vermes, pólipos, diverticuloses, doenças inflamatórias intestinais e tumores.

Sangramentos que ocorrem na boca, no esôfago, no estômago ou no início do intestino delgado, deixam as fezes escuras e com um cheiro forte. Esses sangramentos podem ter como causas traumatismos, úlcera, esofagite (inflamação no esôfago), varizes no esôfago, pólipos e tumores.

Havendo suspeita de presença de sangue nas fezes durante a gravidez, consulte seu/sua médico/a de família ou obstetra.

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Mamilos sangrando. O que pode ser e o que fazer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Mamilo sangrando durante a amamentação pode ser um sinal de pega e posicionamento inadequados, que podem causar rachaduras, fissuras e até fazer o mamilo sangrar.

Para evitar machucados e sangramentos nos mamilos durante a fase de amamentação, é preciso ter alguns cuidados:

  • Garantir uma boa pega: O bebê deve abocanhar todo o mamilo, inclusive a aréola, e não apenas o bico do seio;
  • Preparar o mamilo antes do parto:
    • Lavar as mamas apenas com água, não fazer uso de sabonetes ou cremes, pois retiram a hidratação natural das mamas facilitando o aparecimento de feridas e ou rachaduras;
    • A partir do momento que as mamas estiverem crescendo e se tornando pesadas, não deixe de utilizar um sutiã com boa sustentabilidade, mesmo durante a noite;
    • Tomar sol nos mamilos: Deixe os mamilos expostos ao sol todos os dias, durante 10 a 15 minutos, entre 8h e 10h da manhã, ou depois das 16h. Se não for possível tomar sol, faça o seguinte:
      • Tire a cúpula de um abajur em casa e coloque nele uma lâmpada de 40 watts;
      • Deixe os mamilos expostos à luz a uma distância de 20 cm, durante 15 minutos. Tanto o sol como a luz aumentam a produção de melanina, deixando os mamilos mais resistentes.
Mamilos sangrando pode ser câncer?

Sim, a ocorrência de sangramento pelos mamilos fora do período de amamentação pode indicar problemas mais graves, como câncer de mama.

O principal sinal de câncer de mama é a presença de um nódulo ou endurecimento no seio que não desaparece e não muda de aspecto durante a palpação.

Outros sinais que podem ocorrer:

  • Inchaço;
  • Retração da pele;
  • Vermelhidão;
  • Ulceração ou feridas na pele;
  • Sangramento pelo mamilo;
  • Desvio do mamilo;
  • Alteração da aréola.

Consulte um médico ginecologista ou mastologista em caso de sangramento pelos mamilos ou qualquer outra alteração nas mamas.

Leia também:

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Tossir sangue: o que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Tossir sangue com expectoração (catarro), uma condição denominada hemoptise, indica que há algum sangramento nos pulmões ou nas vias aéreas, o que pode ser sinal de diversas doenças. Algumas delas:

  • Infecções pulmonares, como bronquites, infecções por fungos;
  • Câncer de pulmão;
  • Tuberculose;
  • Infarto pulmonar (morte de uma área do tecido do pulmão, causada pela obstrução de alguma artéria);
  • Problemas de coagulação sanguínea;
  • Bronquiectasias (dilatações exacerbadas dos brônquios pulmonares);
  • Hipertensão venocapilar (elevação da pressão sanguínea nas veias pulmonares, que pode levar à ruptura de vasos pequenos);
  • Insuficiência do ventrículo esquerdo do coração;
  • Estreitamento da válvula mitral do coração.

Na maior parte dos casos em que o paciente tosse sangue, o sangramento é pequeno e para espontaneamente. Entretanto, como o sangue vai se acumulando nos brônquios e sai todo de uma vez com a tosse, dá a ideia de que o sangramento é volumoso, o que assusta o paciente.

É importante lembrar que tossir sangue pode ser o primeiro sinal de um câncer de pulmão. Por isso, mesmo que o sangramento pare sozinho, deve ser investigada a sua origem para não atrasar o diagnóstico e dificultar o tratamento.

O/a paciente deve informar ao médico a frequência e a quantidade de sangue expelido, se ao tossir o sangue vem só ou misturado com catarro, presença de outros sintomas como febre, dor torácica e falta de ar, além da presença de outras doenças ou antecedentes na família.

A tosse com sangue deve ser investigada e tratada pelo/a médico/a pneumologista, clínico/a geral ou médico/a de família.

Saiba mais em: Ao tossir tenho catarro com sangue, o que pode ser?

O que é retocolite ulcerativa? Tem cura?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

A retocolite ulcerativa idiopática (RCIU) é uma doença inflamatória que acomete o intestino. Não tem cura definitiva, exceto com cirurgia (retirada do intestino grosso), mas tem tratamento eficaz. Seus sintomas são parecidos com os de outras doenças intestinais. Embora ainda não se conheça a sua causa, sabe-se que fatores genéticos e auto-imunes estão envolvidos no seu aparecimento.

A inflamação da RCIU é superficial e crônica, e acomete predominantemente a camada mucosa do cólon. Esta doença pode não afetar apenas o reto de forma contínua, mas também algumas secções próximas do cólon.

Sintomas principais

Cólicas e diarréia com sangue e eventualmente com pus, se houver infecção. As crises de diarréia são persistentes e ocorrem a qualquer hora do dia ou noite. Há reflexo intenso para evacuar logo após as refeições.

Diagnóstico

Colonoscopia com realização de biópsia. Certos exames de sangue podem detectar alterações decorrentes da doença (anemia e deficiência de ferro, devido ao sangramento, diminuição da albumina, aumento de proteína C-reativa, etc).

Tratamento

Tem como objetivo tirar o paciente da crise e mantê-lo em remissão. O tratamento farmacológico geralmente age com rapidez e eficiência na forma aguda da doença. Nos casos de megacólon tóxico é fundamental a prescrição de antibióticos.

Recomendações

Em caso de crises persistentes de diarréia (7 dias ou mais) com ou sem sangramento, procure assistência médica;

Evite alimentos que contenham fibras insolúveis (cascas de frutas, verduras, etc.), leite ou condimentos picantes para não estimular o intestino e agravar as crises de diarreia. O mesmo vale para bebidas fermentadas.

Dor no útero: 7 causas mais comuns e o que fazer
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A dor no útero pode ter diversas causas e as mais comuns são a inflamação no útero, cólica menstrual, gravidez ectópica, endometriose, miomas e câncer de útero.

O tratamento deve ser feito de acordo com a causa da dor uterina e pode envolver desde o uso de bolsa de água quente para aliviar as cólicas menstruais, até o uso de analgésicos para dor e administração anti-inflamatórios e antibióticos, no caso e inflamações e infecções. Em algumas situações podem ainda ser necessárias cirurgias para retiras miomas ou tumores.

Para definir o melhor tratamento é importante consultar o médico ginecologista.

1. Inflamação no útero

A inflamação no útero é uma condição que acomete os tecidos que formam o útero. Os sintomas incluem dor região inferior da barriga, sangramento e dor durante ou após o ato sexual, sangramento fora do período menstrual, dor ao urinar, presença de corrimento amarelo, cinza ou marrom e sensação de inchaço na barriga.

Quando acontece uma infecção dor órgão reprodutores femininos (tubas uterinas, ovários e colo do útero, chamamos de doença inflamatória pélvica.

As inflamações podem ser causadas pela bactéria (Candida sp.), infecções sexualmente transmissíveis por bactérias como Chlamydia sp. ou Neisseria gonorrhoeae, irritações químicas ou físicas, lesões ou alergias. Quando a inflamação afeta o colo do útero é chamada de cervicite.

2. Cólica menstrual

A cólica menstrual é caracterizada por dor em cólicas no útero que pode irradiar para a região lombar e pernas durante o período menstrual. Geralmente, é uma dor aguda e intermitente (dor que vai e volta).

A dor pélvica provocada pela cólica menstrual pode ser amenizada com uso de analgésicos e compressa de água quente no baixo ventre.

3. Gravidez ectópica

A gravidez ectópica ocorre quando o óvulo fecundado se fixa em local anormal, ou seja, quando a implantação acontece fora do útero. Neste caso, o óvulo pode implantar-se nas tubas uterinas, em um dos ovários, abdome ou cérvix.

Os sintomas da gravidez ectópica incluem sangramento vaginal ou manchas de sangue que podem vir acompanhados de cólica ou dor no baixo ventre. No entanto, algumas mulheres somente apresentam sintomas quando a estrutura que contém a gravidez ectópica se rompe.

O feto não consegue sobreviver em uma gravidez ectópica. Além disso, é uma situação de risco para a vida da mulher devido ao intenso sangramento. Por este motivo, é importante que você busque uma emergência hospitalar para realização de tratamento cirúrgico.

4. Miomas

Os miomas são tumores benignos localizados no útero e formados por tecido muscular e fibroso. Os sintomas dependem da quantidade de miomas, do seu tamanho e da sua localização dentro do útero. A mulher pode sentir dor uterina, sangramento vaginal anormal, prisão de ventre, vontade de urinar frequentemente e com urgência e história de repetidos abortos espontâneos.

O tratamento somente é efetuado quando o mioma provoca problemas como dor intensa e sangramentos frequentes. Nestas situações, o ginecologista pode prescrever medicamentos para aliviar os sintomas. Quando os medicamentos não fazem efeito, pode ser indicado remover o mioma cirurgicamente.

5. Endometriose

Endometriose é o crescimento do tecido endometrial (tecido de revestimento do interior do útero) para fora da cavidade uterina. É caracterizada por dor antes e durante a menstruação e durante a relação sexual, entretanto, algumas mulheres não apresentam sintomas.

O tratamento envolve o uso de medicamentos para alívio da dor no útero e no baixo ventre e para retardar o crescimento do inadequado do tecido do endométrio. Em alguns casos, é necessário um procedimento cirúrgico para retirar o tecido endometrial que está fora do útero.

6. Adenomiose

Adenomiose uterina é a presença de células do endométrio (camada interna do útero) na musculatura uterina (miométrio). São sintomas comuns da adenomiose a dor crônica no útero, sangramento menstrual intenso e anemia.

Para tratar a anemia podem ser usadas as pílulas anticoncepcionais ou implantação do DIU. Entretanto, quando estas opções não funcionam, pode ser recomendada a cirurgia para retirada do útero (histerectomia).

7. Câncer de colo de útero

O câncer de colo de útero é um tumor que se forma a partir de alterações que ocorrem no colo do útero, localizado no fundo da vagina. Estas alterações podem ser tratadas e curadas quando descobertas rapidamente.

Entretanto, na medida em que a doença avança a mulher pode apresentar sinais como dor no útero, corrimento e/ou sangramento vaginal.

Estou sentindo dor no útero, o que posso fazer?

O tratamento da dor no útero vai depender da sua causa e pode envolver o uso de analgésicos, anti-inflamatórios, antibióticos ou mesmo, procedimentos cirúrgicos.

Deste modo, se você sentir dor no útero, é importante que você busque o médico de família ou ginecologista.

Dor no útero, fiquei atento a alguns sinais de alerta

Alguns sintomas são sinais de alerta para situações mais graves que podem trazer risco à vida:

  • Sangramento vaginal anormal fora do período menstrual com duração de mais de 7 dias,
  • Sangramento vaginal intenso,
  • Dor intensa no útero,
  • Febre,
  • Tonturas e
  • Desmaios.

Na presença destes sintomas você deve procurar rapidamente um hospital para avaliação e tratamento de emergência.

Para saber mais sobre dor no útero, você pode ler:

Dor pélvica na mulher, o que pode ser?

Quais os sintomas de inflamação no útero?

Dor no pé da barriga pode ser gravidez?

Dor no pé da barriga: o que pode ser?

Referências

FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Primo, W.Q.S.P.; Corrêa, F.J.S.; Brasileiro, J.P.B. Manual de Ginecologia da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia de Brasília. SBGO, 2017.

Fezes escuras com sangue, o que é?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Fezes escuras com sangue podem ocorrer devido a um sangramento do sistema digestivo. As causas para esses sangramentos podem variar:

  • Presença de vermes nos intestinos,
  • Lesões traumáticas,
  • Esofagites,
  • Varizes esofagianas,
  • Úlceras,
  • Hemorroidas e
  • Tumores.

Quando o sangramento ocorre na boca, esôfago, estômago ou duodeno (parte superior do intestino delgado), as fezes tendem a apresentar uma coloração bem escura e um cheiro forte característico (melena), principalmente em presença de sangramentos intensos.

Nesses casos, outros sinais e sintomas também podem estar presentes, como hipotensão arterial (pressão baixa), aumento da frequência cardíaca (taquicardia) e palidez cutânea.

Quando o sangramento ocorre nas regiões baixas do sistema digestivo, como intestino grosso (cólon), reto e ânus, as fezes são acompanhadas de sangue com a coloração vermelho vivo (hematoquezia).

Esse tipo de sangramento também pode ser notado pela presença de pingos de sangue no vaso sanitário e no papel higiênico.

Sangue oculto nas fezes

Quando as fezes não estão escuras e não apresentam sangue visível a olho nu, pode ser feito um exame em laboratório que permite detectar sangue oculto nas fezes. Esse teste pode identificar pequenas quantidades de sangue, normalmente quando este não é visível nas fezes.

O exame de sangue oculto nas fezes é usado para rastrear pólipos intestinais, que algumas vezes são consideradas lesões pré-cancerígenas.

Para realizar o exame, utiliza-se uma pequena amostra de fezes recolhida pela própria pessoa. A amostra é então analisada em laboratório para se detectar a presença de sangue.

Há casos em que para fazer o exame é necessário realizar uma dieta específica, que deve começar de 3 a 5 dias antes do exame. Porém, há exames em que não é necessário fazer nenhuma dieta especial.

O/a médico/a de família, clínico/a geral, gastroenterologista ou proctologista são especialistas responsáveis pela avaliação de pacientes que estejam com fezes escuras com sangue.

Sangramento durante o resguardo é normal?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, sangramento durante o resguardo é normal. Esse sangramento após o parto chama-se lóquios e ocorre porque o corpo está eliminando os tecidos que revestiam o útero durante a gravidez.

A parte interna do útero, onde a placenta estava "colada", ainda está se regenerando e cicatrizando. Por isso a mulher pode sangrar no resguardo, durante um período que varia entre 3 e 6 semanas.

O lóquios apresentam coloração avermelhada nos primeiros dias, depois fica rosado, marrom, amarelado, até se tornar transparente.

Enquanto estiver perdendo sangue, é recomendado que a mulher deve use absorventes higiênicos, isto porque os tampões vaginais não são indicados pois podem causar infecções.

Apesar do sangramento no resguardo ser normal, a mulher deve estar atenta a algumas características que podem indicar problemas. O cheiro deve ser semelhante ao da menstruação. Se o sangramento apresentar odor forte, coágulos grandes ou a mulher tiver febre, pode ser sinal de alguma infecção. Se isso acontecer, procure o seu médico ginecologista.

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Dúvidas sobre nidação
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
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Clínica médica e Neurologia

A nidação é a fase em que o óvulo fecundado penetra na parede do útero para buscar nutrição através dos vasos sanguíneos e, assim, formar a sua placenta.

Após a nidação, o embrião começa efetivamente a ser formado. Por isso, é uma das fases mais importantes do desenvolvimento da gestação.

O que é sangramento de nidação?

É o sangramento causado pela implantação do óvulo fecundado na parede do útero. Essa penetração causa uma lesão na musculatura do útero, que se manifesta com um discreto sangramento no meio do ciclo menstrual.

Porém, esse sangramento não é comum, apenas 20% das mulheres apresentam esse sinal.

Quais são os sintomas da nidação?
  • Sangramento discreto, de consistência mais líquida, coloração rosada ou marrom clara e curta duração (1 a 2 dias), no meio do ciclo menstrual e
  • Cólica na região inferior do abdômen, de leve intensidade.
Como diferenciar sangramento de nidação e menstruação?

A melhor forma de diferenciar os dois tipos de sangramento é através do período do ciclo menstrual. A menstruação ocorre no início do ciclo, nos primeiros dias, enquanto o sangramento de nidação ocorre no meio do ciclo, no período fértil.

Além do período, outras caraterísticas que auxiliam nessa diferenciação são a duração e coloração do sangramento.

O sangramento de nidação tem uma duração mais curta, dura em média 1 a 2 dias, de qualidade mais "aguada" e coloração rosada ou marrom-claro. A menstruação dura de 3 a 7 dias, com o sangue mais denso, podendo haver coágulos, de coloração vermelho vivo ou vermelho-escuro.

Lembrando que as mulheres que fazem uso de anticoncepcionais, devem se basear no período do ciclo, visto que um dos efeitos colaterais comuns dos contraceptivos, é a redução do fluxo sanguíneo, podendo causar dúvidas entre os dois tipos de sangramento.

A nidação ocorre quantos dias antes da menstruação?

Na verdade, a nidação não acontece antes da menstruação, acontece 14 dias depois, se houver uma gravidez.

A nidação é o início de uma gestação, sendo assim, quando a nidação ocorre, significa que o óvulo se fixou ao útero e a gravidez aconteceu. Durante os próximos 9 (nove) meses de gravidez, não haverá menstruação.

Sangramento de nidação dá cólicas?

Sim. Um dos sintomas comuns no processo de nidação são as cólicas, de intensidade leve, na região pélvica ou inferior do abdômen.

Processo de Nidação Quando ocorre a nidação?

A nidação costuma ocorrer por volta do sexto dia após a fecundação do óvulo, podendo levar até 13 dias dependendo de cada organismo.

Quais são as características do sangramento de nidação?

As principais caraterísticas são a coloração mais clara, rosada ou marrom-claro, e a consistência mais líquida do que a observada na menstruação.

Quantos dias dura o sangramento de nidação?

O sangramento de nidação dura de 1 a 2 dias, no máximo 3 (três).

Depois da nidação, o que acontece?

A nidação, ou implantação do óvulo, quando acontece de maneira satisfatória, representa um início de gestação bem sucedida, sendo assim, após a nidação a gravidez ocorre naturalmente.

Qual a cor do sangramento de nidação?

O sangramento de nidação tem a coloração mais rosada ou marrom clara.

Quantos dias após a nidação o exame de gravidez dá positivo?

Aproximadamente 8 (oito) dias. Cerca de uma semana após a nidação, começa a ser produzido o hormônio hCG em quantidades crescentes, os quais serão identificados nos exames de sangue e de urina da mãe. Após uma semana, em média 8 dias, o exame será positivo.

O sangramento da nidação tem cheiro?

Não. Não existem relatos de cheiro específico para esse tipo de sangramento. O odor é típico de um sangue natural.

A nidação ocorre no dia da menstruação?

Não. A nidação não ocorre junto com a menstruação, porque a nidação significa o início de uma gravidez. A menstruação acontece quando não acontece uma gravidez, e por isso a parede do útero descama, causando o sangramento conhecido por menstruação.

Qual a quantidade de sangue na nidação?

Não existe uma medida exata para o sangramento da nidação, porém sabendo que é menor que uma menstruação normal, podemos estimar que seja por volta de 5 ml no total dos 2 ou 3 dias, ou menos.

Existe nidação tardia?

Não. A nidação é considerada normal entre o 6º e o 13º dia após a fecundação. Esse período varia de acordo com a ovulação, com as taxas hormonais e vitalidade dos espermatozoides.

Não existem os termos "precoce" ou "tardia" para essa etapa.

A nidação pode ter sangue coagulado?

Sim, pode haver, mas é muito raro. O sangramento típico da nidação é mais líquido e rosado. Por isso, nesses casos é preciso informar imediatamente ao seu médico obstetra para uma avaliação individualizada.

Como diferenciar nidação de menstruação adiantada?

A melhor forma de diferenciar os dois tipos de sangramento é através do período do ciclo menstrual. A menstruação ocorre no início do ciclo, nos primeiros dias, enquanto o sangramento de nidação ocorre no meio do ciclo, no período fértil.

Além disso, o sangramento de nidação tem uma duração mais curta, dura em média 1 a 2 dias, pequena quantidade e coloração mais clara e aquosa. A menstruação dura de 3 a 7 dias, com fluxo mais intenso e coloração vermelho vivo ou vermelho-escuro, podendo haver ainda a presença de coágulos.

Fecundação x nidação

A fecundação é o processo de união do espermatozoide com o óvulo. Esse processo costuma acontecer ainda na trompa. Em seguida o óvulo fecundado segue para o útero, quando se fixa à parede interna, o endométrio, para se desenvolver.

A fixação desse óvulo no endométrio é chamada nidação.

A nidação pode durar 7 dias?

Não. Em média a nidação dura de 1 a 3 dias. O tempo que o óvulo fecundado leva para encontrar e se fixar em um ambiente receptivo para o seu desenvolvimento.

A presença de sintomas como sangramento, cólica e dor na região inferior do abdômen por mais de 3 dias, deve ser imediatamente informada ao médico obstetra, ou um atendimento de urgência médica para avaliação.

Depois da nidação posso fazer o teste de farmácia?

Sim. O mais indicado é aguardar 8 dias após a nidação para um teste mais fidedigno.

Quanto tempo dura a cólica da nidação?

Os sintomas da nidação, quando acontecem, duram em média de 1 a 2 dias, no máximo 3 dias. Tanto a cólica quanto o sangramento.

Para mais esclarecimentos sobre nidação, fale com o seu médico da família ou ginecologista.

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Referências:

FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.