Sim, o chá de arruda pode fazer descer a menstruação e provocar aborto. A arruda possui em suas folhas um elemento chamado rutina, que tem como principal ação provocar ou acelerar a menstruação, propriedade conhecida como emenagoga. Por isso, o chá de arruda é contraindicado durante a gravidez.
A rutina presente na arruda estimula as fibras musculares do útero, provocando contrações uterinas que podem causar sangramentos. Se a mulher estiver grávida, pode levar ao aborto e à morte do feto. Caso não ocorra um aborto, pode haver anomalias ou malformações fetais.
A rutina é um flavonoide presente nas folhas da arruda. Por estimular e acelerar a menstruação, o chá de arruda é frequentemente usado por mulheres em casos de ausência ou atraso da menstruação.
Além de ser abortivo, o chá de arruda faz mal à saúde?Além de ser emenagogo e abortivo, o chá de arruda pode provocar intoxicações no organismo se for consumido em grandes quantidades.
Em excesso, o chá de arruda pode causar ainda ansiedade e fobias, além de irritar o intestino. Quando consumido regularmente, o chá de arruda pode ser prejudicial para o fígado e para os rins.
Além das gestantes, o chá de arruda também é contraindicado para crianças com menos de 6 anos de idade e pessoas com doença hepática ou renal, doença inflamatória do intestino, colite e úlceras.
É importante ressaltar que a arruda é considerada uma planta tóxica. A ingestão de 120 g da planta pode causar forte dor estomacal e complicações que podem levar à morte.
O consumo de arruda considerado seguro para pessoas saudáveis e mulheres que não estão grávidas é de 30 mg por dia.
Outros chás que são considerados abortivos ou teratogênicos (que podem causar malformação no feto) e por isso são contraindicados durante a gestação: alecrim, arnica, artemísia, barbatimão, boldo, buchinha do norte, cambará, cânfora, carqueja, cipó-mil-homens, confrei, erva-de-bicho, espirradeira, erva-de-santa-maria, eucalipto, gengibre, melão-de-são-caetano, pinhão-de-purga ou pinhão-paraguaio e poejo.
Para maiores esclarecimentos sobre os chás que podem fazer descer a menstruação ou causar aborto, fale com o seu médico ginecologista.
Os possíveis sinais e sintomas de um aborto espontâneo incluem sangramento vaginal (com sangue de coloração viva ou escura), dores abdominais ou cólicas, saída pela vagina de um coágulo de sangue ou um jato de líquido claro ou rosa, dor na coluna lombar (parte de baixo das costas), contrações uterinas doloridas e febre (aborto infectado).
Porém, vale lembrar que os abortos espontâneos nem sempre apresentam esses sinais e sintomas. É comum a mulher apresentar um aborto sem saber, sobretudo no início da gravidez.
Quais são os sintomas de uma ameaça de aborto?Uma ameaça de aborto provoca sangramento vaginal fraco ou moderado. Pode haver dores abdominais, tipo cólicas, normalmente pouco intensas.
O colo do útero encontra-se fechado e o volume uterino condiz com o tempo de gravidez. Não há sinais de infecção. Ao exame de ultrassom, tudo está normal e o feto está vivo.
Quais são os sintomas de um aborto completo?Esse tipo de aborto ocorre geralmente antes da 8ª semana de gestação. Nesses casos, a perda de sangue e as dores diminuem ou acabam depois da expulsão do embrião.
O colo uterino pode estar aberto e o tamanho do útero está menor que o esperado para a idade gestacional. No exame de ultrassom, a cavidade uterina está vazia ou com imagens de coágulos.
Quais são os sintomas de um aborto inevitável e incompleto?Apresenta sangramento maior que na ameaça de abortamento. A perda de sangue diminui com a saída de coágulos ou restos embrionários.
As dores geralmente são mais fortes que na ameaça de aborto. O colo do útero encontra-se aberto e o ultrassom confirma o diagnóstico.
Normalmente evolui com a regressão dos sinais e sintomas da gravidez, podendo ocorrer sem os sinais de ameaça de abortamento. O colo uterino encontra-se fechado e não há sangramentos.
O exame de ultrassom mostra ausência de vitalidade ou presença de saco gestacional sem embrião.
Quais são os sintomas de um aborto infectado?Um aborto infectado provoca febre, sangramento vaginal com odor fétido, dores abdominais e eliminação de secreção com pus pelo colo uterino. A infecção geralmente é provocada por bactérias da própria flora vaginal.
Muitas vezes, está associado a manipulações do interior do útero através de técnicas inadequadas e inseguras.
Trata-se de um caso grave que deve ser tratado, independentemente da vitalidade do feto, pois pode evoluir para peritonite (infecção generalizada do interior do abdômen).
O que pode causar um aborto espontâneo?Cerca de metade dos casos de aborto são causados por anomalias genéticas. Outras causas comuns de aborto incluem:
- Falta de produção de hormônios;
- Alterações hormonais;
- Deficiências do sistema imunológico;
- Problemas renais;
- Diabetes descompensado;
- Doenças infecciosas (rubéola, toxoplasmose, HIV, sífilis…).
Os abortos espontâneos nem sempre têm a causa identificada, principalmente se o aborto acontecer logo nas primeiras semanas de gravidez.
Quais são os fatores de risco para ocorrer um aborto?IdadeMulheres grávidas aos 40 anos têm 40% de chances de terem um aborto. Aos 45 anos, o risco é de até 80%.
Abortos anterioresGestantes que já tiveram abortamentos anteriores têm mais chances de sofrerem um aborto espontâneo.
TabagismoFumar mais de 10 cigarros por dia pode aumentar em até 3 vezes as chances de abortamento. O abuso de álcool e o uso de drogas também eleva os riscos.
Uso de medicamentosO uso de medicamentos anti-inflamatórios durante o período da concepção aumenta as chances de aborto.
Baixo peso ou excesso de pesoSabe-se que mulheres com índice de massa corpórea (IMC) inferior a 18,5 ou superior a 25 apresentam mais riscos de terem um aborto. IMC menor que 20 indica peso abaixo do normal e acima de 25 significa sobrepeso.
Na presença de qualquer um desses sinais e sintomas de abortamento, entre em contato imediatamente com o/a médico/a ginecologista, médico/a de família ou clínico/a geral ou procure um serviço de urgência.
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Não existem evidências claras de que o chá de maconha provoque aborto, mas o seu efeito durante a gravidez é controverso.
Em um estudo feito com mulheres internadas devido a abortos induzidos, cerca de 65% delas utilizam algum tipo de chá, inclusive o chá de maconha. Entre os chás utilizados foram utilizados chás de buchinha, arruda, boldo, canela, laranja e até de pimenta.
Destas que usaram chás para interromper a gestação, houve complicações como infecções e hemorragias em aproximadamente 12% dos casos.
O percentual de mulheres com complicações decorrentes de aborto induzido por chás foi maior do que nas que utilizaram medicamento para o efeito.
Assim, conclui-se que os efeitos do chá de maconha na gravidez são inconclusivos e não se pode afirmar com certeza se provoca ou não aborto.
Quais são os efeitos do chá de maconha?Os principais efeitos físicos agudos causados pelo chá de maconha incluem hiperemia das conjuntivas (olhos avermelhados), xerostomia (boca seca), taquicardia (aumento dos batimentos cardíacos, podendo chegar a 140 batimentos por minuto ou mais) e dilatação das pupilas.
A longo prazo, se a maconha for fumada, os pulmões também são afetados e aumentam os riscos de problemas respiratórios, como aumento de crises de bronquite.
Apesar da fumaça da maconha conter substâncias cancerígenas, ainda não existem provas científicas que o seu uso crônico aumente os riscos de câncer de pulmão.
Veja também: Maconha pode fazer bem à saúde?
De qualquer maneira, o uso de todo e qualquer tipo de droga, legal ou ilegal, é contraindicado durante a gravidez pelos possíveis riscos a saúde da gestante e da criança.
Mesmo os chás de plantas ou ervas que não possuem princípios psicotrópicos não devem se consumidos indiscriminadamente por mulheres grávidas, pois existem chás que podem induzir o aborto.
Portanto, caso tenha dúvida sobre quais chás podem ou não ser consumidos na gestação é importante consultar o médico de família ou obstetra que acompanha o pré-natal.
Os estudos divergem de opinião. Alguns sugerem que o chá de canela pode provocar aborto, enquanto outros dizem que não. Há mulheres que tomam o chá para fazer a menstruação descer, sem saber que estão grávidas, e não acontece nada. Porém, há relatos de casos de aborto associados ao consumo do chá de canela.
Por isso, grande parte dos médicos e nutricionistas não recomendam tomar chá de canela durante a gravidez. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) também não recomenda que mulheres grávidas tomem chá de canela, devido à sua possível relação com abortos.
Uma possível explicação para o eventual efeito abortivo do chá de canela está no efeito que pode provocar na pele e nas mucosas. Se for consumido em excesso, o chá pode provocar reações alérgicas na pele e nas mucosas, além de hematúria (presença de sangue na urina).
Uma vez que a parte interna do útero, onde se fixa o embrião, é recoberta por uma mucosa, pode ser que o consumo do chá de canela possa interferir com a gravidez.
Desde que consumido fora da gestação, o chá de canela pode trazer benefícios para a circulação pela sua ação vasodilatadora e também é um estimulante do metabolismo, devido à sua ação termogênica.
Entretanto, como os estudos científicos divergem de opinião quanto à possibilidade do chá de canela causar aborto, recomenda-se suspender o seu uso durante a gestação. Para maiores informações, consulte um médico obstetra.
Leia também: Chá de arruda faz descer a menstruação? Pode provocar aborto?
Embora não exista um consenso de que o chá de canela provoque aborto, ele normalmente é contraindicado na gravidez.
Há estudos que indicam uma relação direta entre chá de canela e aborto, mas faltam ainda evidências científicas suficientes que comprovem o efeito do chá na gestação para levar ao aborto. Daí alguns defenderem que o chá aborta e, outros, que não aborta.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) não recomenda o uso de chá de canela durante a gravidez, assim como grande parte dos nutricionistas e obstetras.
Sabe-se que, em excesso, o chá de canela provoca reações alérgicas na pele e nas mucosas, além de hematúria (presença de glóbulos vermelhos do sangue na urina). Como a parede interna do útero é recoberta por uma mucosa, pode ser que o chá interfira, causando reações ou mesmo contrações, prejudicando a gestação.
De qualquer forma, o mais indicado é pedir orientação ao médico obstetra antes de tomar qualquer tipo de chá durante a gravidez.
Não. O anticoncepcional não provoca aborto. O anticoncepcional pelos seus diversos mecanismos impede que ocorra a gravidez.
A gravidez é o processo no qual um embrião, formado pela união do óvulo com o espermatozoide, desenvolverá no útero da mulher.
Os métodos anticoncepcionais atuam de diversas formas para não haver o contato entre o óvulo e o espermatozoide e, consequentemente não ocorrer a formação do embrião. Caso haja a junção do óvulo com o espermatozoide, o anticoncepcional não impedirá a formação do embrião. Por isso, o anticoncepcional é um método que previne a concepção.
Aborto acontece quando há perda do embrião que já foi formado. Ou seja, a gravidez já está instalada e, por algum motivo, ocorre a perda do embrião.
Cada método anticoncepcional atua de uma forma diferente para evitar esse encontro entre o óvulo e o espermatozoide. Há os métodos de barreira ( preservativo, diafragma); os métodos hormonais (pílula, injeção, adesivo, anel vaginal); métodos comportamentais (fertilidade consciente, tabelinha) e métodos permanentes (vasectomia e ligação das tubas uterinas). Nenhum deles provoca aborto.
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Não. Pílula do dia seguinte não causa aborto.
A pílula do dia seguinte é indicada para mulheres que apresentaram falhas no método contraceptivo habitual (esqueceu de tomar a pílula ou injeção, camisinha estourou) ou tiveram relação sexual desprotegida durante o período fértil ou em situações de estupro.
A pílula do dia seguinte não é abortiva pois ela não impede a gravidez caso seja tomada depois da concepção (junção entre o óvulo e o espermatozoide). O mecanismo de ação dela é explicado pelo atraso da ovulação, impedindo assim a liberação do óvulo e o encontro deste com o espermatozoide.
Ela é considera uma contracepção de emergência e não deve ser tomada como método contraceptivo de rotina.
Se a mulher deseja evitar gravidez é recomendado procurar o/a médico ginecologista, clínico/a geral ou médico/a de família para indicar um método contraceptivo de longa duração.
Depois de perder o bebê, a mulher deve esperar cerca de 3 a 6 meses para engravidar novamente. A Organização Mundial de Saúde recomenda pelo menos 6 meses.
Após abortos espontâneos ou abortos retidos pode ser realizado um procedimento de raspagem da da camada interna do útero, chamado de curetagem, que permitem retirar restos ovulares. O útero passa por um período de recomposição dessa camada, por isso recomenda-se esse período de intervalo entre um gravidez e outra, assim é possível oferecer novamente um ambiente adequado para a fixação do embrião.
Contudo, já é possível engravidar logo no primeiro ciclo menstrual após a perda do bebê. Em geral, a menstruação volta depois de 4 a 6 semanas.
A recuperação física após um aborto geralmente ocorre em poucos dias, mas é preciso levar em consideração que o útero ainda está se recuperando. Além disso, existe o fator emocional que costuma ser muito intenso nesses casos.
Desde que a mulher tenha esperado um tempo mínimo de 3 meses e se sinta preparada emocionalmente para voltar a engravidar, ela pode começar a tentar, é importante consultar um médico de família ou ginecologista/obstetra antes para maiores orientações.
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