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Dor anal: o que devo fazer?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A dor anal se origina no canal anal ou região perianal (áreas próximas ao ânus). Pode ser provocada por uma variedade de distúrbios, por isso é importante que você procure um médico para identificar a causa específica por meio de exame físico ou eventualmente outros exames.

Observe a sua dor (intensidade, quando e como se manifesta, entre outras características) para relatar a história da dor ao médico.

Como descrever a dor anal

Para que o diagnóstico da dor anal seja realizado você precisará descrever para ao seu médico as características da dor e outros sinais ou sintomas associados a ela. Para ajudar a descrever a sua dor, pense:

Características da Dor
  • Intensidade da dor: intensa, moderada e leve
  • Dor constante ou intermitente (dor que vai e volta)
  • Condição em que a dor é desencadeada: se a dor ocorre ao sentar, ao andar, ao evacuar
  • De que forma é a dor: penetrante, em queimação, ardor
  • Duração: há quanto tempo você sente esta dor?
Alterações anais

Na região anal, você pode observar:

  • Presença de lesões na região anal, como hemorroidas ou fissuras
  • Saliência do ânus
  • Presença de nódulos no ânus
  • Edema (inchaço) anal
  • Prurido (coceira)
  • Rachadura na pele ao redor do ânus
  • Sangramento anal ao evacuar
  • Saída de fluidos esbranquiçados pelo ânus
Alterações intestinais

Em alguns distúrbios que causam dor anal, alterações intestinais podem estar associadas:

  • Presença de gases intestinais
  • Dificuldade de defecar
  • Diarreia com muco ou sangue
  • Constipação (prisão de ventre)
  • Presença de sangue nas fezes: observar se o sangue nas fezes é vermelho vivo ou se as fezes são escuras.
  • Sensação de que o intestino não esvazia completamente
  • Em mulheres, presença de sangramento intestinal durante a menstruação
  • Vontade urgente para defecar após se alimentar
Alterações gerais
  • Cansaço frequente e dores musculares
  • Fraqueza ou fadiga
  • Perda de peso inexplicável
  • Náuseas e vômitos
  • Perda de apetite
  • Desconforto abdominal: cólicas, dor abdominal
Medidas simples que podem avaliar a dor anal
  • Fique sentado pelo menor tempo possível;
  • Quando sentado utiliza, utilize proteção adequada: almofadas em forma de rosca tais como as câmaras de água ou ar ou acolchoadas com algodão ou espuma;
  • Correção postural com fisioterapia.
Diagnóstico da causa da dor anal

A causa da dor anal é diagnosticada por meio de:

  • História clínica do paciente com a descrição da dor e de outros sintomas;
  • Exame físico que inclui a inspeção anal e perianal. Pode ser necessário o toque retal e a anuscopia (visualização do canal anal por meio de um tubo curto (anuscópio) conectado a uma fonte de luz.

Exames de imagem também podem ser solicitados:

  • Ultrassom endoanal
  • Ressonância magnética
  • Fibrosigmoidoscopia
  • Colonoscopia
Tratamento da dor anal

O tratamento da dor anal depende da condição clínica que a provoca. Pode ser clínico ou cirúrgico.

Tratamento clínico
  • Uso de anti-inflamatórios;
  • Utilização de analgésicos;
  • Injeção local de solução com anestésicos de ação prologada, nos casos em que a medicação oral e a fisioterapia são insuficientes para o alívio da dor;
  • Fisioterapia (massagem, mobilização e estiramento do cóccix).
Tratamento Cirúrgico

O tratamento cirúrgico pode ser efetuado a depender da causa da dor anal, como em situações de doença hemorroidaria grave e quando o tratamento clínico não foi benéfico.

O resultado do tratamento cirúrgico é, de forma geral, efetuado com sucesso para tratar distúrbios que provocam dor anal.

Leia mais

Dor no ânus: o que pode ser?

Quando o olho esquerdo treme é sinal de que?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

O que faz o olho esquerdo tremer são contrações rápidas e involuntárias da pálpebra. São geralmente causadas por cansaço ou estresse. Nesse caso, dormir melhor, reduzir o estresse e limitar o consumo de cafeína são medidas que ajudam a acabar com os tremores.

Essas contrações que fazem o olho esquerdo tremer podem acontecer na pálpebra inferior, na superior ou em ambas. Quando não afetam a visão (por serem leves e rápidas), não são perigosas.

É necessário procurar um médico quando os tremores:

  • Não acabam após reduzir o estresse, dormir melhor e evitar o consumo de cafeína;
  • Afetam outras partes do rosto ou do corpo;
  • Parecem piorar.

Nesses casos, o tratamento de escolha pode incluir medicamentos, injeções de toxina botulínica ou mais raramente pequenas cirurgias.

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Referências:

What Is an Eyelid Spasm or Twitching Eyelid? – American Academy of Ophthalmology.

How To Stop Eye Twitching – American Academy of Ophthalmology.

Formigamento no corpo: o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O formigamento e a dormência são sensações que podem se manifestar em qualquer parte do corpo, embora sejam mais comuns nos dedos, nas mãos, nos pés, nos braços e nas pernas. Existem muitas doenças e condições que podem deixar o corpo formigando ou causar dormência. Dentre elas estão:

  • Permanecer na mesma posição por muito tempo;
  • Compressão de um nervo (uma compressão do nervo no pescoço pode causar formigamento no braço ou na mão, enquanto uma compressão na região lombar pode causar formigamento na perna ou no pé do lado acometido);
  • Lesão de um nervo, pode causar formigamento, ou diminuição da sensibilidade na região por ele inervada;
  • Danos a um nervo periférico causada por varizes, tumores, cicatriz, infecção, contato com chumbo, uso abusivo de bebidas alcoólicas, cigarro, radio ou quimioterapia;
  • Herpes zoster (“cobreiro”);
  • HIV ou AIDS;
  • Falta de irrigação sanguínea para uma determinada área do corpo;
  • Níveis anormais de cálcio, potássio ou sódio no organismo;
  • Deficiência de vitaminas B1, B6, B12 ou B9 (ácido fólico);
  • Uso de certos medicamentos ou drogas ilícitas;
  • Picadas de insetos, carrapatos, ácaros e aranhas;
  • Toxinas presentes em frutos do mar;
  • Defeitos congênitos (presentes desde o nascimento) que afetam os nervos.

O formigamento e a dormência podem ser causados ainda por síndrome do túnel do carpo (compressão do nervo localizado no punho), diabetes (neuropatia diabética), enxaqueca, esclerose múltipla, crise epiléptica, derrame cerebral (AVC), ataque isquêmico transitório (AIT), hipotireoidismo e fenômeno de Raynaud (estreitamento dos vasos sanguíneos, geralmente nas mãos e nos pés).

O que fazer se sentir dormência ou formigamento no corpo?

O tratamento para o formigamento ou para a dormência dependem da causa, que deve ser diagnosticada e tratada, quando possível. Para identificar a origem dessas alterações sensoriais, é importante verificar a presença de outros sinais e sintomas ou condições que podem ter desencadeado o formigamento ou a dormência, tais como:

  • Fraqueza ou incapacidade de movimentar alguma parte do corpo;
  • Lesões na cabeça, no pescoço ou nas costas;
  • Perda de controle dos movimento de braços ou pernas;
  • Falta de controle do esfíncter;
  • Confusão mental ou perda da consciência;
  • Dificuldade para falar;
  • Alterações visuais;
  • Dificuldade para caminhar.

Procure atendimento médico se:

  • A dormência ou o formigamento surgirem sem uma razão aparente;
  • Houver dor ou diminuição de força em braços ou pernas;
  • Houver mudanças na frequência ou volume urinários;
  • A dormência ou o formigamento ocorrer nas pernas e piorar ao caminhar;
  • Surgir erupções na pele;
  • Tiver tontura ou espasmos musculares.

Na presença desses sinais e sintomas, consulte um médico clínico geral ou médico de família.

Fiz um enxerto de pele e está cheirando muito mal, o que pode ser?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

O local de um enxerto pode ter um cheiro um pouco desagradável devido a partes do tecido que podem ter pequenas áreas de necrose (cheiro mal é subjetivo neste caso), porém qualquer alteração neste caso deve ser levada em consideração (cheiro, secreção, febre, vermelhidão).

Três situações podem estar ocorrendo:

  • Erro de interpretação desse cheiro
  • Necrose do enxerto (morte do tecido)
  • Infecção no local

Precisa procurar um médico.

O que é pano branco (pitiríase versicolor) e quais são os sintomas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Pitiríase versicolor, também conhecida como pano branco, é uma infecção fúngica que acomete a pele causando mudanças no pigmento da pele.

O local frequentemente acometido é o tronco, pescoço, braços, face e couro cabeludo.

A pitiríase versicolor é também conhecida como pano branco pois, em geral, deixa a pele acometida um pouco mais clara comparada à pele ao redor.

Em geral, os sintomas são várias manchas descamativas com coloração mais forte ou mais fraca em comparação com a cor da pele habitual da pessoa. Essas manchas ficam mais evidentes quando a pessoa se expões ao sol.

Caso você esteja com essas manchas na pele, procure o médico de família, clínico geral ou dermatologista para uma avaliação e condução apropriada do tratamento.

Continue a leitura em: Fungos na pele podem causar micose?

Dor nas costas acima das nádegas, o que pode ser?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A dor nas costas acima das nádegas (dor lombar ou lombalgia) geralmente não tem uma causa específica, mas está frequentemente associada a alterações nos ossos, articulações ou músculos.

A inflamação do nervo ciático é uma das alterações mais comuns, que tende a causar dor na região das costas, nádegas e quadril, que pode irradiar para a parte de trás da coxa.

Outras doenças que também podem causar dor na lombar, mas que são menos frequentes, são:

  • Hérnia de disco;
  • Distúrbios inflamatórios;
  • Fraturas;
  • Osteoporose.

Características individuais como obesidade, sedentarismo ou posturas inadequadas também são fatores de risco para o desenvolvimento de dor na lombar.

O que fazer para dor nas costas acima das nádegas

Para aliviar imediatamente a dor lombar pode-se aplicar calor ou realizar massagens sobre a região.

Uma das principais formas de tratar a dor nas costas acima das nádegas é através de alongamentos e exercícios de fortalecimento dos músculos dessa região. Quando há uma inflamação intensa da lombar, medicamentos como analgésicos, anti-inflamatórios ou relaxantes musculares também podem ser indicados.

Quando a dor é forte ou persistente deve-se consultar um médico de família ou clínico geral para uma avaliação inicial. Nestes casos, podem ser indicados medicamentos para aliviar a dor como analgésicos, anti-inflamatórios ou relaxantes musculares.

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Como saber se tenho diabetes tipo 1?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os sintomas que caracterizam o diabetes tipo 1 incluem sede excessiva, aumento do volume de urina, aumento da frequência urinária, aumento do apetite, emagrecimento acentuado, cansaço e fraqueza.

O início dos sintomas do diabetes tipo 1 é relativamente rápido, podendo surgir em alguns dias ou em poucos meses. A doença pode afetar pessoas de qualquer idade, mas é mais comum em crianças e adultos jovens.

Sem tratamento, os sintomas do diabetes tipo 1 podem evoluir e causar desidratação grave, sonolência, vômitos, dificuldade para respirar, crises convulsivas até o estado de coma.

A pior complicação do diabetes tipo 1 é a cetoacidose diabética, cujo tratamento necessita de internação hospitalar para medicação venosa e controle adequado.

Quais são as causas do diabetes tipo 1?

O diabetes tipo 1 é uma doença auto-imune, aonde o organismo produz anticorpos contra ele mesmo, nesse caso, causando uma destruição das células beta do pâncreas, que deixam de produzir a insulina.

A insulina é um hormônio produzido pelas células beta do pâncreas e tem a função de transportar a glicose (açúcar) do sangue para dentro das células do corpo para ser usada como fonte de energia. Na falta de insulina, os níveis de glicose no sangue ficam elevados, uma condição conhecida como hiperglicemia crônica.

Quando a hiperglicemia se torna crônica, causa danos na micro e macrocirculação, prejudicando e danificando órgãos como os rins, olhos e coração, além de lesionar os nervos, vasos e aumentar risco de doenças cardiovasculares.

Porém, se o diabetes tipo 1 estiver controlado, os riscos de complicações diminuem significativamente.

Como saber se tenho diabetes tipo 1?

O diagnóstico do diabetes tipo 1 é baseado nos exames de sangue e exame médico.

Os principais exames para confirmação diagnóstica são:

  1. Glicemia de jejum superior a 126 mg/dl, após um jejum de 8 horas;
  2. Glicemia aleatória (realizada sem jejum ou qualquer controle), acima de 200 mg/dl, associado a sinais e sintomas sugestivos de diabetes;
  3. Teste de tolerância oral a glicose (TTOG75), com verificação da glicemia após administrar uma dose oral de 75 g de glicose, com valor de glicemia superior a 200 mg/dl;
  4. Hemoglobina glicosilada (A1C), no sangue, que não deve ultrapassar 6,5%.

Sendo que se houver dois dos exames alterados já é suficiente para o diagnóstico, ou quando apenas um dos exames estiver alterado, será necessário repetir ou realizar um segundo exame.

Diabetes tipo 1 tem cura? Como é o tratamento?

O diabetes tipo 1 não tem cura. Trata-se de uma doença crônica que necessita de tratamento até o fim da vida. O tratamento do diabetes tipo 1 é feito através de injeções subcutâneas de insulina, dieta adequada e prática regular de exercícios físicos.

Diagnosticar e tratar precocemente o diabetes tipo 1 é muito importante para prevenir complicações. Em caso de sintomas de diabetes, consulte um médico clínico geral, médico de família ou endocrinologista.

Leia também: Diabetes mellitus: o que é, quais os sintomas e como tratar?

Endocardite Infecciosa: sintomas, complicações e como tratar
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os sinais e sintomas da endocardite infecciosa podem variar conforme a gravidade da infecção. Dentre os mais comuns estão: febre, dor torácica, perda de peso, presença de sangue na urina, variações nos batimentos cardíacos, calafrios, suores noturnos, falta de ar, dores musculares e articulares, cansaço, tosse persistente, entre outros.

Contudo, de todos os sintomas da endocardite infecciosa, talvez o mais característico seja o aparecimento de manchas dolosas próximas às pontas dos dedos das mãos e dos pés. Essas manchas costumam ser vermelhas e manifestam-se sob a forma de nódulos, que se chamam nódulos de Osler.

Outras manifestações também incluem o aparecimento de pontinhos ou manchas avermelhadas em outras partes do corpo, como conjuntiva (parte branca do olho) e mucosas, as petéquias.

Os sinais e sintomas da endocardite bacteriana podem se manifestar aos poucos ou subitamente.

Complicações da Endocardite Infecciosa

A endocardite infecciosa pode gerar complicações que podem ser potencialmente fatais, como embolia, abscesso e insuficiência cardíaca congestiva.

Quase metade dos pacientes com endocardite infecciosa podem ter embolia. A complicação ocorre quando o coágulo infectado desprende-se da válvula e desloca-se para os pulmões, cérebro, rins, baço e artérias coronárias.

Ao chegar a esses órgãos, o coágulo causa infecção nos mesmos, originando a sepse (infecção generalizada). O coração nesses casos também costuma ser afetado. Porém, depois de começar o tratamento com antibióticos, o risco de embolia reduz significativamente.

O abscesso surge na válvula ou prótese valvar e pode precisar ser removido cirurgicamente, já que o poder de penetração dos medicamentos nesses abscessos é baixo.

Quando a endocardite infecciosa danifica ou destrói a válvula cardíaca, pode haver insuficiência cardíaca. Se não funcionarem adequadamente, as válvulas não permitem que o coração bombeie o sangue de forma eficaz.

A endocardite pode causar ainda outras complicações, como arritmia, danos em outros órgãos, acidente vascular cerebral (AVC), aumento de baço, entre outras.

Tratamento da Endocardite Infecciosa

O tratamento da endocardite infecciosa é feito através da administração de medicamentos antibióticos diretamente na veia. O tempo de duração do tratamento varia de 4 a 6 semanas.

Nos casos em que a endocardite infecciosa danifica ou destrói a válvula cardíaca, pode ser necessário repará-la ou substituí-la por uma artificial através de cirurgia.

O tratamento da endocardite infecciosa é complexo, pois o poder de penetração dos antibióticos na infecção dentro do coração é bastante reduzido, o que explica a duração prolongada da antibioticoterapia.

O diagnóstico da endocardite infecciosa é feito por meio de exames de sangue e imagem, principalmente o ecocardiograma. Através da ecocardiografia, o médico pode ver o interior do coração e detectar a presença da vegetação.

Outros exames que podem ajudar a detectar a doença são o eletrocardiograma, a radiografia, a tomografia computorizada e a ressonância magnética.

Vale lembrar a importância de tratar outras fontes de infecção e inflamação em outras partes do corpo, para prevenir que os agentes infecciosos cheguem à corrente sanguínea e se alojem no coração.

Saiba mais em: Quais as causas da endocardite infecciosa?